Santa Cunegundes
03/03 Sábado de Têmporas da Quaresma
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos
Cunegundes viveu na realeza. Nasceu no ano 988, era filha de Sigfredo, conde de Luxemburgo e Asdvige, que transmitiu pessoalmente à ela os profundos ensinamentos cristãos. Desde pequena a menina desejava se tornar religiosa.
Porém casou-se com Henrique, duque da Baviera, que era católico e em 1002 se tornou rei da Alemanha. Em 1014 o casal real recebeu a coroa imperial das mãos do Papa Bento VIII, em Roma. Para o povo, foi um tempo de paz e prosperidade. O casal ficou famoso pela felicidade que proporcionava aos seus súditos, o que chamou a atenção dos inimigos do reino e do imperador. Mas também porque a população e a corte diziam que eles haviam feito um "matrimonio de São José", casamento Josefino vivendo ambos em perfeita continência. Mais tarde, os inimigos da corte espalharam uma forte calúnia contra a imperatriz, dizendo que ela havia traído seu marido. A princípio os dois não se importaram, mas os boatos começaram a rondar o próprio palácio e Cunegundes resolveu acabar com a maledicência. Numa audiência pública, negou a traição e evocou Deus para comprovar que dizia a verdade. Para isso, mandou que colocassem à sua frente grelhas quentes. Rezou, fechou os olhos e pisou descalça sobre elas várias vezes, sem que seus pés se queimassem. Isso bastou para o imperador, a corte e o povo admirar ainda mais a santidade da imperatriz, que vivia trabalhando para atender os pobres e doentes, crianças e idosos abandonados, com suas obras religiosas assistenciais.
Em 1021 o casal imperial fundou um mosteiro beneditino em Kaufungen, em agradecimento à Deus pela cura completa de uma doença grave que Cunegundes havia contraído. Quatro anos depois, quando Henrique faleceu, ela retirou-se para esse mosteiro, abdicando do trono e da fortuna, onde viveu como religiosa por quinze anos.
Até hoje o mosteiro possui em seu acervo os riquíssimos e belos paramentos que Cunegundes costurava. Contudo, ela própria usava somente um hábito muito simples, também feito com as próprias mãos. Com ele trabalhava diariamente e com ele fez questão de ser enterrada, embora suas companheiras tivessem preparado cobertas ricamente bordadas e enfeitadas com jóias preciosas para seu velório.
Antes de morrer, no dia 03 de março de 1039, pediu que a enterrassem como uma simples monja e ao lado da sepultura do esposo, na Catedral de Bamberg, que eles também haviam construído. O local foi palco de numerosos prodígios e graças, por isso seu culto correu entre os fiéis e se propagou por toda a Europa. O Papa Inocêncio III a canonizou em 1200, autorizando sua festa para o dia de sua morte. Santa Cunegundes é padroeira de Luxemburgo, da Lituânia e da Polônia o que faz com que sua devoção se mantenha ainda muito forte e intensa.
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Epístola
I Tessalonicenses 5,14-23
14. Pedimo-vos, porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência para com todos.
15. Vede que ninguém pague a outro mal por mal. Antes, procurai sempre praticar o bem entre vós e para com todos.
16. Vivei sempre contentes.
17. Orai sem cessar.
18. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo.
19. Não extingais o Espírito.
20. Não desprezeis as profecias.
21. Examinai tudo: abraçai o que é bom.
22. Guardai-vos de toda a espécie de mal.
23. O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!
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Evangelho
São Mateus 17,1-9
1. Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.
2. Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
3. E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.
4. Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: Senhor, é bom estarmos aqui.
5. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias. Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o.
6. Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.
7. Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais.
8. Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
9. E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.