17/07 Quarta-feira
Festa de Quarta Classe
Paramentos Verdes
Santo Aleixo nasceu 350 em Roma, e era o único filho de uma família cristã rica e caridosa – seu pai era um patrício romano de nome Eufêmio e sua mãe chamava-se Aglais.
Ele viveu durante o reinado do imperador Teodósio, o Grande, em 380
d.C. Desde jovem ele desejava deixar o luxo e servir a humildemente a
Deus, porém seus pais já haviam organizado seu casamento, como era de
costume à época. Após
casar-se, durante sua noite de núpcias, antes de consumar o casamento,
Santo Aleixo entregou um anel a sua noiva, dizendo-lhe “Guarde este anel
e reze a Deus para que Ele esteja sempre conosco e Sua Graça nos traga
uma nova vida”, e partiu da casa de seus pais em segredo em direção a caminho do Oriente. Vendeu tudo o que tinha, distribuiu seu dinheiro aos pobres e viveu, mendigando de porta em porta. Vivendo
da caridade dos religiosos da igreja local, sempre rezando e
participando da vida sacramental da Santa Igreja. Como era um homem de
virtude e santidade, muitas pessoas vinham lhe procurar.Fixou-se em Edessa da Síria na Mesopotâmia, onde ficou por algum tempo
este piedoso mendigo ao lado da Basílica do Apóstolo Tomé, repartindo
com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a
sua presença, passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por
sua santidade. Mas, teve de abandonar a cidade, porque desejava
continuar no anonimato deixou Edessa.
Sua intenção era ir até Tarso, para ficar na igreja de São Paulo,
porém, o navio onde ele viajara foi desviado de sua rota por fortes
ventos, e ele acabou aportando em outro local. Aleixo decidiu então
retornar à casa de seu pai Roma, porém, após tantos anos,sofreu
tanto que ficou transfigurado. Quando chegou em a casa do pai e disse:
"Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum
canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu
e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim
durante dezessete anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo
maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos
pais. Nesta cocheira dos animais da casa de seus pais, o santo continuava a jejuar e passava dia e noite em oração. Ele sofria troças constantes dos empregados, e as aceitava humildemente sem reclamar. Quanto
estava próxima a hora de sua morte, ele pediu um pergaminho e escreveu
uma carta contando quem era e quem eram seus pais, pedindo perdão a eles
a à sua esposa. No dia de sua morte, Deus falou ao bispo de Roma,
Inocêncio (402-417) durante a Liturgia, citando Mateus 11:28 e dizendo
“Encontre na casa de Eufêmio
o homem de Deus que partiu para a vida eterna, e peçam-lhe para rezar
por esta cidade.” O bispo partiu a procura do “Santo Homem”, mas quando o
encontraram na casa de seu pai ele já havia falecido. Seu
rosto exibia uma expressão de serenidade e suas mãos fechadas seguravam
sua carta, que não pôde ser retirada por ninguém. Após deitar seu
corpo sobre uma cama e cobri-lo com tecidos finos, Inocêncio e a família
de Eufêmio
ajoelharam-se, pedindo ao santo para que abrisse suas mãos, no que suas
preces foram atendidas. Ao ler a carta, todos se surpreenderam ao saber
quem realmente era aquele mendigo tão humilde e bondoso. Seu corpo
foi então enterrado com todas as honras na Igreja de São Pedro, em Roma,
sendo transladado em 1216 para a Igreja de São Bonifácio. De seu túmulo
até hoje escorre óleo de mirra, cujas propriedades milagrosas já
curaram as doenças de inúmeros fiéis. Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no Monte Aventino.
Em 1217, durante a construção da igreja dedicada à Santo Bonifácio,
neste local as relíquias de Santo Aleixo foram encontradas. Por este
motivo, o Papa Honório III decidiu que ela seria dedicada à Santo
Aleixo. Outro grande devoto deste Santo, foi
o Bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele
acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos. No
século XV, os Irmãos de Santo Aleixo o elegeram como patrono. Em 1817, a
Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria o nomeou seu segundo
patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser
seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como
sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.
Intróito/ Sal. 47, 10-11.
Recebemos,
ó Deus, a tua misericórdia no meio do teu templo: como o teu nome, ó
Deus, o teu louvor se estende até aos confins da terra, a tua destra
está cheia de justiça.
Ps. ibid., 2.O Senhor é grande e louvável: na cidade do nosso Deus, no seu santo monte.
V/. Glória Patri.
Coleta
Nós
te suplicamos, Senhor, concede-nos, em tua bondade, a graça de pensar e
agir sempre com justiça: para que, não podendo existir sem ti, possamos
conformar nossa vida à tua vontade.
Leitura da Epístola dos
Romanos 8, 12-17
12.Portanto,
irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a
carne.13.De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se
pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis,14.pois todos
os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de
Deus.15.Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes
ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos:
Aba! Pai!16.O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que
somos filhos de Deus.17.E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de
Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que
também com ele sejamos glorificados.
Gradual.Sal.30,3.Esto
mihi in Deum protectórem, et in locum refúgii, ut salvum me fácias.Seja
eu um Deus protetor e uma casa de refúgio para que você me
salve.V/.Sal.70,1.Deus, in te sperávi: Dómine, non confúndar in ætérnum. Ó Deus, eu esperei em ti; Senhor: Que eu não fique para sempre confuso.Aleluia, aleluia. V/. Sal. 47, 2.Magnus
Dóminus, et laudábilis valde, in civitáte Dei nostri, in monte sancto
eius. Aleluia.O Senhor é grande e digno de todo louvor, na cidade do
nosso Deus, no seu santo monte. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
1.Jesus
disse também a seus discípulos: Havia um homem rico que tinha um
administrador. Este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus
bens.2.Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço dizer de
ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás administrar
meus bens.3.O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que
meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar?
Tenho vergonha.4.Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua
casa, quando eu for despedido do emprego.5.Chamou, pois, separadamente a
cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto
deves a meu patrão?6.Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe:
Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinqüenta.7.Depois
perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo.
Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve: oitenta.8.E o
proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste
mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus
semelhantes.9.Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para
que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos
eternos.
Ofertório/Sal. 17, 28 e 32.
Tu salvarás, Senhor, os humildes, e humilharás os olhos dos soberbos; pois quem é Deus senão tu, Senhor?
Secreta
Recebe,
nós te imploramos, Senhor, os bens que te oferecemos depois de tê-los
recebido de tua generosidade, para que, pela virtude e operação de tua
graça, esses mistérios sacrossantos nos santifiquem na condução da vida
presente. às alegrias eternas.
Praefatio
de sanctissima Trinitate; non vero in feriis, quando adhibetur Missa
huius dominicæ, sed tunc dicitur præfatio communis. Prefácio à Santíssima Trindade ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum
Praefatio
de sanctissima Trinitate; non vero in feriis, quando adhibetur Missa
huius dominicæ, sed tunc dicitur praefatio communis. Prefácio à Santíssima Trindade ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .
Comunhão/ Sal. 33, 9.
Prove e veja quão doce é o Senhor: Bem-aventurado o homem que nele espera.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso
Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca,
fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se
refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e
outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas
comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com
dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu
Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento
do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós.
Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que
torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Que
este mistério celeste seja para nós, ó Senhor, causa de renovação
espiritual e corporal, para que, ao celebrá-lo, sintamos seus efeitos.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário