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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aparição de São José

"Eu sou José: levanta-a e tu beberás"


No dia 21 de fevereiro de 1660, o Rei Luís XIV viajava em direção a Saint Jean de Luz (confins com a Espanha), cidade onde, no dia 9 de junho, se uniria em matrimônio a Marie-Thérèse, infanta da Espanha. No caminho, fez uma parada em Cotignac, para testemunhar seu reconhecimento a Nossa Senhora das Graças, a quem devia o seu milagroso nascimento. No dia 7 de junho, após o encontro com os reis da França e da Espanha, na fronteira comum, Marie-Thérèse foi acolhida com honras, na França, aonde chegava para desposar Luís XIV, como previa o Tratado dos Pirineus, restabelecendo assim a paz entre os dois países assim como no interior da própria França.

Neste mesmo dia, no monte Besillon, em Cotignac, Gaspar Ricard, um jovem pastor sedento, ao menos, por um gole de água, não tinha como saciar a sua sede, quando viu surgir diante de si um homem de altura imponente, que lhe mostrou um rochedo, dizendo: "Eu sou José; levanta esta rocha e tu beberás." A pedra era pesada; oito homens juntos poderiam apenas empurrá-la, mas como poderia o pobre Gaspar erguê-la? O venerável ancião - segundo os relatos da época - reiterou a sua ordem e o pastor obedeceu, empurrando a pedra - não se sabe com que força - e viu surgir, diante de seus olhos, um jorro de água fresca que passou a correr. Imediata e avidamente, ele se ajoelhou e bebeu daquela fonte. Ao se levantar, a aparição desaparecera. Gaspar corre ao povoado para contar o que lhe tinha acontecido e os curiosos vieram constatar o ocorrido. Apenas três horas passadas, naquele local conhecido por todos como árido, e desprovido de qualquer fonte, uma água abundante começara a correr.

No dia 19 de março, após a aparição de São José, em Besillon (Cotignac), e o surgimento repentino da fonte de água, Luís XIV decretou como legal, festivo e feriado, o dia de São José. Um sermão do escritor francês, Bossuet, o felicitaria por este gesto.
 
“Recorramos hoje ao Glorioso São José, pedindo-lhe a graça de retirar ‘a pedra’ que impede a conversão daqueles a quem tanto estimamos e a tanto tempo rezamos, para que eles também possam beber da verdadeira fonte de água viva e eterna, a Fé Católica, emanada gloriosamente do Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação dos homens.”

Pela conversão de um pecador

Ó justo e glorioso S. José, eu Vos recomendo incessantemente a salvação da alma de... que Jesus resgatou à custa do seu precioso Sangue. Vós sabeis quanto são infelizes aqueles que, tendo banido de seu coração ao divino Salvador, ficam expostos a perdê-Lo por toda a eternidade. Não permitais, pois, que esta alma, que me é tão querida, fique por muito tempo separada de Jesus. Fazei-lhe conhecer os perigos que a ameaçam. Falai fortemente ao seu coração. Reconduzi este filho pródigo ao seio do melhor dos pais, e não o deixeis sem lhe terdes aberto as portas do céu, onde Vos bendirá eternamente pela felicidade que lhe tiverdes proporcionado.