domingo, 27 de dezembro de 2020

27 de dezembro dia de São João, Apostolo e Evangelista.

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     São João Evangelista ou Apóstolo São João,consta que seria solteiro e Virgem vivia com os seus pais São João Evangelista (6-103) nasceu em Batsaida na Galileia. Filho do pescador Zebedeu e de Maria Salomé, uma das mulheres que auxiliaram os discípulos de Jesus . João e seu irmão mais velho Tiago, foram convidados a seguir Jesus, logo depois dos apóstolos Pedro e André.Foi pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.São João era o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente 16 anos de idade à altura do seu chamado por Nosso Senor Jesus Cristo e apelidado como filho do trovão.
   Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”. O "Novo testamento", São João foi o apóstolo que seguiu com Nosso Senor Jesus Cristo, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz está presença, e ao alcance de Nosso Senhor Jesus Cristo, e recebeu dEle em seus últimos momentos o mais precioso dos presentes. Cristo lhe encomendou que se encarregasse de cuidar da Mãe Santíssima Maria, como se fora sua própria mãe, lhe dizendo: "Eis aí a sua mãe". E dizendo a Maria: "Eis aí a seu filho", e a Tradição da Santa Igreja interpreta São João representa também todos os fiéis  de acolhendo Santíssima Virgem como nossa Mãe e de toda a Santa Igreja.
     São João Evangelista em sua peregrinação esteve em Antioquia, por ocasião do Concílio dos Apóstolos. E após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa evangelização. Mudou-se para Éfeso, onde dirigiu muitas Igrejas e foi em Éfeso que escreveu o quarto Evangelho, o último dos Evangelhos Canônicos. Escreveu também as Epístolas, três cartas com mensagens sobre a vida eterna e a vida da comunhão com Deus através da fé em Cristo.
    De acordo com os Atos dos Apóstolos, o quinto livro do Novo Testamento, quando São João acompanhou Pedro na catequese dos samaritanos, foi orientado por São Paulo a desistir da imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano foi exilado na ilha de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o último livro da Bíblia, onde narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as tribulações da Igreja e o seu triunfo final.
http://www.arautos.org/resource/view?id=19931&size=2   Conta a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. Após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus entregou sua alma a Deus com 94 anos em 103, na cidade de Éfeso, onde foi sepultado.




Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Sexta-feira das Têmporas do Advento.

18/12 Sexta das Têmporas
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos


Leitura da Epístola

Efésios 2,19-22
19 Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21 É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. 22 É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus. 

Sequência do Santo Evangelho

São João 20,24-29
39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. 40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43 Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 44 Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. 45 Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! 46 E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, 47 meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, 

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

09 de dezembro dia de Santa Leocádia, virgem e mártir

09/12 Quarta-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos

 
Santa Leocádia, virgem e mártir.(+ Toledo, 304)

         Era jovem, bela e de nobre fa­mília. Cristã fervorosa foi presa durante a perseguição de Diocle­ciano. Confessou . É padroeira da cidade de Toledo, na Espanha. Deu testemunho da fé durante a perseguição de Diocleciano. Era uma mulher bonita, nobre e possuidora de grande fortuna. Denunciada por ser cristã, foi presa e levada ao tribunal. “Foi interrogada, confessou com firmeza sua fé em Jesus Cristo, foi torturada atrozmente e sem se quebrantar  atormentaram-na, depois de torturada, foi lançada numa prisão. Com as unhas, fez uma cruz na parede, vindo a falecer no dia 9 de dezembro de 304 recebeu a palma do martírio;e Deus concedeu-lhe a coroa”. Os cristãos de Toledo construíram-lhe três igrejas: uma no lugar onde nasceu; outra, no lugar onde foi presa; e a terceira, no lugar onde teve a sua sepultura.



São João (JuanDiego Cuauhtlatoatzin 1474-1548

JUAN DIEGO nasceu em 1474 em Cuauhtitlan (México). O seu nome era Cuauhtitlantoadzin; baptizado em 1524, com 50 anos de idade, mudou o nome para Juan Diego segundo o hábito dos missionários que davam o nome de João a todos os baptizados, acrescentando-lhe outro particular, neste caso Diogo, conservando entretanto o nome indígena.
O seu baptismo foi fruto de uma convicção profunda, mudando o seu pensamento, o seu ser e o seu modo de vida pagã. Também se batizaram alguns dos seus parentes, entre os quais um tio a quem foi dado o nome de João Bernardino e sua esposa recebeu o nome de Maria Lúcia. O missionário responsável pela evangelização e catequização desta tribo foi o franciscano Frei Toríbio de Benavente. Juan Diego tornou-se um cristão piedoso e fazia um percurso de vinte quilómetros, na ida e volta, para participar na Santa Missa em Tlatelolco.   Aproveitava estas celebrações para aumentar a sua instrução religiosa e, ao mesmo tempo, venerar a Virgem Santíssima Mãe de Jesus. Isto revela a profundidade da sua fé e Juan Diego começou a ser conhecido como homem Virtuoso, de intensa espiritualidade, amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos.
   Tido como peregrino e, ao mesmo tempo, solitário, a sua fé era vivida com fervor até ao sacrifício. Pobre e humilde, fugindo às honras, nada amigo da confusão, demonstrou sempre uma atitude positiva perante os novos valores cristãos, onde a pureza de vida ganhou uma forma original, pois casou com Maria Lúcia, outra cristã, de quem ficou viúvo pouco depois. Constava que viviam como irmãos, fruto da sua livre escolha.
  Nesta ocasião, vivia em Tulpetlac, perto do seu tio, com quem permaneceu após a morte da sua esposa, ajudando-o nos trabalhos do campo.
  A 9 de Dezembro de 1531, Juan Diego dirigia-se como de costume à celebração Santa Missa quando, em Tepeyac, ouviu uma voz que o chamava como se há muito o conhecesse e o esperasse, convidando-o para lhe falar e confiar uma missão. Ouviu:  “Juanito, Juan Dieguito!”. Olha o céu azul e vê uma Senhora que o convida a aproximar-se e entre eles estabelece-se um pequeno diálogo.
  “Juanito, o mais pequeno dos meus filhos, onde vais?”.
  “Senhora, minha pequena, vou a tua casa, na cidade, para participar nas coisas divinas e aprender os ensinamentos que nos dão os nossos sacerdotes,  delegados do nosso Senhor”.
  “Quero que tu, o mais pequeno dos meus filhos, saiba que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus, Aquele que cria todas as coisas, dá a vida e é Senhor do céu e da terra. Eu sou também a vossa Mãe, cheia de misericórdia, e por isso desejo vivamente que aqui me seja construído um templo, para que nele possa mostrar o meu amor, a minha compaixão, dar-te ajuda e defesa a ti, aos habitantes deste lugar, a todos os meus devotos que me invocam e têm confiança em mim. Neste lugar, quero ouvir os seus lamentos, vir ao encontro de todas as suas misérias, sofrimentos e dores. Agora, para realizar quanto deseja a minha benignidade, deves ir à casa do prelado do México para lhe dizer que sou Eu que te envio. Manifestar-lhe-ás o meu desejo de ter aqui um templo na esplanada. Presta atenção para lhe dizer tudo quanto viste e ouviste. Prometo-te a minha protecção, far-te-ei feliz e dar-te-ei uma grande recompensa por este dever difícil que te confio. Agora que conheces a minha vontade, meu filho tão pequenino, vai e põe nisto toda a tua diligência”.
    Ele inclinou-se diante da Senhora e disse-lhe: 
“Minha Senhora, vou fazer já o que me mandas. Eu sou o teu humilde servo. Vou-me embora”.
  Juan Diego chega à casa do bispo, a quem expõe as palavras da Senhora, mas ele, desconfiando da ingenuidade destas palavras, pede um sinal daquilo que aconteceu. Volta ao lugar da visão e expõe à Senhora o seu conflito interior: 
“Senhora, minha pequena, a mais pequena das minhas filhas, fui cumprir as tuas ordens e cheguei com algumas dificuldades a falar com o homem indicado, expondo-lhe a tua vontade como me tinhas ordenado. Não o posso negar:  fui recebido dignamente e ouvido com atenção, mas pelas palavras de resposta, tive a impressão de não ter sido acreditado. Ele recomendou-me que voltasse, para indagar sobre as intenções da minha visita. Compreendi, porém, claramente que ele considera a proposta da construção de uma igreja mais como uma minha invenção do que uma ordem tua. E agora eu peço-te, minha Senhora e minha pequena, para que ele nos acredite, que Tu dês esta missão a outra pessoa, a alguém que seja uma personalidade conhecida, respeitada e bem vista. Eu sou um pobre homem, um ser que nada vale, alguém insignificante, uma simples folha, e Tu, Senhora, minha pequena, a mais pequena das minhas filhas, mandas-me a um lugar aonde eu não tenho o costume de ir e muito menos de permanecer. Senhora, minha patroa, assim, sou um peso e nada poderei fazer”.
   Sempre sorridente e amável, a Senhora respondeu-lhe: 
“Escuta meu filho, o mais pequeno de todos, e sabe que muitos são os meus devotos e servidores, a quem eu poderia confiar o encargo de levar a minha mensagem para realizar o desígnio que tenho em mente. Mas a minha escolha já foi feita. Eu quero que sejas tu mesmo a colaborar comigo, para atingir a minha finalidade. Então, meu filho, o mais pequeno de todos, eu recomendo-te e até te ordeno categoricamente que tu, já amanhã, voltes a ver o prelado. Fala-lhe em meu nome e diz-lhe com franqueza que é minha vontade que o templo se construa. Repete-lhe, ainda, que sou Eu mesma a mandar-te, a sempre Virgem Maria, Mãe de Deus”.
Juan Diego volta à casa do prelado, Frei João de Zumárraga, que lhe pede um sinal. Fez-lhe várias perguntas, a que ele respondeu com exactidão, não deixando dúvidas de que era verdadeiramente a Santíssima Virgem que lhe tinha falado.
Juan Diego não perdeu a coragem e perguntou-lhe: 
“Senhor, se me dás a saber que sinal queres, eu corro já a pedi-lo à Senhora do Céu que me enviou aqui”.
Logo que ele saiu, Frei João de Zumárraga mandou que alguns dos seus criados o seguissem, vissem por onde andava e com quem se encontrava para falar, mas a uma certa altura Juan Diego desapareceu e eles não o puderam encontrar.
É  então  que  acontecerá  o  dia dos “sinais”.
Chegando à casa do tio, encontrou-o muito doente, deitado na sua rede, em estado febril e com a pele cheia de manchas vermelhas e toda banhada de sangue. Era a peste. Foi à procura de um médico. Encontrou-o no dia seguinte, mas quando lhe explicou como estava o tio, ouviu uma palavra “Cocolitzi”, a terrível peste dessa época.
Humanamente, era incurável, dado o estado em que o enfermo se encontrava. João Bernardino piorava a olhos vistos e, como bom cristão, pediu ao sobrinho  que fosse a Tlatelolco para procurar um sacerdote, a fim de que o confessasse e com ele rezasse.
Juan Diego partiu dividido entre dois deveres:  encontrar-se com a Senhora e chamar o sacerdote. Os dois compromissos estavam em colisão nesse momento. Que fazer? Qual deles escolher? E pensava:  “Se vou encontrar a Senhora, para receber o sinal prometido, sem dúvida será preciso algum tempo, enquanto o meu tio permanece à espera, e não pode aguardar muito tempo. Penso que o meu principal dever, agora, é chamar o sacerdote”.
Mas olha para a montanha, pensando no tio e na Senhora. Eis que Ela vem ao seu encontro e diz:  “O que é, meu filho tão pequeno, onde vais?”.
“Senhora, minha filha, a mais pequena das minhas filhas, vejo que te levantaste muito cedo e desejo que estejas bem. Como desejaria que estivesses contente! Mas devo dar-te uma má notícia:  o meu tio, teu servo, está muito mal, ferido pela peste e já em agonia. Devo ir a toda a pressa à casa da tua cidade, para chamar um dos sacerdotes amados pelo nosso Senhor, para que vá consolá-lo e ajudá-lo a morrer bem. Cada um de nós, desde que nasce, é destinado à morte. Agora, minha Senhora e minha pequena, devo ir primeiro cumprir esta obrigação. Depois, voltarei aqui para receber a tua mensagem. Perdoa-me, tem paciência comigo! Eu não te engano, minha Filha pequenina.  Logo  que  for  possível, voltarei, amanhã”.
A Senhora fixava nele o seu olhar com particular intensidade. Juan Diego estava ajoelhado, de rosto voltado para Ela, com o seu manto branco envolvendo o seu ombro direito, com as mãos juntas, em atitude de súplica.
A Senhora disse-lhe amavelmente: 
“Escuta, meu filho, o mais pequenino dos meus filhos e procura compreender bem. O teu coração está perturbado mas não te aflijas por uma coisa de nada.  Nenhum deste género de males deve ser para ti um motivo de preocupação. Estou aqui, sou a tua Mãe. Estás sob a sombra da minha protecção. Eu sou a tua salvação. Tu estás no meu coração. De que tens, ainda, necessidade? Não sofras mais por isto. Quanto ao teu tio, sabe uma coisa:  ele não morrerá desta doença. Assim, não há nenhuma necessidade de médico, já está curado”.
Ao ouvir estas palavras, Juan Diego sentiu o seu coração cheio de felicidade. Não duvidou de modo algum, sentindo-se como uma criança, abandonada nos braços da sua mãe. Nem sequer lhe pediu para ir ver o seu tio. Ficou à sua completa disposição.
A Senhora mandou que fosse à montanha, onde se tinham dado as primeiras três aparições, e disse-lhe: 
“No píncaro da colina, encontrarás a surpresa de flores desabrochadas. Só tens de as colher e de mas trazer aqui. Vai, espero por ti!”.
Juan Diego enfrentou a subida como se tivesse asas nos pés, dominado como estava pela alegria e por uma luz que invadia o seu coração e tinha dissipado todas as nuvens de tristeza. Ficou arrebatado com o espectáculo maravilhoso que se apresentava diante dele. Conhecia bem o lugar de rochas áridas, onde só cresciam cactos, espinhos, figos da Índia e moitas, talvez pudessem nascer alguns tipos de ervas daninhas na Primavera ou no Verão, mas não agora, quando o frio queimava todo o germe de vida.
Era o dia 12 de Dezembro. Ele olhou e viu o espectáculo de muitas flores desabrochadas e intenso perfume. Conhecia o índio aquelas rosas, rainha das flores, como naturais das culturas mexicanas? Eram as rosas, hoje conhecidas como a “beleza espanhola”, a que os mexicanos chamavam “rosa de Castela”, havia pouco chegada de além-mar.
Juan Diego colheu as rosas, pô-las no seu manto e decidiu caminhar para a casa do Bispo, levando consigo o “sinal” pedido. Levava ainda uma recomendação:  “Não mostres a ninguém o que tens no manto!”.
À chegada ao palácio episcopal, o mordomo e outro criados a quem expôs o pedido para falar com o Bispo, receberam-no como se não o tivessem ouvido, para ele desanimar e ir embora. Ele ali ficou à espera de ser recebido, sempre com o seu manto dobrado, para que ninguém visse o que trazia. Mas o perfume das flores acabou por complicar a situação. Todos queriam saber de onde vinha, e quando reconheceram as rosas de Castela, todos deitaram a mão ao manto para obter pelo menos uma flor. Momento difícil para Juan Diego, que tinha de defender o seu tesouro. Finalmente, foi recebido pelo bispo, a quem disse: 
“Senhor, exprimiste o desejo de receber um sinal para poderes acreditar em mim e dares início à construção do templo. Levei o pedido à minha Senhora, Santa Maria, Mãe de Deus, que não teve dificuldade em acolhê-lo. Hoje de manhã, mandou-me subir ao cimo da colina, onde a tinha visto noutras vezes, com o encargo de colher ramos de flores. Mesmo sabendo que aquilo não era um jardim, mas um lugar cheio de espinhos, fui da mesma forma. E encontrei como que um jardim do paraíso, muitas flores cintilantes, molhadas pelo orvalho. Ela recomendou-me que voltasse aqui, para as trazer só a ti, como o sinal que pediste, para que te convenças de que vim por sua ordem, e decidas fazer a sua vontade. As flores estão aqui comigo:  ei-las!”.
Naquele instante, todos abriram a boca de espanto e o Bispo ajoelhou-se, juntou as mãos diante do índio que, por sua vez, se tinha levantado. Parecia que se invertiam as posições.
Para surpresa de todos, o “sinal” das flores colhidas fora da estação era ultrapassado por um prodígio impensável. No manto simples (“tilma”) de Juan Diego aparecia impressa em todo o seu comprimento a imagem da Virgem Santa com o seu rosto de mansidão, mãos juntas, com a túnica cor de rosa até aos pés, o manto azul e dois grandes olhos brilhantes que pareciam vivos.
A exemplo do Bispo todos ajoelharam, perturbados e, ao mesmo tempo, cheios de alegria, com o sentido de viva devoção, acompanhados pelas lágrimas de muitos. Foi o próprio prelado a interromper o silêncio, para pedir perdão a Maria por ter sido tão hesitante em acolher o sinal da sua vontade. Depois, levantou-se e, desatando o nó do manto no ombro de Juan Diego, tirou-lhe a túnica onde até hoje está impressa a imagem sagrada, para a colocar num lugar de honra, no seu oratório particular.
A partir de então, Juan Diego teve de aceitar o convite para permanecer no palácio episcopal como hóspede de honra.
Em breve, começaram as obras de construção de uma pequena ermida, que foi sendo sempre renovada até chegar à actual Basílica, inaugurada em 1976. Na inauguração da ermida primitiva, participaram muitos fiéis, inclusivamente Hernán Cortés, então governador espanhol, também ele curado (de uma mordedura de um escorpião) por intercessão de Maria. Arrastou idosos e jovens, que participaram da veneração da Santíssima Virgem.
 Juan Diego morreu no dia 3 de Junho de 1548, com 74 anos de idade.
Considerava-se como propriedade da Virgem Maria, com Ela percorrendo os caminhos para a  santidade. Em 1566, esse lugar começou a chamar-se Guadalupe, da raiz etimológica indígena Cuatlaxupeh. Hoje a devoção à Senhora corre o mundo; por toda a parte é conhecida a Senhora de Guadalupe,  Padroeira do México e do Continente americano. A sua imagem esteve presente na batalha de Lepanto. Maria começa, então, a ser invocada como Rainha da Vitória e Auxílio dos Cristãos, assumindo um significado de esperança e de promessa.

Leitura da Epístola

Romanos 15, 4-13
Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança. 5 O Deus da perseverança e da consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo, 6 para que, com um só coração e uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 7 Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória de Deus. 8 Pois asseguro que Cristo exerceu seu ministério entre os incircuncisos para manifestar a veracidade de Deus pela realização das promessas feitas aos patriarcas. 9 Quanto aos pagãos, eles só glorificam a Deus em razão de sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu vos louvarei entre as nações e cantarei louvores ao vosso nome (II Sm 22,50; Sl 17,50). 10 Noutro lugar diz: Alegrai-vos, nações, com o seu povo (Dt 32,43). 11 E ainda diz: Louvai ao Senhor, nações todas, e glorificai-o, todos os povos (Sl 116,1)! 12 Isaías também diz: Da raiz de Jessé surgirá um rebento que governará as nações; nele esperarão as nações (Is 11,10). 13 O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança! 

Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 11,2-10
Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras de Cristo, mandou-lhe dizer pelos seus discípulos: 3 Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro? 4 Respondeu-lhes Jesus: Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: 5 os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres... 6 Bem-aventurado aquele para quem eu não for ocasião de queda! 7 Tendo eles partido, disse Jesus à multidão a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8 Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas luxuosas? Mas os que estão revestidos de tais roupas vivem nos palácios dos reis. 9 Então por que fostes para lá? Para ver um profeta? Sim, digo-vos eu, mais que um profeta. 10 É dele que está escrito: Eis que eu envio meu mensageiro diante de ti para te preparar o caminho (Ml 3,1). 

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

domingo, 6 de dezembro de 2020

06 de dezembro dia de São Nicolau, Bispo e Confessor.

      São Nicolau(significa vitória) de Mira, dito Taumaturgo da cidade de Patras, na Ásia Menor (Turquia), onde teria nascido na segunda metade do século III,de pais santos e ricos,o pai, Epifânio, e a mãe, Joana, geraram-no na primeira flor da juventude e viveram a partir de então em continência, levando uma vida de celibatários.
   São Nicolau de Bari como é conhecido,participou do Concílio de Nicéia.
Sob o império de Diocleciano, Nicolau foi encarcerado por recusar-se a negar sua Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Após a subida ao poder de Constantino, Nicolau volta a enfrentar oposição, desta vez da própria Igreja.  Diante de um debate com outros líderes eclesiásticos.
   Nicolau, porém, não se dá por vencido e permanece atuante, prestando auxílio e a promover o bem estar das crianças e de suas mães através da educação, tanto secular quanto espiritual.  Muitos milagres são narrados em que a intercessão de São Nicolau beneficia antes as crianças. e outros necessitados.
    A ele foram atribuídos vários milagres, sendo daí proveniente sua popularidade em toda a Europa e sua designação como protetor dos marinheiros e comerciantes, santo casamenteiro e, principalmente, amigo das crianças, que ia de casa em casa repartindo presentes e doces às crianças. De São Nicolau escreveram muito belamente São João Crisóstomo e outros grandes Santos, mas sua biografia foi escrita pelo Arcebispo de Constantinopla, São Metodio.
   Entregou sua alma Deus no dia 6 de dezembro de 342.É o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega. É o patrono dos guardas noturnos na Armênia e dos coroinhas na cidade de Bari, na Itália, onde estariam sepultados seus restos.
   A principal história de sua vida, que foi responsável pelo vinculação de sua imagem à de papai noel, diz respeito à desventura de um vizinho seu, nobre, mas falido, que estava em vias de prostituir as filhas (ele tinha três). Nicolau apiedou-se da situação da família e jogou um saco de moedas pela janela da casa do homem, que pôde casar sua filha mais velha (naquela época, as mulheres precisavam pagar um dote á família do noivo para poderem se casar).  O mesmo sucedeu com as outras duas, sendo Nicolau denunciado apenas na terceira vez, porque jogou uma quantia de dinheiro tão grande que o barulho assustou o dono da casa, que saiu em seu encalço e beijou-lhe os pés.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sábado, 5 de dezembro de 2020

A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS

 Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: 

Os pastorinhos de Fátima, foi Nossa Senhora quem, depois de mostrar a visão do Inferno a Lúcia, Jacinta e Francisco, lhes revelou o “Segredo”. Contava a Irmã Lúcia que: “…para salvar as almas, Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração” (in Memórias da Irmã Lúcia). O objetivo único desta devoção ao Imaculado Coração de Maria, é a salvação das almas e a conquista da paz. “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz.

Oração para antes da Meditação dos 15 mistérios do Santo Rosário

 Sempre Virgem Imaculada  Maria Mãe de Deus e nossa Mãe, cheio de pena pelos espinhos que os homens ingratos a todos os momentos cravam em vosso Coração com blasfêmias e ingratidões, aqui estou a vossos pés para Vos fazer quinze minutos de companhia na meditação dos mistérios do Santo Rosário como amorosamente nos pedistes, a fim de Vos consolar.
  Vós que guardáveis e meditáveis em vosso Coração o que ouvíeis do vosso Divino Filho e o que víeis nas suas ações, dignai-vos pela vossa maternal bondade e misericórdia obter-me a graça de compreender o que esses mistérios nos ensinam e de praticar as suas lições.
  Aceitai,  Imaculado Coração de Maria, este meu pobre tributo de filial devoção e desagravo. Perdoai-me e fazei-me merecedor das graças que prometestes a este piedoso exercício, principalmente o da perseverança final. Amém.


Ato de Consagração e Desagravo (Pricipalmente depois destes dias da JMJ onde houve muitas blasfemias e sacrilegios)

 Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o Vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfêmias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que vos consolássemos e desagravássemos.
 Como filhos vos queremos amar e consolar sempre; mas hoje especialmente, ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
 De modo especial vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem vos querem aceitar como terna mãe dos homens. Outros, não vos podendo ultrajar diretamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações, sobretudo nas crianças inocentes, que são o vosso encanto, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
 Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prometemos reparar com os nossos sacrifícios e orações tantos pecados e ofensas destes vossos filhos ingratos.
 Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predileções, nem vos honramos e amamos como Mãe, mas antes entristecemos o vosso Coração e o do vosso divino Filho, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão. Queremos ainda pedir-vos, Senhora, compaixão, proteção e bênção para o povo da Rússia, que outrora vos amou tanto, e que está confiado e consagrado ao vosso Coração Imaculado. Reconduzi-o ao seio da verdadeira Igreja e sede a sua salvação, como prometestes nas vossas aparições em Fátima.
 Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que queremos amar-vos como mãe muito querida e nos consagrarmos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio nas angústias e tentações da vida e o caminho que nos conduza até Deus, que esperamos gozar eternamente no Céu. Amém.

 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.