A missa de Lutero obra de satanás:
Vamos expor ação de lutero sobre a missa de Paulo VI
O Ordinário da missa deve ser revisto, de modo que se manifeste mais
claramente a estrutura de cada uma das suas partes bem como a sua mútua
conexão, para facilitar uma participação piedosa e activa dos fiéis. Que
os ritos se simplifiquem, bem respeitados na sua estrutura essencial;
sejam omitidos todos os que, com o andar do tempo, se duplicaram ou
menos ùtilmente se acrescentaram; restaurem-se, porém, se parecer
oportuno ou necessário e segundo a antiga tradição dos Santos Padres,
alguns que desapareceram com o tempo.
Constitution on the Sacred Liturgy Sacrosanctum Concilium Vatican.va (1963-12-04)
Ccomparem a mesma lingagem de lutero foi dito neste anti-documento.
Introdução
Logo
de início, vejamos a nomenclatura usada para a adoração pública
conforme o reformador. Em suas palavras, Lutero escreve ao seu amigo e
colega de ministério Nicolau Hausmann, pastor da Igreja de Zwickau: Por
isso, amado Nicolau, conforme pediste tantas vezes, queremos tratar de
uma forma evangélica de celebrar a missa (como dizem) e de comungar (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - Vol. 7, p. 156).
Lutero
manteve o termo "missa" destacando o aspecto espiritual do culto
público que, para ele, se dava na comunhão dos santos com o seu Deus por
meio da pessoa e obra redentora de Cristo. Lutero, de imediato, aboliu
da "missa" todos os ritos, símbolos, objetos, cantos, preces e rezas que
fizessem alguma alusão direta ou indireta a missa como meio propiciatório,
ou seja, por causa da ministração dos sacramentos a Santa Missa Católica tinha o
efeito salvífico nos fieis. Era o que Lutero e os anti cristãos de sua época
diziam ser a missa sacrificial.Ele mesmo disse:
"Por
isso, confessamos em primeiro lugar que nem jamais foi nossa intenção
abolir totalmente todo o culto a Deus, mas apenas purificar novamente
esse que está em uso, mas que está viciado pelos piores acréscimos, e
mostrar o uso evangélico. Pois, não podemos negar que a missa e a
comunhão no pão e no vinho é um rito divinamente instituído por Cristo e
que foi observado, primeiramente no tempo de Cristo e depois no tempo
dos apóstolos, da forma mais simples e evangélica, sem qualquer
acréscimo. No Entanto, no decorrer do tempo, foi ampliado por tantas
invenções humana que, em nossos dias, além do nome da missa e da
comunhão nada restou (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - vol. 7, p. 157)."
Neste aspecto, veja que Martinho Lutero estabeleceu o que podemos entender e como ele mesmo denominou a "missa" evangélica.
Todo cuidado é pouco quando julgamos os fatos que procederam a
reforma com Lutero. De fato, o termo "missa" foi desvinculado pelos
reformados especialmente João Calvino por uma questão muito simples e
forte; a expressão missa está carregada e impregnada com os princípios e
a tradição dogmática dos romanistas. Contudo, Lutero repudiou com todas
as forças o conceito sacrificial e intercessório do clero como sendo o
culto a Deus.
Em suas palavras, ele condenou a missa romanista chamando-a de esfarrapado e abominável cânone de missa, coletado das fossas e cloacas do mundo inteiro. Ainda, nos mesmos escritos a Nicolau chama o clero da igreja romana de celibatários ricos, ociosos, poderosos, voluptuosos e imundos, como derradeira devastação (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - vol. 7, p. 158). Concluo que mesmo sendo estas mudanças litúrgicas do culto mais lenta e menos agressiva, ainda sim, seria natural que Lutero desejasse a purificação da Igreja em vez de dividi-la.
Vejam como disse sempre a Santa Igreja pela :
Conferência de Dom Marcel Lefebvre.
Esta noite, falarei
da Missa de Lutero e da Missa do novo rito. Por que essa comparação
entre a Nova Missa e a Missa de Lutero? Porque a história o diz; a
história objetiva não é criação minha. (Sua Excia. mostra então um livro
sobre Lutero, publicado em 1911, “Do Luteranismo Ao Protestantismo” de
Léon Cristiani). Ele fala sobre a reforma litúrgica de Lutero. Trata-se
de um livro escrito em um tempo, em que o autor nem conhecia nossa
crise, nem o novo rito; portanto não foi escrito com segundas intenções.
Síntese dos princípios fundamentais da Missa
Primeiramente desejo fazer uma síntese
dos princípios fundamentais da Missa, para trazer à nossa memória a
beleza, a profunda grandeza espiritual de nossa Missa, o lugar que nossa
Missa ocupa na Santa Igreja. Que coisa mais bela Nosso Senhor legou à
humanidade, que coisa mais preciosa, mais santa concedeu à Sua Santa
Igreja, à Igreja sua Esposa, no Calvário, quando morria na Cruz? Foi o
Sacrifício de si mesmo.
O Sacrifício de si mesmo. Sua própria
Pessoa, que continua seu Sacrifício. Ele o deu à Igreja, quando morreu
na Cruz. A partir desse momento, esse Sacrifício estava destinado a
continuar, a perseverar através dos séculos, como Ele o havia
instituído, juntamente com o Sacerdócio.
Quando na Santa Ceia, Jesus instituiu o
Sacerdócio, Ele o instituiu para o Sacrifício, o Sacrifício da Cruz,
porque esse Sacrifício é a fonte de todos os méritos, de todas as
graças, de todos os Sacramentos; a fonte de toda a riqueza da Igreja.
Isso devemos recordar, ter sempre presente essa realidade, divina
realidade.
Portanto, é o Sacrifício da Cruz que se
renova sobre nossos altares, e o Sacerdócio está em relação com ele, em
relação essencial com esse Sacrifício. Não se compreende o Sacerdócio
sem o Sacrifício, porque o Sacerdócio foi feito para o Sacrifício.
Poder-se-ia dizer também: é a Encarnação de Jesus Cristo, séculos a
fora: “usque ad finem temporum” (1) , o Sacrifício da Missa será
oferecido.
Se Jesus Cristo quis esse Sacrifício,
quis também ser nele a vítima, uma vez que é o Sacrifício da Cruz que
continua, Ele quis que a vítima fosse sempre a mesma, quis ser Ele
próprio a vítima. Para ser a vítima, Ele tem que estar presente,
verdadeiramente presente nos nossos altares. Se Ele não estiver
presente, se não houver a Presença Real nos nossos altares, não haverá
vítima, não haverá Sacerdócio. Tudo está ligado: Sacerdócio, Sacrifício,
Vítima, Presença Real, portanto transubstanciação.
Aí está “o coração” do tesouro – o
maior, o mais rico – que Nosso Senhor concedeu à Sua Esposa, a Igreja e a
toda a humanidade. Assim podemos compreender que, quando Lutero quis
transformar, mudar esses princípios, começou por combater o Sacerdócio;
como o fazem os modernistas. Pois Lutero bem sabia que se o Sacerdócio
desaparecesse, não mais haveria Sacrifício, não mais haveria Vítima, não
haveria mais nada na Igreja, não mais haveria a fonte das graças.
Como procedeu Lutero para dizer que não haveria mais Sacerdócio?
Como procedeu Lutero para dizer que não
haveria mais Sacerdócio? Dizendo: “Não existe diferença entre padres e
leigos. O Sacerdócio é universal”. Tais eram as idéias que ele
propagava. Ele dizia que há três muros de defesa cercando a Igreja. O
primeiro muro é essa diferença entre padres e leigos. (Sua Excia. Então
lê): “A descoberta de que o Papa, os bispos, os padres, os religiosos
compõem o Estado Eclesiástico, ao passo que os príncipes, os senhores,
os artesãos, os camponeses formam o estado secular, é pura invenção, uma
mentira”. Essa diferença entre padres e leigos é então uma invenção,
uma mentira. Eis o que diz Lutero: “Na realidade, todos os cristãos
pertencem ao estado eclesiástico”. Não há diferença, a não ser a
diferença de funções, de serviço. Todos têm o Sacerdócio a partir do
Batismo; têm-no em razão do caráter batismal, todos os cristãos são
padres e os padres não têm um caráter especial, não há um sacramento
especial para os padres, mas seu caráter sacerdotal lhes vem do caráter
do Batismo. Assim também se explica esta laicização dos padres; eles não
querem mais ter uma veste particular, não querem mais se distinguir dos
fiéis, porque todos são padres; e são os fiéis que devem escolher os
padres, eleger os seus padres.
Tais foram os princípios de Lutero, que
prossegue: “Se um Papa ou um Bispo confere a unção, faz tonsuras,
ordena, consagra ou dá uma veste diferente aos leigos ou aos padres,
está criando enganadores”. Todos são consagrados padres, a partir do
Batismo. Os progressistas do nosso tempo não descobriram novidades.
Há um novo livro sobre os Sacramentos,
aparecido em janeiro deste ano em Paris, sob a autoridade do Arcebispo, o
Cardeal Marty. Saiu há pouco. Seus autores descobriram oito
sacramentos, não mais sete, porque o oitavo sacramento é a profissão
religiosa. Eles dizem claramente, nesse livro, que todos os fiéis são
padres e que o caráter sacerdotal vem do caráter do Batismo. Os autores,
por certo, devem ter lido Lutero, transformado para eles em Padre da
Igreja.
Lutero não acreditou mais na Transubstanciação, nem no Sacrifício
Lutero deu também outro passo à frente,
após a supressão do Sacerdócio. Ele não acreditou mais na
Transubstanciação, nem no Sacrifício. E disse claramente que a Missa não
é um Sacrifício. A Missa é uma Comunhão. Podemos então chamar a Missa
de Comunhão, Ceia, Eucaristia, tudo, menos Sacrifício. Não há, portanto,
Vítima, nem Presença Real, mas apenas uma presença espiritual, uma
recordação ou comunhão. Foi por isso que Lutero sempre combateu as
Missas privadas; foi uma das primeiras coisas feitas por ele, porque uma
Missa privada não é uma Comunhão. É preciso que os fiéis comunguem. A
Missa privada, então, não está conforme a verdade, é preciso suprimir
todas as Missas privadas.
Ele chamava a Eucaristia de “Sacramento
do Pão”. A Eucaristia, (dizia ele), tornou-se uma lamentável maldade.
Essa “maldade” da Missa provém de terem feito dela um Sacrifício. Somos
forçados a constatar que não se fala mais de Sacrifício da Missa nos
boletins diocesanos ou paroquiais, mas de Eucaristia, de Comunhão, de
Ceia. Que singular semelhança com as teses de Lutero!
Lutero faz ainda uma distinção entre os fins do Sacrifício da Missa
Além disso, Lutero faz ainda uma
distinção entre os fins do Sacrifício da Missa. Ele diz que um dos fins
do Sacrifício da Missa é render graças a Deus. A Eucaristia é um
sacrificium laudis, mas não um sacrificium expiationis, não um
Sacrifício de expiação, mas de louvor, de eucaristia. Por isso é que se
certos protestantes ainda falam de Sacrifício, nunca o é no sentido de
sacrifício expiatório, que remite os pecados. No entanto se trata de um
dos principais fins do Sacrifício da Missa, a remissão dos pecados.
Por isso é que os protestantes modernos
aceitam o novo rito da Missa, porque, dizem eles, (isso saiu publicado
em uma revista da Diocese de Estrasburgo, noticiando uma reunião de
protestantes da Confissão de Augsburgo), agora, com o novo rito, é
possível rezar com os católicos. (L’Eglise en Alsace de 8-12-1973 e
1-1-1974). “De fato, com as atuais formas de celebração eucarística da
Igreja Católica, e com as presentes convergências teológicas, muitos
obstáculos que podiam impedir que um protestante participasse da
celebração eucarística estão desaparecendo e agora vai se tornando
possível reconhecer na celebração eucarística católica, a Ceia
instituída pelo Senhor. Temos à disposição novas orações eucarísticas,
que têm a vantagem de apresentar variações à Teologia do Sacrifício”.
Isso é evidente! Há duas semanas atrás, estando eu na Inglaterra, soube
que um bispo anglicano adotou, ultimamente, o novo rito católico para
toda a sua diocese. E declarou: “Este novo rito é muito conforme com as
nossas idéias protestantes.” É pois evidente que para os protestantes,
não há mais dificuldades para admitir o novo rito. Por que eles não
tomam o antigo rito? Foi o que o Senhor Salleron perguntou aos padres de
Taizé: “Por que dizeis que hoje podeis admitir este novo rito e não o
antigo?”
Portanto há uma diferença entre o novo e
o antigo e esta diferença é essencial; não é uma diferença acidental,
porque eles não aceitam usar o antigo rito, com todas as orações dotadas
de precisão e que esclarecem realmente a finalidade do Sacrifício:
propiciatório, expiatório, eucarístico e latrêutico. Esta é a finalidade
do Sacrifício da Missa católica que, claro no antigo rito, não o é mais
no novo rito, porque não há mais Ofertório. E é também por isso que
Lutero não quis Ofertório no rito dele.
Como Lutero inaugurou sua nova Missa
Vejamos como Lutero inaugurou sua nova
Missa, sua reforma. A primeira missa evangélica foi levada a efeito na
noite de 24 para 25 de dezembro de 1521. Nessa primeira missa
evangélica, depois da pregação sobre a Eucaristia, eles falaram sobre a
Comunhão sob as duas espécies como obrigatória e sobre a Confissão como
inútil, bastando a fé. A seguir, Karlstadt, seu discípulo, apresentou-se
no altar, com vestes seculares, recitou o Confiteor, começou a Missa
como era antes, mas somente até o Evangelho; o Ofertório e a Elevação
foram supressos (pág.282), o que quer dizer que tudo o que significava
idéia de Sacrifício foi retirado. Após a Consagração veio a Comunhão e
muitos assistentes haviam bebido e comido, e até, tomado aguardente,
antes de comungar; comungaram sob as duas espécies e o pão consagrado,
(dado) nas mãos. Uma das hóstias escapole e cai em cima da roupa de um
assistente. Um padre a recolhe. Uma outra cai no chão e Karlstadt diz
aos leigos para apanhá-la; e como eles se recusam, por respeito ou
temor, ele declara: “Que ela permaneça onde está, pouco importa,
contanto que não se pise em cima”. Pouco depois ele próprio a apanhou
(pág.282). Muitos leigos, inúmeras pessoas estavam contentes com a
novidade e eram muitos os que vinham assistir a essa nova Missa
evangélica, porque uma parte era dita em língua alemã, e eles diziam que
compreendiam melhor. Então os mosteiros começaram a se esvaziar. Lutero
tinha declarado: “Eu conservarei o meu hábito, meu modo de me
apresentar como monge”, mas muitos monges saíram; alguns ficaram nos
mosteiros, mas a maioria se casou. Reinava grande anarquia entre os
padres. Cada um celebrava sua missa como queria. O Conselho não sabia
mais o que fazer (pág.285), tomando então a resolução de fixar uma nova
liturgia, de não mais deixar a liberdade e de por um pouco de ordem. A
maneira de celebrar a Missa deveria ser então a seguinte: Intróito,
Glória, Epístola, Evangelho, Sanctus. Depois havia uma pregação;
Ofertório e Cânon ficavam supressos; o padre então pronunciava a
instituição da Ceia, que ele proferia, em voz alta, em alemão e
distribuía a Comunhão sob as duas espécies. Depois vinha o Agnus Dei e o
Benedicamus Domino, para terminar.
As modificações da Consagração
introduzidas no Novus Ordo são semelhantes às que foram introduzidas por
Lutero; as palavras essenciais da Consagração não são mais unicamente
as palavras da forma, tais como sempre tinham sido conhecidas: “HOC EST
CORPUS MEUM. HIC EST CALIX SANGUINIS MEI,” e as palavras que lhe seguem.
Não! A partir de então, as palavras essenciais começam nos seguintes
termos: “Ele tomou o pão”, até as palavras após a consagração do vinho:
“HOC FACITE IN MEAM COMMEMORATIONEM”. Lutero disse a mesma coisa. Por
que? Porque se lê a narrativa da Ceia. “É uma narrativa, não uma ação,
não um Sacrifício, não uma ação sacrifical, mas um simples memorial”.
Por qual razão nossos inovadores o copiaram de Lutero?
Lutero diz também: “As Missas e as
Vigílias estão encerradas. O Ofício será conservado, assim como as
Matinas, as Horas menores, as Vésperas, Completas, mas somente o Ofício
ferial. Não se comemorará mais santo algum que não esteja expressamente
nomeado na Escritura”. Desse modo, ele mudou completamente o Calendário,
exatamente como foi feito atualmente (pág.309).
Donde podemos concluir: A atual
transformação é idêntica à de Lutero. Um último exemplo, o das palavras
da Consagração do pão: “HOC EST CORPUS MEUM, QUOD PRO VOBIS TRADETUR”.
Também Lutero acrescentou essas últimas palavras, porque, justamente são
palavras da Ceia, pois ele pretendia que a Ceia não fosse um
Sacrifício, mas uma refeição.
Ora, o Concílio de Trento diz
explicitamente: Quem disser que a Ceia não é um Sacrifício seja anátema.
A Ceia foi um Sacrifício. E nossa Missa é a continuação da Ceia, porque
a Ceia foi um Sacrifício. Isso já se constata na separação prévia do
Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. O Sacrifício já estava significado
por essa separação, no entanto Lutero afirma: “Não. A Ceia não é um
Sacrifício”, é por isso que nós devemos repetir todas as palavras que
Nosso Senhor disse na Ceia, ou seja: “HOC EST CORPUS MEUM QUOD PRO VOBIS
TRADETUR”, que será entregue por vós sobre a Cruz.
Por que imitar tão servilmente Lutero na Nova Missa?
A única razão que se pode aduzir é a do
Ecumenismo. Pois sem esse motivo, nada se pode compreender dessa
reforma. Ela não tem absolutamente vantagem alguma, nem teológica, nem
pastoral. Nenhuma vantagem a não ser a de nos aproximar dos
protestantes. Podemos legitimamente pensar, que foi por isso que os
protestantes foram convidados para a Comissão da Reforma Litúrgica; para
ficarmos sabendo se estavam satisfeitos ou não, ou se havia alguma
coisa que lhes não agradava, se eles podiam ou não rezar conosco. Eu
penso que não pode existir outro motivo para esta presença dos
protestantes na Comissão de reforma da Missa. Mas como podemos pensar
que protestantes, que não têm nossa fé, possam ser convidados para uma
Comissão destinada a fazer uma reforma de nossa Missa, de nosso
Sacrifício, daquilo que temos de mais belo, de mais rico em toda a
Igreja, o objeto mais perfeito de nossa fé?!
Lutero, em janeiro de 1526, promoveu a
impressão de um novo ritual para as cerimônias da Missa. No seu
pensamento, ele queria a liberdade total. E dizia (pág.314): “Se
possível, eu gostaria de dar total liberdade aos padres, para fazerem o
rito que quiserem; mas há o perigo de abusos, então é preciso
estabelecer regras”. Seu pensamento, porém era de liberdade total. E
também de igualdade entre os padres e os fiéis. E assim, todos os fiéis
sendo padres, poderiam, também eles, ter idéias de como criar o culto.
Então, todos juntos, aqueles que são padres, aqueles que têm uma função
especial, aqueles que são escolhidos dentre os fiéis, todos juntos podem
demonstrar sua criatividade no culto.
Mas como era um pouco difícil, acabaria
havendo bastante desordem, então ele escreveu um ritual. Nessa ocasião
ele dizia também: “O uso do latim é facultativo”. Ele não era
absolutamente contra o latim. Queria até que as crianças aprendessem
latim. Mas também dizia: “O desejo dos leigos comuns de ter uma Missa em
alemão é perfeitamente legítimo. Contudo há pessoas que vão à Igreja
para ver novidade, para ver coisas novas. Esses, no entanto, não são
verdadeiros cristãos, são curiosos, como se fossem aos turcos ou aos
pagãos”.
Nos domingos se celebra a Missa. Mas
Lutero conserva a palavra Missa com certa repugnância. As vestes
sagradas, as velas são ainda mantidas provisoriamente. Começa-se com o
Intróito em alemão, depois o Kyrie, depois uma Oração cantada pelo
celebrante, ainda voltado para o altar, não para o povo. Mas para a
Epístola e para o Evangelho, cantados em alemão, se voltará para o povo,
quando então todos cantam o Credo em língua vulgar (pág.316).
O celebrante dirá uma paráfrase do
Pater, uma exortação à Comunhão, depois vem a Consagração, que será
cantada, em alemão, assim: “Na noite em que foi traído, Nosso Senhor
Jesus Cristo tomou o pão, rendeu graças e o partiu e apresentou a seus
discípulos e disse: Tomai e comei, isto é o meu Corpo que é dado por
vós”. – HOC EST CORPUS MEUM QUOD PRO VOBIS TRADETUR; estas são as
palavras exatas –. “Fazei isto todas as vezes que o fizerdes, em memória
de mim. Do mesmo modo, Ele tomou também o cálice, após a Ceia e disse:
Tomai e bebei dele todos, este é o cálice, um novo Testamento em meu
Sangue, que é derramado por vós, para a remissão dos pecados”. Não disse
PRO VOBIS ET PRO MULTIS, fez desaparecer as palavras PRO MULTIS e
também MYSTERIUM FIDEI. (pág. 317)
Mysterium fidei e pro multis
desapareceram… “Que é derramado por vós, para a remissão dos pecados,
fazei isso todas as vezes que beberdes esse cálice em memória de mim”.
Essas palavras que Lutero dizia ser a consagração, portanto as palavras
essenciais, correspondem exatamente às palavras do documento da
Congregação do Culto. A única expressão a mais é pro multis, que restou
no documento do Vaticano. Mas todas as palavras, assim como as que são
ditas antes: “Na noite em que foi traído, Nosso Senhor tomou o pão”,
essas palavras não são da forma; nunca a Igreja disse que as palavras,
que precedem a Consagração, fazem parte da forma do Sacramento.
Depois da elevação, que Lutero conservou
até 1542, vinha a Comunhão na mão. Uma última oração – a coleta –
terminava a Missa como a Postcomunio dos católicos (págs.317-318).
Evidentemente Lutero não aceitou o
celibato e lutou contra os votos dos religiosos. Ele queria o fim desses
costumes da Igreja. Mas, coisa bastante curiosa, ele sempre teve certo
medo das reformas que ele tinha feito. Seus discípulos iam à vanguarda,
mais depressa do que ele; ele sempre estava um pouco ansioso. Dizia a
seus discípulos: “Eu condeno a nova prática de dar a Eucaristia de mão
em mão, bem como o uso irrefletido da Comunhão sob as duas espécies”.
Isso nos primeiros tempos, depois ele aceitou; mas logo de começo lhe
parecia que essa Comunhão na mão não era boa coisa.
Depois de ter dito que a Confissão não
era necessária, mesmo para aqueles que tinham pecados graves, hesitou e
disse: “A Confissão é boa, mas se o Papa me pedir para me confessar, eu
me recusarei a fazê-lo, eu não me quero confessar. Nem por isso eu
aceito que alguém me proíba essa confissão secreta. Eu não a cederei nem
por todos os tesouros da terra, porque eu sei o que ela já me
proporcionou de força e de consolação…”
Lutero estava roído de remorsos, no
entanto vivia devorado pela necessidade de fazer novidades, de mudar
tudo, de ir contra o Papa, contra a Igreja Romana, contra o dogma. Por
isso ele continuou sua reforma.
A reforma litúrgica atual se inspira na reforma de Lutero
É evidente que a reforma litúrgica atual
se inspira na reforma de Lutero. Eu disse isso, em Roma, a muitos
Cardeais: “Vossa nova Missa é a Missa de Lutero!” A isso me foi
respondido: “Mas então ela é herética!” E eu respondi: “Não, ela não é
herética, mas é ambígua, equívoca, pois um pode celebrá-la com a fé
católica integral do Sacrifício, da Presença Real, da Transubstanciação e
outro pode celebrá-la sem ter essa intenção e, nesse caso, a Missa não
será mais válida. As palavras que ele pronuncia e os gestos que ele faz
não o contradizem. Ela é equívoca, sim, equívoca. E certamente Lutero,
durante muitos anos, a celebrou validamente, quando ele ainda não estava
contra o Sacrifício, quando ele era ainda mais ou menos católico.
Porém, mais tarde, quando ele recusou o Sacrifício, o Sacerdócio, a
Presença Real, então sua Missa passou a não ter mais validade”.
Mas como uma Missa pode ser assim
equívoca? É impossível fazer isso com o antigo rito, porque ele é claro,
ele é claro. O Ofertório todo diz com clareza o que nós realizamos. O
Ofertório é uma verdadeira definição do Sacrifício da Missa. Por isso é
que Lutero era contra o Ofertório, porque ele era por demais claro, e
foi por isso que ele fez aquelas mudanças no Cânon para não deixar
perceber se é uma narração ou uma ação; mas nós, nós sabemos que a
Consagração é uma ação sacrifical.
Eles sabem que em nossos antigos
Missais, antes do Communicantes, está escrito infra actionem, pois não
se trata de uma narração, nem de um memorial, uma simples recordação. É
uma ação. Uma ação sacrifical.
Todas essas mudanças no novo rito são realmente perigosas
Todas essas mudanças no novo rito são
realmente perigosas, porque, pouco a pouco, sobretudo para os padres
novos, que não têm mais a idéia do Sacrifício, da Presença Real, da
Transubstanciação, para os quais tudo isso não significa mais nada,
esses padres novos perdem a intenção de fazer o que a Igreja faz, e não
celebram mais missas válidas; não há mais a Presença Real.
Certamente os padres idosos, quando
celebram conforme o novo rito, conservam ainda a fé de sempre.
Celebraram a Missa no antigo rito, durante tantos anos, que conservam as
mesmas intenções; então se pode crer que a Missa deles é válida. Mas na
medida em que essas intenções se vão, desaparecem, nessa mesma medida
as Missas deixarão de ser válidas.
Eles quiseram se aproximar dos
protestantes, mas foram os católicos que se tornaram protestantes e não
os protestantes que se tornaram católicos. Isso é evidente, ninguém pode
dizer o contrário.
Quando cinco Cardeais e quinze Bispos
compareceram ao “Concílio dos Jovens”, em Taizé, como esses jovens
poderiam saber o que é catolicismo e o que é protestantismo? Alguns
receberam a Comunhão das mãos dos protestantes, outros dos católicos.
Quando o Cardeal Willebrands esteve em
Genebra, no Conselho Ecumênico das Igrejas, declarou: “Temos que
reabilitar Lutero”.Ele o disse, como enviado da Santa Sé.
Vede a Confissão. Em que se transformou a
Confissão, o Sacramento da Penitência, com essa absolvição coletiva? É
acaso pastoral esse modo de dizer aos fiéis: “Nós demos a absolvição
coletiva, os senhores podem comungar; quando tiverem oportunidade, se
tiverem pecados graves, confessem-se no prazo de seis meses a um ano…”
Quem pode dizer que esse modo de proceder é pastoral? Que idéia se
poderá fazer do pecado grave?
E a Confirmação
O Sacramento da Confirmação também está
numa situação idêntica. Realmente eu penso que as palavras do livro dos
Sacramentos da Comissão do Arcebispo de Paris, que constituem a forma,
tornam o Sacramento inválido. Por que? Porque não há mais a significação
do Sacramento na forma. O Bispo, quando confere o Sacramento da
Confirmação, diz: “Signo te, signo Crucis et confirmo te Chrismate
salutis, in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti” e “Confirmo te
Chrismate salutis”. A Confirmação: “confirmo te.”
Agora estão dizendo: “Eu te assinalo com
a Cruz e recebe o Espírito Santo”. É obrigatório esclarecer qual a
graça especial do Sacramento, no qual se confere o Espírito Santo. Se
não se diz esta palavra: “Ego te confirmo in nomine Patris…” Não há o
Sacramento! Eu o disse também aos Cardeais, porque eles me declararam:
“O senhor confere a Confirmação sem ter o direito de o fazer”. – “Eu o
faço, porque os fiéis têm medo que seus filhos fiquem sem a graça da
Confirmação, porque eles têm dúvida a respeito da validade do
Sacramento, que é conferido atualmente nas igrejas. Não se sabe mais se é
verdadeiramente um Sacramento ou não. Então, ao menos para ter essa
certeza de ter realmente a graça, me pedem para crismar, e eu o faço
porque me parece que eu não posso recusar aos que me pedem a Confirmação
válida, pois ao menos eles recebem a graça, mesmo que não seja lícito,
porque nós estamos num tempo em que o direito divino natural e
sobrenatural passa à frente do direito positivo eclesiástico, já que
este se lhe opõe, em vez de lhe servir de canal”.
Estamos em uma crise extraordinária
Nós não podemos seguir essas reformas.
Onde estão os frutos dessas reformas? Eu, de fato, me pergunto! Reforma
litúrgica, reforma dos seminários, reforma das congregações religiosas,
todos esses capítulos gerais! Onde eles estão colocando essas pobres
congregações atualmente? Tudo se acabando…! Não há mais noviços, não há
mais vocações…!
Eles próprios reconhecessem que não há
mais vocações. O Cardeal Arcebispo de Cincinatti o reconheceu também no
Sínodo dos Bispos, em Roma: “Em nossos países (ele representava todos os
países de língua inglesa), não há mais vocações, porque não sabem mais o
que é o padre”.
Nós devemos nos conservar na Tradição.
Só a Tradição nos concede realmente a graça, nos proporciona realmente a
continuidade na Igreja. Se abandonarmos a Tradição, passaremos a
contribuir para a demolição da Igreja.
O liberalismo penetrou na Igreja através do concílio
Também isso eu disse àqueles Cardeais!
“Não vedes que o Esquema da Liberdade Religiosa do Concílio é um esquema
contraditório? Na primeira parte do Esquema está dito:‘Nada muda na
Tradição’, e , dentro do Esquema, está tudo ao contrário da Tradição. O
contrário do que disseram Gregório XVI, Pio IX e Leão XIII”.
Portanto é preciso escolher! Ou estamos
de acordo com a liberdade religiosa do Concílio e então somos contrários
ao que esses Papas disseram, ou então nos conservamos de acordo com
esses Papas e então nos recusamos a concordar com o que está contido no
Esquema sobre a Liberdade Religiosa. É impossível estar de acordo com os
dois. E acrescentei: eu me atenho à tradição, eu sou pela tradição, e
não por essas novidades que constituem o liberalismo. Não é
absolutamente outra coisa senão o liberalismo, que foi condenado por
todos os pontífices, durante século e meio.
Esse liberalismo penetrou na igreja através do concílio: a liberdade, a igualdade, a fraternidade.
A liberdade: a liberdade religiosa.
A fraternidade: o ecumenismo.
A igualdade: a colegialidade.
E estes são os três princípios do liberalismo, originado dos
filósofos do século XVIII, e que levou a efeito a revolução francesa.
Foram essas idéias que entraram no concílio, por meio de palavras equívocas.
E agora vamos à ruína, a ruína da
Igreja, porque essas idéias são absolutamente contra a natureza e contra
a fé. Não existe igualdade entre nós. Não existe verdadeira igualdade. O
papa Leão XIII disse isso bastante claro, em sua encíclica sobre a
liberdade.
A fraternidade também! Se não houver um
pai, como acharemos fraternidade? Se não há pai, se não há deus, como
podemos ser irmãos? Como se pode ser irmão, se não houver um pai comum?
Impossível! Devemos então abraçar todos os inimigos da igreja, os
comunistas, os budistas e todos os outros que são contra a igreja, os
Maçons?
Esse decreto de uma semana atrás, que
diz que agora não há mais excomunhão para um católico que entre na
maçonaria. Mas onde está a igreja? Isso é impossível! Os Mações são os
inimigos tradicionais da igreja, são aqueles que querem destruir os
países católicos! Quem destruiu Portugal? Quem estava no Chile? E agora
no Vietnam do sul! Porque esses países são católicos! E que será da
Espanha dentro de um ano, da Itália, etc…? Porque a Igreja abre os
braços a toda essa gente que são inimigos dela?
Temos que rezar
Na verdade temos que rezar, rezar; é um
assalto do demônio contra a Igreja, como jamais se viu igual. Devemos
rezar a Nossa Senhora, a Bem-Aventura Virgem Maria, para que Ela venha
em nosso socorro, porque realmente nós não sabemos o que será de amanhã.
E realmente parece que toda essa ruína trará conseqüências terríveis ao
mundo. É impossível que Deus aceite todas essas blasfêmias, sacrilégios
que são praticados contra Sua Glória, Sua Majestade!
Ele tem muita paciência, mas virá o dia
(quando virá, eu não sei), virá o dia do castigo, porque todas essa
legalizações, leis sobre o aborto, que vemos em tantos países, o
divórcio na Itália, toda essa ruína da lei moral, ruína da verdade,
realmente é difícil acreditar que tudo isso se possa fazer, sem que Deus
fale um dia!
Então temos que pedir a Deus
misericórdia por nós e por nossos irmãos. Mas também temos que lutar,
combater. Combater para conservar a Tradição e não ter medo. Conservar,
acima de tudo, o rito de nossa Santa Missa, porque Ela é o fundamento da
Igreja e da civilização cristã. Quando não houver mais uma verdadeira
Missa na Igreja, a Igreja acabará.
Temos que conservar esse rito, esse Sacrifício
Portanto temos que conservar esse rito,
esse Sacrifício. Todas as nossas igrejas foram construídas para esta
Missa, não para uma outra Missa; para o Sacrifício da Missa, não para
uma Ceia, para uma Refeição, para um Memorial, para uma Comunhão, não!
Para o Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que continua sobre
nossos altares! Foi por isso que nossos pais construíram essas belas
igrejas, não para uma Ceia, não para um Memorial, não!
Conto com vossas orações por meus
seminaristas, para fazer de meus seminaristas verdadeiros padres, que
tenham fé e que possam assim, ministrar sacramentos verdadeiros e o
verdadeiro Sacrifício da Missa. Obrigado.
+ Marcel Lefebvre, Arcebispo.
REZEM TODOS OS DIAS O SANTO ROSÁRIO pelo
“Triunfo da Verdade Católica sobre o erros modernistas”.
PARA O TRIUNFO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA.
Pela Consagração da Rússia Imaculado Coração de Maria.
PELA SALVAÇÃO DAS ALMAS DOS MODERNISTAS JUDEUS,MUÇULMANOS,CISMÁTICOS,HEREGES, E ATEUS.