domingo, 25 de julho de 2021

25 de julho dia de São Tiago Maior, Apostolo

Diz à tradição que Jesus escolheu doze companheiros para serem seus discípulos mais próximos, segui-lo e com ele aprender uma nova filosofia que veio a ser o Cristianismo. Estes companheiros foram, após a morte de Cristo, chamados de apóstolos, palavra que em grego significa “enviado”. Pois os doze foram enviados aos quatro cantos do mundo para transmitir os ensinamentos cristãos. Entre estes doze apóstolos, havia dois com o nome Tiago. Um deles, filho de Zebedeu, é também chamado Tiago Maior (para distingui-lo do outro, filho de Alfeu, o Tiago Menor). Seis anos após a morte de Cristo, este Tiago, o Maior, viajou para a península Ibérica, onde passou vários anos divulgando sua mensagem, na região que hoje é a Galícia, talvez chegando até Zaragoza. Embora muito poucos dos habitantes locais tenham se convertido ao Cristianismo, Tiago deixou plantada nestas terras distantes a primeira semente, que viria a florescer pelos séculos futuros. Retornando a Palestina, o apóstolo morreu como mártir no ano 44, decapitado, por ordem do rei Herodes Agripa. Seu corpo insepulto, jogado aos cães por ordem do rei, foi recolhido por seus discípulos Teodoro e Atanásio.Tiago havia manifestado o desejo de ser enterrado em terras ibéricas, e diz a lenda que seu corpo foi transportado por seus discípulos para a Espanha em uma nau de pedra guiada por anjos. É mais provável que tenha sido levado em um navio mercante comum, porém já em seu ataúde de pedra, daí ter nascido esta antiga crença. O apóstolo foi então sepultado na cidade de Iria Flavia (assim denominada em homenagem ao imperador romano Flávio Vespasiano), atualmente nos arredores da cidade de Padrón., próximo à costa ocidental da Galícia. Esta região era chamada pelos romanos de Finis Terrae, isto é, os confins da Terra, por ser o ponto mais ocidental da Europa, além do qual nada mais há que o Oceano. Há evidências que sugerem ter havido peregrinações esparsas ao local desde os primeiros séculos da era cristã. Porém com as invasões bárbaras, a queda do Império Romano e, posteriormente, com as invasões muçulmanas, o túmulo acabou sendo "esquecido", ou perdido. Do Século VI ao Século X. No ano 813, um monge chamado Pelayo, retirou-se para viver como eremita no bosque de Libredón na colina circundada pelos rios Sar e Sarela. Neste local havia duas antigas necrópoles (cemitérios) abandonadas, uma romana e outra visigótica. Avistando uma chuva de estrelas que parecia cair sobre um determinado ponto, e interpretando esta visão como um sinal divino, Pelayo foi examinar o local e ali encontrou o velho sepulcro. Informou então ao bispo galego Teodomiro o que havia achado em um "campo de estrelas", isto é, em um campus stellae, em latim, origem da palavra Compostela. O bispo, pelas inscrições no sepulcro, confirmou que se tratava do túmulo do apóstolo Tiago que, segundo a secular tradição havia sido sepultado naquele local, a beira do rio Ulla, próximo a uma antiga estrada romana. Foram também identificados os túmulos de Teodoro e Atanásio, os dois discípulos, que estavam sepultados ao lado do mestre. O rei de Astúrias, Alfonso II, o Casto, (791 – 842), ao tomar conhecimento da descoberta, nomeou São Tiago como patrono oficial da Espanha e ordenou a construção de uma capela de pedra sobre o sepulcro, o que foi realizado no ano 829. Os primeiros documentos históricos que relatam a existência de peregrinações ao "campo de estrelas" datam do ano 840, e o local aos poucos tornou-se um centro de devoção reconhecido pela Igreja.                                                                                                     

Na batalha de

Clavijo, no ano 842, as tropas cristãs de Astúrias e León, apesar de sua grande inferioridade numérica, derrotaram os árabes do reino da Andaluzia. Nasceu então a tradição de que São Tiago, montado em um cavalo branco, lutando bravamente, havia participado pessoalmente da batalha. O santo foi visto por muita gente, e a fama de Santiago Matamoros ("mata mouros"), com sua espada invencível, espalhou-se rapidamente por toda a Europa. O culto ao apóstolo passou a ser a partir de então o foco espiritual e o símbolo de resistência que deu energia à Reconquista (a luta contra os muçulmanos). Desde então, e até hoje, a espada com o punho em forma de cruz é um dos símbolos do apóstolo Tiago. No ano 950 Gotescalco, bispo de Le Puy (na França), tornou-se a primeira grande autoridade a visitar Compostela como peregrino, dando um exemplo que foi seguido inúmeras vezes pelos séculos futuros. O rei de Astúrias, Alfonso III, o Grande, (866 – 910), ordenou então que fosse construída no local uma igreja maior que a anterior. No ano 997 o antigo templo sobre o túmulo foi destruído e incendiado pelos mouros sob o comando de Abu Amir al-Mansur, conhecido pelos espanhóis como Almanzor, primeiro-ministro do Califado de Córdoba. A partir do século X, com o progresso da Reconquista, e o crescimento dos territórios cristãos na península Ibérica dando origem a novos reinos que se unem em torno da causa comum, a peregrinação tornou-se mais segura e o número de estrangeiros dirigindo-se a Santiago gradualmente cresce. Sancho III, o Grande, rei de Navarra (992 – 1035), trouxe para a Espanha a ordem de Cluny, e com ela a arte românica. Este estilo arquitetônico, com construções gigantescas representando o ideal cristão, está presente em numerosas igrejas do Caminho. Os monges ocuparam todo este território devastado por séculos de guerra, construindo mosteiros e hospitales (albergues) ao redor dos quais nasceram novos burgos. Ramiro I, o primeiro rei de Aragão (1035 – 1066), filho de Sancho III da Navarra, criou a infra-estrutura para a rota que vinha de Somport, denominado Caminho Aragonês. Alfonso VI, o Bravo, rei de Castela e León (1065 – 1109), forneceu também proteção real ao Caminho, dando todo apoio a Santo Domingo para conservar as estradas no território castelhano. No ano 1064 Don Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid, o herói da luta contra os mouros, chega a Compostela como peregrino. Onze anos depois iniciam-se as obras para a construção da atual catedral compostelana, terminada em 1128. Em 1119 o papa Calixto reconheceu Compostela como um dos três centros cristãos de peregrinação. O primeiro Ano Santo, em que foi dado o perdão aos peregrinos, foi 1126. Os fiéis que iam a Roma eram denominados "romeiros" (de onde nasceu a palavra "romaria", o ato de ir a Roma), os que iam a Jerusalém eram os "palmeiros" por levarem uma folha de palma, símbolo de sua caminhada, e os que iam a Compostela eram chamados de "peregrinos", isto é, os que atravessam o campo (per + agro). Em 1179 o papa Alexandre III tornou permanente o Ano Santo. O sacerdote Aymeric Picaud, de Poitou peregrinou a Santiago em 1139, e com base em suas observações escreveu o primeiro guia do Caminho, conhecido como o "Codex Calixtinus", que foi, por muitos séculos e até hoje, a base de todos os outros guias.. Com o aumento no número de peregrinos, junto com os fiéis vieram também ladrões, salteadores de estradas e todos os tipos que, com sua esperteza, abusavam da boa fé dos andarilhos. Para manter a segurança do Caminho, criou-se em 1170, em Cáceres, a Ordem dos Cavaleiros de Santiago cujos cavaleiros eram encarregados da vigilância da rota através da Espanha Nos séculos XIII, XIV e XV o fluxo de peregrinos chegou a atingir cerca de quinhentos mil caminhantes por ano. Entre estes vieram São Francisco de Assis em 1213, a princesa Ingrid da Suécia em 1270, Santa Isabel de Portugal em 1326, Alfonso XI de León e Castela em 1332, Santa Brígida da Suécia em 1340, o pintor holandês Jean Van Eyck em 1430, os reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela em 1488, Hugo IV duque de Borgonha, Eduardo I da Inglaterra, Carlos I e Felipe II em 1554. Foi nesta época que a rota principal a partir de Puente la Reina, pelo grande número de estrangeiros (franceses ou vindo até este caminho através da França), passou a ser conhecida como Caminho Francês. Ainda hoje, dezenas de milhares de peregrinos se dirigem anualmente a Santiago de Compostela, considerada a terceira cidade mais sagrada no cristianismo depois de Jerusalém e Roma . No entanto não é de descorar a chamada de atenção de que a primeira fica no Oriente, a segunda ao centro, e esta fica muito perto ao "extremo" mais ocidental da terra cristã então conhecida (Finisterra).


 
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domingo, 18 de julho de 2021

18 de julho dia de São Camilo

 São Camilo de Lellis (1550-1614) nasceu em Bacchianico, cidade do reino de Nápoles, Itália, no dia 25 de maio. Na idade de 6 anos perdeu o pai, oficial do exército. Mal sabia ler e escrever alistou-se no exército e, aos 18 anos apenas, tomou parte numa campanha contra os turcos. Gravemente doente, voltou a Roma, onde foi internado no hospital dos incuráveis. A paixão, porém, pelo jogo fez com que o demitissem daquele estabelecimento. Posto na rua, doente, pobre, procurou serviço como servente de pedreiro, trabalhando em seguida numa casa que os capuchinhos estavam construindo. Uma conversa que teve com o guardião do convento, abriu-lhe os olhos. Largou do jogo, fez penitência e invocou a misericórdia divina. Camilo tinha então 25 anos. Entrou na Ordem dos Capuchinhos, onde fez o noviciado e passou depois para os Franciscanos. Estes, porém, não lhe consentiram a permanência na Ordem, por causa de uma úlcera que tinha no pé, e que pelos médicos foi declarado incurávei. Dirigiu-se ao hospital Santiago, em Roma, onde foi aceito e como não tinha dinheiro ofereceu-se para trabalhar como servente e enfermeiro. Dedicou exclusivamente ao serviço dos enfermos. Observando que os pobres doentes sofriam muitas privações, em 1582 Camilo Lellis começou a procurar pessoas que aceitassem socorrer os pobres e doentes e criou uma Irmandade que teve o apoio do Papa Sisto V. Os primeiros irmãos eram leigos, mais em seguida alguns sacerdotes se juntaram à Irmandade. Adquiriram uma casa, onde moravam em comunidade. A Irmandade deu tão certo que em pouco tempo, Camilo teve que abrir novos Institutos na Itália, Sicília e outras partes da Europa. Seguindo ainda o conselho de São Filipe Nery e o exemplo de Santo Inácio, apesar de seus 32 anos, voltou ao estudo foi ordenado Sacerdote. Por ocasião da peste em Roma, embora doente e sofrendo dores horríveis no pé, ia de casa em casa, procurando, socorrendo e consolando os pobres doentes. Numerosos são os casos, em que foi visto levando nas costas os doentes ao hospital, onde os tratava com a maior dedicação. Quando a peste chegou em Milão e Nola, Camilo acompanhou-a levando consigo a caridade e zelo apostólico. Muitos doentes recuperaram a saúde só pela palavra e oração do Sacerdote. Em 1591 o Papa Gregorio XIV reconheceu a Irmandade como uma Ordem Religiosa. Camilo era humilde e, por causa da humildade era muito querido em Roma. Chorando sempre os pecados da mocidade, dizia-se indigno de morar entre os homens e merecedor do inferno. Palavras de elogios entristeciam e irritavam-no. Não permitia que o chamasse fundador duma Ordem e depois de 27 anos de Superior, pediu que lhe tirassem este fardo, e o pusessem debaixo da obediência. Camilo era caridoso para com os outros e severo para consigo. Muito doente e desenganado pelos médicos, Camilo recebeu o Santo Viático das mãos do Cardeal Ginnásio, protetor da Irmandade. Vendo a sagrada Hóstia disse, com as lágrimas nos olhos: "Alegro-me por me terem dito que entrarei na casa do Senhor. Reconheço Senhor, que sou dos pecadores o mais indigno de receber vossa graça". Camilo de Lellis faleceu em Roma no dia 14 de 7 de 1614. Enquanto os médicos preparavam seu corpo para o sepultamento, perceberam que a úlcera de seu pé havia desaparecido. Em 1746 foi canonizado por Bento XIV. São Camilo é padroeiro dos enfermos e dos hospitais.

Relíquia de São Camilo



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domingo, 4 de julho de 2021

04 de junho dia de São Francisco Caracciolo, Confessor.


 Nasceu em 13 de outubro de 1563 no Castelo de sua familia na Villa Santa Maria, Abruzzi,Italia, como Ascanio Pisquizio.

 Nascido na nobreza, ele era parente de Santo Thomas de Aquino e do Príncipe de Nápoles. Gostava de caçada. Certa vez aos 22 anos de idade ele curou um leproso com seu toque e tomou este fato como um sinal de sua vida. Ele vendeu todos os seus bens, deu o dinheiro para os pobres foi estudar teologia em Nápoles em 1585. Ordenado em 1587. Entrou para a Cnfraria do Hábitos Brancos da Justiça( Bianchi della Giustizia) e pregava para os prisioneiros .Com João Agostinho Adorno ele fundou a Cngregaçao dos Frades Menores e passou a cuidar dos doentes e prisioneiros e receberam a aprovação do Papa Sixtus V em 1º de julho 1588 , e do Papa Gregório XIV em 18 de fevereiro de 1591 e do Papa Clemente VIII em 1º de junho de 1592.
 Escolhido superior da Congregação em Nápoles em 89 de marco de 1592 ele fez questão de fazer também as tarefas mais humildes da casa como varrer os corredores. Notável pelo seu trabalho junto aos pobres , era um fazedor de milagres e tinha o dom da profecia, e era um pregador muito popular em sua região, curava várias doenças apenas com sua benção e o sinal da cruz. O Papa Paulo V desejava que ele fosse Bispo mas recusou repetidamente, citando a o voto da Congregação que proibia aceitar qualquer alta posição na Igreja. No final de sua vida ele renunciou de suas funções e passou seu tempo em oração e a se preparar para a morte.
 Varias vezes foi encontrado embaixo da escada da casa, em êxtase.
No dia em que morreu, uma hora antes do amanhecer ele levantou-se e gritou :
“Para o Céu” e logo depois faleceu.
Faleceu em 4 de junho de 1608 em Agnone, Itália. Suas relíquias estão parte em Nápoles e parte em San Lorenzo in Lucina, Roma.
Beatificado pelo Papa Clemente XIV em 1769 e canonizado em 24 de maio de 1807 pelo Papa Pio VII.
É padroeiro da Associação dos cozinheiros italianos, escolhido em 1838.

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