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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCXXXV (635) - (14 de setembro de 2019)

RACISMO BRANCO? – II


A raça branca deve retornar a Deus, ou perecerá em sua apostasia.
Ele não está ultrapassado nem é mera fantasia!

Acompanhando estes "Comentários" da semana passada, um leitor observou que o título deveria ter sido "Racismo antibranco". Ele está evidentemente certo, no sentido de que o antagonismo está partindo hoje muito mais dos não brancos para os brancos do que dos brancos para os não brancos; mas o que importa para todos nós é aliviar o antagonismo, seguindo qualquer direção racial, entendendo o que está por trás dele. Em última instância, são os liberais que atualmente dirigem o mundo que querem expulsar o Deus Todo-Poderoso de Sua Criação para que eles possam tomar o Seu lugar. Como bons "liberais", eles querem, sobretudo, a liberdade em relação a Deus. De que serve a liberdade de qualquer coisa ou de qualquer pessoa, se não estiver livre de Deus e de Seus Dez Mandamentos?

Ora, quando Deus encarnou, a religião que Seu Filho instituiu espalhou a Cristandade por todo o mundo, onde, nas palavras de São Paulo, todos os que são batizados em Cristo se revestiram de Cristo, de tal modo que “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, nem homem nem mulher, porque todos vós sois um só em Jesus Cristo” (Gal. III, 27–29; Col. III, 11). Essa doutrina significa que, onde o cristianismo prevalece, antagonismos tais como o "antissemitismo", o "racismo" e o "feminismo" tendem a dissolverem-se, porque todos estão submersos no batismo em Cristo. Mas e se os homens rejeitam Cristo? Não voltarão para a superfície todos os antagonismos entre judeus e não judeus, entre não brancos e brancos, entre homens e mulheres?

Eles voltarão, e serão piores depois da Cristandade do que eram antes, porque o cristianismo permitiu aos homens conhecerem a Deus como eles nunca haviam conhecido antes, e conhecerem também a igualdade absoluta de todos os homens perante Deus, uma igualdade que pertence à eternidade, que diminui as múltiplas desigualdades entre os homens nesta curta vida na terra. Antes da Cristandade, os homens aceitavam naturalmente essas desigualdades como sendo parte da vida contra a qual era tolice protestar – as desigualdades estavam simplesmente ali. Sob a Cristandade, a humanidade aprendeu a ser consolada pelas desigualdades, que ainda existem, pela suprema igualdade da eternidade. Mas depois da Cristandade, a fé cristã, Cristo, o céu e a eternidade se foram, de modo que as desigualdades desta vida, que não desapareceram, são sentidas mais intensamente do que nunca.

Com efeito, os liberais, fazendo o melhor que podem para acabarem com a Cristandade, conservaram dela alguns traços, como o da suprema igualdade entre todos os homens, mesmo tendo se desfeito do Deus em quem essa igualdade se fundou. Portanto, a igualdade da eternidade deve agora ser comprimida entre dez e setenta anos. É como tentar enfiar um litro de líquido em uma pequena caneca. Não acontecerá. Mas eles farão de tudo para que isto ocorra. E aqui está o motivo pelo qual os liberais estão sempre lutando contra a realidade. Eles são pós-cristãos que tentam encaixar numa vida curta alguns ideais de Cristo que têm dimensões de eternidade. Eles sentem falta da Cristandade, mas não querem Cristo; por isso, se esforçam obstinadamente para recriar a Cristandade sem Cristo, uma empresa fadada ao fracasso. Mas eles voltarão a Cristo? Nunca! "Liberdade, Igualdade, Fraternidade!"

Assim, a liberdade cristã em relação ao pecado, para o Céu, deve ser transformada em liberdade em relação a qualquer opressão terrena, real ou imaginada, liberdade para a Revolução; a igualdade cristã diante de Deus, para a eternidade, deve ser transformada no nivelamento de todas as superioridades reais da terra, que não desaparecerão, por mais que os liberais se esforcem; e, por último, a fraternidade em Cristo, a verdadeira fraternidade de todos os homens como filhos do único e verdadeiro Deus, deve ser substituída pela associação artificial de todos os homens em instituições como as Nações Unidas, que só podem fracassar.

Concluindo, a raça branca recebeu de Deus dons especiais, naturais e sobrenaturais, para levar Cristo e Sua Igreja para toda a humanidade. Sempre que fazia isso, toda a humanidade se beneficiava, e os homens em todo o mundo se encaminhavam para o Céu, sem ressentimentos e com muita gratidão pela raça que estava abrindo seu caminho para o Céu. Mas quando essa raça deixou de servir a essa função, o resto da humanidade se sentiu instintivamente traída, e o "racismo" se desencadeou, como nunca antes. Brancos, se vocês não gostam de racismo antibranco, rezem o Rosário: 15 Mistérios por dia.

Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.