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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Sagração de Dom Tomas de Aquino um presente do Jubileu de Prata do:

Arcebispo Marcel Lefebvre e do Bispo Antônio de Castro Mayer  

D. LefebvreEste ano no Jubileu de  prata de morte do Arcebispo Marcel Lefebvre e do Antônio de Castro Mayer nos brasileiros somos presenteados com mais um  Bispo que continuara os ensinamento destes defensores
 da Doutrina de Sempre.
De muita felicidade para o Brasil pois reverendíssimo Dom Tomas continuara transmitindo a verdade Católica como transmitiu o nosso querido 
Bispo Dom  Antônio de Castro Mayer do Brasil.

 

HISTÓRICO 

http://www.beneditinos.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2&Itemid=5

 
D. Jean-Baptiste Muard
O Revdo. Pe. Jean-Baptiste Muard nasceu em 24 de abril de 1809 em Vireaux, na diocese de Sens, França. Desejando  fundar uma comunidade religiosa, descobre a Regra de São Bento quando de uma viagem a Subiaco (Itália). Conquistado pelo equilíbrio de vida que ela propõe entre trabalho e oração, volta para a França em 1848 com seus dois primeiros companheiros e faz seu noviciado na Trapa de Aiguebelle. Em 1850, ele instala sua comunidade nascente nas florestas do Morvan (Yonne), no lugar chamado “La Pierre-qui-Vire”. Quando em 19 de junho de l854 ele vem a falecer, cerca de vinte monges compõem a comunidade que conhece uma rápida expansão sendo hoje a Abadia Sainte Marie de la Pierre-qui-Vire.
D. Romain Banquet
Em 1864 Louis Banquet, jovem seminarista de 24 anos e subdiácono desde dezembro de 1863, ingressa no noviciado da Pierre-qui-Vire recebendo posteriormente o nome religioso de Romain. Dez anos depois, D. Romain Banquet começa a dirigir espiritualmente uma jovem de dezessete anos, Marie Cronier, que estava terminando seus estudos na Abadia de Jouarre e que é beneficiada por graças particulares. Inicia-se, assim, uma amizade espiritual que durará até o fim de suas vidas. Marie Cronier recebe em 29 de janeiro de 1883 a revelação do plano de uma obra à qual o Senhor os chama:
“... uma arca espiritual que será Sua própria morada, onde as almas viverão dEle, onde Ele será o Bem-amado. Será seu lugar escolhido, se as almas chamadas tiverem a felicidade de compreendê-lo.”
Madre Marie CronierÉ essa revelação de Nosso Senhor que dará origem, após muitas dificuldades, aos mosteiros de Saint-Benoît d’En Calcat e de Sainte-Scholastique de Dourgne. Erigidos em abadia em 1896, Dom Romain Banquet e Madre Marie Cronier receberão em setembro desse mesmo ano a bênção abacial.
Em 1937 um grupo de monges de En  Calcat funda o priorado de Notre-Dame de Madiran que, erigido em abadia em 1946, transfere-se em 1952 para Tournay, perto de Lourdes.

Em l963 Dom Gérard Calvet, monge da abadia de Tournay, chegou ao Brasil para ajudar numa fundação no sul do país. Entre os conhecimentos que fez no Brasil, ligou-se ao escritor Gustavo Corção por uma grande afinidade de pensamento. De volta à França em 1970 e descontente  com o rumo  cada vez mais  progressista de seu mosteiro de origem,   recebe  autorização para fundar “ad experimentum” uma comunidade em Bédoin, perto de Avignon, o priorado Sainte Marie-Madeleine. A comunidade tinha ainda pouco mais de três membros quando providencialmente estes vieram a conhecer D. Marcel Lefebvre, fundador da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e do Seminário de Ecône, na Suíça, de quem receberam logo incentivo e preciosa ajuda. Rapidamente, com inúmeras vocações vindas sobretudo dos meios tradicionalistas  franceses, o mosteiro pôde se desenvolver e começar até mesmo sua construção definitiva, desta vez na localidade chamada Le  Barroux, no sul da França.
Com o crescimento do mosteiro do Barroux , Dom Gérard decide fazer uma nova fundação e resolve fazê-la  no Brasil não só pelos laços de amizade que conservara como também pela presença de dois brasileiros em sua comunidade.
D. Antônio de Castro MayerAssim, em 3 de maio de 1987 foi fundado o Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, RJ, num magnífico terreno doado por um benfeitor brasileiro. Os fundadores eram seis monges, tendo como prior um monge brasileiro que havia ingressado em Bédoin em 1974, D. Tomás de Aquino Ferreira da Costa. O novo mosteiro recebeu desde seu início o caloroso apoio de D. Antônio de Castro Mayer, então bispo emérito de Campos - RJ, bem como de todo o clero e dos fiéis  tradicionalistas não só de Campos, mas ainda do Rio de Janeiro e de outras regiões do Brasil.
Em l988, porém, uma grave decisão se impôs à comunidade nascente: Dom Gérard  acabava de se separar de D. Lefebvre tomando uma nova direção em detrimento da Fé. Ora, assim como no tempo do arianismo era sinal de ortodoxia estar em comunhão com Santo Atanásio, assim em nossos dias o mesmo se deve dizer com relação aos então únicos bispos totalmente fiéis à Tradição da Igreja. O Mosteiro da Santa Cruz decidiu então se separar de Dom Gérard o que, apesar de inevitáveis dificuldades,  não impediu o  desenvolvimento da pequena comunidade pois de todas as partes do Brasil e também da Europa chegou-lhe o necessário apoio espiritual e mesmo material permitindo a continuidade da vida monástica.
Em 1992 duas oblatas seculares do Mosteiro da Santa Cruz partem para a França para lá , no mosteiro de Notre-Dame de Toute Confiance, iniciarem-se na vida monástica em vista de uma futura fundação de monjas junto à de seus irmãos beneditinos. Tendo terminado, já no Brasil, sua formação religiosa, em 30 de novembro de 1999, festa de Santo André,  recebem, na capela do Mosteiro da Santa Cruz, das mãos de S. Exa. Revma. Dom Bernard Tissier de Mallerais, a Consagração das Virgens e fazem também sua profissão monástica perpétua consolidando assim a fundação do Mosteiro do Sagrado Coração de Jesus.
Desde a ruptura de Dom Gérard em 1988 com D. Lefebvre, os tradicionalistas franceses desejavam a fundação de novo mosteiro beneditino na França, fundação essa que teve seu início em agosto de l999 com a partida de um pequeno grupo de monges do Mosteiro da Santa Cruz e também com a ajuda do mosteiro de Nossa Senhora de Guadalupe, do Novo México (EUA), o qual foi fundado por um monge americano da comunidade do Barroux que havia se separado, como a fundação brasileira, de Dom Gérard. Com a ajuda dos fiéis tradicionalistas não só da França como também de muitos outros países, a comunidade conseguiu adquirir em julho de 2000 uma antiga abadia cisterciense na região central da França, Notre-Dame de Bellaigue, e vai-se desenvolvendo bem, com as bênçãos de Deus e de Nosso Pai São Bento.
U.I.O.G.D.

Nosso agradecimentos aos Bispos que farão a cerimônia da sagração de
 Dom Tomas de Aquino.
 

Quem é Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, nosso novo Bispo: um testemunho



(professor laico da Casa de Estudos Santo Anselmo, do Mosteiro da Santa Cruz)




    Miguel Ferreira da Costa nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1954. Até a Faculdade de Advocacia, fez seus estudos no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, onde tive a oportunidade de ser por um breve tempo seu colega de classe. Fez parte do movimento tradicionalista e antimodernista organizado em torno de Gustavo Corção e da revista Permanência; teve início então sua vida de “fiel guerreiro da guerra pós-conciliar pela Fé”, como escreve Dom Williamson. Começou, como dito, a cursar Advocacia, mas abandonou-a para tornar-se monge, com o nome de Tomás de Aquino, no mosteiro francês do Barroux, que tinha então por superior a Dom Gérard; e foi ordenado sacerdote em 1980, em Êcone, por Dom Marcel Lefebvre. Pôde então privar da amizade, do exemplo, dos ensinamentos do fundador da FSSPX.

