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sábado, 30 de junho de 2012

A fumaça de Satanás


101 motivos para duvidar
da versão do Cardeal Bertone

Dos motivos 70  ao  mais o video 101


70. Depois de Socci ter mostrado de forma conclusiva que há (ou havia) um texto do Segredo guardado nos aposentos papais, Bertone, quando apareceu no Porta a Porta, começou a insistir num texto "autêntico" no arquivo do Santo Ofício, ao mesmo tempo que ignorava ou recusava responder a todas as perguntas sobre um texto nos aposentos papais, cuja existência acabou finalmente por admitir (através de DeCarli) em Setembro de 2007.

71. Em vez de dizer claramente no Porta a Porta que tinha revelado todo o Terceiro Segredo de Fátima, e que não havia outros textos relacionados com ele (fossem eles considerados "autênticos" ou não), Bertone apenas declarou que ele e os seus colaboradores decidiram "publicar tudo o que
existia de facto no arquivo do Santo Ofício...", quando sabia muito bem que o ponto escaldante da
controvérsia era precisamente o texto que não estava naquele arquivo, mas nos aposentos papais.

72. Durante o programa de rádio de 6 de Junho de 2007, Bertone disse que estava "firmemente convencido" de que não havia outro texto relativo ao Segredo, embora, se tivesse realmente
perguntado à Irmã Lúcia, e se ela lhe tivesse mesmo dito categoricamente que não havia outro
texto além do texto da visão, ele não faria este comentário como uma mera convicção pessoal.

73. Durante o mesmo programa de rádio, Bertone disse que a sua "convicção" de que não havia outro texto do Segredo baseava- -se "na documentação que estava no Arquivo Secreto do Santo Ofício" ­ concentrando-se, mais uma vez, no que estava no arquivo, quando sabia muito bem que havia um texto nos aposentos papais, sendo ele o texto contido no "envelope Capovilla" que nunca
mostrou, e cuja existência não estava registada no arquivo.

74. Durante o programa de rádio, Bertone disse ainda que baseava a sua "convicção firme" naquilo a que chama "declarações explícitas da Irmã Lúcia na presença do Bispo de Fátima"­­ declarações
essas que nunca tinha mencionado nos sete anos anteriores; e não citou nenhuma dessas
"declarações explícitas".

75. Durante o programa de rádio, Bertone não mencionou a sua asserção anterior (anunciada de súbito n'A Última Vidente, publicado depois da morte de Lúcia) de que Lúcia lhe dissera, numa data desconhecida, que "Sim, este é o Terceiro Segredo, e eu nunca escrevi outro". Bertone agora
apoiou- -se em "declarações explícitas" da Irmã Lúcia, nunca antes mencionadas (e ainda não
citadas) e ditas na presença do Bispo D. Serafim.

76. Mas quando D. Serafim apareceu no programa da Telepace em 21 de Setembro de 2007, não corroborou quaisquer "declarações explícitas" de Lúcia sobre a alegada não-existência de outro texto do Segredo; lendo um guião preparado, sublinhou que não tinha "nada, quase nada" a dizer, e fez notar cuidadosamente que iria testemunhar "apenas um facto": que Lúcia confirmara que o texto da visão era autêntico, o que não estava em causa.

77. Quanto à existência de outro texto, D. Serafim afirmou misteriosamente que o Terceiro Segredo tinha sido revelado "de forma autêntica e integral" ­ juntando-se a Bertone ao sublinhar um "texto
autêntico" em vez de simplesmente declarar sem ambiguidade que não há absolutamente mais nenhum texto referente ao Segredo, fosse ele autêntico ou "não autêntico".
Bertone apoiou-se numa "carta" falsa "de Lúcia"que nem sequer lhe pediu que autenticasse.

78. Na Mensagem, Bertone não citou nenhum depoimento directo de Lúcia de que a consagração do mundo de 1984 chegava para consagrar a Rússia, embora tivesse "entrevistado" Lúcia semanas antes da Mensagem ser publicada (a suposta entrevista de 27 de Abril de 2000) e ter podido obter
com facilidade um depoimento nesse sentido, se Lúcia quisesse dá-lo.

79. Em vez disso, a Mensagem em 2000, e A Última Vidente em 2007, apoiaram-se numa carta feita a computador em 1989 e dirigida a um destinatário não identificado, embora se saiba geralmente que essa carta era uma falsificação óbvia, porque continha erros que Lúcia não podia ter cometido,
e porque Lúcia nunca usara um computador para escrever cartas (especialmente numa altura em que a era dos computadores pessoais estava no começo).

80. Bertone nunca pediu a Lúcia para autenticar esta carta durante as três entrevistas com a vidente, que duraram ao todo dez horas. Ou, alternativamente, pediu-lhe para a autenticar, ela negou- -se a fazê-lo, e Bertone escondeu este facto.

81. Tentando autenticar a carta, Bertone disse em 2005 que "para o fim, Lúcia até usava o computador," mas em 2007 (n'A Última Vidente) declarou que Lúcia "nunca trabalhou com o computador".
Bertone apresentou traduções enganadoras de uma carta que Lúcia supostamente enviou ao Papa em 1982.

82. Na Mensagem, Bertone e os seus colaboradores publicaram um fragmento de uma carta que Lúcia supostamente enviara a João Paulo II em 1982 sobre o conteúdo do Terceiro Segredo; nada no
fragmento indica que foi endereçada ao Papa, e não foram mostradas nem o princípio nem a
página com a assinatura.

83. A frase no fragmento original "A terceira parte do segredo, que tanto ansiais por conhecer..." prova que a suposta carta não podia ter sido endereçada ao Papa, porque o Papa não podia estar "tão ansioso por conhecer" o Segredo que já tinha lido antes de 1982.

84. Sabendo isso, Bertone e os seus colaboradores cortaram sistematicamente a frase "que tanto ansiais por conhecer" de todas as traduções do fragmento, sem usar reticências para indicar a omissão. (Cf. Apêndice IV.)

85. Mesmo assim, o fragmento da suposta carta destrói a "interpretação" de Bertone da visão do Bispo vestido de branco como tendo-se cumprido com a tentativa de assassínio de 1981, porque o
fragmento, escrito um ano depois do atentado, não só não se refere a ele como informa "o Papa" de
que, "se não vemos ainda, como facto consumado, o final desta profecia, vemos que para aí caminhamos a passos largos..."
Nunca deixaram que Lúcia falasse em pessoa.

86. Embora Bertone afirmasse que não havia mais nada a revelar do Terceiro Segredo desde a
publicação da visão em 26 de Junho de 2000, ele e os seus colaboradores nunca permitiram que a
Irmã Lúcia testemunhasse em pessoa sobre estes assuntos em qualquer altura.

87. Não permitiram que a Irmã Lúcia participasse na conferência de imprensa em que a visão foi revelada, e ela nem sequer foi autorizada a vê-la na televisão.
O livro de Lúcia não corroborou nenhuma das afirmações de Bertone.

88. Quando a Irmã Lúcia escreveu um livro inteiro sobre a Mensagem de Fátima para "dar resposta, de forma global, às múltiplas interpelações recebidas ... não conseguindo responder individualmente a todas as pessoas", o livro não respondia a uma única pergunta sobre a controvérsia do Terceiro Segredo (ou a Consagração da Rússia), e nem sequer mencionava o Terceiro Segredo (ou a Consagração).

89. O livro da Irmã Lúcia não corroborou uma única declaração que Bertone lhe atribuiu, com base nas suas alegadas dez horas de conversas não gravadas com a vidente.
Bertone falou muitas vezes, mas evitou todos os problemas e todos os inquiridores independentes.

90. Apesar de ter escrito um livro e de ter aparecido por duas vezes na televisão e uma vez num programa de rádio, tentando defender a sua versão, Bertone nem uma única vez se referiu pessoal
diretamente a qualquer um dos pontos cruciais da controvérsia do Terceiro Segredo, acima tratados.

91. Bertone nunca negou explicitamente, por palavras suas, que havia um texto referente ao Terceiro Segredo, contendo as palavras da Virgem Maria que explicam a visão e / ou acrescentam o que o "etc." de Lúcia indica.

92. Bertone recusou-se a responder a perguntas de qualquer jornalista independente sobre a
controvérsia, embora até o próprio Papa aceite perguntas de representantes da imprensa.

93. Bertone nem sequer falou com Socci sobre a controvérsia, na altura em que Socci, que conhecia pessoalmente, estava disposto a defender a sua posição (de Bertone).

94. Socci, um dos Católicos mais famosos e respeitados da Itália, foi fisicamente expulso do local do programa da Telepace como se fosse um vulgar intruso, depois de Bertone ter literalmente fugido da sua pergunta, entrando no auditório por uma porta lateral.

95. Não tendo dado respostas directas, ao longo de sete anos, a qualquer das questões mais importantes da controvérsia ­ e tendo apenas, de facto, dado mais provas de um encobrimento ­Bertone continuou a insistir que todas as perguntas estavam respondidas.
A Santa Sé e o Papa não deram apoio oficial à versão de Bertone nem criticaram Socci.

96. A Santa Sé não deu uma resposta oficial ao depoimento de Capovilla, ao depoimento relatado do Cardeal Ottaviani, ou à hipótese de AntonioSocci, publicitada internacionalmente, de que havia um encobrimento, feito pelo Vaticano, de um texto do Terceiro Segredo.

97. A Santa Sé não apresentou uma defesa oficial da posição de Bertone, que ele defendeu por sua iniciativa e em intervenções privadas: no seu livro, em dois programas de televisão e num
programa de rádio.

98. O Papa não fez qualquer declaração, oficial ou não, sobre o depoimento de Capovilla, o depoimento relatado do Cardeal Ottaviani, ou a acusação pública que AntonioSocci fez de um encobrimento do Vaticano.

99. Por outro lado, o Papa escreveu uma carta pessoal a Socci, agradecendo-lhe o seu livro e "os sentimentos que o sugeriram" (escrevendo, ao mesmo tempo, uma carta de introdução ao livro de
Bertone, mas evitando quaisquer pormenores da controvérsia do Terceiro Segredo).

100. A carta do Papa a Socci nem sequer sugeria que este fez acusações falsas, embora Socci tivesse publicamente posto em questão a veracidade de toda a versão de Bertone e acusasse Bertone e os seus colaboradores de esconder da Igreja e do mundo um texto com as palavras da Mãe de Deus.

101. Nem o Papa nem a Santa Sé fizeram qualquer declaração, oficial ou não oficial, no sentido da não existência do texto que Socci insiste que existe mas está a ser abafado, ou até qualquer declaração que mencionasse a controvérsia entre Socci e Bertone.

Vídeo: A ocultação do Terceiro Segredo de Fátima - Parte 06 de 06