quinta-feira, 19 de julho de 2018

Comentários Eleison – por Dom WilliamsonNúmero DLXXIV (574) (14 de julho de 2018):


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – I
Traduzido por Cristoph Klug.
 Fazer de computadores Deus alguns homens pretendem,
Quão tolos eles são! Humanos, acordem!
Parece que atualmente se fala cada vez mais sobre IA, ou Inteligência Artificial. Em outras palavras, muitas pessoas estão tão impressionadas com o extraordinário progresso feito nos últimos anos no desenvolvimento de computadores e máquinas dirigidas por computadores, que consideram seriamente a possibilidade de que os robôs computadorizados se encarreguem cada vez mais das tarefas normalmente humanas e até divinas. Qualquer pessoa de bom senso sabe que existem limites estritos para o que as máquinas são capazes de fazer, mas qualquer pessoa também sabe como o senso comum está sendo corroído hoje pela Nova Ordem Mundial, que tem um grande interesse em utilizar seus meios de comunicação, política, educação, etc., para separar cada vez mais as pessoas da realidade para que elas possam ser mais facilmente controladas. É hora de repetir alguns princípios básicos muito simples.
Todos os seres, quaisquer que sejam, caem em uma das seis categorias: abaixo de Deus, o Criador, há cinco classificações ordenadas de Suas criaturas: anjos, seres humanos, animais, vegetais e minerais. Essas cinco categorias são claramente distintas entre si, ainda que os programas de televisão façam todo o possível para desfazer essas distinções, especialmente entre homens e animais. Mas as distinções são claras na realidade. Começando de baixo,
 O mineral simplesmente existe, porque não possui dentro de si nenhum princípio ou origem de vida ou de movimento.
O vegetal existe e vive, porque a partir de dentro ingere (por exemplo, água), cresce e se reproduz.
 O animal tem todas essas três habilidades dentro dele, mas também sente, em outras palavras, por pelo menos uma das cinco faculdades sensoriais (visão, audição, olfato, tato e paladar), tem um conhecimento sensorial de coisas externas a ele.
O homem tem todas estas habilidades ou faculdades materiais do animal e vegetal, mas também compartilha com os anjos as faculdades espirituais da mente e da vontade, em outras palavras, tem sentido e razão, significando a capacidade da mente para ler, dentro das sensações particulares, suas essências universais, e a capacidade da vontade para desejar de acordo com o que a sua mente leu. Nenhum animal tem essas duas faculdades (quando um animal se comporta com inteligência aparente, como uma abelha, por exemplo, isso se deve apenas aos instintos animais implantados nele por seu Criador supremamente inteligente).
 Os anjos têm mente e vontade, mas não as faculdades materiais dos animais, porque os anjos são puramente espirituais. (As faculdades animais do sentido-conhecimento e do sentido-desejo envolvem a matéria, ausente nos anjos).
Ora, tudo o que é verdadeiramente humano, ou humano como tal, é o que os homens têm que nem os animais nem os vegetais nem os minerais possuem. Mas todas as máquinas são puramente minerais e essencialmente, por sua essência, inanimadas. Em sua forma mais complexa, elas ainda não têm nenhum princípio ou origem de vida ou movimento desde o seu interior. Qualquer movimento delas por eletricidade, por exemplo, é desde fora. Disso se deduz que os computadores não têm nenhuma compreensão interna de nenhuma atividade verdadeiramente humana, que, como humana, se lhes escapa por completo. Tudo o que podem fazer é registrar a partir de fora o que é observável e computável no comportamento das pessoas, e produzir estatísticas e planilhas, ou seja, números, em que são bons. Mas Churchill disse – ele não era santo, mas era um político humano – “Há mentiras, grandes mentiras e estatísticas”. E por que as estatísticas mentem, senão porque algo essencialmente humano lhes escapa?
 Eis aqui um exemplo. Em Nova York, creio que há cerca de quinze anos, um grupo de especialistas em computação montou um computador, o Deep Blue, para jogar xadrez contra Kasparov, o campeão mundial de xadrez. Ora, se há um jogo adequado aos computadores é o xadrez, porque se apenas um deles pode processar bilhões de movimentos alternativos em poucos minutos, ou segundos, pode chegar ao melhor movimento que não deixa nada ao acaso. Adivinhem? Após algumas jogadas, os especialistas tiveram de reiniciar o computador para responder à forma com que Kasparov estava jogando! Os computadores não têm vida interior nem iniciativa, não podem pensar fora da caixa programada neles, não podem responder a nenhuma eventualidade fora de sua caixa. Fim de jogo, e vitória para os seres humanos!
Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário