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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

22 de setembro dia de São Tomás de Vila Nova, Bispo e Confessor.

22/09 Quinta-ferira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Brancos
Santo Tomás de Vilanova nasceu em Fuenllana (Espanha) no ano de 1488, mas foi criado em Villanueva (Vilanova, em português) de los Infantes, de onde tomou seu nome ao entrar na Ordem dos Agostinianos. Seus pais, Alonso Tomás Garcia e Lucia Martinez de Castellanos, praticavam obras de caridade, socorrendo a toda espécie de necessitados. Tomás herdou dos pais esta virtude. Dava a seus coleguinhas mais necessitados tudo o que podia, inclusive suas próprias vestes e calçados. Um dia em que os pais não estavam em casa, chegaram seis pobres pedindo esmola. O menino, não encontrando nada para dar-lhes, foi ao galinheiro e pegou seis franguinhos, dando a cada um dos pobres um destes. E disse à mãe que, se houvesse mais um pobre, ter-lhe-ia dado também a galinha. Seguindo o exemplo da mãe, desde muito cedo começou a jejuar, não só nos dias prescritos pela Igreja mas também em outros de sua devoção. Flagelava-se e fazia outras sortes de penitências como se fosse já um adulto. Estudante modelar na universidade de Alcalá Quando tinha 15 anos seus pais enviaram-lhe à famosa Universidade de Alcalá para cursar humanidades, retórica, filosofia e teologia. Seu sucesso foi tanto que nos nove anos de estudos naquela instituição ele foi aclamado por todo mundo. No entanto, sua virtude era ainda mais notável que sua ciência. Apesar do seu sucesso, jamais perdeu a modéstia e a humildade: ele aceitava os elogios como se não fosse ele que estivesse em foco. Aos 17 anos a morte de seu pai obrigou-o a voltar temporariamente para casa a fim de pôr em ordem os assuntos domésticos. Ele recebeu de herança uma grande residência que transformou em hospital para os pobres. Sua mãe cumpriu sua vontade, encerrando-se ela mesma no hospital para passar os seus anos de viuvez a serviço dos pobres. De professor de filosofia a frade agostiniano Voltando para Alcalá passou a ensinar filosofia na Universidade. Ele tinha então 26 anos. Mas outras eram suas preocupações. Havia muito vinha ele pensando em consagrar-se inteiramente a Deus mediante a vida religiosa. Por isso, deixou as glórias do mundo pelo hábito agostiniano. Tomás fez sua profissão solene em 25 de novembro de 1517. Ordenado sacerdote algum tempo depois, celebrou sua primeira missa no dia de Natal. Ele entrou em êxtase ao cantar o Glória. Tomás conservaria para sempre uma terna devoção à Divina Infância e ao Santo Sacrifício do altar. Ele costumava dizer que é péssimo sinal para um sacerdote quando ele é visto celebrar a Missa todos os dias sem se tornar cada vez melhor. Não perdia um minuto durante o dia. Os lugares que mais frequentava eram o altar, o coro (para as orações), sua cela (uma cela em um mosteiro é o aposento de um membro da comunidade; a cela é utilizada para estudar e meditação, também), a bilbioteca (para os estudos) e a enfermaria (para cuidar dos doentes). O santo não podia ver um religioso ocioso e inútil que já o comparava a um soldado sem armas e exposto ao ataque de seus inimigos. Dizia que ter ciência e grande erudição sem a piedade é como uma espada na mão de uma criança: é uma arma que pode ferir pois não tira proveito daqueles dons de ciência para ninguém. Ele criticava também os religiosos que, sob pretexto de devoção, não se aplicavam suficientemente ao estudo. Outro São Paulo ou Elias Designado à pregação ele a fazia com tanto empenho que o consideravam um outro São Paulo (pela profundidade de sua doutrina) ou um outro Elias da nova Lei (por causa do zelo que demonstrava em seus sermões). Tomás reformou de tal maneira Salamanca que a cidade “se havia tornado um mosteiro”. Muitos jovens renunciaram ao mundo para seguir a Deus. O próprio Imperador Carlos V quis ouví-lo e acabou escolhendo-o para seu pregador. Quando Tomás pregava fora do palácio, o Rei ia disfarçado para ouví-lo. O santo não aprovava os pregadores que, para dar mostras de erudição, faziam longos e prolixos sermões. Por uma visão interior ele conhecia as necessidades espirituais de seus ouvintes e o mais admirável era que, por mais diferentes que fossem seus interlocutores, todos saíam com maior piedade após ouvir seu sermão. Preguiça e ociosidade: inimigas da virtude Tomás foi eleito prior de Burgos e Valladolid e duas vezes foi provincial da Andaluzia e uma vez de Castela. No governo de seus súditos sua mansidão de coração e o atrativo de sua pessoa constituíam poderosas armas para exercer sua autoridade. Nos seus governos, ele desejava primeiro que os oficios divinos fossem celebrados com toda a reverência e atenção possíveis; em segundo lugar, que os religiosos considerassem a meditação e a leitura espiritual como coisas invioláveis; terceiro, que a paz e a união na caridade fraterna fossem guardadas sem nenhuma alteração; e, finalmente, que ninguém fosse dominado pela preguiça ou pelo ócio, vícios que são os maiores inimigos da virtude, a ruina da alma, o destruidor da castidade e a fonte de todas as desordens. Com tais normas, ele fez florescer a observância em todas as casas sob sua jurisdição. Ou seja: promoveu uma verdadeira reforma no sentido católico do termo. Arcebispo de Valência por inspiração divina Frei Tomás relutou em aceitar ser bispo, ele teve que curvar a cabeça e conformar-se com os desígnios da Providência. Tinha então ele 56 anos. Foi nomeado no dia 10 de outubro de 1544. Conservou como arcebispo seu hábito religioso que ele mesmo remendava. O cabido da arquidiocese, pensando que ele não tivesse dinheiro para comprar roupas melhores, deu de presente quatro mil ducados para que comprasse trajes mais condizentes com seu posto. Imediatamente Tomás doou o dinheiro ao hospital, agradeceu muito ao cabido dizendo que o bem que era feito aos doentes ele o tomava como para si próprio. Começou sua administração pela visita pastoral à sua circunscrição eclesiástica pregando por toda parte, resolvendo litígios, reformando conventos e extirpando os vícios. Promoveu um sínodo para acabar com muitos abusos e reformar o clero. Extraordinária caridade e milagres. A caridade do então Dom Tomás era insuperável. Atendia diretamente no palácio inúmeros pobres. Não importava a hora do dia ou da noite em que os necessitados pediam seu auxílio. Freqüentemente acompanhava seus atos de caridade com milagres. A um paralítico que lhe pedia esmola, perguntou se preferia trabalhar e ganhar seu sustento com as próprias mãos. À resposta afirmativa, ele lhe disse: “em nome de Jesus Crucificado, deixa tuas muletas e anda.” No mesmo instante o pobre começou a andar e a agradecer. Santo Tomás de Vilanova tinha êxtases em público, o que contribuia para aumentar a veneração que por ele sentiam. Seus milagres também eram conhecidos por todo mundo. Entretanto, como ele mesmo dizia, nunca temera tanto salvar-se como desde o momento em que se tornou arcebispo. Isso, devido às responsabilidades que lhe cabiam, pelo bem das almas de todos seus diocesanos. Por essa razão, aspirava ardentemente renunciar ao cargo e voltar para sua cela de religioso. Enfim, quando ele suplicava com lágrimas a Nosso Senhor que o livrasse desse pesado fardo, o Crucificado lhe respondeu: “Tenha ânimo, que no dia do nascimento de minha Mãe virás descansar.” No dia 8 de setembro de 1555, Tomás de Vilanova recebeu o prêmio demasiadamente grande de sua fidelidade.                

Intróito/ Ecl. 45, 30.
O Senhor fez uma aliança de paz com ele e o estabeleceu como príncipe, para que a dignidade sacerdotal lhe pertencesse sempre.
Sal. 131, 1.Lembra-te, Senhor, de David e de toda a sua doçura.
V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, que enriquecestes e ilustrastes o Beato Pontífice Tomé com uma notável compaixão para com os pobres, concedei-vos, rogamos-vos, que a sua intercessão obtenha da vossa bondade, por todos os que vos suplicam, a efusão dos tesouros da vossa misericórdia.
E comemorou Ss. Mauritii et Sociorum Mm.:
Oração.Annue, quǽsumus, omnipotens Deus: ut sanctórum Martyrum tuórum Maurítii et Sociórum eius nos lætíficet festíva sollémnitas; ut, quorum suffrágiis nítimur, eórum natalítiis gloriemur. Per Dominum nostrum. Queira a ti, Deus Todo-Poderoso, que a solene festa de seus santos mártires Maurício e seus companheiros nos traga alegria, para que, tendo o apoio de suas orações, possamos participar da glória de seu nascimento no céu.

Leitura da Epístola dos

Eclesiástico 44;16,27 
16.Henoc agradou a Deus e foi transportado ao paraíso, para excitar as nações à penitência.17.Noé foi julgado justo e perfeito, e no tempo da ira tornou-se o elo de reconciliação.18.Por isso foram deixados alguns na terra, quando veio o dilúvio.19.Ele foi o depositário das alianças feitas com o mundo, a fim de que ninguém doravante fosse destruído por dilúvio.20.Abraão é o pai ilustre de uma infinidade de povos. Ninguém lhe foi igual em glória: guardou a lei do Altíssimo, e fez aliança com ele.21.O Senhor marcou essa aliança em sua carne; na provação, mostrou-se fiel.22.Por isso jurou Deus que o havia de glorificar na sua raça, e prometeu que ele cresceria como o pó da terra.23.Prometeu-lhe que exaltaria sua raça como as estrelas, e que seu quinhão de herança se estenderia de um mar a outro: desde o rio até as extremidades da terra.24.Ele fez o mesmo com Isaac, por causa de seu pai, Abraão.25.O Senhor deu-lhe a bênção de todas as nações, e confirmou sua aliança sobre a cabeça de Jacó.26.Distinguiu-o com suas bênçãos, deu-lhe a herança, e repartiu-a entre as doze tribos.27.Conservou-lhe homens cheios de misericórdia, que encontraram graça aos olhos de toda carne.

Gradual. Ecl. 44, 16.Ecce sacérdos magnus, qui in débus am plácuit Deo. Eis o grande Pontífice que nos dias da sua vida agradou a Deus.
V/. Ibid., 20. Non est invéntus símilis illi, qui conserváret legem Excélsi.V/. Ninguém foi encontrado como aquele que guardou a lei do Altíssimo.
Aleluia, aleluia. V/. Sal. 109,4. Vocês são sacérdos in ætérnum, secúndum órdinem Melchísedech. Aleluia.Aleluia, aleluia. V/. Você é um sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Aleluia.
                                                                                                             
Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 25,14-23    
14.Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.15.A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.16.Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.17.Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.18.Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.19.Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.20.O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.'21.Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.22.O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei.23.Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.

Ofertório/Sal. 88, 21-22.
Encontrei meu servo Davi; Eu o ungi com meu óleo sagrado; pois minha mão o ajudará e meu braço o fortalecerá.

Secreta
Que a solenidade anual de São Tomás, vosso Confessor e Pontífice, nos faça agradáveis ​​à vossa bondade, rogamos-vos, Senhor, para que este sacrifício de expiação e piedade aumente a felicidade que é a sua recompensa e nos obtenha os dons de tua graça.
Pro Ss. Martyribus
Secreta
Réspice, quǽsumus, Dómine, múnera, quæ in sanctórum Mártyrum tuórum Maurítii et Sociórum eius comemoraióne deférimus: et præsta; ut, quorum honóre sunt grata, eórum nobis fiant intercessióne perpétua. Por Dominum. Rogamos-te, Senhor, que vejas o que te apresentamos em memória dos teus santos mártires Maurício e seus companheiros, e que estes dons oferecidos a ti em sua honra nos assegurem para sempre o benefício da sua intercessão.

Comunhão/ São Lucas. 12, 42.
Eis o dispensador fiel e prudente que o Mestre designou sobre seus servos para dar-lhes no tempo designado sua medida de milho.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Ó Deus, que recompensas as almas fiéis, concede-nos receber o nosso perdão, graças às orações do Beato Tomé, teu Confessor e Pontífice, cuja venerável festa celebramos.

Pro Ss. MartyribusPós-comunhão
Cæléstibus refécti sacramentis et gáudiis: súpplices te rogámus, Dómine; ut, quorum gloriámur triunfois, protegámur auxíliis. Per Dominum nostrum. Animados por estes sacramentos e por estas alegrias celestiais, vos suplicamos, Senhor, que aqueles cujo triunfo celebramos nos protejam e nos ajudem.

 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário