16/10 Quarta-feira
Festa
de Terceira Classe
Paramentos
Brancos
Santa
Edwiges, nasceu em uma região na Europa Central chamada Silésia, entre
Alemanha Oriental e Polônia, no século XVI, ano de 1174. Filha de
Bertoldo de Andech, Marquês de Meran e Conde do Tirol e de Inês, filha
do Conde de Rottech, família muito numerosa e dotada de grandes riquezas
e poderes. Edwiges foi criada com carinho, conforto e uma boa base
religiosa. Aos seis anos foi internada no Mosteiro de Kicing, onde
recebeu uma rígida educação, aprendeu as Sagradas Escrituras e foi
preparada para vida.
Ao
completar doze anos, seu pai arranjou-lhe um noivo chamado Henrique,
Duque da Silésia, mais tarde Duque da Polônia. Seu encantamento foi
grande ao conhecer sua Noiva dotada de grande beleza interior. Seu
casamento aconteceu no ano de 1186, com a presença de nobres famílias,
este acontecimento marcou a época, com longas comemorações de grande
estilo. No final, Edwiges parte com seu marido, tornando-se a grande
Duquesa da Silésia e da Polônia.
Em
seu novo lar, ela assumiu seu papel de dona de casa, e em pouco tempo
conquistou todos os que estavam sobre suas ordens através da forma
carinhosa de tratá-los. Transformou seu lar num grande templo de Deus,
onde era respeitada e amada por todos. Aos treze anos foi mãe pela
primeira vez, trazendo felicidade e luz, com o passar do tempo sua
família cresceu ainda mais, ficando com o total de seis filhos sendo que
dois deles morreram precocemente. Alguns anos passaram, e por razões de
rivalidades, ocorreram grandes conflitos no seio de sua família.
Infelizmente por causa destas contendas a Duquesa Edwiges derramou
muitas lágrimas.. Culta, inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da
formação religiosa dos filhos e do marido.
Mulher
de oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor. Submetia-se ao
sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns legumes secos
nos Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e Sextas-feiras
somente pão e água. Isto sempre em quantidade limitada, somente para
atender as necessidades do corpo.
No
tempo do Advento e da Quaresma, Edwiges se alimentava só para não cair
sem sentidos. O esposo não aceitava aquela austeridade. Numa
Quarta-feira de Quaresma ele esbravejou por haver tão somente água na
mesa sendo que ele só bebia vinho. Edwiges então ofereceu-lhe uma taça,
cujo líquido se apresentou como vinho. Foi um dos muitos sinais ou
milagres que ela realizou.
Algum
tempo depois Edwiges caiu vítima de uma grave enfermidade. Foi preciso
que Guilherme, Bispo de Módena, representante do Papa para aquelas
regiões, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seu jejum. A
Santa dizia que isto era mais mortificante do que a sua própria doença.
Dedicou
toda sua vida na construção do Reino de Deus. Exerceu fortes
influências nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na
elaboração de leis mais justas para o povo.
Junto
com o marido construiu Igrejas, Mosteiros, Hospitais, Conventos e
Escolas. Por isto, em algumas representações a Santa aparece com uma
Igreja entre as mãos.
Aos
32 anos, fez votos de castidade, o que foi em comum acordo com o
marido. Quando ficou viúva, foi morar no Mosteiro de Trebnitz, na
Polônia, onde sua filha Gertrudes era superiora. Foi lá que Edwiges deu
largos passos rumo à santidade. Vivia com o mínimo de sua renda, para
dispor o restante em socorro dos necessitados. Ela tinha um carinho
especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas
para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e as
crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e
socorria também os endividados. Em certa ocasião, quando visitava um
presídio, ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham
como pagar as suas dívidas. Desde então, Edwiges saldava as dívidas de
muitos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava também para eles um
emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com dignidade, evitando a
destruição as famílias em uma época tão difícil como era aquela do
século XIII. E ainda mantinha as famílias unidas.
Assim,
Santa Edwiges, é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e
protetora das famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1243. E
foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV. Como
no dia 15 de Outubro celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de
Santa Edwiges passou para o dia 16 de Outubro. Modelo de esposa,
celibatária e viúva.
Intróito/Ps. 118, 75 et 120.
Reconheci,
Senhor, que os teus juízos são justos e que me humilhaste segundo a tua
justiça. Perfure minha carne com seu medo; Eu temo seus julgamentos.
Sal. 1. Bem-aventurados os que são imaculados no caminho, que andam na lei do Senhor.
V/. Glória Patri.
Coleta
Leitura da Epístola do
Provérbios
31,10-31
10.Uma
mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu
valor. 11.Confia nela o coração de seu marido, e jamais lhe faltará
coisa alguma.12.Ela lhe proporciona o bem, nunca o mal, em todos os dias
de sua vida.13.Ela procura lã e linho e trabalha com mão
alegre.14.Semelhante ao navio do mercador, manda vir seus víveres de
longe.15.Levanta-se, ainda de noite, distribui a comida à sua casa e a
tarefa às suas servas.16.Ela
encontra uma terra, adquire-a. Planta uma vinha com o ganho de suas
mãos.17.Cinge os rins de fortaleza, revigora seus braços.18.Alegra-se com o seu lucro, e sua lâmpada não se apaga durante a
noite.19.Põe a mão na roca, seus dedos manejam o fuso.20.Estende
os braços ao infeliz e abre a mão ao indigente.21.Ela não teme a neve
em sua casa, porque toda a sua família tem vestes duplas.22.Faz para si
cobertas: suas vestes são de linho fino e de púrpura.23.Seu marido é
considerado nas portas da cidade, quando se senta com os anciãos da
terra.24.Tece linha e o vende, fornece cintos ao mercador.25.Fortaleza e
graça lhe servem de ornamentos; ri-se do dia de amanhã.26.Abre a boca
com sabedoria, amáveis instruções surgem de sua língua.27.Vigia o
andamento de sua casa e não come o pão da ociosidade.28.Seus filhos se
levantam para proclamá-la bem-aventurada e seu marido para
elogiá-la.29.Muitas mulheres demonstram vigor, mas tu excedes a
todas.30.A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que
se deve louvar.31.Dai-lhe o fruto de suas mãos e que suas obras a louvem
nas portas da cidade.
Graduale.
Ps. 44, 3 et 5.Diffúsa est grátia in labiis tuis : proptérea benedíxit
te Deus in ætérnum.La grâce est répandue sur vos lèvres ; c’est pourquoi
Dieu vous a bénie à jamais et pour tous les siècles.V/. Propter
veritátem et mansuetúdinem et iustítiam : et de ducet te mirabíliter
déxtera tua.V/.Pela verdade, mansidão e justiça; e seu direito o guiará
maravilhosamente.
Allelúia, allelúia. V/. Ibid., 5. Spécie tua et pulchritúdine tua inténde, próspere procéde et regna. Allelúia. Allelúia, allelúia. V/. Alléluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Mateus 13,44-55 44.O
Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um
homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai,
vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45.O Reino dos céus é
ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46.Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a
compra. 47.O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao
mar, recolhe peixes de toda espécie. 48.Quando está repleta, os
pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é
bom e jogam fora o que não presta. 49.Assim será no fim do mundo:
os anjos virão separar os maus do meio dos justos. 50.e os arrojarão na
fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. 51.Compreendestes tudo
isto? Sim, Senhor, responderam eles. 52.Por isso, todo escriba instruído
nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira
de seu tesouro coisas novas e velhas. 53. Após ter exposto as parábolas,
Jesus partiu. 54.Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo
que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força
miraculosa? 55. Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe?
Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
Ofertório/Ps. 44. 3.
A graça é derramada em seus lábios; é por isso que Deus te abençoou para sempre e por todas as eras.
Secreta
Agrade-te,
Senhor, a oferta que o teu povo santo te faz em honra dos teus santos,
por cujos méritos reconhecem ter recebido ajuda na tribulação.
Praefatio
de sanctissima Trinitate; non vero in feriis, quando adhibetur Missa
huius dominicæ, sed tunc dicitur præfatio communis. Prefácio à Santíssima Trindade ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .
Comunhão/ Ps. 44, 8.
Você
amou a justiça e odiou a iniquidade; por isso Deus, teu Deus, te ungiu
com óleo de alegria mais excelentemente do que todos os teus
companheiros.(Quem não pode comungar em espécie, fazer comunhão espiritual)
Nosso
Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca,
fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se
refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e
outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas
comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com
dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu
Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento
do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós.
Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que
torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Tu, Senhor, nutriste tua família com dons sagrados; sempre nos vivifica graças à intervenção do santo cuja festa celebramos.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário