10/10 Quinta-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Brancos
Desde
pequeno era muito piedoso e desejou tornar-se monge, sua família porém o
enviou à corte do imperador Carlos V. Ali se destacaria acompanhando o
imperador em suas campanhas e casando-se com uma nobre portuguesa:
Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos,
Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia.
Nobre
e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da
imperatriz Isabel de Portugal à sua tumba em Granada. Se diz que, quando
viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela
imperatriz decidiu "nunca mais servir a um senhor que me possa morrer".
Ainda jovem foi nomeado vice-rei da Catalunha, província que administrou
com grande eficiência. Quando seu pai morreu, recebeu por herança o
título de Duque de Gandía, então se retirou para a sua terra natal e aí
levaria, com sua família, uma vida entregada puramente à religião. Em
1546 sua esposa Eleanor morreu e Francisco decidiu entrar na
recentemente fundada Companhia de Jesus. Ajustou as contas com os seus
assuntos mundanos, renunciou aos seus títulos em favor de seu
primogênito, Carlos e, imediatamente, se lhe foi oferecido o título de
cardeal. Recusou, preferindo a vida de um pregador itinerante. Seus
amigos conseguiram convencê-lo a aceitar o título para aquilo que a
natureza e as circunstâncias o haviam predestinado: em 1554,
converteu-se no Comissário Geral dos Jesuítas na Espanha, e em 1565, em
Superior Geral de toda a Ordem A Congregação Geral II de Jesuítas se
curvou evidentemente na eleição pelo enorme prestígio do outrora Duque
de Gandia Por sete anos governou a Companhia de Jesus. Neles coube-lhe a
grave responsabilidade de formar a primeira geração de religiosos que
não conheceu o fundador, tarefa desempenhada com exímia fidelidade. Sob
seu generalato, a Ordem adquiriu estabilidade, abriu numerosos colégios e
consolidou-se nas missões. Em tão curto período, 66 jesuítas foram
martirizados, entre os quais Inácio de Azevedo e seus 39 companheiros.. O
eleito revisou as regras da Ordem e, por influência das práticas de
certos jesuítas espanhóis, aumentou o tempo dedicado à oração. Se
preocupou para que cada Província tivesse seu noviciado: pessoalmente
fundou o Noviciado de Sant'Andrea al Quirinale, no qual se formaram S.
Estanislau Kostka, o pregador polonês Piotr Skarga e o futuro Padre
Geral Claudio Aquaviva.
Uma
das tarefas mais delicadas deste governo foi negociar com S. Pio V, o
qual desejava reintroduzir a função litúrgica cantada na Companhia. De
fato, esta medida começou em maio de 1569, mas somente nas casas
professas e sem interferir em outras tarefas. É por isso que todos os
jesuítas deveriam exercer três votos solenes até que o Papa Gregório
XIII restaurou a prática original tal como estava nas Constituições
escritas por Santo Inácio.
Os
Colégios prosperaram: de 50 em 1556 passaram a 163 em 1574. Borja
promulgou a primeira Ratio Studiorum em 1569. Para seu governo apoiou
visitantes. Iniciou-se a remodelação da Igreja de Jesus, em Roma. O
Geral seguiu de muito perto a evolução da Contrarreforma na Alemanha.
Muitas fundações jesuítas serviram para reforçar a causa católica.
Deu
grande impulso às missões. Uma expedição missionária enviada por ele ao
Brasil foi exterminada pelos protestantes em alto-mar (Inácio de
Azevedo e seus companheiros mártires, em 5 de junho de 1570).
Borja
recebeu missões especiais de Sua Santidade, assim como com Laínez. De
viagem a Portugal e Espanha -apesar de acusações-, foi muito receptivo.
Tomou conta de negócios da Companhia e delicados cargos diplomáticos nas
cortes. A volta à Roma foi difícil; chegou à Cidade Eterna em situação
ruim, mas feliz por ter obedecido até o fim. Morreu São Francisco de
Borja, ocorrido em Roma, na madrugada de 1º de outubro de 1572, foi uma
partida cheia de alegria para a Pátria Eterna, própria de quem deu tudo
por Deus.
Intróito/ Sal. 36, 30-31
A boca do justo meditará sobre a sabedoria, e a sua língua proferirá eqüidade; a lei de seu Deus está em seu coração.
Ps. Ibid., 1.Não tenha inveja dos ímpios e não tenha inveja dos que praticam a iniqüidade.
V/. Glória Patri.
Coleta
Senhor Jesus Cristo, vós que sois modelo e recompensa da verdadeira humildade, e que fizestes do Beato Francisco o vosso glorioso imitador no desprezo das honras terrenas, concedei-nos a graça de imitá-lo e partilhar da sua glória.
Leitura da Epístola
Eclesiástico 45, 1-6
1.Moisés
foi amado por Deus e pelos homens: sua memória é abençoada.2.O Senhor
deu-lhe uma glória semelhante à dos santos; tornou-se poderoso e temido
por seus inimigos.3.Glorificou-o na presença dos reis, prescreveu-lhe
suas ordens diante do seu povo, e mostrou-lhe a sua
glória.4.Santificou-o pela sua fé e mansidão, escolheu-o entre todos os
homens.5.Pois (Deus) atendeu-o, ouviu sua voz e o introduziu na nuvem.
6.Deu-lhe seus preceitos perante (seu povo) e a lei da vida e da
ciência, para ensinar a Jacó sua aliança e a Israel seus decretos.
Gradual.Pr.91,13e14.Iustus ut palma florébit: sicut cedrus Líbani multiplicábitur in domo Dómini. Os justos florescerão como a palmeira e se multiplicarão como o cedro do Líbano na casa do Senhor.
V/. Ibid., 3. Ad annuntiándum mane misericórdiam tuam, et veritátem tuam per noctem.V/. Para anunciar a tua misericórdia de manhã e a tua verdade à noite.
Aleluia, aleluia. V/. Iac. 1, 12. Beátus vir, qui sofreste tentação: quóniam, cum probátus fúerit, accípiet corónam vitae. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. Bem-aventurado o homem que sofre a prova com paciência, pois quando for provado receberá a coroa da vida. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Mateus 19,27-29
27.Pedro
então, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que deixamos tudo para te
seguir. Que haverá então para nós?28.Respondeu Jesus: Em verdade vos
declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver
sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis
sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.29.E todo
aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher,
filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.
Ofertório/Sal. 88, 25.
A minha verdade e a minha misericórdia estarão com ele e pelo meu nome surgirá o seu poder.
Secreta
Rogamos-te, Senhor, que São Francisco nos obtenha que as oferendas colocadas nos teus sagrados altares nos sejam úteis para a nossa salvação.
Comunhão/ São Lucas. 12, 42.
Bem-aventurado o servo que o senhor, ao chegar, encontrar vigiando; em verdade vos digo que ele o designará sobre todos os seus bens(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Ó Senhor, que o Beato Francisco nos proteja, intercedendo por nós neste momento em que recebemos o vosso sacramento, para que imitemos os exemplos notáveis da sua vida e recebamos os frutos da sua intercessão.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário