19/09 Terça-feira
Festa de Terceira Classe
Festa de Terceira Classe
Paramentos Vermelhos
São Januário (também conhecido como San Gennaro), nasceu em Nápoles, no ano 270 d.C. Em 302 foi ordenado sacerdote, e por sua piedade e virtude foi escolhido, pouco depois, para Bispo de Benevento. Sua caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral, socorria todos os necessitados e aflitos. Quando em 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou em todo o Império cruel perseguição contra o Cristianismo, obrigando os fiéis a oferecer sacrifícios às divindades pagãs, São Januário teve muitas ocasiões de manifestar o valor de seu zelo, socorrendo os cristãos, não só nos limites de sua diocese, mas em todas as cidades circunvizinhas. Penetrava nos cárceres, estimulando seus irmãos na Fé e perseverança final, alcançando também, naquela ocasião, grande número de conversões. O êxito de seu apostolado não tardou a despertar atenção de Dracônio, governador da Campânia, que o mandou prender. Diante do tribunal, São Januário foi reprovado pelo pró-cônsul Timóteo, que lhe apresentou a seguinte alternativa: «Ou ofereces incenso aos deuses, ou renuncias à vida».
«Não posso imolar aos demônios, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus»” – respondeu com vigor o santo, referindo-se à celebração eucarística. Irado, o pró-cônsul ordenou que o santo Bispo seis clérigos de sua diocese: Santos Sósio,Próculo, Festo, Desidério, Eutíquio e Acúrcio fosse lançado imediatamente numa fornalha ardente. Mas Deus quis renovar em favor de seu fiel servo o milagre dos três jovens israelitas, atirados também nas chamas, de que fala o Antigo Testamento. São Januário e seus companheiros saiu desta prova do fogo ileso, para grande surpresa dos pagãos. O tirano, atribuindo o prodígio a artes mágicas, ordenou que São Januário e companheiros fossem conduzidos a Puzzoles, onde seriam lançados às feras na arena. No dia marcado para o suplicio, o povo lotou o anfiteatro da cidade. No centro da arena. São Januário encorajava os companheiros: «Ânimo, irmãos, este é o dia do nosso triunfo, combatamos com valor nosso sangue por Aquele Senhor, a quem devemos a vida». Mal terminara de falar foram libertados leões, tigres e leopardos famintos, que correram em direção às vítimas. Mas, em lugar de despedaçá-las, prostraram-se diante do Bispo de Benevento e começaram a lamber-lhes os pés. Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro, que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão o dos cristãos. Muitos pediram clemência. Mas o pró-cônsul, cego de ódio, mandou decapitar aqueles cristãos, sendo executada a ordem na praça Vulcânia. Os corpos dos mártires foram conduzidos pelos fiéis às suas respectivas cidades. Segundo relataram as crônicas, uma piedosa mulher recolheu em duas ampolas o sangue que escorria do corpo de São Januário, quando este era transportado para Benavento. Os restos mortais do Bispo mártir foram transladados para sua cidade natal — Nápoles — em 432. No ano 820 voltaram para Benavento. Em 1497 retornaram definitivamente para Nápoles, onde repousam até hoje, em majestosa Catedral gótica. Aí se realiza o perpétuo sangue, que se dá duas vezes por ano, no sábado que antecede o primeiro domingo de maio aniversário da primeira transladação, e a 19 de setembro, festa do martírio do santo (Igreja Latina) e no dia 16 de dezembro (dia em que Nápoles foi protegido da erupção do Vesúvio). As datas da liquefação do sangue de São Januário são celebradas com grande pompa e esplendor. As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente. Iniciam-se preces coletivas. Se o milagre tarda, os fiéis compenetram-se de que a demora se deve a seus pecados. Rezam então orações penitenciais, como o salmo «Miserere», composto pelo Santo Rei Davi. Quando o milagre ocorre, o Clero entoa solene «Te Deum», a multidão prorrompe em vivas. Os sinos repicam e toda a cidade se rejubila. Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, Isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida. O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente. A ampola maior possui 60 cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25 cm cúbicos. Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos. A liquefação do sangue produz-se espontaneamente, sob as mais variadas circunstâncias, independentemente da temperatura ou do movimento, o sangue passa do estado pastoso ao fluido e, até, fluidíssimo. A liquefação ocorre da periferia para o centro e vice-versa. Algumas vezes, o sangue liquefaz-se instantânea e inteiramente, ou, por vezes, permanece um denso coágulo em meio ao resto liquefeito. Altera-se o colorido: desde o vermelho mais escuro até o rubro mais vivo. Não poucas vezes surgem bolhas e sangue fresco e espumante sobe rapidamente até o topo da ampola maior. Trata-se verdadeiramente de sangue humano, comprovado por análises espectroscópicas. Há algumas peculiaridades, que constituem outros milagres dentro do milagre liquefação, há uma variação do volume: algumas vezes diminui e outras vezes aumenta até o dobro. Varia também quanto à massa e quanto ao peso. Em janeiro de 1991, o prof. G. Sperindeo utilizando-se, com o máximo cuidado, de aparelhos de alta precisão, encontrou uma variação de cerca de 25 gramas. O peso aumentava enquanto o volume diminuía. Esse acréscimo de peso contraria frontalmente o princípio da conservação da massa (uma das leis fundamentais da Física) e é absolutamente inexplicável, pois as ampolas encontram-se hermeticamente fechadas, sem possibilidade de receber acréscimo de substâncias do exterior. A notícia escrita mais antiga e segura do milagre consta de uma crônica do século XIV. Desde 1659, estão rigorosamente anotadas todas as liquefações, que já perfazem mais de dez mil!
Leitura da Epístola aos
Hebreus 10,32-38
32 Lembrai-vos dos dias de outrora, logo que fostes iluminados. Quão longas e dolorosas lutas sustentastes. 33 Seja tornando-vos alvo de toda espécie de opróbrios e humilhações, seja tomando moralmente parte nos sofrimentos daqueles que os tiveram que suportar. 34 Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, pela certeza de possuírdes riquezas muito melhores e imperecíveis. 35 Não percais esta convicção a que está vinculada uma grande recompensa, 36 pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos. 37 Ainda um pouco de tempo - sem dúvida, bem pouco -, e o que há de vir virá e não tardará. 38 Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s).
Intróito/Sal. 36, 39.
Mas a salvação dos justos vem do Senhor, e ele é seu protetor no tempo da tribulação.
Ps. Ibid., 1.Não tenha inveja dos ímpios, não tenha inveja dos que praticam a iniqüidade.
V/. Glória Patri.
Coleta
Ó Deus que nos alegras na solenidade anual dos teus santos Mártires Janeiro e seus companheiros; faça, em sua clemência, que nossa piedade seja inflamada pelos exemplos daqueles cujos méritos nos enchem de alegria.
Leitura da Epístola aos
Hebreus 10,32-38
32 Lembrai-vos dos dias de outrora, logo que fostes iluminados. Quão longas e dolorosas lutas sustentastes. 33 Seja tornando-vos alvo de toda espécie de opróbrios e humilhações, seja tomando moralmente parte nos sofrimentos daqueles que os tiveram que suportar. 34 Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, pela certeza de possuírdes riquezas muito melhores e imperecíveis. 35 Não percais esta convicção a que está vinculada uma grande recompensa, 36 pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos. 37 Ainda um pouco de tempo - sem dúvida, bem pouco -, e o que há de vir virá e não tardará. 38 Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s).
Gradual. Sal. 33, 18-19.Clamavérunt iusti, et Dóminus exaudívit eos: et ex ómnibus tribulatiónibus eórum liberávit eos. Os justos clamaram, e o Senhor os ouviu, e os livrou de todas as suas tribulações.
V/. Iuxta é seu Dóminus, que tribuláto sunt cord: et húmiles spíritu salvábit.V/. O Senhor está perto dos aflitos de coração, e Ele salvará os humildes de espírito.Aleluia, aleluia. V/. Te Mártyrum candidátus laudat exércitus, Dómine. Aleluia.Aleluia, aleluia. V/. O exército branco de mártires canta seus louvores, Senhor. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Mateus 24,3-13
3 Indo ele assentar-se no monte das
Oliveiras, achegaram-se os discípulos e, estando a sós com ele,
perguntaram-lhe: Quando acontecerá isto? E qual será o sinal de tua
volta e do fim do mundo?
4 Respondeu-lhes Jesus: Cuidai que ninguém vos seduza.
5 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos.
6 Ouvireis falar de guerras e de
rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso
que isso aconteça. Mas ainda não será o fim.
7 Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares.
8 Tudo isto será apenas o início das dores.
9 Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações.
10 Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão.
11 Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos.
12 E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará.
13 Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo.
Ofertório/ Sal. 3, 1, 2 e 3.
As almas dos justos estão nas mãos de Deus, e o tormento da morte não as tocará; aos olhos dos tolos eles pareciam morrer, mas estão em paz, aleluia.
Secreta
Deixa-te comover, Senhor, pela oferta destes dons; e preserva-nos de todos os perigos pela intercessão de seus santos mártires Janeiro e seus companheiros.
Comunhão/São Matheus. 10, 27.
O que eu digo a você no escuro, diga na luz, diz o Senhor; e o que é falado de ouvido, pregue-o dos telhados.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Que esta comunhão, Senhor, nos purifique de nossas faltas; e que por intercessão de seus Santos Mártires Janvier e seus Companheiros, ela nos une inseparavelmente Àquele que se fez o remédio celestial para nossas almas.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário