*Traduzido
por Cristoph Klug.
O Paraíso é custoso, porém
inestimável,
Ainda que meus esforços eu
precise redobrar!
O
CE 553 (“Paternidade Hoje – I”, de 17 de fevereiro) atingiu um nervo. Não é de
surpreender. O Diabo tem praticamente toda a sociedade em seu poder. O campo de
batalha se mudou para aquelas famílias que ainda não estão em seu poder. Pais,
não desesperem de Deus (que é o que o Diabo quer que vocês façam), mas meçam a
medida da gravidade da situação e vejam a lógica das duas contramedidas
propostas por Deus através de Sua Mãe para esta situação. Então façam o melhor
que puderem e entreguem seus filhos nas mãos de Nossa Senhora.
Muitos
leitores reagiram até agora ao “Paternidade Hoje – I”, e certamente haverá
mais. Um primeiro leitor lamenta que a análise do Pe. Delagneau se encaixe
exatamente em sua própria família. No dia seguinte ao Natal, no ano passado,
sua filha mais velha, com apenas 20 anos, virou as costas para a família,
deixou o estilo de vida tradicional católico da família “de uma vez por todas”,
e se entregou ao mundo com um casamento iminente, um contrato para o qual ela
não está pronta. No entanto, uma centelha de esperança é que o jovem em questão
não tem religião, o que significa que ele pode encontrar seu caminho para Deus
com ela com mais facilidade do que se ele tivesse alguma religião! Outra
centelha de esperança é sempre que a maternidade pode trazê-la de volta à
realidade, como ela fez com Marya Shatova no romanece “Os Dêmonios” de
Dostoievski (que viu o mundo moderno chegar).
Uma
segunda leitora, dada a precisão do retrato do Pe. Delagneau dos jovens de
hoje, pergunta-se por que estes “Comentários” recomendam aos homens jovens em
geral que se casem. Ela escreve que quase não há homens ou mulheres genuínos ao
redor, porque “o material básico mudou”. Não seria tempo, ela pergunta,
de considerar a possibilidade de que Deus deseja que mais homens e mulheres
permaneçam solteiros e sofram na solidão, mas pela liberdade dos compromissos
familiares terem mais tempo para a luta celibatária e para o sacrifício? No
local de trabalho, ela diz que a geração crescente de trabalhadores quer
dinheiro, poder e tempo livre, que eles não têm ideia, mesmo em teoria, de
qualquer ethos de trabalho, e quase todos vivem em pecado, com “parceiros” ou
segundos esposos ou alguma perversão ou outra coisa. “Jesus, tenha
misericórdia”, conclui.
Um
terceiro leitor sugere que está certo que o Pe. Delagneau recorra aos pais, mas
o que a Igreja está fazendo agora para defender as famílias? Considerando que o
próprio leitor tem idade suficiente para ser capaz de olhar para trás com
carinho para a década de 1960, quando sua própria mãe estava sempre em casa
para cuidar dos filhos, agora ele diz que poucas famílias podem sobreviver sem
que a mãe tenha que sair de casa para trabalhar, e as crianças devem ser
entregues aos cuidados do estado, porque a Igreja oficial está na forca, e a Tradição
Católica está distante. As condições de vida para as famílias são determinadas
pelo estado, que não favorece as famílias e não tem nenhuma das habilidades da
Igreja para poder ajudar com os problemas humanos de uma família. Este leitor
conclui que estamos escravizados, como os judeus no Egito. Mas ele também diz
que, como Deus deixou as famílias na situação de hoje, deve haver algo que elas
possam fazer sobre isso.
De
fato. "Onde há vontade, há um caminho", diz o provérbio. E o Concílio
de Trento cita Santo Agostinho no sentido de que Deus não pode abandonar uma
alma que não o abandonou primeiro. Como disse Solzhenitsyn, a Rússia nunca
teria caído no inferno comunista se não tivesse dado as costas a Deus. O Deus
Todo-Poderoso permitiu o inferno para que a "Santa Rússia" voltasse para
Ele. Demorou vários anos, mas esse retorno a Deus agora está acontecendo em
toda a Rússia, mesmo que a conversão ainda não seja católica. Paciência. A
Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria cuidará disso. "No
sofrimento está o aprendizado". E agora famílias em todo o Ocidente
consumista estão sofrendo intensamente. Paciência.
Os
pais precisam acima de tudo compreender a urgência da necessidade de recorrer
aos dois remédios de Nossa Senhora, o Rosário e a Devoção dos Primeiros Sábados,
para fazer reparação ao seu Imaculado Coração. Pois quem pode dizer que
qualquer um destes remédios é absolutamente impossível? Que os pais façam um
verdadeiro esforço com ambos – cinco Mistérios com os filhos, outros dez
individualmente, se possível, e o que for necessário para os Primeiros Sábados;
e então, como Nossa Senhora poderia abandoná-los? Não é possível!
Kyrie
eleison.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.