Santa Teresa
de Cepeda e Ahumada nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515, numa
família da baixa nobreza. Seus pais chamavam-se Alonso Sánchez de Cepeda
e Beatriz Dávila e Ahumada. Teresa refere-se a eles com muito carinho.
Alonso teve três filhos do seu primeiro casamento. Beatriz deu-lhe
outros nove.
Teresa
tinha 20 anos quando entrou no Convento da Encarnação. Seu pai, ao
vê-la tão decidida, deixou de opor -se à sua vocação. Um ano depois fez a
profissão dos votos. Pouco depois, piorou de uma enfermidade que
começara a molestá-la antes de professar. Seu pai a retirou do convento.
A irmã Joana Suárez acompanhou Teresa para ajudá-la. Os médicos, apesar
de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade,
provavelmente impaludismo(malária), se agravou. Teresa conseguiu
suportar aquele sofrimento, graças a um livrinho que lhe fora dado de
presente por seu tio Pedro: "O terceiro alfabeto espiritual", do Padre
Francisco de Osuna. Teresa seguiu as instruções da pequena obra e
começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, ela
recuperou a saúde e retornou ao Carmelo. Sua
prudência, amabilidade e caridade conquistavam a todos. Segundo o
costume dos conventos espanhóis da época, as religiosas podiam receber
todos os visitantes que desejassem, a qualquer hora. Teresa passava
grande parte de seu tempo conversando no locutório. Isto a levou a
descuidar-se da oração mental. Vivia desculpando-se dizendo que suas
enfermidades a impediam de meditar. Pouco
depois da morte de seu pai, o confessor de Teresa fê-la ver o perigo em
que se achava sua alma e aconselhou-a a voltar à prática da oração.
Desde então, a santa jamais a abandonou. No entanto, ainda não se
decidira a entregar-se totalmente a Deus nem a renunciar totalmente às
horas que passava no locutório trocando conversas e presentes com os
visitantes. Cada vez mais convencida de sua indignidade, Teresa invocava
com freqüência os grandes santos penitentes, Santo Agostinho e Santa
Maria Madalena, aos quais estão associados dois fatos que foram
decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das "Confissões" de
Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela
experimentou diante de um quadro da Paixão do Senhor: "Senti que Santa
Maria Madalena vinha em meu socorro... e desde então muito progredi na
vida espiritual". Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo
ensangüentado em agonia. Certa ocasião, ao deter-se sob um crucifixo
muito ensanguentado, perguntou: "Senhor, quem vos colocou aí?"
Pareceu-lhe ouvir uma voz: "Foram tuas conversas no parlatório que me
puseram aqui, Teresa". Ela chorou muito e a partir de então não voltou a
perder tempo com conversas inúteis e nas amizades que não a levavam à
santidade. Teresa estabeleceu em seu convento a mais estrita clausura e o
silêncio quase perpétuo. Teresa estabeleceu em seu convento a mais
estrita clausura e o silêncio quase perpétuo.
A
comunidade vivia na maior pobreza. As religiosas vestiam hábitos
toscos, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso foram chamadas
"descalças") e eram obrigadas a abstinência perpétua de carne. A
fundadora, a princípio, não aceitou comunidades com mais de treze
religiosas. Mais tarde, nos conventos que possuiam alguma renda, aceitou
que residissem vinte monjas. Teresa é uma das maiores personalidades da
mística católica de todos os tempos. Suas obras, especialmente as mais
conhecidas (Livro da Vida, Caminho de Perfeição, Moradas e Fundações),
contém uma doutrina que abraça toda a vida da alma, desde os primeiros
passos até à intimidade com Deus no centro do Castelo Interior. Foi
canonizada em 1622.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário