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terça-feira, 14 de maio de 2013

Novissimos.

"VISTES O INFERNO"
(N. Sra de Fátimas aos pastorinhos)
"É bom pensar nos novíssimos todos os dias... porque este pensamento é eficacíssimo para nos fazer evitar o pecado."  S.Pio X, Catecismo Maior.
A bíblia já se referiu mais de 70 vezes que o inferno não está vázio. E encontramos no interior da Santa Igreja, do mais alto escalão da Hierarquia até os professores de teologia e leigos, pessoas que negam a existência do inferno; quando não falam que ele existe, mas está vazio. Essa é a falsa teologia modernista cheia de ambiguidade. Será que inferno é um estado espiritual? Muitos têm caído neste ardil de satanás.

Giandomenico Mucci lembra que a expressão inferno vuoto (inferno vazio) foi atribuída ao teólogo suíço von Balthasar, no início da década de 80 do século passado. Balthasar parte da idéia de que “esperar a salvação eterna de todos os homens não é contrário à fé”.

Se o inferno está vazio onde estão os anjos decaidos os demonios?
 
Diz a Sagrada Escritura: « Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: "Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?" Mas ele emudeceu. O rei disse, então aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.» Mt 22,11-13; « É coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo» Heb 10,31; « Então o Rei dirá também aos da esquerda: Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. E estes irão para o tormento eterno; mas os justos, para a vida eterna» Mt 25,41,46
 A SALVAÇÃO UNIVERSAL
 ( O suíço Cardeal Hans Urs von Balthasar.)


 TCC do Pe. Genival (1992) que lhe deu o título de Bacharel em Teologia pela Pontifícia Studiorum Universitas Salesiana (Roma)
  Cristo não pode negar-se a si mesmo, portanto não pode negar a sua humanidade. Em Cristo todos estamos salvos, todos fomos unidos a sua natureza divina e todos fomos perdoados, resgatados do mundo do pecado. Essa salvação é universal, ela é para todos, sem distinção de raça, credo religioso, ou cultura. (Isso nós veremos no próximo capítulo)

  Aliás, Frei Leonardo Boff( Grande Filosofo dos modernista) escreveu este livro “Vida para além da morte” que: “Se eu pudesse, anunciaria essa novidade: o inferno é uma invenção dos padres para manter o povo sujeito a eles. É um instrumento de terror excogitado pelas religiões para garantirem seus privilégios e suas situações de força. ...O inferno é o endurecimento de uma pessoa no mal. É portanto um estado do homem e não um lugar para o qual o pecador é lançado onde há fogo, diabinhos com enormes garfos a assar os condenados sobre grelhas. (Leonardo Boff, Vida para Além da Morte. Vozes, 1985)

No inicio do séc. II, S. Inácio da Antioquia (110 DC) afirma :« Todo aquele que pela sua péssima doutrina, corromper a fé de Deus pela qual foi crucificado Jesus Cristo, irá ao fogo inextinguível, ele e aqueles que o escutam» (Eph 16,2).

O Centro de Estudos Religiões e Cultura da Universidade Católica Portuguesa vai realizar as 4.ªs Jornadas dedicadas ao teólogo suíço Hans Urs von Balthasar (1905-1988). Jornadas Balthasarianas, para reflexão sobre o pensamento de Hans Urs von cardeal pelo Papa João Paulo II e considerado um dos mais importantes teólogos do século XX.O encontro, que conta com a participação de vários professores da Faculdade de Teologia, inicia-se com o lançamento da edição portuguesa do volume “Inferno ou Paraíso. O que podemos esperar?”.

Cardeal Hans Urs von Balthasar (1905-1988)

O que é a purificação?

É receber a ajuda daqueles que nos puxam para Deus. Com labaredas ou sem labaredas. Balthasar dizia que Deus é um fogo de amor. E esse fogo de amor é céu para quem o contempla. É juízo para quem Ele julga, é purificação ou purgatório para quem Ele quer purificar, e é inferno para quem o nega. Deus é que é o inferno para quem o nega. Porque não há nada mais horrível para alguém que não ama Deus, e que quer viver no mal, do que Deus existir. Portanto Deus é o inferno para quem o nega. Por isso Balthasar diz: e agora o que se deve fazer no meio de tudo isto? Esperar para todos a salvação! Temos a certeza de que se vão salvar? Não temos certeza de coisa nenhuma! Não temos certeza estatística! Não sabemos quantos santos há no Céu. Só sabemos aqueles que a Igreja canoniza por serem modelo, testemunho vivo de Cristo. De resto, não sabemos quantos há condenados. E aí a Igreja nunca declarou ninguém condenado. Nem Judas. É capaz de haver porque há muita gente que realmente faz muito mal. Mas quem são? Não sabemos se à última hora eles se convertem. O mal é que se quer saber muita coisa e isso é o contrário da esperança.

Balthasar pergunta: o que é que podemos esperar ou o que nos é lícito esperar? Ele foi muito censurado por dizer que Deus quer salvar todos. Alguns teólogos não entendem isto. E então achavam que ele dizia que o inferno estava ‘às moscas’! Para Balthasar, não esperar que todos se salvem é não saber amar. Porque basta que um não se salve, para não poder ficar descansado. Os santos no Céu intercedem por todos, e nós na terra devemos interceder e amar a todos, e não julgar ninguém, porque juiz é só o Senhor.

Então porque vemos as representações figurativas do inferno como fogo?

Porque as pessoas acham que tudo tem de ser representado e então representam o inferno com o fogo, com um maçarico. Este fogo é o do próprio amor, que a uns fará arder o coração de mais amor, a outros acaba por queimá-los no seu próprio egoísmo, no seu próprio mal. Quem ama verdadeiramente o fogo do amor divino resplandece nesse amor. Quem não ama arde nele. Por isso, a imagem do fogo é para dizer esta coisa simples.



O bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás, os padres João Lourenço, diretor da Faculdade de Teologia, Jacinto Farias, Robson Cruz e António Martins, bem como Maria Manuela Carvalho, especialista no pensamento do teólogo helvético, e Américo Pereira, todos docentes da instituição, são alguns dos oradores.

Pensamento do teólogo suíço e as grandes linhas de força do Vaticano II: 

100 anos do nascimento de Hans Urs von Balthasar
    Trecho do que os Modernista  falam do Caderal Hans Urs von Balthasar vão conde-lo ou corregir?
 A fundação da revista Communio, após o Concílio Vaticano II, permanece o sinal mais evidente do nosso compromisso comum na busca teológica. Todavia, não pretendo referir-me às recordações mas, antes, à riqueza da teologia de von Balthasar.O exemplo que von Balthasar nos deixou é mais o de um verdadeiro teólogo que na contemplação descobriu a acção coerente pelo testemunho cristão no mundo. Recordamo-lo nesta significativa ocasião como um homem de fé, um sacerdote que na obediência e no escondimento jamais procurou a afirmação pessoal, mas em total espírito inaciano desejou sempre a maior glória de Deus.
   Com estes sentimentos, desejo a todos vós que continueis com interesse e entusiasmo o estudo da obra balthasariana e encontreis os caminhos para uma sua aplicação eficaz. 
Fonte do trecho acima sitado:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/pont-messages/2005/documents/hf_ben-xvi_mes_20051006_von-balthasar_po.html

A Doutrina Tradicional ensina:

  Quem concluiu a doutrina do inferno foi o Papa Bento XII na constituição Benedictus Deus em 1336 (DS 1000). Por esta constituição, que permanecerá perpetuamente em vigência, Nós, com apostólica autoridade, definimos:

  Que, conforme a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos que partiram deste mundo antes da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim como as dos santos apóstolos, mártires, confessores, virgens e dos outros fiéis que morreram após o recebimento do santo batismo de Cristo – dado que não tinham necessidade de serem purificadas ao morreram, ou não há de ser quando no futuro morrerem, ou se, então, nelas tiver havido algo a purificar e tiverem sido purificadas após a morte – e as almas das crianças renascidas pelo mesmo batismo de Cristo e das que serão quando forem batizadas, e morreram antes do uso do livre-arbítrio, logo depois de sua morte e da purificação mencionada aos que precisavam de tal purificação, mesmo antes de reassumir os seus corpos e antes do juízo universal, após a ascensão ao céu de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, estiveram, estão e estarão no céu, no reino dos céus e no paraíso celeste, com Cristo, junto da companhia dos santos Anjos.

  E que depois da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face – sem a mediação de qualquer criatura como objeto de visão, mas a essência divina se revela a eles de forma imediata, desnuda, clara e manifesta –; e que aqueles que vêem assim, gozam plenamente da mesma essência divina, e, dessa forma, por essa visão e fruição, as almas daqueles que já morreram são verdadeiramente bem-aventuradas e possuem a vida e o descanço eterno, como também as dos que mais tarde hão de morrer verão a essência divina e gozarão dela antes do juízo universal; e que esta visão da essência divina a sua fruição fazem cessar nessas almas os atos de fé e de esperança, uma vez que a fé e a esperança são propriamente virtudes teologais; e, depois que esta visão intuitiva face a face e esta fruição teve e tiver nelas início, esta visão e fruição – sem qualquer interrupção ou privação desta visão e fruição –, permanecem ininterruptos e hão de assim continuar até o juízo final e, a partir dele, por toda a eternidade.

 Definimos também que, de acordo com a geral disposição de Deus, as almas daqueles que morrem em pecado mortal atual, logo depois de sua morte descem ao inferno, onde com as penas infernais são atormentadas, e que, todavia, no dia do juízo, todos os homens hão de comparecer “diante do tribunal de Cristo” com os seus corpos para prestar contas de suas ações, “para que cada um receba o que lhe toca segundo o que fez quando estava no corpo, seja de bem ou de mal” (II Cor. 5, 10).

A Escritura sagrada claramente atesta a existência de um lugar de condenação eterna chamado inferno ou às vezes referido a como Geena. Os exemplos são os seguintes: Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá no fogo da Geena” (Mt 5,22). O Senhor advertiu: “não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, temam quem pode destruir tanto corpo como alma na Geena” (Mt 10,28). E Jesus prosseguiu: “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mão que manter ambas as mãos e ir para a Geena com seu fogo inextinguível” (Mc 9, 43). 

   Em 543 no Concílio de Constantinopla, essa teoria da SALVAÇÃO UNIVERSAL foi condenada pela Igreja, e se afirmou o seguinte: 

“Se alguém afirmar ou crêr que o sofrimento e o castigo dos demônios e dos ímpios estão limitados no tempo e que algum dia terão fim e que haverá também reconciliação universal com os demônios e com os ímpios, que este seja condenado(DS 411)” (14)

  “Da existência do inferno falaram já a Profissão de fé de Damaso e a de Atanásio (DS 72,76). 

 O capítulo do Concílio de Latrão (1215) declarou: «Aqueles [os réprobos] receberão com o Diabo o suplício eterno» Dz 429; cf Dz 40, 835, 840.

O Concílio de Lião (DS 858) e o de Florença (DS 1351), afirmaram a existência do inferno (Cf também o Concílio de Trento – DS 1575)” (16)

Nota: O Papa Leão XIII, durante a celebração de uma missa particular, teve uma visão segundo a qual soube que o Demónio pediu permissão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus concedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século (este século). Assim que o Demónio se afastou, Deus chamou Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo e lhes disse: 

Dou-vos, agora, a incumbência de contrabalançar a obra nefasta do Demónio.

O Papa a seguir compôs a oração a São Miguel Arcanjo, ordenando depois que fosse rezada de joelhos, no fim de cada Santa Missa.

Oração a São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo, 
protegei-nos no combate, 
defendei-nos com o vosso escudo 
contra as armadilhas 
e ciladas do demónio. 
Deus o submeta, 
instantemente o pedimos; 
e vós, Príncipe da milícia celeste, 
pelo divino poder, 
precipitai no inferno a Satanás 
e aos outros espíritos malignos 
que andam pelo mundo 
procurando perder as almas. 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 
Ámen.