Vamos ver como as almas santas vem nosso auxilio:
Contra o protestantismo. Vemos como não é aceito por Deus protestantismo pois enviou do céu São Mauricio para expulsar os calvinistas protestante da invasão do litoral do Espírito Santo.Por isso a Vila Velha é devota São Mauricio. Neste local onde se fixou Frei Pedro de
Palácios vindo anteriormente de uma temporada da Bahia.Vila Velha fundou a devoção Mariana na invocação da Nossa Senhora da Penha do
Espírito Santo – só antecedida pela devoção a Nossa Senhora da Vitória,
invocada na Igreja Matriz da vizinha Vila capital.
Com a proteção Mariana, ambas as povoações da
Capitania do Espírito Santo, naqueles tempos iniciais, foi o mártir São
Maurício, soldado romano comandante da célebre legião tebana
(denominação de um grupamento do exército romano contemporâneo, não de
fato uma das Legiões de que dispôs o Império no auge de seu poderio).
São Maurício é o santo
guerreiro por excelência (uma imagem de São Maurício existe no Colégio
Militar do Rio de Janeiro). De sua vida, recolhida por Jacopo de
Varazze (2003, p. 785/786) consta que comandava soldados recrutados por
ordem de Diocleciano e Maximiano na província do Egito para subjugar ao
Império Romano todos os rebeldes. Enviado por Diocleciano contra as
Gálias, do exército de Maximiano fazia parte a guarnição tebana.
Transpondo os Alpes e chegando a Otodoro, exortou o Imperador a seus
comandados que sacrificassem aos deuses e se unissem contra os rebeldes
e, principalmente, contra os cristãos.
Sabendo disso, os
companheiros da legião tebana deixaram as hostes romanas, acampando oito
milhas ao largo, em Agaune, às margens do Rio Ródano. Tendo Maximiano
enviado mensageiros que lhes passaram ordens expressas, estes
recusaram-se a proceder daquela forma, invocando sua fé em Cristo.
Foram, então, por ordem do Imperador, dizimados, isto é, sacrificados à
base de um para cada dez homens. Como ainda assim não os demovesse de
seu intento, determinou Maximiano que seu exército cercasse toda a
legião, de maneira que nenhum pudesse escapar, sendo quase todos
trucidados em nome de sua fé.
Estes fatos se passaram
por volta do ano 283. Difundido seu culto pela Europa, trazida a devoção
ao Brasil, São Maurício era sempre invocado para que intercedesse pelo
bom sucesso das armas locais contra invasores estrangeiros, sobretudo os
“hereges”. De fato, o padre José de Anchieta compôs poema a São
Maurício e os mártires da legião tebana, exortando-os a proteger a Vila
da Vitória contra “os hereges franceses” e “luteranos ingleses”, em
tempos de defesa da terra contra as proezas de corsários a serviço das
nações inimigas de Portugal (1989, p. 398/390).
Padroeiro da maior
povoação da terra, dando nome a uma fortificação que existiu em Vitória,
também a população de Vila Velha o invocou numa passagem de grande
perigo, que foi a tentativa de invasão holandesa de 1640. Batidos os
homens do coronel Koin na capital, nas Roças Velhas (depois Porto dos
Padres, por volta da Rua General Osório – OLIVEIRA, 1975, p. 130) estes
investiram, três dias depois da derrota, contra a então Vila do Espírito
Santo, aqui desembarcando e fortificando-se. Os defensores da terra,
poucos, foram obrigados a se retirar para os sertões que circundavam a
Vila.
Consta da tradição que a
tropa holandesa fez menção de escalar o Monte da Penha, quando então
tiveram a assombrosa visão: o santuário transforma-se num castelo
fortificado e das nuvens descem muitos soldados, a pé e a cavalo, com
armas luzentes, o que fez com que os invasores retrocedessem (NOVAES,
1958, p. 67).
O fato histórico em si,
que faz parte da História Militar do Espírito Santo, é que, reforçados
pelo socorro mandado pelo capitão-mor João Dias Guedes, os capitães Adão
Velho e Gaspar Saraiva infligiram, no dia 02 de novembro, outra pesada
derrota aos batavos, que se fizeram ao mar no dia 08 (OLIVEIRA, 1975, p.
130/131).
A partir de então é da
tradição que o santuário (ainda a simples ermida) fora defendida por São
Maurício e os mártires da legião tebana, o que fez aumentar ainda mais a
devoção naquele santo em terras do Espírito Santo. A cena foi retratada
pelo pintor santista Benedito Calixto, e se vê no corredor do Convento
da Penha no painel “A visão dos holandeses” – registre-se, apenas, que
no ano de 1640 o Convento, como hoje o conhecemos, ainda não existia.
Essa estrondosa vitória
foi cantada por muito tempo em versos pelo povo, versos estes de que nos
dá notícia Maria Stella de Novaes (1958, pág. 67/68):
Nossa Senhora da PenhaTem um manto de alegriaDeus lhe deu os seus soldadosPra defender a baía
Nossa Senhora da PenhaTem soldados a valerQue lhe deu Nosso SenhorPro seu povo defender
Nossa Senhora da PenhaTem um manto de alegriaForam os soldados que deramQuando vieram da Baía.
Reze todos os dias o Santo Rosário.