09/03 Sábado
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos
Paramentos Roxos
Intróito/Sal. 5, 2-3.
Senhor, dá ouvidos às minhas palavras, entende o meu clamor; esteja atento à voz da minha oração, meu rei e meu Deus!Ps. ibid.,4.Pois é a ti que orarei, Senhor; pela manhã você vai ouvir a minha voz. V/. Glória Patri.
Coleta
Nós te pedimos, Deus Todo-Poderoso, conceda àqueles que, para mortificar sua carne, se abstêm de carnes, a graça de jejuar também do pecado, praticando a justiça. Por Nosso Senhor.
Leitura da Epístola do livro do profeta
Daniel 13,1- 62
1 Havia um homem chamado Joaquim, que habitava em Babilônia. 2 Tinha desposado uma mulher chamada Suzana, filha de Helcias, de grande beleza, e piedosa, 3 porque havia sido educada segundo a lei de Moisés por pais honestos. 4 Joaquim era sumamente rico. Junto à sua casa havia um pomar. Os judeus reuniam-se freqüentemente em casa dele, porque gozava de uma particular consideração entre seus compatriotas. 5 Haviam sido nomeados juízes, naquele ano, dois anciãos do povo, aos quais se aplicava bem a palavra do Senhor: A iniqüidade surgiu, em Babilônia, de anciãos juízes que passavam por dirigentes do povo. 6 Esses dois personagens freqüentavam a casa de Joaquim, aonde vinham consultá-los todos aqueles que tinham litígio. 7 Lá pelo meio-dia, quando toda essa gente tinha ido embora, Suzana vinha passear no jardim de seu marido. 8 Os dois anciãos viam-na portanto todos os dias durante seu passeio, tanto que se apaixonaram por ela e, 9 perdendo a justa noção das coisas, desviaram os olhos para não ver mais o céu e não ter mais presente no espírito a verdadeira regra de comportamento. 10 Ambos foram atingidos pelo amor a Suzana, mas sem se confiarem mutuamente sua emoção. 11 Tinham vergonha de declarar um ao outro o desejo que sentiam de possuí-la. 12 Todos os dias, inquietos, procuravam avistá-la. 13 Uma vez disseram um ao outro: Vamos para casa; está na hora do almoço. Saíram cada um para seu lado. 14 Mas, havendo ambos retrocedido, encontraram-se novamente no mesmo lugar. Perguntando um ao outro qual o motivo de sua volta, confessaram-se sua concupiscência. Combinaram então um encontro onde a pudessem surpreender sozinha. 15 Enquanto calculavam qual seria o momento propício, eis que Suzana chegou como de costume, com duas empregadas, e tomou a resolução de banhar-se, pois fazia calor. 16 Lá não havia ninguém, salvo os dois anciãos escondidos, que a espreitavam. 17 Trazei-me, disse ela às duas empregadas, óleo e ungüentos, e fechai as portas do jardim, para eu me banhar. 18 O que elas fizeram por sua ordem. As portas do jardim estando fechadas, saíram pela porta do fundo para ir buscar os objetos pedidos, ignorando que os anciãos lá se achavam escondidos. 19 Apenas saíram, os dois homens precipitaram-se em direção de Suzana. 20 As portas do jardim estão fechadas, disseram-lhe, ninguém nos vê. Ardemos de amor por ti. Aceita, e entrega-te a nós. 21 Se recusares, iremos denunciar-te: diremos que havia um jovem contigo, e que foi por isso que fizeste sair tuas servas. 22 Suzana exclamou tristemente: Que angústias me envolvem por todos os lados! Consentir? Eu seria condenada à morte! Recusar? Nem assim eu escaparia de vossas mãos! 23 Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra o Senhor. 24 Suzana soltou grandes gritos, e os dois anciãos gritavam também contra ela. 25 E um deles, correndo às portas do jardim, abriu-as. 26 Com essa balbúrdia, os criados precipitaram-se pela porta do fundo para ver o que havia acontecido. 27 Os anciãos se puseram a falar, e os criados enrubesceram, pois jamais nada de semelhante fora dito de Suzana. 28 No dia seguinte, os dois anciãos, cheios de criminosas intenções contra a vida de Suzana, vieram à reunião que se realizava em casa de Joaquim, marido dela. 29 Disseram, diante da assembléia: Mandem buscar Suzana, filha de Helcias, a mulher de Joaquim! Foram-na buscar, 30 e ela chegou com seus pais, seus filhos e os membros de sua família. 31 Era delicada e bela de rosto. 32 Aqueles homens perversos exigiam que ela retirasse seu véu - pois estava velada -, a fim de poderem (pelo menos) fartar-se de sua beleza. 33 Os seus choravam, assim como seus amigos. 34 Os dois anciãos levantaram-se à vista de todos, e pousaram a mão sobre sua cabeça, 35 enquanto ela, debulhada em lágrimas, mas com o coração cheio de confiança no Senhor, olhava para o céu. 36 Os anciãos disseram então: Quando passeávamos pelo jardim, ela entrou com duas servas; depois fechou a porta e mandou embora suas acompanhantes. 37 Então, um jovem que se achava escondido ali, aproximou-se e pecou com ela. 38 Nós nos encontrávamos num recanto do jardim. Diante de tal desvergonhamento, corremos para eles e os surpreendemos em flagrante delito. 39 Não pudemos agarrar o homem, porque era mais forte do que nós, e fugiu pela porta aberta. 40 Ela, nós a apanhamos; mas quando a interrogamos para saber quem era o jovem, recusou-se a responder. Somos testemunhas do fato. 41 Confiando nesses homens, que eram anciãos e juízes do povo, condenaram Suzana à morte. 42 Então ela exclamou bem alto: Deus eterno, vós que penetrais os segredos, que conheceis os acontecimentos antes que aconteçam, 43 sabeis que isso é um falso testemunho que levantaram contra mim. Vou morrer, sem nada ter feito do que maldosamente inventaram de mim. 44 Deus ouviu sua oração. 45 Como a levassem para a morte, o Senhor suscitou o espírito íntegro de um adolescente chamado Daniel, 46 que proclamou com vigor: Sou inocente da morte dessa mulher! 47 Todo mundo virou-se para ele: O que significa isso?, perguntaram-lhe. 48 Então, no meio de um círculo que se formava, disse: Israelitas, estais loucos! Eis que condenais uma israelita sem interrogatório, sem conhecer a verdade! 49 Recomeçai o julgamento, porque é um falso testemunho a declaração desses dois homens contra ela. 50 O povo apressou-se em voltar. Os anciãos disseram a Daniel: Vem sentar conosco e esclarece-nos, pois Deus te deu o privilégio da velhice! 51 Separai-os um do outro, exclamou Daniel, e eu os julgarei. Foram separados. 52 Então Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: Velho perverso! Eis que agora aparecem os pecados que cometeste outrora em julgamentos injustos, 53 condenando os inocentes e absolvendo os culpados; no entanto, é Deus quem diz: não farás morrer o inocente e o íntegro. 54 Vamos! Se realmente a viste, dize-nos debaixo de qual árvore os viste juntos. -"Debaixo de um lentisco", respondeu. 55 "Ótimo!, continuou Daniel, eis a mentira, que pagarás com tua cabeça. Eis aqui o anjo do Senhor que, segundo a sentença divina, vai dividir teu corpo pelo meio". 56 Afastaram o homem. Daniel mandou vir o outro e disse-lhe: Filho de Canaã! Tu não és judeu: foi a beleza que te seduziu, e a concupiscência que te perverteu. 57 Foi assim que sempre fizeste com as filhas de Israel, as quais, por medo, entravam em relação convosco. Mas eis uma filha de Judá que não consentiu no vosso crime. 58 Vamos, dize-me sob qual árvore os surpreendeste em intimidade. Sob um carvalho. 59 Ótimo!, respondeu Daniel, tu também proferiste uma mentira que vai te custar a vida. Eis aqui o anjo do Senhor, que empunha a espada, prestes a serrar-te pelo meio para te fazer perecer. 60 Logo a assembléia se pôs a clamar ruidosamente e a bendizer a Deus por salvar aqueles que nele põem sua esperança. 61 Toda a multidão revoltou-se então contra os dois anciãos os quais, por suas próprias declarações, Daniel provou terem dado falso testemunho. 62 De acordo com a lei de Moisés, aplicaram o tratamento que tinham querido infligir ao seu próximo: foram mortos. Assim, naquele dia, foi poupada uma vida inocente.
Gradual. Sal. 22, 4.Si ámbulem in médio umbræ mortis, non timébo mala: quóniam tu mecum es, Dómine.
V/. Virga tua et báculus tuus, ipsa me consolata sunt.Sua vara e seu cajado me consolaram.
Sequência do Santo Evangelho Gradual. Sal. 22, 4.
São João 8, 1-11
1 Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. 2 Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. 3 Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. 4 Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. 5 Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso? 6 Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra. 7 Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra. 8 Inclinando-se novamente, escrevia na terra. 9 A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. 10 Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.
Ofertório/Sal. 118, 133.
Guia os meus passos de acordo com a tua palavra, e que nenhuma injustiça me domine, Senhor.
Secreta
Fazei, nós vos suplicamos, Deus Todo-Poderoso, que a oblação deste sacrifício purifique incessantemente a nossa fragilidade de todo o mal e a ajude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .
Comunhão/ Ioann. 8, 10 e 11.
Mulher, ninguém te condenou? Ninguém, Senhor. Eu também não vou te condenar; Vá e não peques mais.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Depois da comunhão.
Rogamos-te, Deus Todo-Poderoso, que nos faças contados entre os membros daquele em cujo corpo e sangue temos comunhão. Aquele que vive.
Super populum: Oremus. Humiliate capita vestra Deo.Sobre o povo: Oremos. Humilhem suas cabeças diante de Deus.
Oração.Præténde, Dómine, fidélibus tuis dexteram cæléstis auxílii: ut te toto cord perquírant; e, quæ digno póstulante, cónsequi mereántur. Por Dominum.Rezar Estende o teu direito aos teus fiéis, ó Senhor, dando-lhes ajuda celeste, para que te busquem de todo o coração e mereçam obter o que justamente pedem. Por N.-S.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.
Façam penitência.