quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

17 de fevereiro dia de São Flaviano de Constantinopla, Bispo, Mártir, Santo

17/02 Quinta-feira
Festa de Terceira Classe

Paramentos Roxos
São Flaviano, rogai por nós!
Nesta crise que hoje também enfrentamos dentro do seio da Igreja.

Flaviano, sucessor de São Proclo, ocupou a sede patriarcal de Constantinopla durante os três anos de 446-449. Seu governo coincidiu com uma época agitadíssima da Igreja Oriental. Heresias, graves dissensões e lutas intensas perturbavam a paz e tornavam quase insuportáveis a permanência na capital do império grego. Flaviano, envolvido fatalmente nas agitações político-religiosas daquele tempo, com a solidez de suas virtudes, com a firmeza de seu carácter, conservando-se sempre superior e absoluto senhor da situação, apresenta a figura dum grande Patriarca, digno da admiração de todos os tempos. A modéstia, unida à firmeza, à paciência imperturbável nas situações mais críticas, fizeram com que não se esquecesse nunca de sua alta posição e das obrigações a ela ligadas.

Logo após a sua eleição para Patriarca se deu um fato: presságio de lutas vindouras. Segundo o costume daquele tempo, o Patriarca eleito enviara ao Imperador os tais chamados eulógias, isto é, pão bento, símbolo da paz e concórdia. A oferta de Flaviano foi devolvida, com a retificação que só seriam aceitas eulógias de ouro. O Patriarca respondeu: “Ouro e prata não me pertencem”.

Quando a heresia monofisítica do arquimandrita Eutiches começou a ganhar terreno em Constantinopla, Flaviano se lhe opôs, com toda a energia e franqueza apostólica. Principiou com esta campanha a subida para o Calvário do intemerato antístite. Eusébio de Doriléia, com um solene protesto contra a nova doutrina, dera sinal de alarme. Flaviano convocou um Concílio local em Constantinopla (448); que examinou a doutrina eutichiana e a condenou. Contra o autor foi lançada a excomunhão. Tendo na questão o apoio incondicional do grande Papa Leão I, Flaviano não mais hesitou em entrar em luta aberta contra os poderosos amigos de Eutiches. Os que como tais se revelaram, eram o eunuco Crisáfio, favorito e tesoureiro do Imperador Teodósio II e Dioscuro, Bispo de Alexandria; dois formidáveis adversários, cuja política outra mira não visava, a não ser deposição e expulsão do Patriarca. Para alcançar este fim, todos os meios, por mais indignos que fossem, eram lhes aceitáveis. Vendo que o Patriarca não cedia, nem ameaças com o desagrado do Imperador lhe faziam modificar a atitude, trataram de alcançar de Teodósio a autorização para convocar um concílio, com o intuito de, como diziam, restabelecer a paz religiosa. O Concílio, chamado o latrocínio de Éfeso, realizou-se (449), sob a presidência de Dioscuro. Compareceram 135 Bispos. De um sínodo, onde só inimigos tinham representação, que justiça Flaviano podia esperar? De fato o sínodo de Éfeso foi a expressão da paixão, do ódio, do despotismo sem freio contra o Bispo católico.

A primeira humilhação foi à absolvição solene de Eutiches e a reabilitação de sua doutrina condenada. Seguiu-se a vergonha de Bispos subalternos declararem deposto o superior e pronunciarem contra ele a sentença da excomunhão. De nada valeu a apelação de alguns Bispos, que de joelhos suplicaram a Dioscuro que não cometesse tamanha injustiça e retirasse a sentença pronunciada contra Flaviano. A injustiça aí não parou. De oportuno apareceu um bando de gente armada, entre outros, monges fanatizados chefiados pelo afamado Barsumas, que com paus e facas se atiraram aos Bispos católicos, exigindo-lhes debaixo de terríveis ameaças, a assinatura do documento da deposição e condenação de Flaviano. Sem exemplo na história eclesiástica foi o tratamento bárbaro que Flaviano mesmo sofreu, no meio dos inimigos. O próprio Dioscuro (segundo outros Barsumas) pisou-o com os pés e as feridas que recebeu dos outros fanáticos foram tão graves, que morreu três dias depois.

O triunfo dos inimigos teve pouca duração. Dois anos depois se realizou o Concílio ecumênico de Calcedônia, que restabeleceu a honra do grande Patriarca, dando-lhe o título de Mártir glorioso, que morreu em testemunho da fé verdadeira. O Papa Hilário, que, como comissário apostólico, tinha presenciado as cenas horríveis do sínodo de Éfeso, construiu uma Igreja em honra do Bispo Mártir. Nela se vê um quadro artístico que representa o martírio de S. Flaviano.

Defendia São Flaviano o que a Igreja ensina:

A Igreja ensina que há em Jesus Cristo duas naturezas, a Divina e a Humana. A pessoa, porém, é uma só, a de Nosso Senhor Jesus Cristo, Homem-Deus.

A heresia de Nestório, condenada pela Igreja, vê em Jesus Cristo duas pessoas, uma divina e uma humana, uma bem diferente da outra. Eutiches ensinou, contrariamente a fé católica, e ao Nestorianismo que em Jesus Cristo há só uma natureza.

Em nossos dias os denfessores da Fé, como sempre ensinou a Tradição da Santa Igreja Catolica são os dois Grandes Bispos, Monsenhor Marcel Lefebvre e Monsenhor Dom Antônio de Castro Maia.

Intróito/Sal. 17, 5, 6 e 7.
Os gemidos da morte me cercaram, as dores do inferno me cercaram; na minha tribulação invoquei o Senhor, e do seu santo templo ele ouviu a minha voz. Ps. ibd., 2-3.Eu te amarei, Senhor, tu que és minha força; o Senhor é meu forte apoio e meu libertador.V/. Glória Patri.

Coleta
Suplicamos-te, Senhor, ouve com misericórdia as orações do teu povo, para que nós, que com justiça lamentamos os nossos pecados, sejamos misericordiosamente libertos para a glória do teu nome.

Epístola extraída do livro do

I Co 9, 24-27 | I Co 10, 1-5
24. Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. 25.Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível. 26.Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. 27.Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros.

1.(Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar;2.todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar; 3.todos comeram do mesmo alimento espiritual; 4.todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo). 5.Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, pois seus cadáveres cobriram o deserto.

Gradual/Ps. 9, 10-11 e 19-20.
Você é nossa ajuda em tempo de necessidade e aflição. Que aqueles que conhecem o teu nome esperem em ti, pois tu não abandonas aqueles que te buscam, Senhor.
V. Pois os pobres não serão esquecidos para sempre; a paciência dos pobres não perecerá para sempre. Levanta-te, Senhor, que o homem não triunfe.

Trato/.  Sal. 129, 1-4.
Do fundo do abismo clamei a ti, Senhor; Senhor, ouça minha voz.
V /. Que seus ouvidos estejam atentos à voz da minha súplica.V /.Se você examinar nossas iniqüidades, Senhor, quem estará diante de você? V /.Mas contigo está a misericórdia e por causa da tua lei esperei em ti Senhor. 

Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 20, 1-16
Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. 2.Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. 3.Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. 4.Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário. 5.Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo. 6.Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: - Por que estais todo o dia sem fazer nada? 7.Eles responderam: - É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: - Ide vós também para minha vinha. 8.Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: - Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. 9.Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário. 10.Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário. 11.Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: 12.- Os últimos só trabalharam uma hora... e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor. 13.O senhor, porém, observou a um deles: - Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? 14.Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. 15.Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom? 16.Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. (Muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos)

Ofertório/ Sal. 91, 2.
É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo.

Secreta
Tendo aceitado nossas oferendas e nossas orações, purifica-nos graças a estes mistérios celestiais, rogamos-te, Senhor, e concede-nos clemência.

Prefácio à Santíssima Trindade  ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .

Comunhão/Sal. 30, 17-18.
Faz resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e salva-me pela tua misericórdia; Senhor, não me deixes confundir, porque te invoquei(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)

Depois da comunhão.
Que os teus fiéis, ó Deus, sejam fortalecidos pelos teus dons, para que, ao recebê-los, os busquem novamente e, ao buscá-los, os recebam sem fim.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.