quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Catecismo Anticomunista

Rússia espairaria seus ensinamentos comunistas pelo Mundo(Fatima).
XIII. A IGREJA E OS OPERARIOS
66 Que tem feito a Igreja pelos pobres e operários?
A Igreja, ao longo da Historia, aboliu a escravatura, defendeu os fracos e pobres, ensinou os ricos e poderosos a amparar os humildes, difundiu a justiça e a caridade. Organizou os trabalhadores em grandes sociedades chamadas corporações, que cuidavam de sua formação técnica, de sua prosperidade material, do bem espiritual deles e de sua família, lhes davam assistência na doença e cuidavam dos seus filhos em caso de morte. Estas associações sofreram um golpe de morte com a Revolução Francesa, mas duraram em muitos países até as agitações do ano de 1848; na Alemanha elas ainda existem.
67 Depois de 1848 a Igreja não fez mais fada pelos operários?
O individualismo introduzido pela Revolução Francesa destruiu as corporações católicas e deixou os operários entregues à própria sorte. Então a Igreja empreendeu um grande trabalho em favor deles, simultaneamente em três pontos.
68 Qual foi a primeira frente que a Igreja atacou?
A Igreja Católica procurou, de início, principalmente minorar a miséria das pessoas. Para este fim multiplicou as Santas Casas, os orfanatos, asilos para velhos, Oratórios festivos, creches, e obras de assistência social. Assim é que, para dar um exemplo, no Estado de São Paulo, atualmente, de cada cem instituições de caridade ou de assistência, oitenta são mantidas pela Igreja Católica. Os comunistas não mantêm nenhuma. As vinte restantes pertencem a outras igrejas, às organizações leigas e ao Poder público. Nos outros Estados do Brasil, a proporção de obras mantidas pela Igreja é ainda maior. E note-se que as instituições de caridade e assistência mantidas e dirigidas pela Igreja funcionam admiravelmente. Basta ver um hospital dirigido por Religiosas.
69 Qual foi a segunda frente que a Igreja atacou?
Enquanto fundava e organizava instituições de caridade e de assistência, a Igreja lutava para corrigir os defeitos da sociedade que geravam tanta miséria. Desde o Papa Pio IX, e principalmente no pontificado de Leão XIII, Ela insistiu com os ricos, os patrões, o Estado e os trabalhadores para que se lembrassem da ordem social que Deus quer e Jesus Cristo fundou, e se aplicassem a melhorar as condições de vida do operário. Os Papas ensinaram que o trabalho não é mercadoria, e que o homem que trabalha tem direito a um salário nas seguintes condições:
a) que lhe permita viver com dignidade; b) que dê para criar e educar os filhos; c) que possibilite ao trabalhador diligente e econômico formar um pecúlio que melhore a sua situação e lhe garanta o futuro.
70 Os ensinamentos dos Papas tiveram resultado?
Os ensinamentos dos Papas já modificaram completamente, em muitos países, a mentalidade dos patrões e dos operários, e melhoraram felizmente as condições destes últimos. Mas a Igreja continua a insistir, e o atual Pontífice, Sua Santidade o Papa João XXIII, publicou há pouco a Encíclica “Mater et Magistra”, em que ensina mais uma vez como os patrões devem tratar os trabalhadores, para que haja justiça, caridade e paz.
71 Qual foi a terceira frente em que a Igreja empreendeu o grande trabalho em favor dos operários?
A Igreja, enquanto atendia as misérias mais gritantes e imediatas, e ensinava aos patrões e operários como devia ser as suas relações de acordo com a justiça e a caridade, promovia a organização destes e daqueles em associações, que se chamam corporações, círculos operários,
etc. Estas organizações formam nos vários países grandes confederações, como na França a Confederação dos Trabalhadores Cristãos, na Itália a Associação Católica dos Trabalhadores Italianos, no Brasil a Confederação dos Círculos Operários, etc.
72 Em que mais os Papas insistiram?
Os Papas insistiram em que os operários se unam, para juntos defenderem os seus direitos, respeitando, porém, os direitos dos patrões. Os Papas aconselham a estes que, na medida do possível, melhorem o salário e as condições dos trabalhadores, dando-lhes mais do que o estritamente justo.
73 Quais os Papas que mais se salientaram , na ação em favor dos direitos do operário, e da justiça e harmonia entre as classes sociais?
Todos os Papas se têm desvelado pela melhora da dura situação que começou para os operários com a Revolução Francesa. De um modo especial devem-se mencionar os seguintes Pontífices: Leão XIII, autor da Encíclica “Rerum Novarum”; Pio XI, autor da Encíclica “Quadragesimo Anno”; João XXIII, autor da Encíclica “Mater et Magistra”.
74 Que Papas se salientaram na luta contra o comunismo?
Todos os Papas, de Pio IX a João XXIII, tem condenado o comunismo. A Encíclica “Divini Redemptoris” de Pio XI trata especialmente do assunto, com grande, clareza e vigor. Durante o pontificado de Pio XII, a Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício fulminou com a pena de excomunhão quem pertence ao Partido Comunista ou colabora com ele.
75 Quais as conseqüências práticas desta excomunhão?
Os membros do Partido Comunista e os que com ele colaboram não podem receber os Sacramentos nem ser padrinhos de batismo, confirmação e casamento, ficam privados de enterro religioso e sepultura eclesiástica, e não se pode celebrar em público: missa em sufrágio de suas almas.
76 Os comunistas têm direito de divulgar suas doutrinas, de viva voz, ou pela imprensa, rádio e outros meios de propaganda?

Não. Segundo a doutrina católica o erro não tem direito de ser difundido. Cumpre ao Poder Público proibir-lhe a propaganda.


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REZEM TODOS OS DIAS O SANTO ROSÁRIO,façam penitência.

Em reparação pelos  que não Consagraram a Rússia ao Imaculado Coração de Maria pela Conversão dos pobres pecadores.

sábado, 25 de outubro de 2014

Nossa Senhora no Sábado.

 
 
No primeiro Sábado do Mês meditar 15 mistérios do Rosário com Nossa Senhora pediu em Fátima.

Leitura da Epístola dos 

Eclesiástico 24,14-16
14 Desde o início, antes de todos os séculos, ele me criou, e não deixarei de existir até o fim dos séculos; e exerci as minhas funções diante dele na casa santa. 15 Assim fui firmada em Sião; repousei na cidade santa, e em Jerusalém está a sede do meu poder. 16 Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus; e fixei minha morada na assembléia dos santos.

Sequência do Santo Evangelho

São Lucas 11,27-28
27 Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! 28 Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam! 

REZEM TODOS OS DIAS O SANTO ROSÁRIO 
pelo Triunfo da Verdade Católica sobre o erros modernistas.

 PARA O TRIUNFO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA.

Pela Consagração da Rússia Imaculado Coração de Maria.

25 de outubro dia de São Crisanto e Santa Daria, Mártires



 São Crisanto veio de Alexandria , filho de um nobre e  ilustre senador patrício chamado Polemius ou Poleon, sob o imperador Numeriano .Santos Crisanto e Daria (e, com eles, Claudia, Hilária, Jason e Mauro) foram martirizados em Roma, no ano de 283.Teve uma brilhante educação e aprendeu a amar as letras desde sua juventude. Adquiriu o Evangelho e as Epístolas e as leu com muito interesse. Maravilhava-se com as mensagens profundas do Evangelho, porém não entendia muitas coisas. A Providência Divina fez com que Crisanto conhecesse um sacerdote Carpóforo que lhe explicou detalhadamente a fé cristã. Aprofundando-se nos estudos do Evangelho e se sentindo iluminado com as verdades cristãs, Crisanto deixou os equívocos pagãos de sua família e foi batizado. Desejando converter outros pagãos à fé cristã, começou destemidamente a pregar o Evangelho. Quando seu pai, pagão, soube do batismo de seu filho, pretendendo afastá-lo do cristianismo, colocou-o num cárcere, deixando que passasse frio e fome neta  masmorra, vendo que tais meios falhou tentou dissuadi-lo pela volúpia, levando mulheres para sua cela, no entanto, teimosamente Crisanto na castidade; estas provações fortaleceram ainda mais a sua fé. Então seu pai o libertou e casou-o com Daria, uma sacerdotisa da deusa Vesta a bela virgem, esperando que ela pudesse persuadi-lo a voltar ao paganismo, ao contrário, Crisanto foi quem a converteu à fé cristã, e ela também foi batizada mas sob o acordo prévio feito com ela manteve casta em seu casamento, que concedeu liberdade de Crisanto e a possibilidade de continuar a espalhar a fé é cristã. Quando faleceu o pai de Crisanto, a casa do jovem casal tornou-se um lugar de refúgio e abrigo aos cristãos. Mais tarde, Crisanto e Daria foram denunciados ao magistrado romano Claudio como seguidores do cristianismo.  Testemunhando como suportavam os cruéis suplícios, e os milagres que operavam, Claudio também converteu-se ao cristianismo com sua esposa Hilária e seus filhos Jason e Mauro. Por ordem do imperador, Claudio foi afogado com uma pedra atada ao pescoço e os filhos foram decapitados. A mãe, Hilária, viu suas tumbas antes de ser martirizada. Crisanto e Daria, depois de sofrerem horríveis suplícios, foram enterrados vivos. Mais tarde os cristãos de Roma reuniram-se em uma caverna próxima ao lugar do martírio para homenageá-los; os pagãos, ao saberem disso, obstruíram a entrada da caverna e todos os que estavam lá dentro morreram de fome. Dentre os que morreram nomeiam-se o presbítero Deodoro e o diácono Mariano.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Catecismo Anticomunista

Russia espararia seus ensinamentos comunistas pelo Mundo(Fatima). 

X. O PAPEL DE SATANÁS
58 Quem inventou este regime?
Quem inventou este regime foi Satanás, que sabe que o melhor meio de levar os homens à perdição eterna e fazê-los rebelarem-se contra a ordem constituída por Deus.
59 Como que Satanás consegue adeptos para este regime?
Prometendo aos homens o paraíso na terra se eles renunciarem a Deus e ao Céu,Satanás consegue enganá-los como o fez a nossos primeiros pais, e o resultado é o inferno naterra e na eternidade.
XI. A VIOLÊNCIA E A LIBERDADE
60 Como se implanta o regime comunista?
O regime comunista é implantado, em geral, pela violência. Os comunistas procuram chegar ao poder de qualquer modo: por eleições, por pressão de tropas estrangeiras, por golpes armados. Uma vez no poder, destroem toda oposição, e implantam a ditadura, em nome do proletariado.
61 Então são os operários que passam a mandar?
Não. Os operários não mandam. Eles passam a situação de escravos, trabalham onde o governo os manda trabalhar, não podem se afastar dali; recebem o salário que o governo quer e, se reclamam, podem até ser fuzilados.
62 O comunismo admite direito, à greve?
Nos países que quer dominar, o comunismo exige que a lei estabeleça o direito de greve; e organiza paredes para desmantelar a economia nacional. Mas, uma vez dominado o país, não tolera a greve em nenhuma hipótese, e sujeita o operário à mais tirânica escravidão
63 É somente pela violência que o comunismo é implantado?
Em geral o comunismo é implantado pela violência; mas ele é preparado por muitas atitudes dos cristãos.
XII. O MATERIALISMO DO OCIDENTE PREPARA O CAMINHO DO COMUNISMO
64 Que atitudes dos cristãos preparam a vitória do comunismo?
Como o comunismo nasce do materialismo, da sensualidade e do orgulho, o materialismo prático dos cristãos que vivem como se não houvesse a eternidade cria o caldo de cultura em que o bacilo comunista prolifera.
65 Dê alguns exemplos destes materialistas práticos.
Posso dar os seguintes exemplos: quem só se preocupa com ganhar dinheiro; quem procura gozar dos prazeres da vida, embora lícitos, sem se interessar pela prática da oração e da penitência; quem se entrega ao jogo; quem freqüenta lugares suspeitos; quem se veste com sensualidade, sem modéstia; quem dança as danças modernas; quem lê revistas obscenas ou sensuais; os freqüentadores do cinema e da televisão imorais; quem se desinteressa pela graça santificante, pecando como se não houvesse pecado.

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REZEM TODOS OS DIAS O SANTO ROSÁRIO,façam penitência.
Em reparação pelos  que não Consagraram a Rússia ao Imaculado Coração de Maria pela Conversão dos pobres pecadores.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A missa do Papa Paulo VI obra de Deus?

A missa de Lutero obra de satanás: 
http://missabh.files.wordpress.com/2010/07/domingo.jpg
Vamos expor ação de lutero sobre a missa de Paulo VI

O Ordinário da missa deve ser revisto, de modo que se manifeste mais claramente a estrutura de cada uma das suas partes bem como a sua mútua conexão, para facilitar uma participação piedosa e activa dos fiéis. Que os ritos se simplifiquem, bem respeitados na sua estrutura essencial; sejam omitidos todos os que, com o andar do tempo, se duplicaram ou menos ùtilmente se acrescentaram; restaurem-se, porém, se parecer oportuno ou necessário e segundo a antiga tradição dos Santos Padres, alguns que desapareceram com o tempo.
Constitution on the Sacred Liturgy Sacrosanctum Concilium Vatican.va (1963-12-04)

Ccomparem a mesma lingagem de lutero foi dito neste anti-documento.

Introdução

 Logo de início, vejamos a nomenclatura usada para a adoração pública conforme o reformador. Em suas palavras, Lutero escreve ao seu amigo e colega de ministério Nicolau Hausmann, pastor da Igreja de Zwickau: Por isso, amado Nicolau, conforme pediste tantas vezes, queremos tratar de uma forma evangélica de celebrar a missa (como dizem) e de comungar (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - Vol. 7, p. 156).
 Lutero manteve o termo "missa" destacando o aspecto espiritual do culto público que, para ele, se dava na comunhão dos santos com o seu Deus por meio da pessoa e obra redentora de Cristo. Lutero, de imediato, aboliu da "missa" todos os ritos, símbolos, objetos, cantos, preces e rezas que fizessem alguma alusão direta ou indireta a missa como meio propiciatório, ou seja, por causa da ministração dos sacramentos a Santa Missa Católica tinha o efeito salvífico nos fieis. Era o que Lutero e os anti cristãos de sua época diziam ser a missa sacrificial.Ele mesmo disse:

"Por isso, confessamos em primeiro lugar que nem jamais foi nossa intenção abolir totalmente todo o culto a Deus, mas apenas purificar novamente esse que está em uso, mas que está viciado pelos piores acréscimos, e mostrar o uso evangélico. Pois, não podemos negar que a missa e a comunhão no pão e no vinho é um rito divinamente instituído por Cristo e que foi observado, primeiramente no tempo de Cristo e depois no tempo dos apóstolos, da forma mais simples e evangélica, sem qualquer acréscimo. No Entanto, no decorrer do tempo, foi ampliado por tantas invenções humana que, em nossos dias, além do nome da missa e da comunhão nada restou (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - vol. 7, p. 157)."
 
Neste aspecto, veja que Martinho Lutero estabeleceu o que podemos entender e como ele mesmo denominou a "missa" evangélica. 

Todo cuidado é pouco quando julgamos os fatos que procederam a reforma com Lutero. De fato, o termo "missa" foi desvinculado pelos reformados especialmente João Calvino por uma questão muito simples e forte; a expressão missa está carregada e impregnada com os princípios e a tradição dogmática dos romanistas. Contudo, Lutero repudiou com todas as forças o conceito sacrificial e intercessório do clero como sendo o culto a Deus.

E
m suas palavras, ele condenou a missa romanista chamando-a de esfarrapado e abominável cânone de missa, coletado das fossas e cloacas do mundo inteiro. Ainda, nos mesmos escritos a Nicolau chama o clero da igreja romana de celibatários ricos, ociosos, poderosos, voluptuosos e imundos, como derradeira devastação (Martinho Lutero, Obras Selecionadas - vol. 7, p. 158)Concluo que mesmo sendo estas mudanças litúrgicas do culto mais lenta e menos agressiva, ainda sim, seria natural que Lutero desejasse a purificação da Igreja em vez de dividi-la.

Vejam como disse sempre a Santa Igreja pela : 

Conferência de Dom Marcel Lefebvre.

Esta noite, falarei da Missa de Lutero e da Missa do novo rito. Por que essa comparação entre a Nova Missa e a Missa de Lutero? Porque a história o diz; a história objetiva não é criação minha. (Sua Excia. mostra então um livro sobre Lutero, publicado em 1911, “Do Luteranismo Ao Protestantismo” de Léon Cristiani). Ele fala sobre a reforma litúrgica de Lutero. Trata-se de um livro escrito em um tempo, em que o autor nem conhecia nossa crise, nem o novo rito; portanto não foi escrito com segundas intenções.
Síntese dos princípios fundamentais da Missa

Primeiramente desejo fazer uma síntese dos princípios fundamentais da Missa, para trazer à nossa memória a beleza, a profunda grandeza espiritual de nossa Missa, o lugar que nossa Missa ocupa na Santa Igreja. Que coisa mais bela Nosso Senhor legou à humanidade, que coisa mais preciosa, mais santa concedeu à Sua Santa Igreja, à Igreja sua Esposa, no Calvário, quando morria na Cruz? Foi o Sacrifício de si mesmo.

O Sacrifício de si mesmo. Sua própria Pessoa, que continua seu Sacrifício. Ele o deu à Igreja, quando morreu na Cruz. A partir desse momento, esse Sacrifício estava destinado a continuar, a perseverar através dos séculos, como Ele o havia instituído, juntamente com o Sacerdócio.

Quando na Santa Ceia, Jesus instituiu o Sacerdócio, Ele o instituiu para o Sacrifício, o Sacrifício da Cruz, porque esse Sacrifício é a fonte de todos os méritos, de todas as graças, de todos os Sacramentos; a fonte de toda a riqueza da Igreja. Isso devemos recordar, ter sempre presente essa realidade, divina realidade.

Portanto, é o Sacrifício da Cruz que se renova sobre nossos altares, e o Sacerdócio está em relação com ele, em relação essencial com esse Sacrifício. Não se compreende o Sacerdócio sem o Sacrifício, porque o Sacerdócio foi feito para o Sacrifício. Poder-se-ia dizer também: é a Encarnação de Jesus Cristo, séculos a fora: “usque ad finem temporum” (1) , o Sacrifício da Missa será oferecido.

Se Jesus Cristo quis esse Sacrifício, quis também ser nele a vítima, uma vez que é o Sacrifício da Cruz que continua, Ele quis que a vítima fosse sempre a mesma, quis ser Ele próprio a vítima. Para ser a vítima, Ele tem que estar presente, verdadeiramente presente nos nossos altares. Se Ele não estiver presente, se não houver a Presença Real nos nossos altares, não haverá vítima, não haverá Sacerdócio. Tudo está ligado: Sacerdócio, Sacrifício, Vítima, Presença Real, portanto transubstanciação.

Aí está “o coração” do tesouro – o maior, o mais rico – que Nosso Senhor concedeu à Sua Esposa, a Igreja e a toda a humanidade. Assim podemos compreender que, quando Lutero quis transformar, mudar esses princípios, começou por combater o Sacerdócio; como o fazem os modernistas. Pois Lutero bem sabia que se o Sacerdócio desaparecesse, não mais haveria Sacrifício, não mais haveria Vítima, não haveria mais nada na Igreja, não mais haveria a fonte das graças.
Como procedeu Lutero para dizer que não haveria mais Sacerdócio?

Como procedeu Lutero para dizer que não haveria mais Sacerdócio? Dizendo: “Não existe diferença entre padres e leigos. O Sacerdócio é universal”. Tais eram as idéias que ele propagava. Ele dizia que há três muros de defesa cercando a Igreja. O primeiro muro é essa diferença entre padres e leigos. (Sua Excia. Então lê): “A descoberta de que o Papa, os bispos, os padres, os religiosos compõem o Estado Eclesiástico, ao passo que os príncipes, os senhores, os artesãos, os camponeses formam o estado secular, é pura invenção, uma mentira”. Essa diferença entre padres e leigos é então uma invenção, uma mentira. Eis o que diz Lutero: “Na realidade, todos os cristãos pertencem ao estado eclesiástico”. Não há diferença, a não ser a diferença de funções, de serviço. Todos têm o Sacerdócio a partir do Batismo; têm-no em razão do caráter batismal, todos os cristãos são padres e os padres não têm um caráter especial, não há um sacramento especial para os padres, mas seu caráter sacerdotal lhes vem do caráter do Batismo. Assim também se explica esta laicização dos padres; eles não querem mais ter uma veste particular, não querem mais se distinguir dos fiéis, porque todos são padres; e são os fiéis que devem escolher os padres, eleger os seus padres.

Tais foram os princípios de Lutero, que prossegue: “Se um Papa ou um Bispo confere a unção, faz tonsuras, ordena, consagra ou dá uma veste diferente aos leigos ou aos padres, está criando enganadores”. Todos são consagrados padres, a partir do Batismo. Os progressistas do nosso tempo não descobriram novidades.

Há um novo livro sobre os Sacramentos, aparecido em janeiro deste ano em Paris, sob a autoridade do Arcebispo, o Cardeal Marty. Saiu há pouco. Seus autores descobriram oito sacramentos, não mais sete, porque o oitavo sacramento é a profissão religiosa. Eles dizem claramente, nesse livro, que todos os fiéis são padres e que o caráter sacerdotal vem do caráter do Batismo. Os autores, por certo, devem ter lido Lutero, transformado para eles em Padre da Igreja.
Lutero não acreditou mais na Transubstanciação, nem no Sacrifício

Lutero deu também outro passo à frente, após a supressão do Sacerdócio. Ele não acreditou mais na Transubstanciação, nem no Sacrifício. E disse claramente que a Missa não é um Sacrifício. A Missa é uma Comunhão. Podemos então chamar a Missa de Comunhão, Ceia, Eucaristia, tudo, menos Sacrifício. Não há, portanto, Vítima, nem Presença Real, mas apenas uma presença espiritual, uma recordação ou comunhão. Foi por isso que Lutero sempre combateu as Missas privadas; foi uma das primeiras coisas feitas por ele, porque uma Missa privada não é uma Comunhão. É preciso que os fiéis comunguem. A Missa privada, então, não está conforme a verdade, é preciso suprimir todas as Missas privadas.

Ele chamava a Eucaristia de “Sacramento do Pão”. A Eucaristia, (dizia ele), tornou-se uma lamentável maldade. Essa “maldade” da Missa provém de terem feito dela um Sacrifício. Somos forçados a constatar que não se fala mais de Sacrifício da Missa nos boletins diocesanos ou paroquiais, mas de Eucaristia, de Comunhão, de Ceia. Que singular semelhança com as teses de Lutero!
Lutero faz ainda uma distinção entre os fins do Sacrifício da Missa

Além disso, Lutero faz ainda uma distinção entre os fins do Sacrifício da Missa. Ele diz que um dos fins do Sacrifício da Missa é render graças a Deus. A Eucaristia é um sacrificium laudis, mas não um sacrificium expiationis, não um Sacrifício de expiação, mas de louvor, de eucaristia. Por isso é que se certos protestantes ainda falam de Sacrifício, nunca o é no sentido de sacrifício expiatório, que remite os pecados. No entanto se trata de um dos principais fins do Sacrifício da Missa, a remissão dos pecados.

Por isso é que os protestantes modernos aceitam o novo rito da Missa, porque, dizem eles, (isso saiu publicado em uma revista da Diocese de Estrasburgo, noticiando uma reunião de protestantes da Confissão de Augsburgo), agora, com o novo rito, é possível rezar com os católicos. (L’Eglise en Alsace de 8-12-1973 e 1-1-1974). “De fato, com as atuais formas de celebração eucarística da Igreja Católica, e com as presentes convergências teológicas, muitos obstáculos que podiam impedir que um protestante participasse da celebração eucarística estão desaparecendo e agora vai se tornando possível reconhecer na celebração eucarística católica, a Ceia instituída pelo Senhor. Temos à disposição novas orações eucarísticas, que têm a vantagem de apresentar variações à Teologia do Sacrifício”. Isso é evidente! Há duas semanas atrás, estando eu na Inglaterra, soube que um bispo anglicano adotou, ultimamente, o novo rito católico para toda a sua diocese. E declarou: “Este novo rito é muito conforme com as nossas idéias protestantes.” É pois evidente que para os protestantes, não há mais dificuldades para admitir o novo rito. Por que eles não tomam o antigo rito? Foi o que o Senhor Salleron perguntou aos padres de Taizé: “Por que dizeis que hoje podeis admitir este novo rito e não o antigo?”

Portanto há uma diferença entre o novo e o antigo e esta diferença é essencial; não é uma diferença acidental, porque eles não aceitam usar o antigo rito, com todas as orações dotadas de precisão e que esclarecem realmente a finalidade do Sacrifício: propiciatório, expiatório, eucarístico e latrêutico. Esta é a finalidade do Sacrifício da Missa católica que, claro no antigo rito, não o é mais no novo rito, porque não há mais Ofertório. E é também por isso que Lutero não quis Ofertório no rito dele.
Como Lutero inaugurou sua nova Missa

Vejamos como Lutero inaugurou sua nova Missa, sua reforma. A primeira missa evangélica foi levada a efeito na noite de 24 para 25 de dezembro de 1521. Nessa primeira missa evangélica, depois da pregação sobre a Eucaristia, eles falaram sobre a Comunhão sob as duas espécies como obrigatória e sobre a Confissão como inútil, bastando a fé. A seguir, Karlstadt, seu discípulo, apresentou-se no altar, com vestes seculares, recitou o Confiteor, começou a Missa como era antes, mas somente até o Evangelho; o Ofertório e a Elevação foram supressos (pág.282), o que quer dizer que tudo o que significava idéia de Sacrifício foi retirado. Após a Consagração veio a Comunhão e muitos assistentes haviam bebido e comido, e até, tomado aguardente, antes de comungar; comungaram sob as duas espécies e o pão consagrado, (dado) nas mãos. Uma das hóstias escapole e cai em cima da roupa de um assistente. Um padre a recolhe. Uma outra cai no chão e Karlstadt diz aos leigos para apanhá-la; e como eles se recusam, por respeito ou temor, ele declara: “Que ela permaneça onde está, pouco importa, contanto que não se pise em cima”. Pouco depois ele próprio a apanhou (pág.282). Muitos leigos, inúmeras pessoas estavam contentes com a novidade e eram muitos os que vinham assistir a essa nova Missa evangélica, porque uma parte era dita em língua alemã, e eles diziam que compreendiam melhor. Então os mosteiros começaram a se esvaziar. Lutero tinha declarado: “Eu conservarei o meu hábito, meu modo de me apresentar como monge”, mas muitos monges saíram; alguns ficaram nos mosteiros, mas a maioria se casou. Reinava grande anarquia entre os padres. Cada um celebrava sua missa como queria. O Conselho não sabia mais o que fazer (pág.285), tomando então a resolução de fixar uma nova liturgia, de não mais deixar a liberdade e de por um pouco de ordem. A maneira de celebrar a Missa deveria ser então a seguinte: Intróito, Glória, Epístola, Evangelho, Sanctus. Depois havia uma pregação; Ofertório e Cânon ficavam supressos; o padre então pronunciava a instituição da Ceia, que ele proferia, em voz alta, em alemão e distribuía a Comunhão sob as duas espécies. Depois vinha o Agnus Dei e o Benedicamus Domino, para terminar.

As modificações da Consagração introduzidas no Novus Ordo são semelhantes às que foram introduzidas por Lutero; as palavras essenciais da Consagração não são mais unicamente as palavras da forma, tais como sempre tinham sido conhecidas: “HOC EST CORPUS MEUM. HIC EST CALIX SANGUINIS MEI,” e as palavras que lhe seguem. Não! A partir de então, as palavras essenciais começam nos seguintes termos: “Ele tomou o pão”, até as palavras após a consagração do vinho: “HOC FACITE IN MEAM COMMEMORATIONEM”. Lutero disse a mesma coisa. Por que? Porque se lê a narrativa da Ceia. “É uma narrativa, não uma ação, não um Sacrifício, não uma ação sacrifical, mas um simples memorial”. Por qual razão nossos inovadores o copiaram de Lutero?

Lutero diz também: “As Missas e as Vigílias estão encerradas. O Ofício será conservado, assim como as Matinas, as Horas menores, as Vésperas, Completas, mas somente o Ofício ferial. Não se comemorará mais santo algum que não esteja expressamente nomeado na Escritura”. Desse modo, ele mudou completamente o Calendário, exatamente como foi feito atualmente (pág.309).

Donde podemos concluir: A atual transformação é idêntica à de Lutero. Um último exemplo, o das palavras da Consagração do pão: “HOC EST CORPUS MEUM, QUOD PRO VOBIS TRADETUR”. Também Lutero acrescentou essas últimas palavras, porque, justamente são palavras da Ceia, pois ele pretendia que a Ceia não fosse um Sacrifício, mas uma refeição.

Ora, o Concílio de Trento diz explicitamente: Quem disser que a Ceia não é um Sacrifício seja anátema. A Ceia foi um Sacrifício. E nossa Missa é a continuação da Ceia, porque a Ceia foi um Sacrifício. Isso já se constata na separação prévia do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. O Sacrifício já estava significado por essa separação, no entanto Lutero afirma: “Não. A Ceia não é um Sacrifício”, é por isso que nós devemos repetir todas as palavras que Nosso Senhor disse na Ceia, ou seja: “HOC EST CORPUS MEUM QUOD PRO VOBIS TRADETUR”, que será entregue por vós sobre a Cruz.
Por que imitar tão servilmente Lutero na Nova Missa?

A única razão que se pode aduzir é a do Ecumenismo. Pois sem esse motivo, nada se pode compreender dessa reforma. Ela não tem absolutamente vantagem alguma, nem teológica, nem pastoral. Nenhuma vantagem a não ser a de nos aproximar dos protestantes. Podemos legitimamente pensar, que foi por isso que os protestantes foram convidados para a Comissão da Reforma Litúrgica; para ficarmos sabendo se estavam satisfeitos ou não, ou se havia alguma coisa que lhes não agradava, se eles podiam ou não rezar conosco. Eu penso que não pode existir outro motivo para esta presença dos protestantes na Comissão de reforma da Missa. Mas como podemos pensar que protestantes, que não têm nossa fé, possam ser convidados para uma Comissão destinada a fazer uma reforma de nossa Missa, de nosso Sacrifício, daquilo que temos de mais belo, de mais rico em toda a Igreja, o objeto mais perfeito de nossa fé?!

Lutero, em janeiro de 1526, promoveu a impressão de um novo ritual para as cerimônias da Missa. No seu pensamento, ele queria a liberdade total. E dizia (pág.314): “Se possível, eu gostaria de dar total liberdade aos padres, para fazerem o rito que quiserem; mas há o perigo de abusos, então é preciso estabelecer regras”. Seu pensamento, porém era de liberdade total. E também de igualdade entre os padres e os fiéis. E assim, todos os fiéis sendo padres, poderiam, também eles, ter idéias de como criar o culto. Então, todos juntos, aqueles que são padres, aqueles que têm uma função especial, aqueles que são escolhidos dentre os fiéis, todos juntos podem demonstrar sua criatividade no culto.

Mas como era um pouco difícil, acabaria havendo bastante desordem, então ele escreveu um ritual. Nessa ocasião ele dizia também: “O uso do latim é facultativo”. Ele não era absolutamente contra o latim. Queria até que as crianças aprendessem latim. Mas também dizia: “O desejo dos leigos comuns de ter uma Missa em alemão é perfeitamente legítimo. Contudo há pessoas que vão à Igreja para ver novidade, para ver coisas novas. Esses, no entanto, não são verdadeiros cristãos, são curiosos, como se fossem aos turcos ou aos pagãos”.

Nos domingos se celebra a Missa. Mas Lutero conserva a palavra Missa com certa repugnância. As vestes sagradas, as velas são ainda mantidas provisoriamente. Começa-se com o Intróito em alemão, depois o Kyrie, depois uma Oração cantada pelo celebrante, ainda voltado para o altar, não para o povo. Mas para a Epístola e para o Evangelho, cantados em alemão, se voltará para o povo, quando então todos cantam o Credo em língua vulgar (pág.316).

O celebrante dirá uma paráfrase do Pater, uma exortação à Comunhão, depois vem a Consagração, que será cantada, em alemão, assim: “Na noite em que foi traído, Nosso Senhor Jesus Cristo tomou o pão, rendeu graças e o partiu e apresentou a seus discípulos e disse: Tomai e comei, isto é o meu Corpo que é dado por vós”. – HOC EST CORPUS MEUM QUOD PRO VOBIS TRADETUR; estas são as palavras exatas –. “Fazei isto todas as vezes que o fizerdes, em memória de mim. Do mesmo modo, Ele tomou também o cálice, após a Ceia e disse: Tomai e bebei dele todos, este é o cálice, um novo Testamento em meu Sangue, que é derramado por vós, para a remissão dos pecados”. Não disse PRO VOBIS ET PRO MULTIS, fez desaparecer as palavras PRO MULTIS e também MYSTERIUM FIDEI. (pág. 317)

Mysterium fidei e pro multis desapareceram… “Que é derramado por vós, para a remissão dos pecados, fazei isso todas as vezes que beberdes esse cálice em memória de mim”. Essas palavras que Lutero dizia ser a consagração, portanto as palavras essenciais, correspondem exatamente às palavras do documento da Congregação do Culto. A única expressão a mais é pro multis, que restou no documento do Vaticano. Mas todas as palavras, assim como as que são ditas antes: “Na noite em que foi traído, Nosso Senhor tomou o pão”, essas palavras não são da forma; nunca a Igreja disse que as palavras, que precedem a Consagração, fazem parte da forma do Sacramento.

Depois da elevação, que Lutero conservou até 1542, vinha a Comunhão na mão. Uma última oração – a coleta – terminava a Missa como a Postcomunio dos católicos (págs.317-318).

Evidentemente Lutero não aceitou o celibato e lutou contra os votos dos religiosos. Ele queria o fim desses costumes da Igreja. Mas, coisa bastante curiosa, ele sempre teve certo medo das reformas que ele tinha feito. Seus discípulos iam à vanguarda, mais depressa do que ele; ele sempre estava um pouco ansioso. Dizia a seus discípulos: “Eu condeno a nova prática de dar a Eucaristia de mão em mão, bem como o uso irrefletido da Comunhão sob as duas espécies”. Isso nos primeiros tempos, depois ele aceitou; mas logo de começo lhe parecia que essa Comunhão na mão não era boa coisa.

Depois de ter dito que a Confissão não era necessária, mesmo para aqueles que tinham pecados graves, hesitou e disse: “A Confissão é boa, mas se o Papa me pedir para me confessar, eu me recusarei a fazê-lo, eu não me quero confessar. Nem por isso eu aceito que alguém me proíba essa confissão secreta. Eu não a cederei nem por todos os tesouros da terra, porque eu sei o que ela já me proporcionou de força e de consolação…”

Lutero estava roído de remorsos, no entanto vivia devorado pela necessidade de fazer novidades, de mudar tudo, de ir contra o Papa, contra a Igreja Romana, contra o dogma. Por isso ele continuou sua reforma.
A reforma litúrgica atual se inspira na reforma de Lutero

É evidente que a reforma litúrgica atual se inspira na reforma de Lutero. Eu disse isso, em Roma, a muitos Cardeais: “Vossa nova Missa é a Missa de Lutero!” A isso me foi respondido: “Mas então ela é herética!” E eu respondi: “Não, ela não é herética, mas é ambígua, equívoca, pois um pode celebrá-la com a fé católica integral do Sacrifício, da Presença Real, da Transubstanciação e outro pode celebrá-la sem ter essa intenção e, nesse caso, a Missa não será mais válida. As palavras que ele pronuncia e os gestos que ele faz não o contradizem. Ela é equívoca, sim, equívoca. E certamente Lutero, durante muitos anos, a celebrou validamente, quando ele ainda não estava contra o Sacrifício, quando ele era ainda mais ou menos católico. Porém, mais tarde, quando ele recusou o Sacrifício, o Sacerdócio, a Presença Real, então sua Missa passou a não ter mais validade”.

Mas como uma Missa pode ser assim equívoca? É impossível fazer isso com o antigo rito, porque ele é claro, ele é claro. O Ofertório todo diz com clareza o que nós realizamos. O Ofertório é uma verdadeira definição do Sacrifício da Missa. Por isso é que Lutero era contra o Ofertório, porque ele era por demais claro, e foi por isso que ele fez aquelas mudanças no Cânon para não deixar perceber se é uma narração ou uma ação; mas nós, nós sabemos que a Consagração é uma ação sacrifical.

Eles sabem que em nossos antigos Missais, antes do Communicantes, está escrito infra actionem, pois não se trata de uma narração, nem de um memorial, uma simples recordação. É uma ação. Uma ação sacrifical.
Todas essas mudanças no novo rito são realmente perigosas

Todas essas mudanças no novo rito são realmente perigosas, porque, pouco a pouco, sobretudo para os padres novos, que não têm mais a idéia do Sacrifício, da Presença Real, da Transubstanciação, para os quais tudo isso não significa mais nada, esses padres novos perdem a intenção de fazer o que a Igreja faz, e não celebram mais missas válidas; não há mais a Presença Real.

Certamente os padres idosos, quando celebram conforme o novo rito, conservam ainda a fé de sempre. Celebraram a Missa no antigo rito, durante tantos anos, que conservam as mesmas intenções; então se pode crer que a Missa deles é válida. Mas na medida em que essas intenções se vão, desaparecem, nessa mesma medida as Missas deixarão de ser válidas.

Eles quiseram se aproximar dos protestantes, mas foram os católicos que se tornaram protestantes e não os protestantes que se tornaram católicos. Isso é evidente, ninguém pode dizer o contrário.

Quando cinco Cardeais e quinze Bispos compareceram ao “Concílio dos Jovens”, em Taizé, como esses jovens poderiam saber o que é catolicismo e o que é protestantismo? Alguns receberam a Comunhão das mãos dos protestantes, outros dos católicos.

Quando o Cardeal Willebrands esteve em Genebra, no Conselho Ecumênico das Igrejas, declarou: “Temos que reabilitar Lutero”.Ele o disse, como enviado da Santa Sé.

Vede a Confissão. Em que se transformou a Confissão, o Sacramento da Penitência, com essa absolvição coletiva? É acaso pastoral esse modo de dizer aos fiéis: “Nós demos a absolvição coletiva, os senhores podem comungar; quando tiverem oportunidade, se tiverem pecados graves, confessem-se no prazo de seis meses a um ano…” Quem pode dizer que esse modo de proceder é pastoral? Que idéia se poderá fazer do pecado grave?
E a Confirmação

O Sacramento da Confirmação também está numa situação idêntica. Realmente eu penso que as palavras do livro dos Sacramentos da Comissão do Arcebispo de Paris, que constituem a forma, tornam o Sacramento inválido. Por que? Porque não há mais a significação do Sacramento na forma. O Bispo, quando confere o Sacramento da Confirmação, diz: “Signo te, signo Crucis et confirmo te Chrismate salutis, in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti” e “Confirmo te Chrismate salutis”. A Confirmação: “confirmo te.”

Agora estão dizendo: “Eu te assinalo com a Cruz e recebe o Espírito Santo”. É obrigatório esclarecer qual a graça especial do Sacramento, no qual se confere o Espírito Santo. Se não se diz esta palavra: “Ego te confirmo in nomine Patris…” Não há o Sacramento! Eu o disse também aos Cardeais, porque eles me declararam: “O senhor confere a Confirmação sem ter o direito de o fazer”. – “Eu o faço, porque os fiéis têm medo que seus filhos fiquem sem a graça da Confirmação, porque eles têm dúvida a respeito da validade do Sacramento, que é conferido atualmente nas igrejas. Não se sabe mais se é verdadeiramente um Sacramento ou não. Então, ao menos para ter essa certeza de ter realmente a graça, me pedem para crismar, e eu o faço porque me parece que eu não posso recusar aos que me pedem a Confirmação válida, pois ao menos eles recebem a graça, mesmo que não seja lícito, porque nós estamos num tempo em que o direito divino natural e sobrenatural passa à frente do direito positivo eclesiástico, já que este se lhe opõe, em vez de lhe servir de canal”.
Estamos em uma crise extraordinária

Nós não podemos seguir essas reformas. Onde estão os frutos dessas reformas? Eu, de fato, me pergunto! Reforma litúrgica, reforma dos seminários, reforma das congregações religiosas, todos esses capítulos gerais! Onde eles estão colocando essas pobres congregações atualmente? Tudo se acabando…! Não há mais noviços, não há mais vocações…!

Eles próprios reconhecessem que não há mais vocações. O Cardeal Arcebispo de Cincinatti o reconheceu também no Sínodo dos Bispos, em Roma: “Em nossos países (ele representava todos os países de língua inglesa), não há mais vocações, porque não sabem mais o que é o padre”.

Nós devemos nos conservar na Tradição. Só a Tradição nos concede realmente a graça, nos proporciona realmente a continuidade na Igreja. Se abandonarmos a Tradição, passaremos a contribuir para a demolição da Igreja.
O liberalismo penetrou na Igreja através do concílio

Também isso eu disse àqueles Cardeais! “Não vedes que o Esquema da Liberdade Religiosa do Concílio é um esquema contraditório? Na primeira parte do Esquema está dito:‘Nada muda na Tradição’, e , dentro do Esquema, está tudo ao contrário da Tradição. O contrário do que disseram Gregório XVI, Pio IX e Leão XIII”.

Portanto é preciso escolher! Ou estamos de acordo com a liberdade religiosa do Concílio e então somos contrários ao que esses Papas disseram, ou então nos conservamos de acordo com esses Papas e então nos recusamos a concordar com o que está contido no Esquema sobre a Liberdade Religiosa. É impossível estar de acordo com os dois. E acrescentei: eu me atenho à tradição, eu sou pela tradição, e não por essas novidades que constituem o liberalismo. Não é absolutamente outra coisa senão o liberalismo, que foi condenado por todos os pontífices, durante século e meio.

Esse liberalismo penetrou na igreja através do concílio: a liberdade, a igualdade, a fraternidade.
A liberdade: a liberdade religiosa.
A fraternidade: o ecumenismo.
A igualdade: a colegialidade.
E estes são os três princípios do liberalismo, originado dos filósofos do século XVIII, e que levou a efeito a revolução francesa.
Foram essas idéias que entraram no concílio, por meio de palavras equívocas.

E agora vamos à ruína, a ruína da Igreja, porque essas idéias são absolutamente contra a natureza e contra a fé. Não existe igualdade entre nós. Não existe verdadeira igualdade. O papa Leão XIII disse isso bastante claro, em sua encíclica sobre a liberdade.

A fraternidade também! Se não houver um pai, como acharemos fraternidade? Se não há pai, se não há deus, como podemos ser irmãos? Como se pode ser irmão, se não houver um pai comum? Impossível! Devemos então abraçar todos os inimigos da igreja, os comunistas, os budistas e todos os outros que são contra a igreja, os Maçons?

Esse decreto de uma semana atrás, que diz que agora não há mais excomunhão para um católico que entre na maçonaria. Mas onde está a igreja? Isso é impossível! Os Mações são os inimigos tradicionais da igreja, são aqueles que querem destruir os países católicos! Quem destruiu Portugal? Quem estava no Chile? E agora no Vietnam do sul! Porque esses países são católicos! E que será da Espanha dentro de um ano, da Itália, etc…? Porque a Igreja abre os braços a toda essa gente que são inimigos dela?
Temos que rezar

Na verdade temos que rezar, rezar; é um assalto do demônio contra a Igreja, como jamais se viu igual. Devemos rezar a Nossa Senhora, a Bem-Aventura Virgem Maria, para que Ela venha em nosso socorro, porque realmente nós não sabemos o que será de amanhã. E realmente parece que toda essa ruína trará conseqüências terríveis ao mundo. É impossível que Deus aceite todas essas blasfêmias, sacrilégios que são praticados contra Sua Glória, Sua Majestade!

Ele tem muita paciência, mas virá o dia (quando virá, eu não sei), virá o dia do castigo, porque todas essa legalizações, leis sobre o aborto, que vemos em tantos países, o divórcio na Itália, toda essa ruína da lei moral, ruína da verdade, realmente é difícil acreditar que tudo isso se possa fazer, sem que Deus fale um dia!

Então temos que pedir a Deus misericórdia por nós e por nossos irmãos. Mas também temos que lutar, combater. Combater para conservar a Tradição e não ter medo. Conservar, acima de tudo, o rito de nossa Santa Missa, porque Ela é o fundamento da Igreja e da civilização cristã. Quando não houver mais uma verdadeira Missa na Igreja, a Igreja acabará.
Temos que conservar esse rito, esse Sacrifício

Portanto temos que conservar esse rito, esse Sacrifício. Todas as nossas igrejas foram construídas para esta Missa, não para uma outra Missa; para o Sacrifício da Missa, não para uma Ceia, para uma Refeição, para um Memorial, para uma Comunhão, não! Para o Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que continua sobre nossos altares! Foi por isso que nossos pais construíram essas belas igrejas, não para uma Ceia, não para um Memorial, não!

Conto com vossas orações por meus seminaristas, para fazer de meus seminaristas verdadeiros padres, que tenham fé e que possam assim, ministrar sacramentos verdadeiros e o verdadeiro Sacrifício da Missa. Obrigado.

+ Marcel Lefebvre, Arcebispo.

REZEM TODOS OS DIAS O SANTO ROSÁRIO pelo 
“Triunfo da Verdade Católica sobre o erros modernistas”.
 PARA O TRIUNFO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA.
Pela Consagração da Rússia Imaculado Coração de Maria. 
 PELA SALVAÇÃO DAS ALMAS DOS MODERNISTAS JUDEUS,MUÇULMANOS,CISMÁTICOS,HEREGES, E ATEUS.

sábado, 18 de outubro de 2014

19 de outubro dia de São Pedro de Alcântara, Confessor



São Pedro nasceu em 1499, na cidade espanhola de Alcântara, Extremadura, que fica perto dafronteira com Portugal, recebendo o nome de Juan de Sanabria Garcia Garavito. Seu pai, Pedro Garavito, jurisconsulto ilustre, exercia o cargo de governador de Alcântara. Suamãe, Maria Vilela de Sanabria, filha de Juan de Sanabria e de Urraca González Maldonado, é, pois, descendente de uma grande família espanhola, e não ficava aquém das virtudes e raras qualidades do marido. Pedro Garavito falece em 1506 e dona Maria contrai segundas núpcias, casando-se com o também viúvo Alonso Barrantes, em 1508.
Pedro teve quatro irmãos: dois do primeiro e dois do segundo casamento de sua mãe (García e María; Pedro e Francisco).Juan (Pedro) desde cedo gostava de rezar secretamente no oratório da casa. Após um curso de gramática e filosofia em sua cidade natal, entra, aos quatorze anos, para a célebre Universidade de Salamanca, onde se aplicou aos estudos, à oração, penitências e progrediu rapidamente nos estudos universitários e na ciência dos Santos. Nas horas vagas, dedicava-se aos pobres doentes que o estimavam muito por sua caridade tão fraterna. Entusiasmou-se pela vida dos franciscanos porque lhe pareciam gente muito desprendida do material e muito dedicada ao espiritual. Pediu para ser admitido como franciscano e elegeu o convento onde estavam os religiosos mais rigorosos dessa comunidade.
No noviciado, colocaram-no na posição de porteiro, hortelão, varredor e cozinheiro. Nesta última posição sofria freqüentes acidentes, por ser muito distraído. Toma o hábito em 1515 e muda o nome para Pedro.
Em 1524, com 25 anos de idade, foi ordenado sacerdote e, pouco depois, designado pregador. Tornouse modelo de perfeição monástica e ocupou altos cargos, os quais administrou até chegar a superior do convento e mais tarde, provincial da Ordem. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de diretor espiritual de Santa Teresa D'Avila.
Amável e compreensível para com o próximo, era intransigente e extremamente severo para consigo mesmo. Franciscano de espírito e por convicção, outras coisas não possuía a não ser um hábito surrado, um breviário, um crucifixo tosco e um bastão. Não usava calçado, nem chapéu. Jejuava a cada três dias, alimentando-se unicamente de um pouco de pão, água e legumes temperados com cinza, para não sentir nenhum prazer no alimento. Mortificou-se tanto com a comida e a bebida, que perdeu o paladar e, assim, todos os alimentos lhe pareciam iguais. Quando lhe chegavam os êxtases e dias de oração mais profunda, seus sentidos não se davam conta do que sucedia ao seu redor e, então, ele passava até uma semana sem comer nada.
Passava horas e horas de joelhos e, quando o cansaço lhe chegava, apoiava a cabeça em um prego na parede e, assim, dormia alguns minutos. Normalmente dormia apenas duas horas por noite e, ainda assim, sentado numa cadeira, em pé ou encostado na parede. Costumava passar noites inteiras sem dormir um minuto, rezando e meditando. Para suportar o inverno, tirava o manto e abria a janela e a porta de seu quarto para que, ao colocar novamente o manto e fechá-las, seu corpo se contentasse com um pouquinho de calor. Com o tempo, foi diminuindo essas terríveis mortificações, pois percebeu que lhe arruinavam a saúde. O amor de Deus lhe preenchia tanto a alma que, quando lhe trespassava o peito, tinha que abandonar a sua cela para sair e refrescar-se ao ar livre. Era-lhe muito difícil orar ou celebrar a Santa Missa sem sair de si mesmo e até levantar-se ao ar, muitas vezes. Freqüentemente o Espírito o invadia e, então, dava grandes gritos e corria a fechar-se em sua cela, como aquele dia em que, instruindo seus irmãos sobre o Evangelho, caiu gritando ‘Deus se fez carne’ e correu à gruta que lhe servia de cela, onde passou três horas em êxtase. Ele podia falar sobre o amor com toda propriedade, como o faz em seu ‘Tratado da Oração e da Contemplação’, joia de grande valor, ainda que pequena em tamanho, que alimentou a grandes espíritos e mereceu os elogios de São Francisco de Sales. Este foi o testamento espiritual daquele severíssimo reformador de frades, um dos maiores promotores do fervor religioso na Espanha de seu tempo.
O superior de certo número de casas religiosas, numa província da ordem.
O trabalho no qual mais êxitos obtinha era o da pregação. Seus sermões, tirados dos profetas e dos livros sapienciais, manifestavam a mais terna simpatia humana. Tinha a graça de comover a seus ouvintes e muitas vezes bastava sua presença para que muitos deixassem suas vidas cheias de vícios e começassem uma vida mais virtuosa. Preferia sempre os auditórios de gente pobre, pois lhe parecia que eram os que mais vontade tinham de se converter. As pessoas diziam que, enquanto pregava, parecia que estava vendo o invisível e escutando mensagens do céu. Pregou na Espanha e em Portugal.
Pela reforma da ordem franciscana, Pedro não só restabeleceu na família monástica o espírito primitivo da pobreza, humildade e penitência, mas concorreu grandemente para a renovação da fé entre o povo, na época em que os protestantes começavam seu  trabalho. A virtude e extraordinários talentos de que era dotado, tornaram seu nome célebre e acatado em toda a Espanha. Ainda em vida era chamado Frei Pedro, o Santo. De longe vinham pessoas, com o fim de conhecer o humilde e amável franciscano, e dele recebiam instrução, conselho e consolo. Nas viagens do missionário o povo se acercava dele, para beijar-lhe a orla do hábito e pedir-lhe a bênção.
Cidades e municípios recorriam ao seu julgamento, para fazer cessar litígios. Ao terminar cada missão, fazia erguer nas praças públicas ou encruzilhadas, uma grande cruz para lembrar ao povo as verdades que tinha ensinado.
Desejando que os religiosos mais se mortificassem e dedicassem mais tempo à oração e à meditação, fundou um novo ramo de franciscanos, chamados de ‘estrita observância’, ou ‘alcantarinos’. Em pouco tempo havia muitos conventos dedicados a levar à santidade seus religiosos, por meio de uma vida de grande penitência. Dizia a seus frades: ‘Se virdes pecar um vosso irmão, não o ofendais e não o perturbeis, mas, cheios de docilidade, falai-lhe ao coração e avisai-o, com amor, convindo que vós sejais feitos do mesmo barro’.
Em 1560 Pedro de Alcântara encontra-se com Tereza D’Ávila, que confideciou-lhe, muito angustiada, que algumas pessoas diziam-lhe que as visões que tinha eram ilusões do demônio. Guiado por sua própria experiência em matéria de visões, Pedro entendeu plenamente o caso dessa jovem e lhe disse que suas visões vinham de Deus e falou em seu favor com os sacerdotes que a dirigiam. Pedro muito ajudou Tereza D’Ávila tendo sido seu amigo, seu confidente e tendo orientado-a nas dificuldades e provações de sua vida espiritual. Trocou com ela inúmeras cartas, nas quais animava-a e orientava-a em seu trabalho. Sua última carta data de 14 de outubro de 1562, poucos dias antes de sua morte. ‘Era um homem muito amável, mas só falava quando lhe perguntavam algo e respondia com poucas palavras, mas valia a pena ouví-lo, porque o que dizia fazia muito bem’, contava Tereza D’Ávila.
Realizou em sua Ordem uma reforma análoga àquela que João da Cruz e Teresa D'Ávila fizeram entre os carmelitas. Rigorosíssimo no espírito de pobreza e mortificação, deu vida nova à então decadente espiritualidade franciscana. Todos os rigores que impunha a si e a todos os demais frades estavam inspirados no testamento de São Francisco que, para Pedro, era o pensamento definitivo do Fundador da Ordem. Sua vida foi uma verdadeira interpretação hispânica do espírito do Poverello. Franciscana era sua figura, envelhecida antes do tempo, caminhando por vales e montanhas, para visitar os conventos encomendados a seus cuidados, para exortá-los, sem desfalecimento, a perseverar na pobreza total. Franciscana foi sua morte, rodeado de seus irmãos, em uma vila esquecida, com palavras de exaltação à pobreza e à oração. Seu corpo foi coberto das mais pobres vestes.
Em 19 de outubro de 1562, com 63 anos de idade, após sofrer muito, ardendo em febre, recusou um copo de água que lhe ofereciam porque Jesus Cristo também sofrera sede, e expirou. Era um domingo, pela manhã, dia de São Lucas. Teresa D’Ávila teve uma visão de sua alma subindo ao Céu. Ele morreu no convento Arenas, em Ávila, sendo sepultado na Igreja do convento. Declarou Tereza D’Ávila, a respeito de Pedro de Alcântara, após sua desencarnação: ‘Tenho-o visto muitas vezes com grandíssima glória. Parece-me que muito mais me consola do que quando aqui estava’. Tereza contou, ainda, que Pedro de Alcântara lhe apareceu depois de morto e disse-lhe: ‘Felizes sofrimentos e penitências na terra, que me conseguiram tão grandes prêmios no céu’.
Foi beatificado pelo Papa Gregório XV em 18 de abril de 1622 e canonizado em 28 de abril de 1669, pelo Papa Clemente IX.

Milagres de Nossa Senhora do Pilar

 

   Milagre de Calandra - "A perna reimplantada."

