sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dom Antônio de Castro Mayer

24 anos de morte de 
Dom Antônio de Castro Mayer

A carta abaixo de 1969 de dois Cardeais avisando o Prelado. Este prelado deu ouvido? Não, preferiu se afastar da Santa liturgia. Nesses 43 anos, estamos colhendo qual fruto desta Reforma Litúrgica? Foi um verdadeiro desastre; por quê? Porque chamou quem não devia para dar palpite em nossa Santa Lirtugia.

 Da esquerda para direita: Dr. George; Canon Jasper; Dr. Shepard; Dr. Konneth; Dr. Smith; e Irmão Max Thurian (de branco) de pé ao lado do Papa Paulo VI (de branco).Esses seis representam as seguintes organizações protestantes: Conselho Mundial das Igreja, Igreja da Inglaterra, Igreja Luterana e a Comunidade Protestante de Taize. Agora perguntamos: De onde vem tal fumaça de satanás dentro da Igreja? De onde será que veio esta fumaça? Do Concílio Primaveril, da reforma Litúrgica. Algo que todos veem mais poucos que tem coragem de dizer. Monsenhor Marcel Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer tiveram coragem de apontar e resistir a estes Prelados.

Apresentado ao Papa Paulo VI pelos Cardeais Ottaviani e Bacci (Dois Cardeais apontaram somente que seria um desastre)

Carta a Paulo VI

Santíssimo Padre, analisou e fez para examinar a Novus Ordo preparada pelos especialistas do Consilium de exquendam Constituição sobre a Sagrada Liturgia, após longa reflexão e oração, nós acreditamos que deveria, diante de Deus e de Sua Santidade, para expressar as seguintes considerações:

1) Como demonstrado suficientemente curto, mas crítico exame em anexo - por um seleto grupo de teólogos, liturgistas e pastores - a Ordo senhorita Novu, considerados os elementos novos, mas que pode ser avaliado de forma diferente, que há subjacente e envolvidos, representa, tanto como um todo, em particular, um surpreendente afastamento da teologia católica da Missa, que foi formulada na Sessão XXII do Concílio de Trento, que, finalmente, que fixa o "cânones" do rito, erigiu uma barreira intransponível contra qualquer heresia intaccasse a integridade do magistério.

2) As razões pastorais que são aduzidas para apoiar tão grave ruptura - mesmo se o rosto de razões doutrinais estava lá - não se afigurarem suficientes. Como muita coisa nova aparece no Novus Ordo Miss e, inversamente, quanto perene recebe apenas um papel menor ou diferente, embora ele ainda está lá, pode dar força para a questão da segurança - já que serpenteia, infelizmente, em muitos ambientes - que a verdade sempre considerado pelos cristãos podem ser alteradas ou ignoradas sem infidelidade ao sagrado depósito da doutrina que a fé católica está para sempre ligada. As reformas recentes demonstraram amplamente que as novas mudanças na liturgia não podem levar a nada, mas um completo desnorteamento dos fiéis, que já mostram sinais de impaciência e declínio inconfundível de fé. A melhor parte do clero do concreto é uma agonizante crise de consciência que nós e incontáveis ​​exemplos cotidianos.

3) Acreditamos que estas considerações, que só pode vir da voz dos pastores e do rebanho, eles não conseguem encontrar um eco no coração paternal de Sua Santidade, sempre tão profundamente solícito às necessidades espirituais dos filhos da Igreja. Também os assuntos para cujo bem-estar é entendido de uma lei, onde é provado vice-versa prejudiciais, ter tido, mais do que o direito eo dever de pedir com confiança filial do legislador em revogar a lei.

Portanto fervorosamente rogamos a Vossa Santidade não tirar - em um momento tão dolorosas lacerações e crescente perigo para a pureza da fé e a unidade da Igreja, encontram eco na voz diária e triste do Pai comum - a possibilidade de continuar a usar a integridade fecunda do que Missale Romanum de São Pio V, tão louvado por Vossa Santidade e todo o mundo católico tão profundamente venerado e amado.

A. Cardeal Ottaviani A. Cardeal Bacci


E este Cardeal Alberto Ranjith com a seguinte carta teve a coragem de apontar para Liturgia e dizer: Na 20ª Assembleia Geral da Foederatio Internationalis Una Voce, ocorrida em 5 e 6 de novembro de 2011, em Roma não a reforma da reforma seja a volta a Santa Liturgia (Santa Missa Tridentina ) 24/8/2011.

Ranjith: “Chegou a hora, 
pelo retorno da verdadeira liturgia da Igreja”. 


Desejo expressar, primeiramente, minha gratidão a todos vós pelo zelo e entusiasmo com que promoveis a causa da restauração das verdadeiras tradições litúrgicas da Igreja.

Como sabeis, é a liturgia que aperfeiçoa a fé e sua heroica realização na vida. Ela é o meio com que os seres humanos são elevados ao nível do transcendente e do eterno: o lugar de um profundo encontro entre Deus e o homem.

A liturgia, por esta razão, nunca pode ser criada pelo homem. Pois se rezamos da forma como queremos e ajustamos as normas a nós mesmos, corremos, então, o risco de recriar o bezerro de ouro de Aarão. Devemos constantemente insistir na liturgia enquanto participação naquilo que o próprio Deus faz, correndo o risco, de outra forma, de cair na idolatria. O simbolismo litúrgico nos ajuda a nos elevarmos acima do que é humano, em direção ao divino. A esse respeito, é minha firme convicção de que o Vetus Ordo representa em grande extensão e de maneira mais satisfatória aquele chamado místico e transcendente a um encontro com Deus na liturgia. Portanto, chegou para nós a hora de não só renovarmos, por mudanças radicais, o conteúdo da nova Liturgia, mas de também encorajarmos mais e mais o retorno do Vetus Ordo, como um caminho para uma verdadeira renovação da Igreja, que foi o que os Padres da Igreja assentados no Concílio Vaticano II tanto desejaram.

A cuidadosa leitura da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, demonstra que as imprudentes mudanças introduzidas posteriormente na Liturgia nunca estiveram nas mentes dos Padres do Concílio.

Assim, chegou a hora de sermos corajosos no trabalho por uma verdadeira reforma da reforma e também pelo retorno da verdadeira liturgia da Igreja, que se desenvolveu por sua história bimilenar em um contínuo fluxo. Desejo e rezo para que isso ocorra.

Possa Deus abençoar os vossos esforços com sucesso. 

***
Anexo da carta:
+Malcolm Cardeal Ranjith -Arcebispo de Colombo. 24/8/2011 Carta do Cardeal Ranjith à 20ª Assembléia Geral da Foederatio Internationalis Una Voce, ocorrida em 5 e 6 de novembro de 2011, em Roma.


Agora, quebrar com toda uma doutrina de séculos por um Concílio Primaveril, por uma reforma Litúrgica que está há cinco décadas soltando a fumaça de satanás dentro da Santa Igreja, faz uma ato de obediência ou um ato de desobediência? . Resposta sem fundamento: Quem apoia cinco décadas do Concílio Primaveril por uma reforma Liturgica é obediente; e quem é contrário, é rotulado de cismático, herege, medieval e outros rótulos que não convém repetir.

Resistir ao Prelado que se equivoca em suas idéias e que não se apoia na doutrina transmitida há séculos é um ato da Virtude Heroica.

Em muitas passagens de suas obras, São Tomás defende o princípio de os fiéis poderem questionar e admoestar Prelados:

Por exemplo: “Surgindo perigo iminente pára a Fé, os Prelados devem ser questionados, mesmo publicamente, pelos seus súbditos. Assim, São Paulo, que estava sujeito a São Pedro, questionou-o publicamente pelo iminente perigo de escândalo em matéria de Fé. E, tal como Santo Agostinho o interpreta na sua Glosa (Ad Galatas 2, 14), ‘São Pedro deu o exemplo a todos os que governam para que, ao desviarem-se do caminho recto, não rejeitem a correcção como inútil, ainda que venha de súbditos’” (Summa Theologiae, Turin/Rome: Marietti, 1948, II-II, q.33, a.4).

Referindo o mesmo episódio, no qual São Paulo resistiu a São Pedro frontalmente, São Tomás ensina:

“A repreensão foi justa e útil e a sua razão não era leve. Existia perigo para a verdade evangélica… O modo como se realizou foi adequado, dado que o perigo era público e manifesto. Por esta razão, São Paulo escreve: ‘Falei com Cefas’, isto é, Pedro, ‘antes de alguém’, dado que a simulação praticada por São Pedro estava repleta de perigo para todos. Em 1 Tim 5, 20, lê-se: ‘Admoesta, antes de ninguém, aquele que peca.’ Isto deve ser entendido como referindo-se a pecados manifestos, não aos escondidos, já que nestes últimos casos se deve proceder de acordo com as regras próprias da correcção fraterna" (Super Epistulas S. Pauli, Ad Galatas, 2, 11-14, lec. III, Turim/Roma: Marietti, 1953, nn. 83-84).

O Doutor Angélico também mostra como esta passagem das Escrituras contém ensinamentos não só para os Jerarcas, como também para os fiéis:

“Foi dado aos Prelados um exemplo de humildade, para que eles não recusem aceitar correcções dos seus inferiores e súbditos; e, aos súbditos, um exemplo de zelo e liberdade, para que não temam corrigir os seus Prelados, sobretudo quando o crime é público e vincula perigo para muitos” (ibid. Nº 77).

Nos seus Comments on the Sentences of Peter Lombard, São Tomás ensina como, corrigir respeitosamente um Prelado que peca, é uma obra de misericórdia tão grande quanto a posição elevada do Jerarca:

“A correcção fraterna, sendo uma esmola espiritual, é uma obra de misericórdia. Mas a misericórdia é devida principalmente ao Prelado, dado que corre o perigo maior. Daí Santo Agostinho dizer em Regula (nº 11, PL 32, 1384): ‘Tende piedade não só de vós próprios, mas também deles’, isto é, dos Prelados, ‘entre vós, que correm um perigo tão grande como a posição que ocupam’. Portanto, a correcção fraterna estende-se também aos Prelados".

Além disso, Ecclus. 17, 12, diz que Deus ‘deu a cada um mandamento a respeito do seu próximo’. Ora, um Prelado é nosso próximo. Assim, devemos corrigi-lo quando peca… Alguns dizem que a correcção fraterna não se estende aos Prelados, seja porque o homem não pode erguer a sua voz contra o Céu, seja porque os Prelados facilmente se escandalizam se corrigidos pelos seus súbditos. Contudo, tal não sucede, dado que, quando pecam, os Prelados não representam o Céu e, daí, devam ser corrigidos. E aqueles que os corrigem caridosamente não levantam a sua voz contra eles, mas em seu favor, dado que a admoestação é para seu próprio bem.

“Por esta razão, de acordo com outros [autores], o preceito da correcção fraterna também se estende aos Prelados, que podem ser corrigidos pelos seus súbditos” (IV Sententiarum, d. 19, q. 2, a. 2).

Seguiu o que aprendeu em seus seminários resistiu ao Prelado. Damos graças a Deus por este dia 25/04 que comemora de 21 anos de Morte de Monsenhor Dom Antônio de Castro Mayer pela sua coragem e por ter apoiado Monsenhor Marcel Lefebvre nas ordenações.  
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 25 de Abril: 24 anos de morte de 
Dom Antônio de Castro Mayer



Filho de João Mayer e de Francisca de Castro Mayer, de uma família numerosa—12 filhos—e muito católica, ficou órfão de pai aos 7 anos incompletos. Entra para o Seminário Menor do Bom Jesus de Pirapora aos doze anos. Em 1922, inicia os estudos no Seminário Maior, em São Paulo, e, devido ao seu excelente desempenho, é enviado para Roma por Dom Duarte Leopoldo e Silva, a fim de completar seu curso eclesiástico na Universidade Gregoriana. No dia 30 de outubro de 1927, é ordenado sacerdote pelo Cardeal Basílio Pompilij, Vigário Geral de sua Santidade o Papa Pio XI. Pouco depois, recebe na mesma universidade o grau de doutor em teologia.

Após retorno ao Brasil, foi professor no Seminário em São Paulo, durante treze anos, leccionando Filosofia, História da Filosofia e Teologia Dogmática. Em 1940, é nomeado assistente geral da Acção Católica. Em 1941, é nomeado cônego catedralício do Cabido Metropolitano de São Paulo e, um ano depois, torna-se Vigário Geral. Em 1945, é Vigário Ecónomo da Paróquia de São José do Belém, ocupando-se ao mesmo tempo das cátedras de religião e Doutrina Social da Igreja, respectivamente na Faculdade de Direito e no Instituto Sedes Sapientiae, ambas pertencentes à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Episcopado

A 6 de Março de 1948, é elevado, pelo Papa Pio XII, a bispo titular de Priene coadjutor, isto é, com direito a sucessão do bispo de Campos, D. Octaviano Pereira de Albuquerque. No dia 23 de maio do mesmo ano, o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Carlo Chiarlo, oficia a cerimônia de sagração, tendo como assistentes: Dom Ernesto de Paula, Bispo de Piracicaba e Dom Geraldo de Proença Sigaud, Bispo de Jacarezinho, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo. Em 1949, torna-se bispo diocesano de Campos.

Desde que foi investido de sua missão episcopal em 1948, Dom Antônio percorreu toda a diocese para conhecer in loco a situação espiritual e material de seus diocesanos. Pôde ele dirigir assim a reorganização da vida das paróquias, tanto no interior como nas cidades. Conseguiu também resolver velhos problemas que paralisavam a atividade das Ordens Terceiras Franciscana e Carmelita, dando assim novo esplendor às Igrejas situadas em suas propriedades.

Em 1956, abriu o Seminário Menor da Diocese na vila, hoje cidade, de São Sebastião de Varre-Sai. Em 1967, Dom Antônio obtém a permissão do funcionamento do Seminário Maior, com os cursos de Filosofia e Teologia (posteriormente transferida para Campos).

Tal obra começou sob a proteção e as bênçãos de Nossa Senhora?
Não há de fracassar!
— Dom Antônio a seus padres.

Suas Pastorais sobre Nossa Senhora, a insistência em suas homilias e retiros sobre a recitação do Rosário, ou, pelo menos, do terço cotidiano, a campanha do terço contínuo, a devoção às três Ave Marias, a ênfase na pregação da oração e da penitência , da Consagração ao Imaculado Coração de Maria e da devoção aos Primeiros Sábados atestam a importância que ele sempre atribuiu ao papel de Maria Santíssima na economia da salvação, na solução da crise contemporânea e na sua atividade episcopal. Aliás, como primeiro ato episcopal, instituiu em Campos a obrigatoriedade de se rezar 3 Ave-Marias após cada Sacrifício Incruento da Missa.

Durante o Concílio Vaticano II, D. António de Castro Mayer assumiu-se como um dos líderes da ala conservadora - "Coetus Internationalis Patrum". Depois de ter participado no Concílio, regressou à diocese onde foi irredutível na manutenção da Tradição;especialmente no campo da ortodoxia, mas também, na ortopráxis: esta é a manifestação prática daquela, por isso tanto empenho em se resguardar as formas, a fim de se transmitir os conceitos. Campos foi a única diocese a manter, depois da promulgação do Novos Ordo Missae de Paulo VI, o Ordo Missae Gregoriano como rito oficial da diocese.

Dom Antonio de Castro Mayer, zeloso, sábio e prudente Bispo de Campos a gratidão dos fiéis pelos 33 anos dedicados à causa da fé e à salvação das almas.

Campos, 1º de novembro de 198:

Vivemos, ninguém nega, uma terrível crise na Igreja, que atinge profundamente o sacerdócio católico. A perpetuidade do Santo Sacrifício da Missa, a administração dos Sacramentos, a guarda e a transmissão fiel da fé católica estão hoje séria e gravemente ameaçadas. Por tudo isso é inegável o gravíssimo estado de crise na Igreja. Necessidade de padres católicos para o Santo Sacrifício, para a doutrina. Quando as autoridades da Igreja se recusam a dar-lhe destes padres verdadeiramente católicos, um bispo não pode pretender ter cumprido seu dever, se se limita a resistir na fé, como um leigo. Diante de Deus, de Quem recebi, na sagração episcopal, a plenitude do poder de ordem, afirmo que, na presente crise, não só é lícito, mas urge mesmo como dever impostergável utilizar destes poderes para o bem das almas. Declaro, por fim, que só realizo esta ordenação sacerdotal por sabê-la inteiramente lícita e de acordo com a vontade da Igreja perene. Cumpro a missão que me foi confiada: Tradidi quod et accepi! Transmito o sacerdócio católico que recebi!

— Homilia da sua última Ordenação Presbiteral.