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terça-feira, 23 de julho de 2024

23 de julho dia de Santo Apolinário, Bispo e Mártir.

23/07 Terça-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Vermelhos

Santo Apolinário foi de Antioquia a Roma com São Pedro, onde foi ordenado pelo Príncipe dos Apóstolos. Em seguida, foi enviado a Ravena para lá pregar a fé. Sua primeira obra, ao chegar àquela cidade, foi a de devolver a visão ao filho de um soldado ao qual ele havia pedido abrigo; alguns dias depois, curou a mulher de um tribuno, que padecia de uma doença incurável. Isso foi o suficiente para causar a conversão de um grande número de pessoas, e logo formou-se na cidade uma cristandade florescente. Traduzido diante do governador pagão, Apolinário pregou Jesus Cristo, desprezou o ídolo de Júpiter e viu-se expulso da cidade pelo furor popular, que o deixou semi-morto.
Após algumas pregações nos países vizinhos, Apolinário retornou a Ravena e foi à casa de um nobre patrício que havia mandado chamá-lo para curar sua filha, que estava à morte. Mas o apóstolo só apareceu no momento em que a doente deu o último suspiro. Chegando perto do leito fúnebre, o santo dirigiu a Deus uma fervorosa oração: “Em Nome de Cristo, minha jovem, levanta-te”, disse ele, “e confesse que não há outro Deus além d’Ele!” A moça levantou-se, cheia de vida, e exclamou: “Sim, o Deus de Apolinário é o Deus verdadeiro!” Em seguida a este novo prodígio, trezentos pagãos se converteram e receberam o batismo, a exemplo da moça e de seu pai.
Mas o sucesso cada vez maior do cristianismo em Ravena logo desencadeou novas perseguições contra o apóstolo de Jesus Cristo. Ele precisou submeter-se a um novo interrogatório, que serviu apenas para avivar ainda mais a sua coragem e a dar-lhe ocasião de explicar os mistérios da nossa fé. Apolinário teve que sofrer os mais atrozes suplícios, a flagelação, o cavalete, o óleo fervente, depois os horrores da fome numa prisão infecta. Mas Deus se encarregava de alimentá-lo através de Seus anjos. Os carrascos o exilaram na Ilíria. Este exílio deu-lhe condições de pregar a fé a novos povos e de espalhar, assim, a luz do Evangelho. A perseguição o reconduziu a Ravena após três anos de ausência. Esta foi a última etapa de sua vida. Apanhado assim que desembarcou, Apolinário assombrou seus perseguidores ao fazer desabar, com apenas uma oração, o templo de Apolo. Devolveu a visão ao filho do seu juiz, dizendo-lhe: “Em Nome de Jesus Cristo, abra os teus olhos e veja!” Uma multidão de pagãos se converteu à fé cristã; mas a raiva dos corações endurecidos apenas cresceu e logo Apolinário coroou sua vida com um martírio glorioso. O dies natalis, ou data do martírio, corresponde a 23 de julho, enquanto teria vivido no século II e teria sido martirizado provavelmente durante o reinado do imperador Valente.No local do martírio, no porto de Ravena, foi erguido no século VI a Basílica de Santo Apolinário em Classe. As relíquias do santo foram levadas no século IX para a cidade, para uma igreja que naquele momento foi batizada de Basílica de Santo Apolinário Novo, tendo somente regressados à antiga basílica no momento de sua reconsagração, em 1748.

Intróito/ Dan. 3, 84 e 87.
Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor: santos e humildes de coração, louvai a Deus.
Ps. ibid.,57.Obras do Senhor, todos louvam ao Senhor: louvai-o e exaltai-o para sempre.
V/. Glória Patri.

Coleta
Deus, que recompensa as almas fiéis, você consagrou este dia com o martírio do Beato Apolinário, seu sacerdote: por favor, conceda que nós, que somos seus servos, obtenhamos nosso perdão através das orações daquele de quem celebramos a venerável festa.

E comemorou S. Liborii Ep. et Conf. :Oração.Da, quǽsumus, omnipotens Deus: ut beáti Libórii Confessóris tui atque Pontíficis veneránda sollémnitas, et devotiónem nobis áugeat et salútem. Por Dominum. Peço-te, Deus Todo-Poderoso, que a venerável solenidade do Beato N., teu Confessor e Pontífice, aumente em nós a devoção e nos ajude a nossa salvação.

Leitura da Epístola dos 

I São Pedro 5,1-11 
1.Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós; porque sou ancião como eles, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e serei participante com eles daquela glória que se há de manifestar.2.Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Tende cuidado dele, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de interesse sórdido, mas com dedicação;3.não como dominadores absolutos sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho.4.E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória.5.Semelhantemente, vós outros que sois mais jovens, sede submissos aos anciãos. Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes (Pr 3,34).6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.7.Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.8.Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar.9.Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.10.O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará.11.A ele o poder na eternidade! Amém.

Gradual. Sal. 88, 21-23.Inveni David servum meum, óleo sancto meo unxi eum: manus enim mea auxiliábitur ei, et bráchium meum confortábit eum. Encontrei Davi, meu servo, ungi-o com o meu santo óleo, porque a minha mão o ajudará e o meu braço o fortalecerá.
V/. Nihil profíciet inimícus in eo, et filius iniquitátis non nocébit ei. V/. O inimigo nunca terá vantagem sobre ele e o filho da iniqüidade não poderá prejudicá-lo.
Aleluia, aleluia. V/. Sal. 109, 4. Iurávit Dóminus, et non poenitébit eum: Vocês são sacérdos in ætérnum, secúndum órdinem Melchísedech. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho

São Lucas 22,24-30     
24.Surgiu também entre eles uma discussão: qual deles seria o maior.25.E Jesus disse-lhes: Os reis dos pagãos dominam como senhores, e os que exercem sobre eles autoridade chamam-se benfeitores.26.Que não seja assim entre vós; mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo.27.Pois qual é o maior: o que está sentado à mesa ou o que serve? Não é aquele que está sentado à mesa? Todavia, eu estou no meio de vós, como aquele que serve.28.E vós tendes permanecido comigo nas minhas provações;29.eu, pois, disponho do Reino a vosso favor, assim como meu Pai o dispôs a meu favor,30.para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos, para julgar as doze tribos de Israel. 

Ofertório/Sal. 88, 25.
A minha verdade e a minha misericórdia estarão com ele; e pelo meu nome se exaltará o seu poder.

Secreta
Lançai um olhar favorável, Senhor, a estes presentes que vos oferecemos em memória do bem-aventurado Apolinário, vosso Sacerdote e Mártir, e que sacrificamos em expiação das nossas ofensas.

Pro S. Libório secreta Sancti tui, quǽsumus, Dómine, nos ubíque lætíficant: ut, dum eórum mérita recólimus, patrocínia sentiámus. Por Dominum. Que a memória dos vossos Santos seja para nós, Senhor, em todos os lugares, motivo de alegria, para que possamos sentir a proteção daqueles cujos méritos voltamos a celebrar.

Comunhão/São Matheus. 25, 20 e 21.
Senhor, Tume deu cinco talentos; aqui eu ganhei mais cinco. Muito bem, servo bom e fiel; porque sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entre na alegria de seu mestre.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Oh! Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo. Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus) 


Depois da comunhão.
Alimentando-nos de Tuas santas hostes, humildemente te pedimos, Senhor, que a proteção contínua do Beato Apolinário nos proteja dos perigos, pois Senhor nunca deixa de olhar favoravelmente para aqueles a quem concede a ajuda de tal ajuda.

Pro S. LibórioPræsta, quǽsumus, omnipotens Deus: ut, de percéptis munéribus grátias exhibéntes, intercedente beáto Libório Confessóre tuo atque Pontífice, benefícia potióra sumámus. Por Dominum. Por favor, conceda-nos, ó Deus Todo-Poderoso, que enquanto damos graças pelos dons recebidos, possamos receber ainda mais benefícios por intercessão do Beato N. seu Confessor e Pontífice.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário