segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCLXXVI (676) - (27 de junho de 2020)

DECLARAÇÃO DE APOIO

Queira Deus que muitos Bispos amigos de Viganò,
Peguem sua espada e lutem pela Igreja.

Sua Excelência, Arcebispo Viganò,

Há alguns dias, um dos quatro Bispos que lutam dentro da Igreja para manter a defesa da Fé, seguindo o exemplo do Arcebispo Lefebvre, escreveu-lhe uma carta de congratulações e apoio à sua carta de 9 de junho, na qual o senhor imputou ao Concílio Vaticano II (1962-1965) a atual crise da Igreja. Com esta nova carta, todos os quatro Bispos desejam expressar publicamente as mesmas congratulações e o mesmo apoio em suas difíceis circunstâncias atuais. Essencialmente, repetimos o que Dom Tomás escreveu-lhe anteriormente, apenas de um modo um pouco mais resumido.

É como um dever de consciência diante de toda a Igreja que esta carta vem a dar-lhe apoio público em sua recente denúncia da crise pela qual Igreja atravessa, e de suas origens no Concílio Vaticano II. Santo Tomás de Aquino ensina que não há obrigação de professar a Fé em todos os momentos, mas quando a Fé está em perigo, há um dever grave de professá-la, mesmo se se põe a vida em risco.

Alguém pode negar hoje a crise sem precedentes na Igreja, que atinge profundamente o sacerdócio católico? No entanto, sacerdotes verdadeiramente católicos são absolutamente necessários para o Santo Sacrifício da Missa e para a manutenção da Santa Doutrina. Quando as autoridades legítimas da Igreja se recusam a agir de acordo com a intenção da Igreja, nenhum Bispo pode meramente resistir na fé, tal como um leigo pode fazer. Diante de Deus, de quem recebemos nosso episcopado, declaramos, por nossa consagração com a plenitude das Ordens Sagradas, que, na atual crise, não só é lícito, mas antes é nossa obrigação usar esses poderes para o bem das almas.

Em sua carta de 6 de junho, com uma admirável clareza e sinceridade, Vossa Excelência reconhece como o clero e os fiéis católicos foram enganados quando o Concílio introduziu novas direções originadas na conspiração anticristã. É doloroso observar a lamentável cegueira de tantos colegas de episcopado e de sacerdócio que não veem, ou não querem ver, a crise atual e a necessidade de resistir ao modernismo que agora reina supremo, e à seita conciliar que está entrincheirada nos níveis mais altos da Igreja. Essa resistência é totalmente lícita e de acordo com a vontade da Igreja permanente. Um Bispo deve, com efeito, cumprir a missão que lhe foi confiada: transmitir tudo o que pode e se deve transmitir pela plenitude de suas Ordens para a conservação da Fé: “Tradidi quod et accepi”.

Por seu antiliberalismo e antimodernismo, em junho de 1988, o Arcebispo Marcel Lefebvre e o Bispo Antônio de Castro Mayer, para salvarem o tesouro da Tradição Católica do modernismo, da Missa Nova e das reformas do Concílio, foram adiante com a sagração de quatro Bispos na chamada “Operação de Sobrevivência”, garantindo assim que a graça e a doutrina imutável continuassem sendo transmitidas. Como herdeiros deles, desejamos expressar nossa sincera adesão à posição de Vossa Excelência, ditada por sua fidelidade à Igreja de todos os tempos. Com isto, não desejamos fazer outra coisa senão beber na mesma fonte, que é a Igreja Romana Santa, Católica e Apostólica, fora da qual não há salvação.

E se alguém perguntar-nos quando haverá um acordo com as autoridades em Roma, nossa resposta é simples: quando Roma retornar a Nosso Senhor. No dia em que os oficiais romanos reconhecerem novamente Nosso Senhor como o rei de todos os povos e de todas as nações, não seremos nós mesmos os que estarão retornando à Igreja Católica, mas aqueles que tentaram derrubá-la, pois nunca a deixamos. Enquanto isso, julgamos que, opondo-nos e resistindo abertamente aos erros do Concílio e àqueles que os promovem, prestamos o mais necessário serviço à Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que a Santíssima Virgem, Nossa Senhora, que como Mãe em Fátima nos alertou da gravidade da presente hora, conceda ao Papa e aos Bispos de todo o mundo as graças necessárias para que se realize a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, e para que a devoção da Reparação dos Cinco Primeiros Sábados se difunda por toda parte, de modo que se abandone o modernismo, e as almas retornem à Fé Católica, inteira e inviolada, sem a qual é impossível agradar a Deus.

Que Deus abençoe Vossa Excelência o Arcebispo Carlo Maria Viganò,

Dom Jean-Michel Faure
Dom Tomás de Aquino
Dom Richard Williamson
Dom Gerardo Zendejas.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.