19/11 Terça-feira
Festa
de Terceira Classe
Paramentos
Brancos
Santa
Isabel da Hungria e da Turíngia, 7 de Julho
de 1207 - Marburgo, 17 de Novembro de 1231), foi uma princesa do
Reino da Hungria, filha de André II da Hungria e da rainha Gertrudes
de Andechs-Meran, descendente da família dos condes de
Andechs-Meran.
Do lado materno, era sobrinha de
Santa Edwiges, tia das santas Cunegundes (Kinga) e Margarida da
Hungria e tia-avó de Santa Isabel de Portugal e, do lado paterno,
prima de Santa Inês de Praga. Casara-se com o Duque Ludwig da
Turíngia, filho do Landgrave Hermano I e de Sofia da Bavária,
soberano de um dos feudos mais ricos do Sacro Império
Romano-Germânico. O noivado foi realizado no Castelo de Wartburg, em
Eisenach, capital do Ducado da Turíngia.
Os dois realmente se apaixonaram, viveram uma grande e
intensa história de amor, num matrimônio exemplar, e tiveram três
filhos. O que fez atrair sobre Isabel os ciúmes de sua sogra, a
duquesa Sofia e demais parentes do esposo. Foi fortemente
influenciada pela espiritualidade franciscana, cuja ordem surgiu
naquela época. Quis viver uma pobreza voluntária total, no que foi
desaconselhada pelo seu diretor espiritual, Conrado de Marburgo, que
a aconselhou a viver as virtudes do seu estado.Dela conta-se que
certa vez, quando levava algumas provisões para os pobres nas dobras
de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça.
Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto
que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas
vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores. Dizendo-lhe
que prosseguisse seu caminho, apanhou uma das rosas, que guardou pelo
resto de sua vida. Note-se que da sua sobrinha, Santa Isabel de
Aragão, Rainha de Portugal, se conta o mesmo fato Em outra situação,
avisado pela mãe de que a esposa havia acolhido um leproso sobre o
próprio leito, Ludwig correu para lá, mas os olhos de sua alma se
abriram e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado. Ludwig
apaoiava e auxiliava a amada esposa em suas grandes obras de
caridade.Porém, tamanha prodigalidade para com os pobres irritava os
seus cunhados, os príncipes Henrique e Conrado da Turíngia.A
caminho para as cruzadas, acompanhando o imperador Frederico II de
quem muito admirava, Ludwig faleceu de peste em Otranto, o que causou
enorme dor em Santa Isabel, que recebera a notícia da morte em
outubro, após o nascimento da terceira filha, Gertrudes. Esta dor,
entretanto, foi ainda acrescida de maiores agruras, quando seus
cunhados, livres do temor que nutriam pelo irmão mais velho,
expulsaram-na do castelo com seus filhos, em pleno inverno, sem
dinheiro e sem mantimentos e ainda proibindo o povo de agasalhá-la e
a seus filhos.Resgatada mais tarde por sua tia Matilda, Abadessa do
Convento Cisterciense de Ktizingen, Isabel preferiu confiar a seus
parentes a educação dos três filhos - Hermano, Sofia e Gertrudes -
e quis tomar o hábito da Ordem São Francisco, junto de suas duas
fiéis damas de companhia Jutta e Isentrude.Algum tempo depois,
entretanto, os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia
à cruzada voltaram, trazendo seu corpo.
Corajosamente
enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido e
exprobaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio
irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às
palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a
restauraram em seus bens e propriedades.Mestre Conrado de Marburgo a
orientou numa vida de renúncia (não sem ele mesmo impor-lhe uma
rígida e sufocante disciplina que precisou da intervenção dos
amigos para ser abrandada) e ela usou parte de sua fortuna para
construir um Hospital em honra a São Francisco de Assis em Marburgo.
Nesta época de sua vida, a santidade de Isabel manifestou-se de
forma extraordinária e seu nome tornou-se famoso em todas as
montanhas da Alemanha. Dizia-se que São João Batista vinha lhe
trazer pessoalmente a comunhão e que inúmeras vezes ela foi
visitada pelo próprio Jesus Cristo e pela Virgem Maria, que a
consolavam em seus sofrimentos. Uma de suas amigas depôs no processo
de canonização que surpreendeu várias vezes a santa elevada no ar
a mais de um metro do chão, enquanto contemplava o Santíssimo
Sacramento absorta em êxtase contemplativo.Perguntada certa vez
sobre que fim queria dar à herança que lhe pertencia disse: "Minha
herança é Jesus Cristo!"Henrique ficou como Regente de ducado
durante a menoridade do sobrinho mais velho, o novo Duque soberano,
porém Isabel preferiu viver na pobreza absoluta, o que muito
desejava, retirou-se primeiro para Eisenach, depois para o Castelo de
Pottenstein e, finalmente para uma modesta residência em Marburgo
onde às suas expensas mandou construir o Hospital de Marburgo,
ingressou na Ordem Terceira Franciscana e aí, prestou assistência
direta aos pobres e doentes, onde veio a falecer poucos anos depois,
em 1231, com apenas 24 anos. Foi sepultada com grandes honras.Na
Alemanha, também seu marido Ludwig e sua filha Gertrudes são
honrados como santos.
Intróito/ Salmos 118, 75 e 120.
Eu reconheci, Senhor, que seus julgamentos são justos e que você me humilhou de acordo com sua justiça. Perfure minha carne com seu medo; Eu temo seus julgamentos.
Sl. Ibid., 1.Bem-aventurados os que andam sem mancha no caminho, que andam na lei do Senhor.
V/. Glória Patri.
Coleta
Deus de misericórdia, iluminai os corações dos vossos fiéis e, tocados pelas gloriosas orações de Santa Isabel, fazei que desprezemos a prosperidade do mundo e gozemos incessantemente das consolações celestiais.E comemorou São Ponciano, Papa e Mártir:
Oratio.
Gregem tuum, Pastor ætérne, placátus inténde: et, per beátum Pontiánum Mártyrem tuum atque Summum Pontíficem, perpétua protectionióne custódi; quem totíus Ecclésiae præstitísti esse pastórem. Por Dominum nostrum. Eterno Pastor da Igreja, olha com bondade para o teu rebanho, protege-o e guarda-o sempre. Nós vos pedimos pelo Beato Papa Ponciano, vosso Mártir, a quem puseste como pastor à frente da Igreja.
Leitura da Epístola
Provérbios 31,10-31
10
Uma
mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é
o seu valor. 11
Confia
nela o coração de seu marido, e jamais lhe faltará coisa alguma.
12
Ela
lhe proporciona o bem, nunca o mal, em todos os dias de sua vida. 13
Ela
procura lã e linho e trabalha com mão alegre. 14
Semelhante
ao navio do mercador, manda vir seus víveres de longe. 15
Levanta-se,
ainda de noite, distribui a comida à sua casa e a tarefa às suas
servas. 16
Ela
encontra uma terra, adquire-a. Planta uma vinha com o ganho de suas
mãos. 17
Cinge
os rins de fortaleza, revigora seus braços. 18
Alegra-se
com o seu lucro, e sua lâmpada não se apaga durante a noite. 19
Põe
a mão na roca, seus dedos manejam o fuso. 20
Estende
os braços ao infeliz e abre a mão ao indigente. 21
Ela
não teme a neve em sua casa, porque toda a sua família tem vestes
duplas. 22
Faz
para si cobertas: suas vestes são de linho fino e de púrpura. 23
Seu
marido é considerado nas portas da cidade, quando se senta com os
anciãos da terra. 24
Tece
linha e o vende, fornece cintos ao mercador. 25
Fortaleza
e graça lhe servem de ornamentos; ri-se do dia de amanhã. 26
Abre
a boca com sabedoria, amáveis instruções surgem de sua língua. 27
Vigia
o andamento de sua casa e não come o pão da ociosidade. 28
Seus
filhos se levantam para proclamá-la bem-aventurada e seu marido para
elogiá-la. 29
Muitas
mulheres demonstram vigor, mas tu excedes a todas. 30
A
graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se
deve louvar. 31
Dai-lhe
o fruto de suas mãos e que suas obras a louvem nas portas da cidade.Gradual. Salmos 44, 3 e 5.Diffúsa est grátia in labiis tuis: proptérea benedíxit te Deus in ætérnum. A graça é derramada em seus lábios; é por isso que Deus o abençoou para sempre e por todas as eras.
V/. Propter veritátem et mansuetúdinem et iustítiam: et de ducet te mirabíliter déxtera tua. V/. Pela verdade, mansidão e justiça; e a tua direita te conduzirá maravilhosamente.
Aleluia, aleluia. V/. Ibid., 5. Specie slew e pulchritúdine slew pretende, prospera, procede e reina. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. Com a tua glória e a tua majestade, avança, marcha vitoriosamente e reina. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São
Mateus 13,44-52
44
O
Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num
campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de
alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45
O
Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura
pérolas preciosas. 46
Encontrando
uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. 47
O
Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie. 48
Quando
está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e
separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. 49
Assim
será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos
justos 50
e
os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. 51
Compreendestes
tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles. 52
Por
isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é
comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e
velhas.Ofertório/ Sl 44. 3.
A graça é derramada em seus lábios; é por isso que Deus o abençoou para sempre e por todas as eras.
Secreta
Que vos seja agradável, Senhor, a oferenda que vos faz o vosso povo santo em honra dos vossos santos, por cujos méritos reconhecem ter recebido auxílio na tribulação.
Pro S. Pontiano Para St. Pontien
secreta
Oblátis munéribus, quǽsumus, Dómine, Eccléiam tuam benígnus illúmina: ut, et gregis tui profíciat ubique succéssus, et grati fiant nómini tuo, te gubernánte, pastores. Por Dominum. Graças à oferta destes presentes, concede, Senhor, luz à tua Igreja; faça seu rebanho prosperar em todos os lugares e dedique-se a dirigir seus pastores para que eles sejam agradáveis ao Senhor.
Comunhão/Sl 44, 8.
Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; portanto, Deus, o seu Deus, ungiu você com o óleo da alegria mais excelentemente do que todos os seus companheiros.
(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh! Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo. Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Vós, Senhor, alimentastes a vossa família com dons sagrados; revive-nos sempre graças à intervenção do santo cuja festa celebramos.
Pro S. Pontiano Para St. Pontien pós-comunhão pós-comunhão
Refectióne sancta enutrítam gubérna, quǽsumus, Dómine, tuam placátus Ecclesiam: ut, poténti moderatióne dirécta, et increménta libertátis accípiat et in religiónis integritáte persístat. Por Dominum nostrum. Senhor, dirige com amor a tua Igreja, que acaba de ser alimentada nesta santa mesa, para que, sob a tua guia onipotente, veja crescer a sua liberdade e preserve a religião em toda a sua pureza.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário