07/01 Sexta-feira
Festa de Quarta Classe
Paramentos Brancos
São Luciano,Martir,Samosata, cidade da Síria, é a terra de São Luciano. Menino de doze anos
apenas, perdeu os pais, mas tão firmado já estava na virtude cristã que
distribuiu os seus bens entre os pobres e procurou asilo no convento do abade
Macário, para poder instruir-se ainda melhor nos princípios da fé cristã e da
santa perfeição. A prática constante das virtudes e o estudo dedicado dos livros
sacros prepararam Luciano para a luta contra as heresias do tempo.
Tendo
recebido em Antioquia o sacramento da Ordem, dedicou-se primeiramente ao ensino
nas escolas primárias, com o fim de dar à mocidade uma instrução nos moldes dos
princípios cristãos. Pelo estudo e pela prática, adquiriu conhecimentos tão
sólidos nas ciências bíblicas, que pôde organizar uma nova edição dos livros
sagrados, corrigindo erros que, por descuido ou por ignorância, talvez por
malícia, se tinham insinuado nas traduções antigas. Esta nova edição teve
acolhimento gratíssimo e prestou grandes serviços mais tarde a São Jerônimo
quando, por ordem do Papa Dâmaso, este fez nova tradução da Escritura Sagrada.
Eram
tão acatadas sua autoridade e competência, que todos, fiéis e hereges, se lhe
referiam, e sua ortodoxia foi valorosamente defendida por São João Crisóstomo e
Santo Atanásio contra os arianos, que seu testemunho tinham invocado em favor de
sua heresia. O fato de Luciano ter sido preso em Nicomédia, por causa de uma
controvérsia com um sacerdote herético, é prova cabal da retidão de sua
doutrina. Uma apologia da Religião Católica, apresentada ao imperador Maximiano,
tem Luciano por autor.
A
decretação da guerra, de extermínio à Igreja, por Diocleciano, surpreendeu
Luciano, quando se achava em Nicomédia. Por ser católico e sacerdote de Cristo,
foi encarcerado. Da prisão dirigiu uma carta aos fiéis de Antioquia,
comunicando-lhes, que o Papa Antimo tinha sofrido o martírio e o incumbira de
transmitir-lhes saudações. Nove anos durou a prisão. Passado este longo tempo,
foi apresentado em juízo ao governador imperial ou ao próprio imperador. O
processo que os juízes adotaram, para fazê-lo abjurar a religião, foi o de
costume: elogios promessas, ameaças e por fim condenação.São Luciano ficou firme, e
sua resposta a todos os argumentos e propostas do juiz foi esta: "Sou cristão !"
O imperador mandou sujeitar o servo de Deus à crudelíssima flagelação, que não
deixou um lugar são no corpo da vítima, e depois ordenou que, assim
horrivelmente maltratado, fosse deitado sobre cacos de vidro e pedras agudas.
Quinze dias passou o mártir nesta posição, sem que alguém se lembrasse de
oferecer-lhe de comer. Quando depois lhe apresentaram comida, era esta
deliciosa, apetitosa; mas Luciano rejeitou-a resolutamente, porque eram comidas
que tinham vindo dos templos pagãos.
Pela
segunda vez Luciano foi citado perante o juiz. O resultado não foi outro.
Negando-se a sujeitar-se às exigências do magistrado, foi de novo submetido à
dolorosíssima tortura e metido no cárcere. Aos fiéis que o visitaram, o santo
sacerdote exortava à constância na fé. Para fortificar a si mesmo e aos irmãos,
celebrou a santa Missa sobre o próprio peito e deu a santa Comunhão a si e a
todos os fiéis presentes. Esta última Santa Missa foi o prefácio de sua morte
gloriosa. São João Crisóstomo afirma que Luciano morreu pela espada. Outros
porém, dizem que foi estrangulado secretamente, por ordem de Maximiano.
Atiraram com o corpo ao mar. Poucos dias depois, porém, os cristãos o
encontraram na praia e deram-lhe honrosa sepultura. As relíquias do mártir
estão na Igreja principal de Aries, na França. São Luciano morreu
provavelmente em Samosata, em 7 de janeiro de 312.
São Mateus, lemos: “Levanta-te,
toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica lá até eu te
avisar, porque Herodes está procurando o menino para o matar” (Mt 2,13). A ordem de Deus para se exilar com a família foi cumprida por José imediatamente e com perfeição. “De
noite, tomou o menino e sua mãe e retirou-se para o Egito, onde ficou
até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia anunciado
por meio do profeta: “Do Egito chamei o meu filho” (Os 2,14-15).
Neste mistério também José foi o ministro da salvação fazendo escapar
da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, como rezamos na oração
composta por Leão XIII. Eis um motivo a mais para confiar no Patrocínio
de São José, pois ainda hoje temos muitas razões para recomendar a São
José cada ser humano, como nos ensina o documento Redemptoris Custos (N
31).
Leitura da Epístola
São Mateus 2, 1-12
Volta do menino Jesus
O
tempo foi passando e o exílio determinado pela Providência chegava ao
fim.São José e sua família retornaram do Egito após, segundo o texto, seus
inimigos terem morrido. Acredita-se que Herodes tenha morrido por volta
de 4 a.C. Segundo uma das versões mais prováveis, dois anos após a matança
dos inocentes, Herodes morreu depois de uma doença dolorosa e
repulsiva. Livre do tirano, o Anjo apareceu novamente em sonho a José no
Egito e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e a mãe e retorna à
terra de Israel... José levantou, tomou o menino e a mãe e foi para a
terra de Israel. Mas, tendo ouvido que Arquelau reinava na Judéia em
lugar de seu pai Herodes, teve receio de ir para lá. Avisado em sonho,
retirou-se para as bandas da Galiléia, indo morar numa cidade chamada
Nazaré” (Mt 2,20-23). Solicito como sempre, José preparou tudo,
pegou o menino e sua mãe e se pôs a caminho em direção da sua terra de
origem.São José e sua família retornaram do Egito após, segundo o texto, seus
inimigos terem morrido.
E foi habitar numa cidade chamada Nazaré; para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado nazareno.
“A
viagem de volta para a Terra Santa apresentou-se mais penosa ainda,
porque o Menino Jesus já era tão crescido que, levá-lo ao colo, difícil
tarefa devia ser, e fazer a pé o grande trajeto parecia acima de suas
forças” (São Boaventura).
Intróito/Mala 3, 1; 1 Par. 29, 12. Sl.1,1.
Aí vem o Senhor Soberano; o poder está em suas mãos, o poder e o império.PS.Ó Deus, dê ao rei seu julgamento e ao filho do rei sua justiça.
V /Gloria Patri.
Coleta
Ó Deus, que neste dia revelou aos pagãos o teu Filho unigénito com o aparecimento de uma estrela: faze com que na tua misericórdia, conhecendo-te já pela fé, sejamos levados a contemplar-te no resplendor da tua majestade.
Isaías 60,1-6
1 Levanta-te, sê radiosa, eis a tua luz! A glória do Senhor se levanta sobre ti. 2 Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. 3 As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. 4 Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. 5 Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. 6 Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor.Gradual/ Sl. Ibid., 6 e 1.
Todos de Sabá virão, trarão ouro e olíbano e proclamarão os louvores do Senhor.
V /.O Senhor deu a conhecer a sua obra de salvação: manifestou a sua justiça perante todos os povos.
Aleluia, aleluia/ Math. 2, 2
V /. Levante-se e brilhe, Jerusalém! Pois a glória do Senhor está nascendo sobre você. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Mateus 2, 1-12
1 Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. 2 Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. 3 A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 4 Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo. 5 Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo(Miq 5,2). 7 Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo. 9 Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10 A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11 Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.
Ofertório/ Sl. 71,10-11
Os reis de Tharsis e das ilhas darão presentes a ele, os reis da Arábia e Sabá trarão presentes e todos os reis da terra o adorarão, todas as nações o servirão.
Secreta
Olha benevolente, rogamos-te, Senhor, os dons da tua Igreja, que já não te oferece ouro, nem olíbano, nem mirra, mas sim Aquele que estas ofertas representavam, que foi morto e que se fez nosso alimento, Jesus Cristo seu Filho, Nosso Senhor.
Prefácio à Epifania
Comunhão/ Math. 2, 2.
Vimos sua estrela no leste e viemos com presentes para adorar ao Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Depois da comunhão.
Faze, nós te imploramos, ó Deus Todo-Poderoso, que celebrando este mistério em um ofício solene, obtenhamos a compreensão dele e colhamos os frutos dele em uma alma purificada.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.