sábado, 10 de março de 2018

Verdadeiro dialogo inter-religioso aculturação do indígena feitos pelos jesuítas.

 
 Em dois séculos, os jesuítas constituíram na colônia portuguesa 
do Brasil uma presença cultural e social relevante. Embora inseridos no contexto de regime colonial e submetidos às regras do poder do reino português, “estes missionários foram responsáveis pela criação da primeira rede de ensino no país e pela construção de numerosas obras”, com o objetivo de integrar as culturas indígenas e européias.
    A Companhia de Jesus foi criada “no espírito reformador” da Igreja Católica, 
denunciando, da mesma forma que outras ordens que a precederam, “o estado tido como pouco cristão que as ordens religiosas tradicionais se encontrava
 Os Jesuítas não só trataram de educar só os indios em sua educação religiosa, também, voltavam suas doutrinas educacionais religiosas para os meninos do Brasil Quinhentista, principalmente meninos filhos de portugueses instalados e nascidos aqui no Brasil.

 A Igreja Católica Apostólica Romana, com base sólida no reino de Portugal e na condição de religião oficial daquela monarquia,logo religião nova colônia, visava, principalmente,converter os gentios que existiam aos milhares, por meio da fundação de aldeias indígenas destinadas à catequese, e oferecer educação aos filhos dos colonos, com a criação de colégios educacionais e seminários. Os jesuítas conseguiram organizar uma rede de 
ensino. Essa atividade educacional teve como aspecto positivo o fato de dar 
continuidade ao ensino da língua portuguesa aos filhos dos colonos e para os filhos dos índios, o que permitiu não só a consolidação dessa língua e dos costumes lusitanos, como também contribuiu para a homogeneidade da língua em todo o território nacional.
É importante destacar a forma incondicional as decisões do Concílio de Trento, visando a sustentar os princípios dogmáticos da Igreja Católica diante da Reforma Protestante por está obediência o Brasil era 99% catolico.

   No raiar das missões evangelizadoras educacionais no Brasil do século XVI, os Jesuítas tiveram grandes dificuldades na educação catequesicas dos indios, porém, viram nos curumins destes uma opção de introduzir a educação religiosa como forma de educar os mais velhos em seus costumes pagão, idolatra,poligamia, o antropofagismo.
  Dedicaram-se, especialmente, à evangelização dos indiozinhos (os curumins e de não estarem afastados da fé cristã, e também as crianças seriam frutíferas nestes métodos.

   Os próprios "principais" de tribos aldeiadas em contato com os Jesuítas, davam seus filhos para a educação nas escolas destes primeiros, como uma  forma de fixar aliança entre tribos e a Igreja, no corpo da Companhia de Cristo. Quando ensinavam os meninos índios, estes tratavam de lançar suas bases catequesícas na educação dos mais velhos, abominando a idolatria em detrimento dos bons costumes cristãos, o que enchia de alegria os padres Jesuítas. Não só educar os bons costumes cristãos era a prática jesuítica, mas também, preserva-la nas crianças, pois acreditavam que as crianças constituíam uma “nova cristandade” que através da firmeza, virtude e nos costumes, estes meninos continuariam firmes na educação.
   A ordem que era dada aos educandos gentis dos Jesuítas, variava de acordo com o local. Em algumas escolas – principalmente as criadas pelo governo de Mém de Sá – os meninos pescavam para o sustento de sua família pela manhã, à tarde tinham que está na escola no período de aula que duravam de três a quatro horas, no final do expediente escolar as praticas doutrinarias eram aplicadas a estes meninos.
  Na educação dos aldeamentos com modelo educacional era aplicado na memorização através do catecismo dialogado - perguntas feitas por diálogos.
  A história religiosa regular na colônia teve início com o governo de Tomé de 
Souza, e com ele chegaram ao Brasil, em 1549, os jesuítas, chefiados por Manoel da Nóbrega, que juntamente com o beato José de Anchieta, realizou um grandioso trabalho Em 1559, em cartas que foram emitidos ao Geral da Companhia - situado então no exterior- trata da importância de diálogos traduzidos para a língua dos meninos índios. 
Fato, que fez beato José de Anchieta traduzi-los para o Tupi. Estes diálogos tinham abordagem sobre variados temas; a criação do mundo, paixão de cristo entre outros.
   Além do Catecismo dialogado, a música foi também utilizada como método educativo dos meninos índios para a aprendizagem da doutrina e dos bons costumes. Onde era ensinado os cânticos de oração cristã com o uso de instrumentos indígenas e da própria língua dos índios do Brasil.
    Os jesuítas também solicitaram ao rei que “enviasse para o Brasil alguns 
órfãos do rei, como eram conhecidas as crianças que ficavam sob os cuidados de instituições caridosas mantidas pela Coroa”, para que estes interagissem com “as crianças índias, de forma a aprender sua língua e ensinar-lhes a língua do branco”, o que muito contribuiu para a implantação da cultura cristã entre os indígenas.
  Para catequizar, os jesuítas utilizavam como instrumento o ensino das 
primeiras letras, ou seja, a alfabetização e, a partir daí, chegavam à aculturação do indígena, imprimindo-lhe os costumes e crenças.