quarta-feira, 27 de julho de 2022

27 dia de São Pantaleão, Mártir

27/07 Quarta-feira
Festa de Quarta Classe 
Paramentos Verdes


Viveu entre os séculos III e IV, durante o período de grande perseguição contra os cristãos realizada pelos romanos. Seus pais se chamavam Eustóquio e Êubola, e foi a sua mãe que o inseriu na fé cristã por meio da catequese. Com a morte de sua mãe, seu pai estimulou seu filho para se dedicar aos estudos, o fruto deste ato foi à construção de um orador, filósofo e médico. Assim foi Pantalenta, nome que significa em tudo como um leão. Quando a perseguição explodiu em Nicomédia, realizada pelo governador Maximiano, no tempo do Imperador Diocleciano, Pantalenta conheceu Hermelaus, sacerdote, que o instruiu para ser um médico caridoso, e meio a isto, mostrou Jesus como o Médico dos médicos, assim como, apresentou São Lucas, o Evangelista que motivado por São Paulo, Apóstolo, tornou-se, por assim dizer, o primeiro médico cristão.Como não conhecia outros médicos cristãos, e conhecedor do testemunho e da fama de São Lucas, o Evangelista Médico, Pantaleão sentiu-se tocado em ser, pelo que se pode perceber o segundo médico cristão da história. Meio a dúvida entre o poder de Jesus Cristo, o Grande Médico e a medicina que este conheceu com seus estudos, Pantaleão se deparou, em uma das suas consultas, com uma criança mordida por uma cobra venenosa. Vendo incapaz de dar continuidade ao tratamento, ele lembrou-se das palavras de Hermelaus. Nisto veio a orar, dirigindo-se para a criança, dizendo: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te! E tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizestes!”. Meio a expressão, afirma a Tradição, que a criança levantou-se e a víbora, levada ao médico, morreu diante do santo. Com isto, Pantaleão decide verdadeiramente abraçar o cristianismo, vindo a pedir o batismo para Hermelaus, e aceitou ser chamado de Pantaleão, que quer dizer cheio de misericórdia. Ao se batizar, converteu o seu pai, que era médico e não era batizado. Juntos, começaram a fazer obras de caridade pela cidade. Não cobrava o tratamento, e fazia de sua casa um consultório, além de visitar pessoalmente, os enfermos que a ele eram encaminhados. A sua forma de atuar como médico, o tornou conhecido na região. Tamanho foi o seu conhecimento, que o governador Maximiano o contratou como sendo o seu médico pessoal. Para o imperador, todos os médicos não eram cristãos, eles apenas exerciam suas funções a fim de garantirem o seu sustento (o que de fato era evidenciado naquela época, contudo, pelo que se vê na história, Pantaleão era verdadeiramente, um médico e não um interesseiro e egoísta). O imperador não sabia que Pantaleão era cristão. Todavia, lidando com a inveja de outros médicos de sua época, estes denunciam o santo ao imperador, e meio a isto, o líder manda prendê-lo. Na prisão é torturado, e depois, deixado entre leões que não o atacam. No dia seguinte, em praça pública, tentam afogá-lo, mas não conseguem; depois, o colocam em uma fogueira, mas as chamam não o queimam. Diante destes feitos, o amarram a uma árvore e o degolam, e esquartejando-o em seguida. Assim veio o santo, conhecer o martírio. Isto aconteceu por volta do ano 305. Com o ato cruel que fizeram, os moradores da localidade, recolheram o seu sangue e guardaram e frascos, distribuindo-os por todo o império. Historicamente, ele teve sua devoção divulgada entre os cristãos que se dedicaram as ciências da saúde e biológicas, sendo reconhecido como Padroeiro dos Biólogos e Biomédicos. Esta mesma devoção foi difundida de forma significativa na Europa, no tempo da epidemia da Peste Negra (1393-1396), onde, junto com outros 13 santos são considerados como Santo Auxiliar, ganhando assim, o reconhecimento da Igreja. Todavia, os créditos dado a este santo não está pelo fato de ser um dos santos auxiliares, mas que, por volta do século XVII os fracos com seu sangue chegou às mãos dos líderes da Igreja. Hoje, as relíquias se encontram na Igreja de São Severino, em Roma, Itália; e no Mosteiro da Encarnação, em Madrid, sendo neste mosteiro, guardadas pelas freiras Agostinianas, na Capela as Relíquias. E o que acontece com este foi causa de estudo no ano de 1718: a liquefação do sangue do santo martirizado. Este mesmo fenômeno também acontece com o de São Januário, contemporâneo de São Pantaleão. Todavia, o dia em que o de São Januário se liquefaz é aos 19 de Setembro, já o de São Pantaleão, 27 de Julho. E o que chama atenção é o fato de ocorrer nos dois locais onde o sangue do Mártir se encontra. No caso, na Espanha e na Itália. Diante do fato, o Arcebispo de Compostela, Dom Miguel Herrero Esqueva, nomeou uma comissão científica para estudar o caso. O resultado do estudo é publicado no ano de 1724, onde os pesquisadores da época consideraram como autêntico a liquefação do sangue de São Pantaleão.


Associação com fatos históricos revela alguns mistérios os quais são compreendidos de forma mais ampla com os olhos da fé. Como destaque, relatos enfatizam que o sangue de São Pantaleão ficou liquefeito não somente durante o dia 27 de julho, mas por todo o período em que se deu a Guerra Espanhola (1936-1939), onde os comunistas incendiaram Igrejas e Conventos, e assassinaram vários sacerdotes e religiosos no país. Nesta mesma Guerra, os soldados católicos lutavam gritando, segundo relatos: “Viva Cristo Rei”. Os comunistas perderam a Guerra. Outro relato do mesmo sangue, no século XX, é o fato de que durante a Primeira (1914-1918) e Segunda (1939-1945) Guerras Mundiais, o sangue permaneceu liquefeito. Outro dado ainda interessante, é que no ano de 1939, o sangue se solidificou aos 1º de abril, dia em que se oficializou o fim da Guerra Espanhola, e no dia 1º de setembro permaneceu liquefeito até o fim da Segunda Guerra Mundial. No ano de 1979 o sangue voltou a ficar liquefeito, vindo a perdurar durante os anos seguintes da década de 1980. Desde 1989, anualmente, aos 27 de julho, o sangue de São Pantaleão se liquefaz. São estes alguns fenômenos que nos ajudam a analisar mais a ação de Deus na história.

Por fim, por trás de todos estes, estão as honras a este santo, cujo testemunho é considerado. De forma bem específica, por sua vez, o que acontece ainda hoje, por volta desta data, 27 de julho, é mais um fato de que os santos são os Profetas de Deus. Nisto, cabe ao mesmo, a colocação da magna máxima da história: “quando se cala a voz de um profeta, as pedras falarão”.

Intróito/ Sal. 46, 2.
Nações, batam palmas; celebre a Deus com gritos de alegria.
Ps. ibid., 3.Pois o Senhor é altíssimo e terrível, rei supremo sobre toda a terra.
V/. Glória Patri.

Coleta
Deus, a vossa providência nunca se engana no que dispõe: nós vos rogamos suplicando; afasta de nós tudo o que seria prejudicial para nós e concede-nos tudo o que deve ser vantajoso para nós.

Leitura da Epístola dos 

Romanos 6,19-23                                                                                                                      
19.Vou-me servir de linguagem corrente entre os homens, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois, como pusestes os vossos membros a serviço da impureza e do mal para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros a serviço da justiça para chegar à santidade.20.Quando éreis escravos do pecado, éreis livres a respeito da justiça.21.Que frutos produzíeis então? Frutos dos quais agora vos envergonham. O fim deles é a morte.22.Mas agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade; e o termo é a vida eterna.23.Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Gradual. Pr. 33, 12 e 6.Veníte, fílii, audite me: timórem Dómini docébo vos.Vinde, meus filhos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor.
V/. Accedite ad eum, et illuminámini: et fácies vestræ non confundéntur.Aproxime-se Dele e tu será iluminado e a confusão não cobrirá seus rostos.
Aleluia, aleluia. V/. Sal. 46, 2. Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo in voce exsultatiónis. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. Sal. 46, 2. Nações, todos batam palmas, celebrem a Deus com seus gritos de alegria. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 7,15-21                                                                                                            
15.Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.16.Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?17.Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos.18.Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.19.Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.20.Pelos seus frutos os conhecereis.21.Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

Ofertório/Dan. 3,40.
Como holocausto de carneiros e novilhos, ou milhares de cordeiros gordos, assim se apresente hoje diante de ti o nosso sacrifício e te seja agradável, porque os que em ti confiam não serão confundidos, Senhor.

Secreta
Deus, Tu sancionou os vários sacrifícios oferecidos sob a lei pela perfeição de um único sacrifício: receba este sacrifício que seus servos devotos apresentam a Ti e santifique-o por meio de uma bênção semelhante à que os homens de Deus obtiveram.' Abel; para que o que cada um de nós ofereceu em honra de sua majestade, possa beneficiar a todos para a salvação.

Praefatio de sanctissima Trinitate; non vero in feriis, quando adhibetur Missa huius dominicæ, sed tunc dicitur praefatio communis. Prefácio à Santíssima Trindade  ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .

Comunhão/Sal. 30, 3.
Incline seu ouvido para mim; apressa-te a livrar-me.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Que sua ação de cura, ó Senhor, gentilmente nos livre das más tendências e nos conduza ao que é bom e certo

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário