quarta-feira, 15 de maio de 2019

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCXVI (616) - (04 de maio de 2019):

Diagnóstico do Brexit


Pessoas da antiga Grã-Bretanha, atenção!
Sem Deus, os escravos de Mamon arrancarão seu coro!


Há meses o Parlamento Britânico, outrora virtualmente o amo do mundo, vem apresentando ao mundo inteiro um espetáculo indigno, de divisão e irresolução. Por que razão a questão de deixar a União Europeia causou tamanha confusão e aborrecimento? Certamente porque quando em 2016 a classe política deu ao povo a oportunidade de votar em um referendo sobre sua política de Nova Ordem Mundial, o povo votou em um número jamais antes visto na Grã-Bretanha, e pegou a classe política completamente de surpresa quando a maioria de 52% rejeitou a sua NOM contra os outros 48%. O voto favorável ao Brexit (a saída da Grã-Bretanha da UE) fez com que essa classe perdesse seu rumo, e desde então ela tem estado atrapalhada, completamente e por tanto tempo enfeitiçada – ou comprada – pela NOM.

Comprada, porque a União Europeia e seu parlamento em Bruxelas representam Mamon, ou a política do dinheiro. Porque toda a ideia por trás da União Europeia era, mediante a prosperidade material, comprar o apoio dos muito diferentes povos europeus para a submersão de suas diferenças nacionais em um único estado europeu internacional, que por sua vez deve ser um componente fundamental do estado único mundial internacional, a Nova Ordem Mundial. Assim, os mestres judaico-maçônicos do dinheiro por trás da NOM assumiram que a política de união poderia ser realizada pela economia de sua moeda única, o euro, e calcularam que os europeus estariam tão apaixonados pela obra materialista dos “banksters [banqueiros gângsteres]”, que não se oporiam à dissolução de suas nações pela imigração descontrolada procedente de fontes não europeias.

Mas “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt IV, 4). De fato, segundo a natureza das coisas, a religião (o homem para seu Deus) é primária, a política (o homem para seus semelhantes) é secundária, e a economia (homem para o dinheiro) é apenas terciária. Portanto, é antinatural que a economia dirija a política; e a natureza pode ser revertida pela Revolução, mas a natureza sempre pode reivindicar-se a si mesma, como no caso da votação do Brexit, que foi diretamente provocada pela admissão antinatural na Grã-Bretanha, pelos políticos, de hordas de estrangeiros inassimiláveis. No entanto, quando a natureza se restabelece, os políticos modernos, materialistas ateus e superficiais, quase sem exceção, são tomados completamente de surpresa, como pelo voto do Brexit. Eles fazem guerra contra a natureza. Como poderiam entendê-la ou dirigi-la?

Mas quem votou em todos esses políticos antinaturais? Quem mais senão os povos (não só da Grã-Bretanha), de acordo com o sacrossanto princípio da democracia? Sacrossanto? Sim, porque a inversão atual da natureza é completa, de modo que assim como a economia moderna é feita para derrubar a política, assim também as políticas modernas são feitas para derrubar a religião, e a democracia se torna uma religião substituta, e a vontade do povo substitui a Deus. Isto significa que o voto do Brexit não foi válido apenas porque foi a vontade do povo britânico, 52 a 48%, mas porque favoreceu o que é natural, a identidade e os vários dons dados por Deus às nações europeias, concebidos por Deus para comporem a sinfonia da Europa, como se alcançou na Idade Média católica. “Busque primeiro o reino de Deus e Sua justiça (religião) e todas essas coisas (políticas) vos serão dadas por acréscimo” (Mt. VI, 33).

Isso significa que os britânicos que votaram pelo Brexit são religiosos? Dificilmente! Em sua maior parte são materialistas ateus prontos para o comunismo da burocracia tirânica de Bruxelas, com uma visão não mais verdadeira que a dos políticos em quem votam habitualmente, e igualmente confusos. Mas o Canal da Mancha dá a eles uma certa distância e uma certa perspectiva em relação ao que acontece na Europa, de modo que quando se realizou a votação do Brexit, alguns antigos instintos naturais entraram em ação, os mesmos pelos quais se tem conservado a aparência – não a substância! – de uma monarquia católica. No entanto, se o povo britânico não é cuidadoso, se ele não “vigia e ora” por seu país, os frutos de seu voto original do Brexit lhes serão roubados pelos “banksters” de uma forma ou de outra. Sem dúvida, eles já estão planejando como contornar aqueles dos quais a imagem que têm é a de “brexistas” estúpidos e atrasados. Deus é supremamente generoso, mas d’Ele não se escarnece, nem a Ele se engana!

Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo.