sábado, 8 de junho de 2019

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCXX (620)- (01 de junho de 2019)


HUONDERLAND NOVAMENTE


Sacerdotes da Fraternidade, aguentem firme!
A traição é abundante, está em toda parte.

Em 20 de maio, dia em que se encerrou o mandato de Dom Huonder como chefe da grande diocese suíça de Chur desde 2007, a questão controversa de seu futuro lugar de aposentadoria foi decidida de uma vez por todas por uma Declaração assinada conjuntamente por ele mesmo e pelo Superior Geral da Fraternidade, o Pe. David Pagliarani: o Bispo viverá na escola de meninos da Fraternidade em Wangs, no leste da Suíça. Surgiram dúvidas quanto ao lugar onde o Bispo se retiraria por causa da improbabilidade natural de um Bispo Conciliar estabelecer-se dentro de uma casa Tradicional, mas de ambos os lados do abismo doutrinário entre o Concílio Vaticano II e a Tradição Católica, prevaleceu o sonho antidoutrinário de estabelecer uma ponte sobre esse abismo. Assim, a respeito de sua decisão, o mesmo Bispo acaba de escrever: “De acordo com os desejos do Papa Francisco, eu me esforçarei ali (em Wangs) para contribuir para a unidade da Igreja”. É uma intenção honrosa, mas que não leva em conta a maldade do Vaticano II.

Mas como o mundo moderno segue adiante, e com ele a Igreja moderna, e com a Neoigreja, a Neofraternidade, o Bispo Huonder é um clérigo decente e bem-intencionado, cheio de boas intenções que podem fazer qualquer pessoa "decente" pensar que ele é uma boa companhia, e que é seguro misturar-se com ele, e é seguro colocá-lo dentro de uma escola "decente". Sem dúvida alguém pode esperar que o ambiente tradicional em Wangs lhe faça bem.

Mas, do ponto de vista de Deus e da verdadeira Igreja Católica, ele é um crente no Concílio Vaticano II, e, portanto, acredita em trabalhar com o atual Papa desse Concílio, o Papa Francisco, juntamente com todos os seguidores da Tradição que não compreendem mais a ambiguidade e a maldade objetivas desse Concílio com seus seis Papas conciliares. Com efeito, esse Concílio é profundamente ímpio, e contamina tudo o que toca (ver vários números destes “Comentários” que deverão aparecer em breve), e desvia da verdade todas as pessoas que acreditam nele. Portanto, do ponto de vista da salvação das almas – que é o ponto de vista mesmo de Deus –, o Bispo Huonder está, objetivamente falando, contaminado e desviado, não sendo adequado para a companhia dos católicos ou de uma escola católica, e ainda mais perigoso é que ele seja subjetivamente decente, bem intencionado, simpático, e assim por diante.

Nem precisa ser mais ou menos culpado do que milhares de outros Bispos “decentes” que existem desde o Vaticano II por ter-se deixado enganar por uma série de Papas Conciliares, nem precisa ser insultado como se fosse um vilão, nem precisa ser socialmente rechaçado como um pária. Mas os católicos devem evitar absolutamente qualquer tipo de contato com ele, seja social ou de qualquer outro tipo, que possa resultar em qualquer tentação de manter com ele, enquanto ele seguir crendo no Vaticano II, qualquer tipo de companhia em assuntos da Fé. E, para evitar qualquer tentação, seria necessário evitar sua companhia completamente, e então sua companhia deveria ser completamente rechaçada. Deus e a Fé devem vir em primeiro lugar, ser o fim e a coisa mais importante, pois, caso contrário, corremos o risco de perder nossas almas.

Para concluirmos, só podemos desejar a Dom Huonder em sua aposentadoria toda a graça de Deus para que compreenda a perfídia do Vaticano II, e aos internos tradicionalistas da escola da Fraternidade em Wangs só podemos desejar toda a graça de Deus para que o ajudem com seu exemplo a compreender o perigo dos “desejos” do Papa Francisco para com a Fraternidade, do qual acaba de sair à luz outro exemplo.

Chegou de Roma nos últimos dias um informe que diz que o sacerdote argentino que foi nomeado por Dom Fellay para ser o Ecônomo Geral da Fraternidade, a pedido do Papa e com o consenso do novo Superior à frente da Fraternidade, o Pe. Pagliarani, foi reintegrado à Igreja oficial, e, sempre pelo desejo do Papa Francisco, reside atualmente na Casa Santa Marta, onde vive o próprio Papa; esse sacerdote será incardinado na diocese de Roma, esperando sua possível nomeação para Bispo pelo Papa Francisco. Ainda que esse informe esteja a expor somente meias verdades, não estaria a revelar a incapacidade ou a falta de vontade dos altos funcionários da Fraternidade de entender que o Arcebispo Lefebvre lutou contra o Concílio Vaticano II por razões de Fé?

Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.