Nosso Senhor Jesus Cristo nos
advertiu que em sua segunda vinda a fé haveria quase desaparecido do mundo
(Luc. XVIII, 8); do que se deduz que a partir do triunfo de sua Igreja na Idade
Média, ela só podia conhecer um grande declínio até o fim do mundo. Três
explosões em particular marcaram este declínio: a do protestantismo que
rechaçou a Igreja no século XVI; a do liberalismo que rechaçou Jesus Cristo no
século XVIII; e a do comunismo que rechaçou Deus completamente no Século XX.
Mas o pior de tudo é quando esta Revolução por etapas conseguiu finalmente
penetrar no interior da Igreja com o Vaticano II (1962-1965).
Querendo aproximar a Igreja do mundo
moderno que tanto havia se separado dela, o Papa Paulo VI soube fazer os padres
do Concílio adotarem “os valores de dois séculos de cultura liberal”. Eles
assimilaram notavelmente a liberdade, a igualdade e a fraternidade
Revolucionárias sob a forma respectivamente da liberdade religiosa, que realçando a dignidade humana, eleva o
homem acima de Deus; da colegialidade,
que promovendo a democracia, nivela e subverte toda autoridade da Igreja; e do ecumenismo, que ao louvar as falsas
religiões, vem a negar a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todavia, o mais grave de todo o
século XXI, é talvez esta massa de Católicos, clérigos e leigos, que ainda
seguem mansamente aos destruidores. Com efeito, como é que muitos dos
destruidores não veem o que fazem? Por uma “desorientação diabólica” evocada já
antes do Concílio pela Irmã Lúcia de Fátima.
E como muitos dos leigos ainda não
veem que a autoridade católica não
existe senão que para estabelecer a Verdade católica, e desde que ela a traiu,
perdeu seu direito a ser obedecida? Pela mesma desorientação.
E em que ela consiste exatamente? Na
perda da Verdade, na perda progressiva de todo sentido da existência mesma da
Verdade objetiva, porque quiseram libertar-se da realidade de Deus e de suas
criaturas, para substituí-la pela fantasia dos homens, com o fim de poder fazer
o que lhes dê vontade. Sempre a falsa liberdade.
Mas Deus não abandona sua Igreja, e por isso nos anos 1970 suscitou a Dom Lefebvre para vir em sua ajuda. Este soube reconhecer que os Papas e seus confrades no concílio abandonaram a Tradição da Igreja em nome da modernidade, e, fazendo isso, terminariam por destruir a Igreja. E então, soube constituir no interior da Igreja, como que por um milagre, uma sólida resistência diante da obra de destruição sob a forma de uma Fraternidade Sacerdotal dedicada a São Pio X, Papa perfeitamente perspicaz com respeito à corrupção dos tempos modernos. Não obstante, as autoridades romanas não suportaram que se lhes negasse sua suposta “renovação” conciliar, e eles fizeram tudo para que esta resistência desaparecesse, mas Monsenhor Lefebvre os enfrentou.
Mas Deus não abandona sua Igreja, e por isso nos anos 1970 suscitou a Dom Lefebvre para vir em sua ajuda. Este soube reconhecer que os Papas e seus confrades no concílio abandonaram a Tradição da Igreja em nome da modernidade, e, fazendo isso, terminariam por destruir a Igreja. E então, soube constituir no interior da Igreja, como que por um milagre, uma sólida resistência diante da obra de destruição sob a forma de uma Fraternidade Sacerdotal dedicada a São Pio X, Papa perfeitamente perspicaz com respeito à corrupção dos tempos modernos. Não obstante, as autoridades romanas não suportaram que se lhes negasse sua suposta “renovação” conciliar, e eles fizeram tudo para que esta resistência desaparecesse, mas Monsenhor Lefebvre os enfrentou.
Para assegurar a sobrevivência de sua
obra, de uma importância única para a defesa da Tradição católica, em 1988, Monsenhor
Lefebvre procedeu a consagrar quatro bispos contra a vontade explícita das
autoridades romanas extraviadas, mas implicitamente de acordo com a vontade dos
Papas de toda a história da Igreja, salvo dos últimos quatro, todos ganhados
pelo concílio. Esta decisão heroica de Monsenhor Lefebvre foi logo justificada
amplamente pela decadência ininterrupta das autoridades da Igreja, que não
fizeram mais que conformá-la ao século apodrecido. Destes quatro bispos, o que
falava espanhol devia instalar-se na América do Sul para ocupar-se dos fiéis
que queriam conservar a Fé de sempre em todo este continente antes tão
católico, mas onde não haviam bispos seguros para levá-los ao Céu.
Desgraçadamente, a decadência não cessou desde então, senão que agora é a FSSPX que cai, por sua vez, vítima da putrefação universal. Durante seu Capítulo Geral de 2012, seus chefes, sob o seu superior Geral, a fizeram voltar-se ao Concílio. Em lugar de insistir sobre a primazia da doutrina católica de sempre, da Tradição, eles abriram a porta a um acordo com a Roma oficial, consagrada ao concílio.
Desgraçadamente, a decadência não cessou desde então, senão que agora é a FSSPX que cai, por sua vez, vítima da putrefação universal. Durante seu Capítulo Geral de 2012, seus chefes, sob o seu superior Geral, a fizeram voltar-se ao Concílio. Em lugar de insistir sobre a primazia da doutrina católica de sempre, da Tradição, eles abriram a porta a um acordo com a Roma oficial, consagrada ao concílio.
E portanto, desde 2012, a mesma
desorientação abriu passo no interior da Fraternidade, e, ao menos pelo
momento, já não podemos contar com seus bispos.
É muito triste, mas é normal no
estado atual da Igreja e do mundo. Portanto, de novo é necessário consagrar um
bispo para assegurar a sobrevivência da Fé de sempre, sobretudo em todo um
continente de almas que necessitam um verdadeiro pastor para salvar-se para a
eternidade.
Que Deus esteja com ele! Rogamos a Santíssima Virgem para que Ela o guarde debaixo de seu manto, fiel até a morte.
Que Deus esteja com ele! Rogamos a Santíssima Virgem para que Ela o guarde debaixo de seu manto, fiel até a morte.
Dom Tomás de Aquino
Dom Jean-Michael Faure
Dom Richard Williamson
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.