30/01 Terça-feira
Festa
de Terceira Classe
Paramentos
Vermelhos
Conhecida também como Santa Martinha de Roma, recebeu uma educação esmerada, baseada na doutrina do Cristianismo, seus pais entregaram sua alma a Deus quando era muito jovem. Inflamada de amor a Jesus Cristo, deu todos os bens
aos pobres, fez voto de castidade e em atenção à
sua vida santa e exemplar, foi recebida entre as diaconistas, honra com
que pessoas de muita probidade eram distinguidas..
Tinha o imperador Alexandre Severo (222-235) concebido o plano de
exterminar os Galileus
(assim alcunhava aos cristãos). Conhecendo a formosura, nobreza
e bondade de Martinha, tudo fez para afastá-la da religião cristã e
chegou até a oferecer a dignidade de Imperatriz, caso se decidisse
sacrificar a Apolo. Martinha respondeu: “O meu sacrifício pertence a
Deus imaculado; a Ele sacrificarei, para que confunda e aniquile a Apolo e, este deixe de perder almas”.
Alexandre Severo, interpretando esta resposta em seu favor,
organizou uma grande festa no templo de Apolo, para onde levou Martinha,
na presença dos sacerdotes e de muito povo. Os olhos de todos estavam
dirigidos para a jovem que, no meio
do grande silêncio que reinava, fez o sinal da cruz, elevou
olhos e braços ao céu e disse em alta voz: “Ó Deus e meu Senhor !
Ouvi esta minha súplica e fazei com que se despedace este ídolo
cego e mudo, para que todos, imperador e povo, conheçam, que só Vós
sois o único Deus verdadeiro e que não é licito adorar senão a Vós
!” No mesmo instante a
cidade inteira foi sacudida por um forte terremoto, a imagem de Apolo
caiu do seu lugar; parte do templo ruiu por terra, sepultando nos
escombros os sacerdotes e muita gente.
O imperador ordenou que Martinha fosse esbofeteada, flagelada e tivesse
as carnes dilaceradas com torqueses. Os algozes porém não
puderam cumprir a ordem, porque um Anjo de Deus defendia a donzela e
esta, no meio dos maus tratos , entoava cânticos de louvor a
Jesus Cristo e convidava
os algozes a se converterem à religião de Jesus. Deus abençoou-lhes
as palavras: oito algozes caíram de joelhos, pediram perdão à Mártir
e confessaram alto a fé em Jesus Cristo. O imperador, ainda mais
enraivecido com este incidente, mandou levá-los todos ao cárcere,
torturar barbaramente os oito algozes, os quais, por uma graça especial
divina, ficando fiéis a fé, receberam a palma do martírio, pela
decapitação. No dia seguinte a “feiticeira” foi citada ao palácio
do Imperador, que a recebeu com estas palavras:
“Basta de embustes. Dize-me, para que eu saiba com quem estou
tratando: Sacrificas aos deuses ou preferes aderir ao feiticeiro, ao
Cristo?”
Com santa indignação respondeu Martinha: “Não admito que
insultes a meu Deus! Se
queres aplicar-me novas torturas, aqui estou;
não as temo; pois sei que Deus me dá força”. A resposta do
imperador foi a condenação da Mártir a suplícios crudelíssimos e
desumanos. Martinha, no meio das dores, glorificou a Deus e as feridas
exalavam-lhe um suave perfume. Grande foi o espanto de Alexandre Severo
ao ouvir, no dia seguinte, a notícia de que Martinha que se achava no cárcere,
estava perfeitamente curada das feridas
e não só isto: Os guardas viram, durante a noite, o cárcere
iluminado por uma luz maravilhosa e ouviram, extasiados, cânticos
celestiais.
O furor do imperador chegou ao extremo. Não mais senhor de sua
paixão, condenou Martinha às feras no anfiteatro, e fez
timbre de achar-se entre os espectadores.
Novo milagre. Martinha, de uma beleza sobrenatural encantadora,
ajoelhada na “arena”, calma se achava à espera do
leão . Este, o indômito rei do Saara, possante e belo em
sua força, se anuncia com rugido aterrador e em dois saltos se
acha ao lado da vítima. Como que, domado por uma força
invisível, arroja-se aos pés de Martinha, manso como um
cordeiro. De repente se levanta, e num salto medonho ganha a barreira,
entrando no recinto dos espectadores, matando alguns deles. O
pânico foi indescritível. O imperador, longe de convencer
da intervenção divina na defesa da mártir, atribui
o fato extraordinário às forças mágicas de
Martinha, as quais, segundo sua opinião, teriam sua sede na rica
cabeleira da Santa. Deu ordem para a rica cabeleira ser-lhe cortada
imediatamente e a donzela, assim profanada, ser fechada no templo de
Júpiter. Nos dois dias seguintes Alexandre Severo, acompanhado
de sacerdotes e muito povo, se dirigiu ao templo. Não entrou,
porém, porque teve a impressão de ouvir vozes masculinas
e julgou que fossem os deuses, que se tivessem reunido para converter
Martinha. Aberto o templo no terceiro dia, ao imperador apresentou-se
um espetáculo estranho: Achavam-se derrubados ao chão
todas as imagens dos deuses. À sua pergunta onde estava a
estátua de Júpiter, Martinha respondeu sorrindo:
“Tendo ele que dar satisfação a Cristo, porque
não salvou estes doze ídolos?
Meu Deus entregou-o aos demônios, que dele fizeram o que
vedes”.
Fulo de raiva por este escárnio, Severo ordenou
que se despejasse banha fervente sobre o corpo de Martinha e a
entregassem às chamas. Veio, porém, uma grande chuva apagar a
fogueira. Restava então o pro cônsul encarregado do martírio,
furioso, mandou que a decapitassem. Santa Martinha aceitou a
sentença, com toda submissão e gratidão para com Deus. Espontaneamente ofereceu a cabeça
ao algoz, que a fez entrar nas eternas núpcias do Senhor Jesus É contado que durante o
seu martírio leite saia pelo seu corpo, em vez de sangue. .Isto ocorreu em 228 DC.
Os cristãos apoderaram-se clandestinamente do corpo da Santa e
sepultaram-no com todas as honras. As relíquias de Santa
Martinha foram encontradas em 1634 e acham-se hoje na Igreja do mesmo
nome, a qual se ergue perto do arco do triunfo de Severo.
Em 1634 o Papa
Urbano VIII decidiu reconstruir uma antiga igreja me honra de Santa
Martinha que fica em baixo da Capitol Hill em Roma com vista para o
Fórum. Os trabalhadores descobriram uma tumba cristã contendo ossos de
uma mulher romana e seus dois irmãos. As
relíquias de Santa Martinha, Concordius e Epiphanius. Bernini criou um
magnífico santuário em bronze para as relíquias e hoje em dia, elas
estão na igreja de Luca e Martinha, em Roma e lâmpadas ficam
continuamente acesas em volta do santuário. Em 1558 o Papa Sixtus V
adicionou São Lucas como co-titular da igreja e a doou para o edifício
que estava sendo construído ao lado, o da Academia de San Luca.
Intróito/ Salmos 118, 46-47.
Falei dos teus preceitos perante os reis, e não fiquei confuso. E meditei nos teus mandamentos, porque os amo. Sl. Ibid., 1.Bem-aventurados os que andam sem mancha no caminho; que andam na lei do Senhor.V/. Glória Patri.
Coleta
Ó Deus, que entre outras maravilhas do teu poder fizeste com que a vitória do martírio fosse conquistada até mesmo pelo sexo frágil; concedei-nos, em vossa bondade, que honrando o nascimento no céu da Bem-aventurada N., vossa Virgem e Mártir, nos dirigimos a vós pela imitação de seus exemplos.
Eclesiástico 51,1-8,12.
1 Glorificar-vos-ei, ó Senhor e Rei, louvar-vos-ei, ó Deus, meu salvador.
2 Glorificarei o vosso nome, porque fostes meu auxílio e meu protetor.
3 Livrastes meu corpo da perdição,
das ciladas da língua injusta, e dos lábios dos forjadores de mentira.
Fostes meu apoio contra aqueles que me acusavam.
4 Libertastes-me conforme a extensão da misericórdia de vosso nome, dos rugidos dos animais ferozes, prestes a me devorar;
5 da mão daqueles que atacavam a minha vida, do assalto das tribulações que me aturdiam,
6 e da violência das chamas que me rodeavam. Em meio ao fogo não me queimei.
7 Libertastes-me das profundas
entranhas da morada dos mortos, da língua maculada, das palavras
mentirosas, do rei iníquo e da língua injusta.
8 Minha alma louvará ao Senhor até a morte, 12 pois libertais, Senhor, aqueles que esperam em vós, e os salvais das mãos das nações.
Gradual. Sl 44, 8.Dilexísti iustítiam e odísti iniquitátem. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade.
V/. Proptérea unxit te Deus, Deus tuus, óleo lætítiæ. V/. Portanto, Deus, o seu Deus, te ungiu com o óleo da alegria.
Aleluia, aleluia. V/. Ibid., 15 e 16. Adducéntur Regi Vírgines post eam: próximae eius afferéntur tibi in lætitia. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. Virgens serão trazidas ao rei depois de você; seus companheiros serão apresentados em meio à alegria e alegria. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho segundo
São Mateus 25,1-13
1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9 As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9 As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
Ofertório/Salmos 44, 15 e 16.
Virgens serão trazidas ao rei depois de você; seus companheiros serão apresentados em meio à alegria e alegria. Eles serão levados ao templo do rei.
Secreta
Recebei, Senhor, os dons que vos apresentamos na festa do Bem-aventurado N., vossa Virgem e Mártir; em cuja proteção confiamos para ser entregue.
Comunhão/ Salmos 118, 78 e 80.
Que os orgulhosos sejam confundidos, por terem me maltratado injustamente; mas exercitar-me-ei nos vossos mandamentos e nos vossos estatutos, para não ser confundido.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Depois da comunhão.
Sejam-nos uma ajuda eficaz, ó Senhor, os mistérios de que participamos e que a Bem-aventurada N., vossa Virgem e Mártir, intercedendo por nós, nos façam gozar de constante proteção.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.