Eis um relato precioso de como o Natal pode ter protegido o Imaculado
Coração de Maria de ser vencido por sua participação íntima na Paixão de seu
divino Filho: “A bem-aventurança do êxtase natalino veio sobre mim como a essência de
uma flor encerrada no vaso vivo do meu coração para toda vida. Uma alegria
indescritível. Humana e sobre-humana. Perfeita.
“Quando
meu coração era perfurado todas as noites da vida de meu Filho com a dolorosa
lembrança: 'Um dia a menos de espera, um dia mais perto do Calvário', e quando
minha alma estava sendo imersa em dor como se uma onda de tortura a tivesse
varrido, uma onda antecipada da maré de tormento que me dominou no Gólgota, eu
inclinava meu espírito sobre a memória da bem-aventurança da Noite Santa que
permanecera viva em meu coração, assim como se inclina sobre um estreito
desfiladeiro de montanha para ouvir o eco de uma canção de amor ou para ver à
distância a casa de sua alegria.
“Eis o que precisamos fazer quando Deus golpear:
* Aceitar ser consolado recordando um presente do passado, para fortalecer-nos em momentos de sofrimento presente, quando somos esmagados ao ponto de desespero, como plantas sendo esmagadas em uma tempestade, para que não nos desesperemos com a bondade de Deus.
* Fazer brilhar a luz da alegria passada em meio às trevas atuais para tornar estas tão luminosas que, mesmo na noite mais escura, possamos ver a santa Face de Deus.
* Adoçar um cálice amargo com uma recordação saborosa, de modo a ser capaz de suportar o gosto horrível e de beber o cálice até a última gota.
* Sentir pela preciosa lembrança que valorizamos no coração, a sensação do carinho de Deus, mesmo enquanto os espinhos pressionam nossa fronte.
“Aí estão
as sete fontes de felicidade opostas às sete espadas, tal como trespassaram meu
Imaculado Coração. Elas compõem a minha lição de Natal para você e, com você,
eu faço delas um presente para todos os meus filhos prediletos. Eu abençoo-os a
todos.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário