domingo, 4 de novembro de 2018

04 de novembro dia de São Carlos Borromeu, Confessor e Bispo

 
  São Carlos nasceu Arona (Lombardia Itália) - uma comunidade  italiana na província de Novara, no Piemonte 2 de outubro de 1538 é  filho do Conde Gilberto Borromeu e de Margarete de Medici, irmã do Papa Pio IV (1559-1656), do qual era sobrinho.Carlos recebeu ótima formação humana e cristã, de forma que estudou na Universidade de Pavia e destacou-se pela facilidade de administrar e tratar as pessoas. Chamado a Roma, pelo tio Papa, São Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos da Ordem, aceitou a nomeação e responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão, num tempo em que a Igreja abria-se para sua renovação interna. Bispo que tornou-se para a Igreja um modelo de pastor e caridade, já que se consumiu por inteiro pela guarda e salvação das almas. Ele, logo após ter auxiliado o Papa e tê-lo motivado para colocar em prática todo o inspirado conteúdo do Concílio de Trento (1545-1563), assumiu com todo o ardor a missão de obedecer as decisões que levaram à contra-reforma, o qual respondia as necessidades da Igreja daquela época, e também levar a todos os fiéis da diocese de Milão para o Cristo. Determinado, foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica; impulsionou a boa empresa e assistiu com seu zelo e apostolado santo toda a sua região além de ajudar na Evangelização de outras áreas da Europa, desta maneira deu sua vida a Deus gastando-se totalmente pelo bem dos outros e da Igreja construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os poderosos; renovou a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de sacerdotes seculares, os Oblatos.  Seu lema consistia em uma só palavra: "Humilitas". “A humildade o impulsionou, como o Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para fazer-se servo de todos”. Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em renunciar à arquidiocese. Mas seu amigo o Venerável Dom Frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, dissuadiu-o dessa ideia, convencendo-o de que, naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor que ele, altamente colocado na escala social e ademais sobrinho de um Papa, desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que fez São Carlos Borromeu, modelo perfeito de pastor de almas zeloso, que aplicou em Milão as reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.                                                                           
Um capítulo à parte deve ser dedicado à relíquia do Santo Prego [um dos pregos da Cruz de Jesus], que, segundo a tradição, Ambrósio recebeu de Teodósio e foi guardada na Catedral pale o cristã de Santa Tecla (na oração fúnebre em sufrágio do imperador, o próprio Ambrósio menciona a relíquia). Quando Borromeu entrou no Domo, a relíquia estava no ponto mais alto do coro, a mais de trinta metros de altura; fazia vinte e cinco anos que ninguém a descia para expô-la à veneração dos fiéis. Em 1566, Carlos providenciou uma primeira reforma, recomendando que “se limpe diligentemente a lamparina do Prego, todas as semanas” (para Borromeu, os detalhes eram tudo...). Em 1576, com Milão subjugada pela peste, o arcebispo convocou três procissões públicas para implorar o fim do flagelo, as quais ele mesmo guiou, descalço e com uma corda amarrada ao pescoço, conduzindo a relíquia pela cidade. “Fez com que o Santo Prego”, anota o fidelíssimo bispo e biógrafo Carlo Bescapé, “fosse descido por sacerdotes elevados até o alto por certas máquinas, e o levou em procissão, inserido para a ocasião numa grande cruz [que ainda podemos ver, no quinto altar da nave esquerda, ndr.], em meio à grandiosa reverência de todo o povo”. Em 3 de outubro, uma terça-feira, percorreu-se o caminho até Santo Ambrósio; na quinta-feira, 5, até a Basílica dos Santos Apóstolos e Nazário Maior; sábado, 6, até Santa Maria de São Celso. Foi um evento épico, que ficou impresso na memória da cidade, imortalizado por mil imagens e revocações: um bispo que participa e compartilha o destino de seu povo e o chama a um ato de esperança. “E o resultado foi tão feliz”, escreve o mesmo Bescapé, “que, em tão grande multidão de pessoas, não apenas ninguém caiu pelas ruas, mas nem ao menos ocorreu nada que provocasse um aumento do contágio da peste”.