19/12 Quinta-feira
Festa
de Segunda Classe
Paramentos
Roxos
Santos Timóteo e Maura, marido e mulher, viveram no século III, quando
reinava Diocleciano. Timóteo era natural de Panapeis, região da Tebáida,
e grande estudioso eclesiásticoe recebeu dos pais educação esmeradamente cristã. Com apenas 20 dias de casado Timóteo e Maura é o glorioso casal que no quarto século, em 19 de
dezembro, recebeu as palmas do martírio. Era o
tempo das perseguições religiosas, e bem implantadas deviam ser as
máximas da religião no coração da criança, que mais tarde havia de
defendê-las e sustentá-las na luta contra a heresia. Desde bem cedo,
existiu na alma de Timóteo o desejo ao martírio, aspiração esta que
depois teve sua plena satisfação. Apareceu em Perape, Ariano, governador
pagão daquela região, com o intuito de exterminar o cristianismo. Foi
dado aos cristãos um determinado prazo, dentro do qual haveriam de
abandonar a religião Catolica e oferecer o incenso aos ídolos. Timóteo foi um dos
primeiros chamados à presença do governador. Declarando que preferia
antes morrer do que se tornar apóstata, negou também a entrega dos
livros de religião, dizendo a Ariano: “Os livros são meus queridos
filhos; monstro seria o pai que entregasse os filhos aos inimigos”. Esta
resposta enfureceu o tirano que deu uma ordem para que as orelhas de
Timóteo fossem furadas com ferro em brasa. No meio desta tortura,
Timóteo continuou a louvar a Deus em alta voz. Ariano, ainda mais
excitado, ordenou então que o mártir fosse pelos pés pendurado numa
coluna e amarrada ao pescoço uma pedra pesada.
Houve quem suscitasse em Ariano a lembrança de Maura, jovem esposa de
Timóteo, que sem dúvida teria grande influência sobre o mártir e com
facilidade o moveria à renúncia da fé. Chamada Maura, esta de fato
prometeu ao governador envidar todos os esforços para conservar a vida
do marido. Maura era cristã, mas faltava-lhe a coragem de sofrer pela
fé; além disto, tinha um grande amor ao marido, com quem estava casada
havia três semanas apenas. Vendo Timóteo em tão miserável estado,
fugiram-lhe as forças. Apenas voltando a si, deram-lhe a oportunidade
de falar então ao marido, que tinha sido tirado do trono. Impressionada
pelo que vira, esqueceu-se Maura das obrigações de cristão, e entre
soluços e lágrimas, começou a insistir com Timóteo, para que se poupasse
e obedecesse às ordens do governador. Timóteo, porém, indignado com o
modo da esposa, disse-lhe: “Maura, já não te conheço! És então pagã ou
cristã? É esta a linguagem de uma esposa educada na religião? Em vez de
animar-me, ajudar-me a levar a cruz, vens para me desviar? Queres que
perca minha alma, em troca de um prazer passageiro, que me livre de um
curto martírio, para sofrer penas eternas?”
Reconhecendo Maura o erro, prostrou-se aos pés do marido, pediu-lhe
perdão e conselho sobre o que devia fazer. “O que deves fazer? –
respondeu Timóteo – Vai ao governador e diz-lhe que, longe de demover
teu marido, estás resolvida a acompanhá-lo no martírio e morrer com
ele”. Maura assustou-se com estas palavras, mas Timóteo animou-a,
despertando na alma da esposa, a confiança em Deus e mostrando-lhe o
exemplo de tantas outras senhoras da mesma idade, que prontamente se
sujeitaram às atrocidades do martírio. Ajoelhados, em oração fervorosa,
pediram a Deus força e graça para a luta. Enquanto rezavam,
desfizeram-se os temores na alma de Maura. Resoluta levantou-se,
dirigiu-se ao governador e comunicou-lhe que, em vez de dissuadir o
marido, pronta estava para compartilhar com ele as dores do martírio.
Ariano mandou que lhe fossem arrancados os cabelos, cortados os dedos e o
corpo queimado com exofre e pixe. A sentença final, porém, foi que
Maura, fosse como o marido, crucificada. Os patíbulos foram colocados de
maneira que um visse os sofrimentos do outro.
Assim morreram os dois esposos, unidos pelos laços do matrimônio e na morte unidos por um glorioso martírio.
Que Timóteo inflame os modernistas da mesma forma inflamou sua esposa na virtude da fortaleza em defender Santa Tradição Católica, e assim se converterem, para não perderem a salvação de suas almas, em troca de um prazer passageiro deste mundo, este prazer levam ao sofrimento e as penas eternas.
Epístola
Filipenses 4,4-7
4 Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! 5 Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. 6 Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. 7 E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.
Evangelho
São João 1,19-28
19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: Quem és tu? 20 Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo. 21 Pois, então, quem és?, perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não. 22 Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? 23 Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3). 24 Alguns dos emissários eram fariseus. 25 Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. 27 Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. 28 Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
Filipenses 4,4-7
4 Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! 5 Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. 6 Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. 7 E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.
Evangelho
São João 1,19-28
19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: Quem és tu? 20 Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo. 21 Pois, então, quem és?, perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não. 22 Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? 23 Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3). 24 Alguns dos emissários eram fariseus. 25 Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. 27 Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. 28 Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.