Dois
irmãos, unidos pelo sangue pela fé solidada. A vida desses dois santos,
exemplos de testemunho de firmeza em suas vidas apostólicas.
São Cirilo
Constantino
nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era
Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e
Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio
respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.
Cirilo
tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor
Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a
educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino.
Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria,
dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.
Rejeitando
um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos
particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi
cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar,
indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e
designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata
para a polêmica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca
João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto
aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso
em ambas.
Seu
irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo
para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele,
numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para
atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que
conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse
corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e
samaritano.
Nesta
ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa
Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram
as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma.
Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado
"cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros
Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos
padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar
as missas em eslavo.
Isto
gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram
realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que
foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os
dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente
recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam.
Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e
tiveram os Livros traduzidos abençoados.
Mas,
Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito
definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu
em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada
na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande
solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados
pela Igreja como "apóstolos dos eslavos".
São Metódio
Miguel,
primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na
Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era
prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai
morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a
educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e
Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.
Com
a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de
Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III
quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual
participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde
Cirilo, doente, acabou falecendo.
Metódio
foi ordenado sacerdote pelo papa AdrianoII em 868 e, depois da
cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico,
consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e
Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos,
continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.
Os
acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia.
Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido
evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o
clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso,
traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O
então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto,
mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio,
estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar
continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de
tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de
heresia.
Convocado
a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o
convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele
foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia,
mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo.
Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a
liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando
surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior
apresentada por Metódio.
Em
881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à
dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época,
Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar
ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família.
Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da
Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.
Morreu
em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado
na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram
colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja
como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da
morte de Cirilo.
Hebreus 7, 23-27
23 Além disso, os primeiros sacerdotes deviam suceder-se em grande número, porquanto a morte não permitia que permanecessem sempre. 24 Este, porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. 25 É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor. 26 Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, 27 que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas 10,1-9
1 Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir. 2 Disse-lhes: Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. 3 Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa nem mochila, nem calçado e a ninguém saudeis pelo caminho. 5 Em toda casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz a esta casa! 6 Se ali houver algum homem pacífico, repousará sobre ele a vossa paz; mas, se não houver, ela tornará para vós. 7 Permanecei na mesma casa, comei e bebei do que eles tiverem, pois o operário é digno do seu salário. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que se vos servir. 9 Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário