Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demônio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demônio”. Envergonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de fato nunca mais o demônio os incomodou.
A fama dos dois santos homens chamou muita gente ao lugar onde estes moravam, uns para pedir conselho, oração e consolo, outros, a estes em maior número, para, sob sua direção, levar uma vida em Deus. Santo Hilário tinha conferido a Romão as ordens do sacerdócio. Junto com seu irmão Lupicino fundou três conventos: o de Condat, hoje Santa Claude, o de Laucone e de la Baume. Ao redor deste último se agrupou a cidadezinha de St. Romain-de-Roche. Estes conventos gozavam de grande reputação na França, devido ao bom espírito, à vida santa que lá se levava.São Romão era para todos o modelo de perfeição.
Em certa ocasião fez uma romaria ao túmulo de São Maurício e levou em sua companhia o monge Paládio. À noite os surpreendeu e tiveram de abrigar-se numa gruta, que servia de albergue a dois leprosos. Grande foi o espanto destes, ao avistarem os dois religiosos na pobre habitação. Romão, para convencê-los de que nada precisavam temer, abraçou-os e beijou-os com muito afeto. Quando, no dia seguinte, os romeiros se despediram dos pobres lázaros, Romão fez o sinal da cruz sobre eles e no mesmo momento a lepra os deixou.
Este grande milagre aumentou ainda mais o grande conceito do Santo, em que o tinha todo o povo. Romão, porém muito se aborreceu com as honras de que o fizeram alvo e retirou-se para o convento de St. Claude, onde morreu no odor de santidade.
Intróito/Sal. 43, 23-26.
Ficar
de pé ; por que você está dormindo, Senhor? Levante-se e não nos afaste
para sempre. Por que você vira o rosto e esquece nossa tribulação?
Nosso corpo está ligado à terra. Levanta-te, Senhor, ajuda-nos e
livra-nos.Ps. ibd., 2. Ó Deus, nós ouvimos com nossos ouvidos; nossos pais anunciaram seu trabalho para nós.V/. Glória Patri.
Coleta
Ó
Deus, que vês que não confiamos em nenhuma de nossas obras,
concede-nos, em tua bondade, sermos fortalecidos contra todos os males,
graças à proteção do Doutor dos Gentios.
Leitura da Epístola de São Paulo aos
II Coríntios 11,19-30 e 12,1-9
19 Vós, sendo homens sensatos, suportais de boa mente os loucos...
20 Sim, tolerais a quem vos
escraviza, a quem vos devora, a quem vos faz violência, a quem vos trata
com orgulho, a quem vos dá no rosto.
21 Sinto vergonha de o dizer;
temos mostrado demasiada fraqueza... Entretanto, de tudo aquilo de que
outrem se ufana (falo como um insensato), disto também eu me ufano.
22 São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu.
23 São ministros de Cristo? Falo
como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais
pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes vi a morte de
perto.
24 Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um.
25 Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo.
26 Viagens sem conta, exposto a
perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus
concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no
deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos!
27 Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!
28 Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas!
29 Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor?
30 Se for preciso que a gente se glorie, eu me gloriarei na minha fraqueza.1 Importa que me glorie? Na verdade, não convém! Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor.
2 Conheço um homem em Cristo que
há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não
sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe.
3 E sei que esse homem - se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe -
4 foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir.
5 Desse homem eu me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas.
6 Pois, ainda que me quisesse
gloriar, não seria insensato, porque diria a verdade. Mas abstenho-me,
para que ninguém me tenha em conta de mais do que vê em mim ou ouve
dizer de mim.
7 Demais, para que a grandeza das
revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne,
um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade.
8 Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim.
9 Mas ele me disse: Basta-te minha
graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força.
Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em
mim a força de Cristo.
Gradual/Sal. 82, 19 e 14.
Deixe as nações saberem que seu nome é Deus; que você é o único Altíssimo em toda a terra.
V. Meu Deus, faça-os como uma roda e a palha soprada pelo vento.
Trato/ Sal. 59, 4 e 6.
Tu sacudiste a terra, Senhor, e a perturbaste.
V /. Cure seu quebrantamento, pois ela está abalada.V /.Para que você escolha fugir antes do arco: que eles sejam libertados.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas 8, 4-15
4 Havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola:
5 Saiu o semeador a semear a sua
semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi
pisada, e as aves do céu a comeram.
6 Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.
7 Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.
8 Outra, porém, caiu em terra boa;
tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou
alteando a voz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
9 Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.
10 Ele respondeu: A vós é
concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes
fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não
entendam.
11 Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.
12 Os que estão à beira do
caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a
palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.
13 Aqueles que a recebem em solo
pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria;
mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a
abandonam.
14 A que caiu entre os espinhos,
estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são
sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus
frutos não amadurecem.
15 A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança.
Ofertório/Sal. 16, 5, 6-7.
Firme
meus passos em suas veredas, para que meus pés não vacilem. Incline seu
ouvido para mim e ouça minhas palavras. Explode tuas misericórdias, tu
que salvas aqueles que esperam em ti, Senhor.
Secreta
Que o sacrifício oferecido a ti, Senhor, aumente em nós a vida sobrenatural e nos fortaleça.
Prefácio à Santíssima Trindade ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .
Comunhão/ Sal. 42, 4.
Irei ao altar de Deus, do Deus que alegra a minha juventude.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso
Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca,
fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se
refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e
outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas
comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com
dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu
Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento
do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós.
Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que
torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Dirigimos-te
as nossas súplicas, ó Deus Todo-Poderoso, para que àqueles a quem
nutrimos com o teu sacramento, concedas também a graça de te servir
dignamente com uma conduta que te agrade.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.