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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCXLI (641) - (26 de outubro de 2019)


PADRE BRUEHWILER

Na Igreja de Deus, a doutrina é o principal, e vem em primeiro lugar,
Comprometer a doutrina implica traição.


A seguinte análise da situação atual da Fraternidade Sacerdotal São Pio X apareceu no boletim nº 3 da paróquia de São Galo, na Suiça, do Pe. Aloïs Bruewihler, para o outono deste ano. O Pe. Bruewihler é um antigo sacerdote da Fraternidade que a deixou em 2015 porque não pôde reconciliar-se com a falsa direção que está tomando a Neofraternidade, que continua buscando o reconhecimento pelas autoridades da Neoigreja em Roma, ainda que estas insistam sempre na aceitação pela Neofraternidade dos documentos profundamente anticatólicos do Vaticano II como condição indispensável desse reconhecimento. O artigo do Pe. Bruewihler está adaptado aqui para o tamanho A4 de cada um destes "Comentários".

Em uma época de grave crise em que os próprios fundamentos da vida estão sendo atacados, sacudidos e até derrubados, um católico deve, com toda humildade e confiança na proteção de Deus Todo-Poderoso, concentrar-se na “única coisa necessária” (Lc. X, 42), sem questionar a Deus, mas aceitando humildemente a provação que Sua Eterna Sabedoria permitiu (ou inclusive estabeleceu?) como um meio carregado de graça para castigar-nos ou purificar-nos ou santificar-nos ou salvar-nos, corpo e alma.

Como a Igreja Mãe, humilhada e acorrentada desde o Vaticano II, está tão ocupada e inundada como sempre pelos sinistros poderes maçônicos estabelecidos no seio da "Igreja conciliar", a Providência onissapiente de Deus deu aos católicos um fiel sucessor dos Apóstolos, Dom Lefebvre, para garantir-nos, em nossas extremas e contínuas necessidades, uma fonte emergencial da doutrina inalterada de Cristo. Quanto mais o Neovaticano fala e age sob a influência da “fumaça de Satanás”, mais atenção os católicos devem prestar à herança doutrinária que o Fundador da Fraternidade Sacerdotal São Pio X nos deixou se querem salvar suas almas. Pois, assim como São Paulo advertiu os coríntios a manterem o evangelho como ele lhes pregara, e como o recebera de Cristo (1 Cor. XV, 1–3, etc.), assim também abandonar atualmente os ensinamentos do Arcebispo sobre a Missa Nova e o Concílio é, com efeito, abandonar o ensinamento de Cristo.

Mas logo após a morte do Arcebispo em 1991, os líderes da Fraternidade seguiram um novo caminho, pelo qual se esforçaram desde então para "normalizar" a posição canônica da Fraternidade na Igreja oficial, como se a Fraternidade do Arcebispo, e não a Igreja conciliar, é que fosse anormal. Essa mudança de direção começou claramente a aparecer com a tentativa dos líderes da Fraternidade em 2001 de submeterem-se aos romanos conciliares, e ficou ainda mais clara com a Carta a esses líderes, de 7 de abril de 2012, de três dos quatro Bispos da Fraternidade, um dos quais foi logo excluído da mesma Fraternidade. Esta estava sendo dividida em duas, e quem aprovou essa exclusão deve estar aprovando agora os novos amigos da Fraternidade, como o Bispo suíço da Neoigreja, cuja doutrina sobre o Concílio e a Missa está longe daquela do Arcebispo Lefebvre. Assim, a Neofraternidade está agora sendo reformada com base na unidade prática antes da verdade doutrinária, o que é um princípio maçônico, e, absolutamente, não católico. No entanto, cada vez mais sacerdotes e leigos cegos parecem esperar que se chegue a um acordo entre a Fraternidade e Roma.

O problema remonta ao Vaticano II (1962–1965), quando os fiéis católicos, em suas famílias e no trabalho, tiveram de aprender por conta própria o que significa para os oficiais da Igreja se afastarem da Verdade Católica. Os católicos não podiam mais seguir ou obedecer aos Papas, Bispos e Padres, ainda que estes tivessem autoridade sobre eles, porque a Autoridade Católica está a serviço da Fé e da Justiça, e, ao contrário disto, o "Motu Proprio" de Bento XVI em 2007, e o Comunicado de Imprensa ambíguo e enganoso do Superior Geral da FSSPX emitido ao mesmo tempo, são dois exemplos de um sério desrespeito pela verdade e pela justiça. Como o Bispo Tissier disse em 2016, "a missa 'Motu Proprio' não é a verdadeira missa". Poderíamos acrescentar que a Neofraternidade, que vem sendo formada desde 1991, não é mais a verdadeira Fraternidade.

Kyrie eleison.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.