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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Comentários Eleison: CDXLV (447) - (06 de fevereiro de 2016)



 



Uma mãe leprosa alguns filhos vão desertar. 
Outros vão chegar muito perto, mas não sem receio.

Duas semanas atrás, um desses "Comentários" recuou em um campo minado e defendeu a posição de que ainda há algo Católico no que se tornou da Igreja Católica desde o Vaticano II. Essa posição é altamente disputada. Por exemplo, de um lado os atuais líderes da Sociedade de São Pio X agindo como se a Igreja oficial em Roma ainda fosse tão católica que a FSSPX não pode existir sem o seu reconhecimento oficial. Do outro lado muitas almas que realmente têm a fé católica absolutamente repudiam a ideia de que ainda há alguma coisa Católica que foi deixada na "Igreja" que agora está sendo liderada pelo "Papa" Francisco. O que se segue é apenas uma tentativa de discernir o que de verdade pode exister de ambos os lados.

No cerne do problema está o modernismo, que foi a doença essencial do Vaticano II. Modernismo é necessariamente, por sua própria natureza, um animal excepcionalmente escorregadio. Isso ocorre porque seu princípio básico é o de adaptar o catolicismo ao mundo moderno intrinsecamente anti-católico. Os Papas assim conciliares como Paulo VI e Bento XVI quiseram ambos partir e não romper com a tradição católica. Para qualquer mente sã isso é impossível, porque é contraditório. Mas uma vez que estes Papas são eleito para corresponder ao mundo moderno, então eles não têm mentes sãs, em vez disso, têm a contradição da realidade em sua corrente sanguínea. E uma vez que eles tiveram quase 50 anos para adequar a Igreja às suas insanidades, de cima para baixo, então surgiu uma Igreja tão diferente da Igreja pré-conciliar que é uma realidade que merece o nome de Nova Igreja.

Além disso, mesmo onde uma prática católica pré-conciliar, como por exemplo a Bênção do Santíssimo Sacramento, seja mantida na Nova Igreja, a fundação mental sobre o qual repousa nas cabeças dos presentes é susceptível de ser qualquer coisa, menos sólida, porque a doutrina da Presença Real é agora ao mesmo tempo tradicional e não tradicional, tendo sido consagrada por padres modernos, que são ao mesmo tempo sacerdotes e não sacerdotes. Eles são padres, se você quiser considerar assim, mas também, e ao mesmo tempo meramente ministros, se preferir. Independente do que você ache que pareça verdadeiro, porque a mente se desprendeu da realidade objetiva. Ela está nadando em sentimentos subjetivos agradáveis, e sem saber o que está fazendo, porque todo mundo (quase) está fazendo isso. Para qualquer um que tenha a verdadeira fé, essa falta de objetividade está longe de ser agradável, é nauseante. Não admira que tais almas possam repudiar a totalidade da Nova Igreja.

Mas se alguém respeita a realidade, ele é obrigado a admitir que ainda há fé na Nova Igreja. Um leigo me disse que seu pai tem fielmente participado da NOM pelos últimos 45 anos, e ainda tem fé. Um padre me disse que ele pode se lembrar de uma leiga apresentando por si mesma ao Arcebispo Lefebvre suas razões para a necessidade de participar da NOM, e ele apenas deu de ombros. E eu poderia multiplicar esses testemunhos que têm vindo a mim sobre a fé católica sobreviver ao ataque de tudo o que está errado no NOM. A razão para estes testemunhos serem reais deveria ser óbvio. Como parte essencial da religião subjetiva e ambígua, a NOM pode ser o que você faz dela. Um padre pode celebrá-la "decentemente", um católico pode assistir a isso "devotamente". As aspas são para aplacar os críticos mais duros que insistirão que, com a NOM não pode haver nem verdadeira decência nem a verdadeira devoção, mas quando dizem tais coisas, eu acho que eles estão voando em face da realidade. Graças a Deus, Deus é o juiz! Sem dúvida, a NOM, está minando e erodindo a decência Católica e devoção o tempo todo, mas para dizer que não há até agora nada destes deixado na "Nova Igreja" parece-me ser um exagero.

Não que os líderes da FSSPX têm o direito de querer voltar a ser incorporado na Nova Igreja, longe disso. Seja qual for as ovelhas por aí que ainda não estejam infectadas pelo subjetivismo estão abertas para o terrível perigo, nem são os pastores imunes. Ai dos bispos que não conseguiram manter o subjetivismo fora da Igreja Católica. Eles têm uma enorme responsabilidade.



Kyrie eleison.
 
 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.


Rezem todos os dia Santo Rosário