 

   Veio ao Brasil com um grupo de monges do Barroux para fundar o Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro/Brasil. Nesse ínterim, porém, Dom Gérard, contra a instância de Dom Lefebvre, marchou para um acordo com a Roma conciliar, contra o que se opôs também Dom Tomás de Aquino. A separação foi então inevitável. O Mosteiro da Santa Cruz, com total apoio e incentivo de Dom Lefebvre, tornou-se assim independente, ainda que amigo da FSSPX. Com efeito, escreveu pouco mais ou menos Dom Lefebvre a Dom Tomás em carta que tive o privilégio de ler: O senhor deve reverência e consulta aos bispos da FSSPX, mas estes não têm jurisdição sobre o senhor, que, como prior do Mosteiro, há de ter autonomia.

 

   Mas foi-se tornando difícil a relação de Dom Tomás e seu Mosteiro com a FSSPX, sobretudo com a aproximação desta à Roma neomodernista. Quando Bento XVI publicou seu Motu proprio sobre o “rito extraordinário”, Dom Tomás de Aquino negou-se a cantar na Missa de domingo o Te Deum pedido por Dom Fellay para comemorar o documento papal, e, especialmente pela “suspensão das excomunhões” pelo mesmo papa, escreveu Dom Tomás a Dom Fellay uma carta em que dizia que não seguiria seus passos rumo a um acordo com a Roma conciliar. Um tempo depois, aparecem no Mosteiro (sou testemunha presencial disto) Dom de Galarreta e o Padre Bouchacourt para dizer a Dom Tomás que ele teria quinze dias para deixá-lo; se não o fizesse, o Mosteiro deixaria de receber ajuda e sacramentos (incluído o da ordem) da FSSPX.

 

   Escrevi a Dom Fellay para queixar-me de tal injustiça, e recebi por resposta o seguinte: “O problema de Dom Tomás é mental. Enquanto não deixar o Mosteiro, este não receberá nossa ajuda”. Respondi-lhe: “Devo ter eu também o mesmo problema mental, porque convivo há doze anos com Dom Tomás e nunca o percebi nele”. Tratava-se em verdade de algo similar ao stalinismo e seus hospitais psiquiátricos para opositores.

 

   Hesitou então Dom Tomás: se deixasse o Mosteiro, seria a ruína deste com respeito à Fé; se porém permanecesse, privá-lo-ia de toda a ajuda de que necessitava. Foi então que veio em seu socorro Dom Williamson: o nosso Bispo inglês escreveu uma carta a Dom Tomás em que assegurava ao Mosteiro todos os sacramentos; poderia assim Dom Tomás permanecer nele. Foi o suficiente para que todos aqui reagíssemos: foi o começo do que hoje se conhece por Resistência, e que teve por órgão primeiro a página web chamada SPES, hoje desativada por ter cumprido já o papel a que se destinava. O Mosteiro passou a ser então centro de acolhimento para os sacerdotes que, querendo deixar a FSSPX pela traição de seus superiores, hesitavam porém em sair justo por não ter onde viver fora dela. Foi o lugar da sagração de Dom Faure, e será agora o lugar da sagração do mesmo Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, meu pai espiritual e o amigo mais entranhável que Deus me poderia haver dado. Sim, sou filho seu e do Mosteiro da Santa Cruz, e foi aqui, neste cantinho do céu, que pude sentir pela primeira vez o tão agradável odor da santidade. 
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.
Façam penitência.