   

    Miguel Juan Pellicer, um companheiro jovem de cerca de 20 anos, estava trabalhando na fazenda do seu tio, na aldeia de Castellón em 1637.  Um carro puxado por mulas correu sobre sua perna, fraturando a tíbia. Rapidamente, seu tio o levou para o hospital em Valência. A história, como registrado, diz que Pellicer ficou no hospital Valencia por cinco dias, até que foi decidido que ele precisava de mais ajuda do que eles poderiam fornecer. Pellicer foi enviado, a pé, com uma perna quebrada, para o maior hospital em Zaragoza, uma viagem que levou 50 dias.
  Uma vez ele chegou em Zaragoza, febril e doente, os médicos descobriram a perna para ser gangrenada e em estado grave.  Pellicer perna direita foi amputada "quatro dedos abaixo do joelho" e foi enterrado em um lote especial no hospital. Ele ficou no hospital por vários meses, e foi fornecido com uma perna de madeira e uma muleta. Ele, então, pediu às autoridades da igreja na Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em Zaragoza autorização para ganhar a vida como um mendigo, que foi concedida. Pellicer viveu em Saragoça por dois anos, participando de missa diária na Basílica, e aceitar esmolas dos cidadãos. O piedoso jovem amputado era um rosto familiar na cidade.
   Miguel Juan Pellicer costumava esmolar diante do Santuário de Nossa Senhora do Pilar e era muito devoto da Virgem. Ia com frequência à Basílica do Pilar, onde confessava e comungava cada sete dias,.Seguidamente ele passava, no toco da perna, óleo das lamparinas que se acendiam na capela de Nossa Senhora do Pilar.
  Por fim, ele decidiu voltar para casa.Montava um burro todo o caminho para casa de seus pais em Calanda, onde ele cresceu. Sua família foi muito feliz ao vê-lo, mas desde que ele não poderia trabalhar, ele passou um par de semanas a andar de burro para aldeias vizinhas implorando. E então, uma noite, aconteceu.
  Um soldado viajando estava passando a noite no próprio quarto Pellicer, assim Pellicer levou um saco de dormir no chão do quarto de seus pais. De manhã, os pais viram não um, mas dois pés salientes a partir da extremidade do cobertor curto!  Eles animadamente acordaram seu filho, que estava tão surpreso quanto qualquer um, e a notícia rapidamente se espalhou por toda a aldeia que o amputado jovem tinha sido milagrosamente curada.
  Um exame da perna revelou que era a mesma perna que ele sempre teve. Ele tinha uma cicatriz de onde o cisto havia sido retirado quando ele era uma criança, duas cicatrizes feitas por espinhos, e outra de uma mordida de cachorro em sua panturrilha. O mais notável foi uma cicatriz onde a roda de carro esmagou sua tíbia. A perna foi dito para aparecer magro e atrofiado, mas dentro de alguns dias ele estava usando-o normalmente.
  Como a história se espalhou, ele atraiu os curiosos. Poucos dias após a restauração milagrosa, uma delegação composta de um padre, um vigário, e o local real notário veio a Calanda para ver por si mesmos e para preparar um registro oficial do evento.  Eles tomaram depoimentos de testemunhas e cuidadosamente documentado história de Pellicer.
   Dois meses depois, um julgamento foi aberto em Zaragoza, onde mais de 100 pessoas testemunharam que tinha conhecido Pellicer com apenas uma perna, enquanto que agora ele tinha duas. Dez meses mais tarde, o arcebispo prestado um veredicto que a restauração da perna foi canonizado como um verdadeiro milagre.  Desde essa data, os céticos já não foram capazes de cobrar que Deus não cura amputados. 
   Estes são os seguintes:
Documentação do batismo  Miguel Juan Pellicer, confirmando que ele era uma pessoa real.
Registo de admissão Pellicer ao hospital em Valência.
 Relatório original da delegação autenticada dos depoimentos colhidos em   Calanda, incluindo declarações de pessoas que o viram chegar à cidade com uma perna e acordar com duas.
  Uma cópia autenticada e com firma reconhecida das atas originais do julgamento em Zaragoza, incluindo declarações de pessoas que conheciam Pellicer como um mendigo perneta.
   Há também muitos outros documentos que não necessariamente apoiar a alegação de milagre, mas de apoio que outras partes da história, por exemplo, a prova de que outras pessoas nomeadas na história existem, prova de que, depois do milagre Pellicer foi convidado para a corte real em Madrid, e livros e outras publicações que recontam o evento.Mais tarde em outubro de 1641, Felipe IV, rei de Espanha, no meio da corte espanhola, rodeado de todo o corpo diplomático interrogou publicamente a Miguel e aos relatores do processo. Verificou ele próprio a reimplantação miraculosa da perna, e, diante do assombro de todos, ajoelhou-se e beijou a perna, fazendo com isso um verdadeiro ato de fé.

 Esses documentos são de fato legítimos.
  A Prefeitura de Zaragoza, a 8 de maio de 1640, reuniu-se em conselho extraordinário e plenário, e nomeou três procuradores para pesquisar o caso, além de solicitar do Sr Arcebispo que instaurasse um acurado processo canônico, a expensas da Prefeitura Conservam-se todas as atas de ambos os inquéritos.
   O inquérito da Prefeitura começou só dois meses depois do milagre. 0 canônico, só após três meses. Bem contemporâneos dos fatos. Inquéritos detalhadíssimos. Muitas comprovações. Depoimentos de multidão de pessoas que conheceram e conviveram com Miguel Juan Pellicer, antes e depois do acidente, antes e depois da amputação. Vi um grande tapete que há no Palácio Real de Madri, representa o Rei Felipe IV beijando a perna regenerada de Miguel Juan Pellicer. Lord Hopton, embaixador da Inglaterra na Espanha, certificou independentemente que esteve presente quando El-Rei se ajoelhou, descobriu a perna recuperada e beijou a cicatriz da amputação.

  Foram realizadas recentemente novas pesquisas históricas a respeito, com levantamento abundante e irrefutável de documentos. 0 milagre com “0 coxo de Calanda” foi em 1640.
  Somente em 1959 se realizou com sucesso a primeira operação de recolocar uma perna cortada. Os cirurgiões do Hospital Mont-Eden, de Hayward (Califórnia – USA), conseguiram recolocar uma perna, mas imediatamente ao acidente (não três anos depois), sadia (não gangrenada) e que ficara ainda unida ao corpo por consideráveis partes de carne (não uma perna enterrada!). E o maravilhoso êxito da cirurgia humana precisou meses de cuidados médicos antes de o paciente ser dado de alta.
 Seus pais examinaram a perna amputada descobrindo imediatamente sinais inconfundíveis que permaneciam nela. “O mais notório e principal, a cicatriz originada pela roda do carro que lhe fraturara a tíbia; outra cicatriz, menor, ocasionada pela extirpação, na adolescência, de um abcesso; e, por último, dois profundos sinais de cortes provocados por um arbusto de espinhos, e as marcas da mordida de um cachorro”.
  Quando amanheceu o 30 de março, e se difundiu a notícia por todo o povoado, Pe. Jusepe se aproximou da casa dos Pellicer com muita gente. Entre estas o primeiro magistrado, o juiz que era ao mesmo tempo o responsável da ordem pública, Martín Corellano. Acorreram também o jurado maior, o prefeito Miguel Escobedo, o “jurado segundo”, Martín Galindo, e o notário real Lázaro Macario Gomez. Encontravam-se também os dois cirurgiões locais, que certificaram o fato de maneira profissional. Ambos declarariam ter que render-se à evidência, que havia deixado por terra sua instintiva incredulidade. O notário lavrou uma ata notarial constatando o fato ocorrido.
  Tratava-se de uma expedição inesperada à que devemos um documento extraordinário, para não dizer único, como único é o caso que aparece neste documento legal. Estamos ante uma intervenção divina testemunhada por uma ata notarial, diante de um milagre com a garantia de um documento ajustado à normativa vigente e corroborado por dez testemunhas oculares, escolhidos entre os de maior confiança e melhor informados dos muitíssimos disponíveis. E como se não bastasse, a ata notarial foi escrita e autenticada, passadas algo mais de 70 horas depois do sucedido e no próprio lugar onde ocorrera.