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domingo, 13 de setembro de 2020

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCLXXV (675) - (20 de junho de 2020)

REORIENTAÇÃO ADMIRÁVEL

Vejam! Um raio de luz no horizonte!
Um alto dignatário da Igreja dizendo a verdade!

Eis um resumo da carta aberta de 9 de junho escrita pelo Arcebispo Viganò sobre o Concílio Vaticano II.

Bravo, Dom Schneider, por seu recente ensaio sobre o Concílio e sua falsa liberdade religiosa. As pessoas falam do "Espírito do Concílio". Mas quando se falou do “Espírito de Trento” ou de qualquer outro Concílio Católico? Isto nunca aconteceu, porque todos os outros Concílios simplesmente seguiram o espírito da Igreja. No entanto, o bom Bispo deve tomar cuidado com os "erros" exagerados que precisaram de "correção" nos ensinamentos passados ​​da Igreja, porque, seja lá quais tenham sido, não foram nada parecidos com aqueles que cometeu o Concílio Vaticano II, o qual foi comparável (até mesmo em conteúdo) ao Concílio de Pistoia (1786), mais tarde condenado pela Igreja.

No Vaticano II, muitos de nós fomos enganados. De boa fé, fizemos muitas concessões para as supostas boas intenções daqueles que promoviam um ecumenismo que mais tarde veio a transformar-se em um ensinamento falso sobre a Igreja. Muitos católicos atualmente não acreditam mais que não haja salvação fora da Igreja Católica, e é nos textos do Vaticano II que se encontram as ambiguidades que abriram o caminho para esse enfraquecimento da fé. Começou com reuniões inter-religiosas, mas deve terminar em alguma religião universal da qual o verdadeiro Deus será banido. Tudo isso foi planejado há muito tempo. Numerosos erros da atualidade têm suas raízes no Vaticano II, em cujos textos é fácil rastrear hoje as múltiplas traições às crenças e práticas verdadeiramente católicas. O Vaticano II é agora usado para justificar todas as aberrações, enquanto seus textos são difíceis de interpretar, e contradizem a Tradição da Igreja anterior de uma maneira que nenhum outro Concílio da Igreja jamais fez.

Confesso serenamente agora que naquela época eu era incondicionalmente obediente às autoridades da Igreja. Penso que muitos de nós não poderíamos então imaginar que a Hierarquia pudesse ser infiel à Igreja, como vemos especialmente no presente Pontificado. Com a eleição do Papa Francisco, finalmente a máscara dos conspiradores caiu. Finalmente se libertaram do filotridentino Bento XVI, tornaram-se livres para criar a Nova Igreja, para substituir a velha Igreja por um substituto maçônico, tanto para a forma como para a substância do catolicismo.

Democratização, sinodalidade, sacerdotisas, pan-ecumenismo, diálogo, desmitificação do papado, o politicamente correto, a teoria de gênero, a sodomia, o casamento homossexual, a contracepção, a imigração, o ecologismo – se não podemos reconhecer as raízes de todos esses desvios no Vaticano II, não haverá cura para eles.

Esse reconhecimento exige uma grande humildade, antes de tudo, para reconhecer que, durante décadas, fomos levados ao erro, de boa fé, por pessoas que, constituídas de autoridade, não sabiam vigiar e guardar o rebanho de Cristo. Os pastores que, de má-fé, ou mesmo com intenção maliciosa, traíram a Igreja, devem ser identificados e excomungados. Tivemos muitos mercenários, mais preocupados em agradar os inimigos de Cristo do que em ser fiéis à Sua Igreja.

Assim como honesta e serenamente obedeci a ordens questionáveis há ​​sessenta anos, acreditando que representavam a voz amável da Igreja, também hoje, com igual serenidade e honestidade, reconheço que fui enganado. Agora não posso perseverar em meu erro. Nem posso afirmar que o vi claramente desde o princípio. Todos sabíamos que o Concílio era mais ou menos uma revolução, mas nenhum de nós imaginava o quão devastador seria. Poderíamos dizer que Bento XVI o refreou, mas o Pontificado de Francisco provou, sem sombra de dúvida, que entre os pastores no topo da Igreja há pura apostasia, enquanto as ovelhas abaixo são abandonadas e virtualmente desprezadas.

A Declaração de Abu Dhabi ("Deus está satisfeito com todas as religiões") foi imperdoável para um católico. A verdadeira caridade não se compromete com o erro. E se um dia Francisco recusar-se a continuar fazendo o jogo, ele será removido, assim como Bento XVI foi removido e substituído. Mas a verdade permanece e prevalecerá: "Fora da Igreja Católica não há salvação."

Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.