Ícone dizia São João
Damasceno mostra ao pagão a nossa Fé
São João Damasceno, defensor dos ícones, faz uma distinção precisa à maneira que os ícones
devem ser venerados e honrados e à adoração que é devida somente a Deus.
Existe muito mais a ser dito sobre o ícone e sobre a iconografia, esta
imensa riqueza da Santa Igreja. O ícone é feito para oração esta imagem de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro a Santa Mãe de
Deus.Esta imagem dão o autor ao Evangelistas São Lucas.Ele A pintou
com técnicas precisas e tradicionais
destinados a lhes garantir autenticidade. Não se trata, pois, de um
quadro qualquer sobre religião, de uma imagem piedosa aonde a realização
seria deixada.Por conta da inspiração individual e submetida ao modismos
ou aos estilos artísticos profanos de hoje que se tem muito. O critério revelar a Fé na verdade revelada.
Representem uma mesma verdade. A fidelidade à Tradição não é repetição, cópia, mas uma revelação sempre nova da vida interior da Santa Igreja. O iconógrafo de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro são a beleza do amor Deus.
Representem uma mesma verdade. A fidelidade à Tradição não é repetição, cópia, mas uma revelação sempre nova da vida interior da Santa Igreja. O iconógrafo de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro são a beleza do amor Deus.
O Ícone de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora,
o Menino Jesus e dois arcanjos. A aparição dos Arcanjos com uma lança e
a cruz mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado
corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco desamarra a
sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança. O olhar
de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão
direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro. As mãos de Jesus estão nas
mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apóia na Mãe.
Veja a explicação:
ABREVIATURA DE “ARCANJO SÃO MIGUEL”Ele apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice da amargura.
ABREVIATURA DE “ARCANJO GABRIEL”
Ele segura a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
ABREVIAÇÃO GREGA DE “MÃE DE DEUS”
ABREVIAÇÃO de Jesus Cristo
ESTRELA no véu de Maria é a estrela-guia, que nos conduz como conduziu os reis magos, ao encontro com Jesus. Que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
OS OLHOS DE MARIA, grandes, voltados sempre para nós, a fim de acolher-nos e ver todas as nossas necessidades.
A BOCA DE MARIA guarda silêncio. Ela que falava pouco, mas comunica muito a partir do seu olhar sereno. Guarda tudo em seu coração.
TÚNICA VERMELHA distinguia as virgens do tempo de Nossa Senhora. Sinal de pureza, mas também da força da fé.
MANTO AZUL, referência das mães daquela época. Maria é a virgem-mãe de Deus.
AS MÃOS DE JESUS apoiadas nas mãos de Maria, significandoconfiança total.
A MÃO ESQUERDA DE MARIA sustenta Jesus. A mão que apóia, acolhe e protege aqueles que, nos sustos da vida, correm para os braços da Mãe.
A SANDÁLIA DESATADA. Nos desesperos da vida, assustados pelas dificuldades e medos, corremos o risco de perder-nos. Mas resta ainda um fio que nos une à salvação.
O CENTRO DO ÍCONE. Maria, ao mesmo tempo que nos acolhe com seu olhar, com a mão aberta nos indica Jesus Cristo como nosso redentor, nosso Perpétuo Socorro.
O FUNDO todo do quadro é dourado e dele saem reflexos ressaltando as roupas e simbolizando a alegria do céu, para onde caminhamos levados pelo Perpétuo Socorro de Maria.
ÍCONE TEM SEU PRÓPRIO RITUAL:
Os iconógrafos escolhem uma madeira maciça de qualidade. Em França, Rússia, Sérvia, a maioria dos iconógrafos preferem a madeira da tileira, por ser de qualidade e leve. Na Grécia, temos também a indicação de cipreste, nogueira, castanheira, pinho e árvores fragrantes. No entanto, podemos encontrar, nos dias de hoje muitas pessoas trabalhando com MDF e até compensados.
Tendo a prancha escolhida, untamo-la com uma cola
específica, colamos uma tela de gaze ou tecido de algodão embebido de
cola e uma base branca, preparação que traz, comumente, o nome de
“levkas” – composto basicamente de cola de pele de lebre e gesso cré.
Existem diferentes receitas, com mais materiais, ou até mesmo algumas
diferenças.
O número de camadas também varia de acordo com a
receita aplicada, na maioria das vezes, no mínimo 12. Pode ser
aplicada com trincha, lambuzar
com a mão ou até com uma espátula, se e quando a consistência for mais
espessa.
No final das camadas de “levkas”, lixamos a prancha com
lixas de espessura razoável com o objetivo de torná-la cada vez mais
lisa e homogênea, atingindo o polimento, que realizamos com uma lixa
d'água de alta numeração.
O objetivo final é que a superfície de prancha se apresente como uma porcelana, para que o ouro tenha um bom resultado.
Desenho:
O desenho é o estrutura do ícone.
Trabalha-se nele, primeiramente, para se ter firmeza
nas linhas, nos movimentos e nas idéias que querem transportar com as mãos, mesmo sabendo que são guiadas não somente por nossas
capacidades pelo divino.
É necessário fazer uma relação entre a anatomia e a
santidade. A anatomia retrata o humano. As linhas que deve fazer
corresponder aos músculos e parâmetros anatômicos são muitíssimo
importantes.
A vegetação bem como a representação da natureza são
apresentadas de uma maneira metamorfoseada pela presença da graça de
Deus na criação.
Na arquitetura, utilizamos o princípio de perspectiva
invertida. Não representamos dimensões, tudo está em primeiro plano,
reunido escatologicamente.
Na maioria das Escolas de Ícones o aprendiz passa um
bom tempo – cerca da 2 a 3 anos – só desenhando, sem conhecer o pincel e
as cores.
Douração: O ouro no ícone representa o céu, o contexto
espacial do ícone. A técnica de origem (bizantina) diz que todo o fundo
deve ser em ouro. Posteriormente, o uso do ouro ficou mais flexível;
podemos encontrar representações com o uso do ouro somente nas auréolas e
em algumas vestes e detalhes.
Cores:Podemos dizer que as cores são a alma do ícone.
Envernizar:Tradicionalmente, o verniz utilizado na Iconografia é o
olifa. Espécie de mistura de um excelente óleo de linhaça que é levado
ao fogo com silicatos e matérias químicas deste gênero.
A folha de ouro é colada de acordo com receitas diversificadas que incluem materiais e técnicas diferentes.
Sem elas o desenho ganharia menos expressão. Na
Iconografia, as cores são obtidas pela combinação de pigmentos e a
emulsão de gema de ovo.
Estes pigmentos podem ser orgânicos e inorgânicos. São
produtos que se extraem da natureza, ou que a indústria produz
artificialmente, utilizados como materiais coloridos.
A emulsão contém gema de ovo (sem a película), água
(melhor se for destilada) e vinagre. A proporção varia segundo a forma
de pintar e também as condições climáticas do local em que se realiza e
conserva o ícone.
Ele é espalhado com as mãos sobre o ícone, previamente seco e repousado por bastante tempo.
Nos dias de hoje, muitos iconógrafos deixaram de
aplicar o olifa. Alguns recorrem a receitas à base de cera de abelha com
terebentina, outros à goma-laca, fixadores sintéticos e a diferentes
tipos de verniz, como por exemplo o marítimo, atualmente muito
difundido.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário