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sábado, 30 de abril de 2022
Comentários Eleison:MARXISMO RACIAL-Por Dom Williamson Número DCCLXXII (772) – 30 de abril de 2022
domingo, 24 de abril de 2022
24 de abril dia de São Fidelis de Sigmaringen. Mártir.
sábado, 23 de abril de 2022
Comentários Eleison: MARXISMO = RELIGIÃO-Por Dom Williamson Número DCCLXXI (771) – 23 de abril de 2022
MARXISMO = RELIGIÃO
O coração mesmo de Marx é Deus sendo desprezado.
Quando os pobres homens aprenderão esta lição?
“Paus e pedras me quebrarão os ossos, mas as palavras jamais me ferirão” é um velho ditado, que nem sempre é verdadeiro. As palavras podem ter por si só um poder fulminante de destruir um adversário. O primeiro prêmio nesse sentido deve ir para a palavra “antissemita”, mas nos últimos tempos a palavra “racista” vem aproximando-se desta primeira posição. De onde vem essa obsessão pela “raça”, e por que se tornou tão perverso ser “racista”? James Lindsay é um autor e crítico cultural americano de 43 anos, e sobre ele se pode supor que pertence a uma geração que nasceu e cresceu no pensamento de esquerda, mas começa a sair do outro lado, como fizeram em sua época Dostoiévski e Soljenítsin. Lindsay explica claramente em duas partes como a “raça” assumiu a importância desproporcional que lhe é dada hoje.
Na primeira parte, Lindsay mostra como o marxismo deveria chamar-se antes “marxiandade”, porque é o mais sofisticado dos substitutos do cristianismo. Lindsay diz que isso fica muito claro nos Cadernos de Marx de 1844, que não são nem de longe tão famosos quanto “Das Kapital” de Marx de 1867, mas que podem ser mais significativos e interessantes. Em uma segunda etapa, Lindsay mostra como o sistema filosófico de Marx, como sucessor do subjetivista Kant e do evolucionista Hegel, está em constante evolução, de modo que a Revolução Comunista não só pode evoluir, mas, como disse Lenin, deve evoluir com as circunstâncias da época. E foi outro pensador judeu, Herbert Marcuse (1898-1979), que em meados do século XX argumentou com êxito que, como alavanca para a Revolução, a classe operária estava defasada e devia ser substituída – pela raça! Daí a importância quase religiosa da raça, como meio para continuar virando o mundo de cabeça para baixo.
Uma religião para virar o mundo de cabeça para baixo? Sim, isso é o comunismo, reconhecido por Winston Churchill como “o cristianismo com uma machadinha”, e por Pio XI como o “messianismo do materialismo”. Por volta de 1851, o poeta inglês Matthew Arnold (1822-1888) ouviu nas ondas da praia de Dover “o melancólico e longo rugido da retirada da fé ao redor do mundo”. E à medida que o cristianismo recuava, como a maré vazante, deixava um enorme vazio na mente e na vida dos homens, que precisaria ser novamente preenchido com algo, ou, como disse Chesterton, com qualquer coisa, mas de preferência algo que pelo menos parecesse ser capaz de preencher aquelas necessidades do homem que o cristianismo satisfazia. E é isso que segundo Lindsay fez e ainda faz o marxismo. Assim, Marx estava apresentando muito mais do que apenas uma teoria política e social. Ele estava esboçando uma teologia, uma teoria completa da humanidade e da natureza humana. Enumeremos os vários elementos do cristianismo para ver como Marx os substitui.
O cristianismo tem um Deus com um propósito e um final para este mundo, cujo ser é real e estável (ontologia), e cognoscível (epistemologia). Existe um Reino de Deus que pode ser obtido no Céu, mas na terra o Jardim do Éden se perdeu pelo pecado original, com todos os pecados consequentes. No entanto, existe uma salvação celestial do pecado, original e pessoal, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor.
Vejamos agora como é para Marx. Ele desfaz-se de qualquer Deus real e O substitui pelo homem. A religião é apenas “o ópio do povo”. Na ontologia marxista, o ser pode ser real, mas certamente não é estável, porque está em constante evolução (cf. Hegel), e não é objetivo, mas apenas subjetivamente cognoscível (cf. Kant). No entanto, a vida do homem na terra tem um final e um propósito, que é o triunfo da Revolução socialista pela qual todos os homens viverão em harmonia comunista, recriando na terra o Reino de Deus e o Jardim do Éden. O novo pecado original que vicia todas as sociedades não socialistas da terra é a propriedade privada, porque cria uma divisão do trabalho, criando por sua vez relações sociais de dominação, exploração e alienação. Por isso, o comunismo suprime a propriedade privada (cf. Karl Schwab) e todas as distinções de classe. Haverá redenção universal assim que o mecanismo do Estado não for mais necessário para estabelecer a igualdade universal. Enquanto isso, todos os homens devem estar do lado da Revolução, e trabalhar com ela e para ela, para estabelecer este paraíso na terra, onde o homem será Deus.
Leia a primeira parte da entrevista com James Lindsay em https://www.theepochtimes.com/mkt_morningbrief/james-lindsay-the-roots-of-the-new-race-based-marxism-gripping-the-west-part-1_4285075.html.
Veja também na edição da próxima semana destes “Comentários” a segunda parte do argumento dele sobre as raízes do atual “racismo”.
Kyrie Eleison.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
22 de abril dia dos Santos Sotero e São Caio,Papas e Mártires.
sábado, 16 de abril de 2022
Comentários Eleison: CITAÇÕES DA RESSURREIÇÃO-Por Dom Williamson Número DCCLXX (770) – 16 de abril de 2022
CITAÇÕES DA RESSURREIÇÃO
A fé é um escudo que detém uma multidão de mentiras.
Com a fé na Ressurreição, nossa alma voa.
Os quatro Evangelhos do Novo Testamento têm muito menos páginas sobre a Ressurreição de Nosso Senhor do que sobre a Sua Paixão, porque a Paixão foi o propósito e o clímax de Sua Encarnação. “Serei batizado em um batismo, e quanta ânsia tenho até que se cumpra!” (Lc. XII, 50) – estas palavras referem-se à Sua Paixão, sem a qual não teria havido Ressurreição. Por Sua Paixão, Ele conquistou Sua vitória sobre a morte; por Sua Ressurreição, Ele manifestou essa vitória. Com Sua Paixão, Ele venceu o mal e obteve a nossa salvação. Com Sua Ressurreição, Ele mostrou o bem que havia conquistado para os homens, e completou a nossa salvação. Ora, os homens caídos estamos inclinados a evitar o sofrimento para chegar aos seus frutos, e assim a Neoigreja substitui na Cruz o sofrimento pelo Cristo ressuscitado; mas os Evangelhos insistem nas raízes para garantir os frutos. No entanto, segue abaixo uma citação de cada um dos quatro Evangelhos sobre a Ressurreição de Nosso Senhor.
Mateus, XXVIII, 18, algumas das últimas palavras de Nosso Senhor registradas por Mateus antes de Ele ascender ao Céu: “Toda autoridade no Céu e na terra me foi dada”, e não a Moisés ou a Buda ou a Maomé ou a Marx ou a qualquer um dos outros líderes das muitas religiões falsas que existem entre os homens. Tampouco Cristo está falando aqui como Deus, porque por ser Deus essa autoridade já é Sua. Se a autoridade foi “dada” a Ele, ela só pode ter sido dada a Ele como homem. Uma afirmação tão estupenda só pode ser uma absurdidade ou uma verdade. Mas se Cristo tivesse dito o contrário, seria um mentiroso, tal como os seus inimigos (cf. Jo. VIII, 55). É essa Autoridade que distingue a verdadeira Igreja Católica da Neoigreja e de todas as outras falsas igrejas ou religiões na terra. Essa Autoridade divina única vem de Deus somente através de Seu Vigário na terra, o Papa de Roma. Portanto, é necessariamente Deus quem restaurará o Papa para restaurar a Sua Igreja que possui autoridade.
Marcos, XVI, 16, também palavras de Nosso Senhor pouco antes de subir ao Céu: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer se condenará”. Aqui está outra afirmação estupenda que não faz sentido se não for verdadeira. E se é verdadeira, então todo o ecumenismo posterior ao Vaticano II com base em que as almas podem ser salvas fora da Igreja Católica é um absurdo. As almas podem ser salvas por Nosso Senhor NAS falsas religiões, mas nunca POR religiões não-católicas. Palavras duras? A questão não é se são palavras duras, mas se são verdadeiras. Eu nunca salvarei minha alma por meio de desejos ilusórios. E é pura ilusão que eu possa obter o Céu de Cristo negligenciando Cristo, ou a única Igreja que Ele instituiu para continuar Sua Encarnação na terra depois que Ele pessoalmente ascendesse ao Céu.
Lucas, XXIV, 25, o Senhor ressuscitado está repreendendo os dois peregrinos de Emaús por sua lentidão em crer: “Não era necessário que o Cristo sofresse essas coisas e entrasse em sua glória?”. Os seres humanos não queremos acreditar que seja necessário sofrer de forma alguma, mas Santo Tomás de Aquino (III 69, 3) dá três razões pelas quais o Batismo não nos tira os sofrimentos nesta vida: em primeiro lugar, para que os cristãos possam participar da Paixão de Cristo; em segundo lugar, para que tenham de lutar para ganhar a vida eterna; em terceiro lugar, para que a vida cristã não se torne apenas uma forma de evitar os sofrimentos terrenos. O sofrimento tem sua utilidade.
João, XX, 29, onde o Senhor ressuscitado acaba de curar o desconfiado Apóstolo Tomé de sua incredulidade, deixando-o tocar as feridas da crucificação: “Tu (Tomé) creste porque me viste. Bem-aventurados os que não viram e creram”. Muitas vezes, dois mil anos depois que Cristo viveu na terra, somos tentados a pensar que se pudéssemos vê-lo em carne e osso e viver com ele diariamente, como seus Apóstolos fizeram, seria bem mais fácil crer n’Ele. Mas se fosse assim nossa fé não teria o mesmo valor. Crer n’Ele sem essa evidência diária é muito mais meritório para o Céu, como Nosso Senhor lembra a São Tomé. Crer em Deus não é crer em bobagens, longe disso, mas crer n’Ele apenas com a ajuda de “evidências científicas” é privar nossa crença daquela confiança em Deus que é grande parte do mérito e do valor da fé. E se sofremos e ainda cremos, a crença tem ainda mais mérito.
Kyrie Eleison.
Sábado Santo
Festa de Primeira Classe
Paramentos Roxos
sexta-feira, 15 de abril de 2022
Vigila da Paixão
A transladação do Santíssimo tem notícias históricas desde o século II. Mas o rito da adoração, na quinta-feira santa entrou na Igreja a partir do século XIII e foi difundindo-se até o século XV.
O que mais impulsionou foi a devoção ao Santíssimo Sacramento, a partir da segunda metade do século XIII, época em que o Papa Urbano IV decretou a festa de Corpus Christi para toda a Igreja (em 11 de agosto de 1264). Após a oração depois da comunhão da Missa, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos altares laterais da Igreja, devidamente preparado para receber o Santíssimo.
Antes da transladação, o sacerdote prepara o turíbulo e incensa o Santíssimo três vezes. Depois, realiza-se uma pequena procissão dentro da igreja. Durante a procissão, canta-se o "Pange Lingua", traduzido em português, exceto as duas últimas estrofes, que são cantadas depois da chegada da procissão na capela lateral, onde ficará o Santíssimo.
Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.
A desnudação do altar e, é um rito, com a finalidade de tirar da Igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.
A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.
O sacerdote, ajudado por dois ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi Crucificado.
O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
sábado, 9 de abril de 2022
Comentários Eleison: CITAÇÕES DE GETSÊMANI-Por Dom Williamson Número DCCLXIX (769) – 9 de abril de 2022
CITAÇÕES DE GETSÊMANI
O justo vive pela fé”. Pela fé ele vê,
Que Deus faz tudo pela felicidade eterna dos homens.
Muitos católicos estabelecem comparações entre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, que culminou com a Sua crucificação e a Sua morte, e a angústia pré-apocalíptica de Seu Corpo Místico, a Igreja, que leva ao eventual Apocalipse e ao fim do mundo. Ora, sem dúvida é verdadeiro o provérbio que diz que “Os moinhos de Deus moem bem devagar, mas moem finíssimo”, significando que a justiça de Deus é lenta, mas muito mais precisa em sua aplicação, de modo que o fim do mundo não é para amanhã, nem mesmo para depois de amanhã. O mundo ainda tem várias dezenas de anos pela frente. No entanto, as ameaças atuais, por exemplo, de fome e guerra mundiais, lançam já uma luz urgente sobre a narrativa evangélica dos sofrimentos de Nosso Senhor, os quais a Paixão deve ser a melhor época do ano para considerar. Eis algumas citações de São Marcos, XIV, 26–38:
26 E, depois de cantarem um hino, saíram para o monte das Oliveiras. E Jesus disse a seus Apóstolos: “Vós todos vos escandalizarei, pois está escrito (Zc. XIII, 7): ‘Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão’”. Alguma citação poderia lançar mais luz sobre a atual condição da Igreja Católica? O mundo estaria no caos em que se encontra se os católicos não tivessem perdido a cabeça? E os católicos teriam perdido a cabeça se seu pastor e Papa não tivesse sido ferido por sua Pachamama e sua incompreensão, para não dizer ódio, da Tradição Católica? Jesus pode permitir que Seus Papas, como Ele se permitiu a si mesmo, sejam feridos.
29 Pedro disse-lhe: “Ainda que todos se escandalizem, eu não o farei”. Pedro é um bom homem, totalmente devotado a Nosso Senhor, tão corajoso quanto possível, com plena confiança em... si mesmo – e aí está o seu problema. Quantos católicos desde o Vaticano II tiveram plena confiança em sua própria fidelidade a Nosso Senhor... e, no entanto, perderam sua mente católica, à medida que a crise da Igreja avançava? Os próprios sucessores do Arcebispo Lefebvre à frente da FSSPX estão confiantes de que não perderam o rumo – e, no entanto... Nem a assim chamada “Resistência” tem qualquer garantia de que não possa falhar, pois somente a própria Igreja de Nosso Senhor tem essa promessa. Confrades, tenhamos um pouco de humildade.
35 E indo um pouco mais adiante, Jesus caiu por terra e orou para que, se fosse possível, a hora d’Ele passasse. E disse: Abba, Pai, todas as coisas te são possíveis, portanto, afasta de mim este cálice..., mas não se faça a minha vontade, mas a tua. Muitos católicos no mundo atual já estão sob tamanha pressão, que se aferram à sua fé apenas com as pontas dos dedos, e à medida que a pressão fica cada vez mais forte, seu número parece que só faz crescer. Que se consolem com o exemplo do Divino Mestre. Eles têm todo o direito de pedir a Deus Todo-Poderoso que alivie a pressão, como é claro que Ele sempre pode fazer, mas apenas com a condição de que aceitem para si a Sua vontade divina. Por exemplo, Deus pode ter feito a fé e a perseverança de várias outras almas dependerem do próprio exemplo deles de perseverança sob pressão. Ele me deixa o livre arbítrio para desistir de segui-Lo, se eu não resistir ao caos no mundo, hoje ou amanhã, mas onde você e eu estaríamos se Jesus tivesse recusado a tremenda pressão em Sua Paixão? Sem possibilidade de entrar no céu. Somente Sua morte sacrificial abriu as portas do Céu, fechadas pelo pecado original. Portanto, eu devo carregar qualquer cruz que Deus me envie.
37 E Jesus veio e encontrou Pedro, Tiago e João dormindo, e disse a Pedro: “Dormes, Simão? Não podes vigiar por uma hora? Vigiai e orai para que não entreis em tentação; o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Como certo comentarista assinalou sabiamente, Nosso Senhor não disse apenas “Orai”, nem disse “Orai e vigiai”, mas “Vigiai e orai”. Por que vigiar antes de orar? Porque se eu não vigiar, ou seja, se eu não ficar acordado, adormecerei e não rezarei mais, como fizeram os três Apóstolos. Quantas almas hoje, “confortavelmente entorpecidas”, estão profundamente adormecidas! Devemos permanecer despertos e observar os acontecimentos mundiais, através dos quais Deus fala, porque todos eles estão sob Seu controle. E também observar os muitos outros acontecimentos que Ele planejará em breve para despertar o maior número possível de almas...
Kyrie eleison.
sábado, 2 de abril de 2022
Comentários Eleison:RÚSSIA CONSAGRADA?Por Dom Williamson Número DCCLXVIII (768) – 2 de abril de 2022
RÚSSIA CONSAGRADA?
RÚSSIA CONSAGRADA?
Os homens não têm ideia de como ofendem a Deus,
O castigo que está por vir faz cambalear a mente!
Desde que a Mãe de Deus apareceu várias vezes no início do século XX a três crianças portuguesas, incluindo a Irmã Lúcia, para prometer à Igreja e ao mundo um período de paz se o Papa e os Bispos católicos consagrassem a Rússia ao Seu Imaculado Coração, os católicos têm esperado ansiosamente por essa Consagração. Vários Papas fizeram consagrações para cumprir seu pedido: Pio XII em 1942, enquanto a Segunda Guerra Mundial fazia seus estragos; Paulo VI no final do Concílio Vaticano II; João Paulo II três vezes, em 1981, 1982 e em 1984, quando a Irmã Lúcia substituta declarou que a Consagração tinha finalmente sido validamente realizada – mas quem poderia dizer com razão que um período de paz se teria seguido a partir de 1984? Portanto, a guerra aberta com a Rússia na Ucrânia levou o Papa Francisco a realizar mais uma consagração há alguns dias. Será que desta vez foi válida?
Pelo menos duas considerações principais sugerem que, em relação ao que Nossa Senhora pediu em Fátima, o que o Papa Francisco fez em 25 de março não foi mais do que aquilo que qualquer um dos seus três predecessores fez. Ora, não é por bem dizer que essas seis consagrações foram inúteis, porque “meio pão é melhor do que nenhum pão”, diz um velho provérbio, e Nossa Senhora terá encontrado a maneira de recompensar, pelo menos por alguma boa vontade, os quatro Papas que tentaram consagrar a Rússia. Por exemplo, em 1942, a consagração de Pio XII certamente não trouxe um fim repentino à Segunda Guerra Mundial, mas com El Alamein e Stalingrado, pelo menos, as marés da guerra começaram a voltar-se para a "paz" da Guerra Fria. Mas o que o mundo precisa, é claro, é de um Papa com fé verdadeira o suficiente em Nossa Senhora para fazer exatamente aquilo que Ela disse que se deveria fazer, e deixá-la resolver os problemas políticos envolvidos.
Enquanto isso, em quase todas as consagrações, tem-se visto o receio de mencionar a Rússia pelo nome, por medo de uma reação política. Assim, o texto do Papa Francisco na festa da Anunciação dirigiu-se em primeiro lugar à humanidade em geral, e só em segundo lugar à Rússia e à Ucrânia em particular. Mas não foi isso o que Nossa Senhora pediu, porque foi a Rússia que se entregou aos demônios do comunismo, e foi a Rússia que na década de 1940 estava espalhando seus erros por todo o mundo. Ora, em 2022, parece que a Rússia não é mais um país comunista, e que tenha ocorrido lá um renascimento religioso como reação ao comunismo – 72 anos (1917-1989) foram suficientes! –, mas, segundo alguns observadores, continua sendo um país pagão em muitos aspectos, e por isso ainda precisa de uma consagração especial, sobretudo se também tiver um papel especial que desempenhar no resgate vindouro da cristandade, como pensam outros observadores. Em suma, no momento em que Nossa Senhora pediu a Consagração especificamente para a “Rússia”, ela sabia exatamente o que estava dizendo, e não estava referindo-se à “humanidade”.
A outra razão principal pela qual a consagração de Francisco é inadequada é que ela vem do líder da Nova Igreja centrada no homem, que é como um cuco no ninho da verdadeira Igreja, que é centrada em Deus. Assim, as verdadeiras consagrações estão centradas em Deus, em como O temos ofendido, em como nos arrependemos de tê-lo ofendido, em como nos propomos seriamente a reparar essas ofensas. Para um exemplo das Escrituras desse centramento em Deus, veja-se a magnífica oração do profeta Daniel (IX, 3-19). Agora voltemos ao tom, tão leve se fizermos a comparação, do texto de Francisco com sua ênfase nos sofrimentos dos homens, quase como se a paz fosse um bem absoluto e a guerra fosse o mal supremo. Essa visão dos acontecimentos humanos é popular hoje em dia, “politicamente correta”, típica do homem moderno, mas seriamente inadequada, porque essencialmente não está colocando Deus em primeiro lugar. Não se pode acusar o Papa Francisco de não recorrer à Mãe Maria, mas o recurso continua sendo muito humanista.
Não há dúvida de que ela seja compreensiva, mas também deve estar desapontada, ao conhecer como conhece o sofrimento que paira sobre a cabeça de toda a humanidade, e sabendo o quão facilmente se poderia evitar tudo, se em qualquer momento dos últimos 90 anos tivessem cumprido seu pedido adequadamente. Há décadas que Suas imagens e estátuas choram lágrimas de água – e de sangue. Continuemos rezando pela Consagração da Rússia.
Kyrie Eleison.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Primeira sexta-feira do mês
A primeira sexta-feira do mês resgatar devoção e proteção, Escudo do Sagrado Coração ou Bentinho,hoje tao esquecida, temos o dever e necessidade de desagravar o Sagrado Coração de Jesus, atender seu pedido e difundir seu culto.
Por isto nos Escravas de Maria estamos já confeccionando o Escudo do Sagrado Coração ou Bentinho uma de carteira e de pescoço.
Este apostolado de reparação atrairá a misericórdia de Deus e as abundantes graças indispensáveis para a salvação dos católicos mornos e não católicos.
“ Não têm outra esperança senão no Sagrado Coração de Jesus; é Ele que curará todos os nossos males. Pregai e difundi por todas as partes a devoção ao Sagrado Coração, ela será a salvação para mundo” Essa impressionante afirmação é do Papa Pio IX (1846-1878)
Podemos nos unir a essa devoção através de orações, também por meio da nossa consagração e entronização em nossa casa da família,devoção ao Sagrado Coração de Jesus e Maria. Ao mesmo tempo receberemos inúmeros benefícios e uma proteção extraordinária da Providência Divina.
Em 1870, uma senhora romana, desejando saber a opinião do Sumo Pontífice Pio IX a respeito do Escudo do Sagrado Coração de Jesus, apresentou-lhe um. Comovido à vista desse sinal de salvação, o Papa concedeu aprovação definitiva a tal devoção e disse: “Isto é, senhora, uma inspiração do Céu. Sim, do Céu”. E, depois de breve recolhimento, acrescentou: “Vou benzer este Coração, e quero que todos aqueles que forem feitos segundo este modelo recebam esta mesma bênção, sem ser necessário que algum outro padre a renove. Ademais, quero que Satanás de modo algum possa causar dano àqueles que levem consigo o Escudo, símbolo do Coração adorável de Jesus” .
O Papa Pio IX concedeu no ano de 1872, uma indulgência de 100 dias uma vez ao dia a todos os fieis que usarem ao redor de seus pescoços este emblema piedoso e rezarem um Pai-Nosso, Ave-María e Glória.
O que é um Escudo ou Bentinho? Uma armadura espiritual?
É um poderoso Escudo que a Divina Providência colocou à nossa disposição, a fim de nos proteger contra os mais diversos perigos que enfrentamos em nosso dia-a-dia. Principalmente entre tantas pestes jogada no mundo pelo cavalo amarelo.
Para isso, basta levá-lo consigo, não havendo necessidade de ser bento, pois o bem-aventurado Papa PioIX estendeu sua bênção a todos os Escudos — como veremos adiante.
Detente, ou Escudo do Sagrado Coração de Jesus — também conhecido como bentinho, salvaguarda, ou mesmo como pequeno escapulário do Sagrado Coração — é um emblema com a imagem do Sagrado Coração e a divisa:
Venha a nós o Vosso Reino!
É comum levarmos no bolso, ou em nossas carteiras, pastas etc., fotografias de pessoas a quem muito queremos (pais ou filhos, por exemplo).
Nossos parentes são queridos. Deus mais que querido, nosso Salvador. Ter consigo o Escudo ou Bentinho é um meio de expressar nosso amor ao Sagrado Coração de Jesus; sinal de nossa confiança em sua proteção contra as armadilhas do demônio e perigos de toda ordem.
Levando conosco esse Escudo ou Bentinho, estaremos continuamente como que afirmando: Alto! Detenha-te,demônio; detenha-se toda maldade; todo perigo; todo desastre; detenham-se todos os assaltos; todas as
balas de bandidos; todas as tentações; detenha-se todo inimigo; toda enfermidade; detenham-se nossas paixões desordenadas — pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo!
Portar esse Escudo auxilia-nos, além dessas e de tantas outras proteções, a recordar continuamente as promessas do Sagrado Coração de Jesus; é símbolo de nossa total confiança na proteção divina; é um sinal de nossa permanente súplica e fidelidade a Nosso Senhor e um pedido de que Ele faça nossos corações semelhantes ao d’Ele.
Imagem do Sagrado Coração que Santa Margarida Maria dava às suas noviças.
dirigida à sua Superiora, Madre Saumaise — transcreve um desejo que lhe fora revelado por Nosso
Senhor:
“Ele deseja que a Senhora mande fazer uns escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que
todos aqueles que queiram oferecer-Lhe uma homenagem, os coloquem em suas casas; e uns menores,
para as pessoas levarem consigo”.
Nascia, assim, o costume de portar esses pequenos Escudos.
Essa santa devota do Bentinho portava-o sempre consigo e convidava suas noviças a fazerem o mesmo.
Ela confeccionou muitas dessas imagens e dizia que seu uso era muito agradável ao Sagrado Coração.
A autorização para tal prática, no início, foi concedida somente aos conventos da Visitação.
Depois, foi mais difundida pela Venerável Ana Magdalena Rémuzat (1696-1730).
A essa religiosa, também da mesma Ordem da Visitação, falecida em alto conceito de santidade, Nosso
Senhor fez saber antecipadamente o dano que causaria uma grave epidemia na cidade francesa de
Marselha, em 1720, bem como o maravilhoso auxílio que os marselheses receberiam com a devoção a seu
Sagrado Coração.
A referida visitandina fez, com a ajuda de suas irmãs de hábito, milhares desses Escudos do Sagrado
Coração e os repartiu por toda a cidade onde grassava a peste.
O Santo Padre Pio IX compôs esta bela oração:
“Abri-me o vosso Sagrado Coração, ó Jesus!... mostrai-me os seus encantos, uni-me a Ele para sempre. Que todos os movimentos e palpitações do meu coração, mesmo durante o sono, Vos sejam um testemunho do meu amor e Vos digam sem cessar: Sim, Senhor Jesus, eu Vos adoro... aceitai o pouco bem que pratico... fazei-me a mercê de reparar o mal cometido... para que Vos louve no tempo e Vos bendiga durante toda a eternidade. Amém” 9.
Leão XIII chamou de "estimadíssima prática religiosa", e na qual viu um poderoso remédio para os próprios males que, nos nossos dias de maneira mais aguda e com mais extensão, afligem os indivíduos e a sociedade? "Esta devoção – dizia ele – que a todos recomendamos, a todos será de proveito". E acrescentava estes avisos e exortações que também se referem à devoção ao sagrado coração: "Daí a violência dos males que, há tempo, estão como que implantados entre nós, e que reclamam urgentemente busquemos a ajuda do único que tem poder para os afastar. E quem pode ser este senão Jesus Cristo, o unigênito de Deus? Pois nenhum outro nome foi dado aos homens sob o céu no qual devamos salvar-nos" (At 4,12). "Cumpre recorrer a ele, que é caminho, verdade e vida".(Enc. Annum Sacrum., de 25 de maio de 1899; Acta Leonis, 19(1900), pp. 71, 77-78.)
O Papa São Pio X recomendou esta devoção tal como o Papa Pio XI e como, já antes, o fizera o Bem-Aventurado Papa Pio IX.
Papa Pio XII – “A Igreja teve sempre em tal estima a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e de tal modo continua a considerá-la, que se empenha totalmente no sentido de a manter florescente em todo o mundo, e de a promover por todos os meios possíveis.”
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