domingo, 29 de janeiro de 2023

Quarto Domingo depois da Epifania

29/01 Domingo depois da Epifania
Festa de Segunda Classe
Paramentos Verdes 
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Intróito/Sal. 96, 7-8.
Adore a Deus, todos os seus anjos, Sião ouviu e se alegrou, e as filhas de Judá se alegraram.Ps. ibid.,O Senhor é rei; regozije-se a terra, regozijem-se todas as ilhas.V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, que sabeis que por causa da fragilidade humana não poderíamos sobreviver em meio a tantos perigos, dai-nos saúde da alma e do corpo, para que com a vossa ajuda possamos vencer o que sofremos pelos nossos pecados.

Leitura da Epístola de São Paulo aos 

Romanos 13, 8-10. 
Irmãos: A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei. Pois os preceitos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e ainda outros mandamentos que existam, eles se resumem nestas palavras: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei.

Gradual/ Sal. 101, 16-17.
Reconheça que não trabalhei apenas para mim, mas para todos os que buscam instrução.
V / Porque o Senhor construiu Sião e será vista em sua majestade.

Aleluia, aleluia/ Sal.96.1.
 V /. O Senhor é rei: regozije-se a terra, regozijem-se todas as ilhas. Aleluia.

Continuação do Santo Evangelho segundo 

São Mateus 8, 23-27. 
Naquele tempo: Subiu ele a uma barca com seus discípulos. De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?

Ofertório/ Sal. 117, 16 e 17.
A destra do Senhor fez brotar o seu poder, a destra do Senhor me exaltou. Não morrerei, mas viverei e contarei as obras do Senhor.

Secreta
Fazei, nós vos suplicamos, Deus Todo-Poderoso, que a oferta deste sacrifício sempre nos purifique e preserve nossa fragilidade de todo mal.
 
Comunhão/Lucas. 4, 22.
Todos admiravam as palavras que saíam da boca de Deus.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Ó Deus, que os teus dons nos desprendem dos prazeres terrenos e que a tua graça nos fortaleça sempre por meio deste alimento todo-celeste.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

29 de janeiro dia de São Francisco de Sales




   São Francisco de Sales nasceu no castelo da sua família, os barões de Boisy, em Thorens (Saboia) em 1567, primogênito de treze irmãos, foi educado no Colégio de Clermont, dirigido pelos jesuítas, em Paris, estudou em Annecy e na Universidade de Pádua, na Itália, onde recebeu o doutoramento em Direito Canônico com 24 anos. Recusou uma brilhante carreira e resolveu estudar para ser sacerdote apesar da oposição da família. Foi ordenado em 1593, tornando-se reitor em Genebra, Suíça. Após, foi para Chablais, cantão suíço na região da Sabóia, onde foi pároco, e onde converteu 8.000 calvinistas de volta à Santa Igreja. Ali escreveu diversos textos em defesa da fé, que foram publicados com o título "'Controvérsias e Defesa do Estandarde da Santa Cruz".
    Em 1599 Francisco foi indicado como bispo coadjutor em Genebra, tendo sucedido como bispo em 1602. Sua diocese tornou-se conhecida pela organização e pela formação do seu clero e leigos. Isto era uma grande realização diante da Igreja da época. fundou várias escolas e estabilizou a Igreja na região.
Era famoso diretor espiritual e pela sabedoria dos seus escritos. Ele e Santa Joana Francisca de Chantal, de quem foi diretor espiritual, fundaram a Ordem da Visitação, uma Ordem religiosa contemplativa. Foi também diretor espiritual de São Vicente de Paulo. Tornou-se uma figura líder e ficou famoso pela sua sabedoria e ensinamentos.
  Em 1609, seus escritos (cartas, pregações) foram reunidos e publicados com o título "'Introdução à vida devota" ou "Filotéia", que é a sua obra mais importante e editada até hoje. Outra obra que também é ainda editada é o "Tratado do Amor de Deus", fruto de sua oração e trabalho. Estes dois livros são considerados clássicos espirituais. Além destes livros, a coletânea de cartas, pregações e palestras alcança 50 volumes. A popularidade e o valor destes escritos fez com que fosse considerado padroeiro dos escritores católicos.
Faleceu em Lyon em 1622. Os seus restos mortais se encontram na Igreja da Visitação em Annecy.
Foi beatificado no ano em que faleceu e foi a primeira beatificação a ser formalizada na Basílica de São Pedro. Foi canonizado em 1655 pelo Papa Alexandre VII e em 1867 foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio IX. Foi declarado em 1923, pelo Papa Pio XI, patrono da imprensa católica.

 O Bispo São Francisco de Sales convertou 8.000 calvinista enquanto os modernistas elogiam a heresia Calvinista.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário. 

sábado, 28 de janeiro de 2023

28 de janeiro dia de São Pedro Nolasco,Confessor.

28/01 Sábado
 Festa de Terceira Classe 
Paramentos Brancos

Nasceu 1190 no século XII Condado da Provença, no sul da França. Seu pai, de origem anglo-normanda, chama-se Guillaume de Bigot (era filho de Hugh Bigot, 1º conde de Norfolk). Sua mãe, de origem italiana, chama-se Catarina, e era descendente de Filipe I de França através dos Saint-Gilles. Sua mãe provinha de Nola, Itália, donde o santo recebeu o nome.
    Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.Os pais constatavam com muita satisfação, que ao desenvolvimento físico do filho, correspondia igual progresso moral. Era admirável a terna compaixão que Pedro, criança ainda, revelava pelos pobres. O Aspecto da miséria causava-lhe tanta tristeza, que os pais, querendo consolá-lo, haviam de dar-lhe esmolas para os pobres. Mais tarde, quando estudante, repartia com os pobres tudo que dos pais recebia. Com o maior cuidado guardava o tesouro da pureza do coração, e todo o seu desejo era poder servir a Deus do modo mais perfeito. Daí a fuga de tudo que pudesse desagradar a Deus, ou ser um perigo para a sua alma. Pedro tinha 15 anos quando perdeu o pai. A mãe, desejando ter uma auxiliar no governo da casa, insistiu com Pedro para que estabelecesse família, ao que este se opôs terminantemente. Mais ainda: fez os votos de castidade e de pobreza, com o propósito de repartir os bens entre os pobres.
    No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos.A França, naquela época, estava tomada por sérias desordens que infestavam todo o território sul, dentre as quais os abusos dos albigenses (facção maniqueísta que alastrou-se pelo país). Para evitar qualquer contato com os hereges, Pedro associou-se ao conde Simão Monfort, comandante do Exército Católico. Com ele mudou-se para a Espanha, onde lhe foi confiada a educação do príncipe Jaime de Aragão
  Ofereceu-se-lhe ocasião de observar a tristíssima sorte dos cristãos que tiveram a infelicidade de cair no poder dos muçulmanos, que corriam grande perigo de perder a fé. Diante disto Pedro aplicou toda a sua fortuna no resgate daqueles infelizes, mas como a quantidade de escravos era enorme, acabou tendo de recorrer à caridade de outras pessoas que, caridosamente contribuíram com elevadas somas para a redenção dos pobres cativos.
Em primeiro de agosto de 1223, Pedro teve uma revelação da Santíssima Virgem, a qual mostrando grande satisfação pelo bem que fizera aos cristãos, deu-lhe a ordem de fundar uma congregação com o fim determinado da redenção dos cativos. Pedro comunicou este fato a São Raimundo de Penaforte, seu confessor e ao Rei Jaime, e grande surpresa teve, quando deles soube, que ambos, na mesma noite, haviam tido a mesma aparição. Tendo assim tão claramente a revelação da vontade divina, Pedro sem demora pôs mãos à obra e emitiu os três votos, de pobreza, castidade e obediência, acrescentando o quarto, de sacrificar os bens e a própria liberdade, se necessário fosse, pela redenção dos cativos. Do bispo Berengário, de Barcelona, recebeu estes seus votos.São Raimundo de Penaforte, por sua vez, organizou as constituições da regra da nova ordem, e impôs a Pedro o hábito nomeando-o primeiro Superior. A nova instituição teve gratíssimo acolhimento da parte do povo e com Raimundo, mais dois fidalgos receberam o hábito.A nova regra obteve, já em 1235, a aprovação da Santa Sé. Durante o espaço de trinta e um anos dirigiu os destinos da Ordem, e por milhares contaram-se os cristãos que lhe deveram a libertação do cativeiro mourisco.Grande desejo tinha tinha de visitar o túmulo do apóstolo São Pedro, a quem dedicava especial devoção. Quando, na hora das matinas apresentou a Deus o pedido de ver realizado esse desejo, apareceu-lhe São Pedro, fazendo-lhe ver que não era a vontade de Deus que fizesse aquela viagem. Pedro contentou-se inteiramente com esta resposta.Os últimos anos de sua vida foram-lhe amargurados pela impossibilidade de trabalhar. Sentindo-se ao fim da peregrinação terrena, reuniu todos os religiosos de sua Ordem, para lhes dar os últimos conselhos e a bênção. As últimas palavras que disse, foram: "Eu vos louvarei, Senhor, porque a salvação trouxestes ao povo". São Pedro Nolasco morreu em 25 de dezembro de 1256.  

Intróito/  Sal. 91, 13-14.
Os justos florescerão como a palmeira e se multiplicarão como o cedro do Líbano, plantado na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus. Ps. Ibid., 2. É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo. V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, que, para dar exemplo da vossa caridade, inspirastes divinamente São Pedro a fazer da vossa Igreja a mãe de uma nova família para a redenção dos fiéis cativos, concedei-nos, por sua intercessão, ser libertos da escravidão do pecado , e desfrutar de liberdade sem fim na pátria celestial.

Leitura da Epístola de 

São Paulo Apóstolo aos I Coríntios 4,9-14.
9 Porque, ao que parece, Deus nos tem posto a nós, apóstolos, na última classe dos homens, por assim dizer sentenciados à morte, visto que fomos entregues em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. 10 Nós, estultos por causa de Cristo; e vós, sábios em Cristo! Nós, fracos; e vós, fortes! Vós, honrados; e nós, desprezados! 11 Até esta hora padecemos fome, sede e nudez. Somos esbofeteados, somos errantes, 12 fatigamo-nos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Insultados, abençoamos; perseguidos, suportamos; caluniados, consolamos! 13 Chegamos a ser como que o lixo do mundo, a escória de todos até agora... 14 Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas admoesto-vos como meus filhos muitos amados. 

Gradual/Sal. 8, 6-7.
O coroou de glória e honra.
V /E tu o estabeleceste sobre as obras das tuas mãos, Senhor.


Aleluia, aleluia/ Sal. 111, 1-3.
 V /.Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se deleita em seus mandamentos. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho segundo 

São Lucas 12,32-34
32 Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino. 33 Vendei o que possuís e dai esmolas; fazei para vós bolsas que não se gastam, um tesouro inesgotável nos céus, aonde não chega o ladrão e a traça não o destrói. 34 Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.

Ofertório/Sal. 20, 2-3.
Senhor, o justo se alegrará com a tua força, e se regozijará com grande alegria, porque tu o salvaste. Você concedeu a ele o desejo de seu coração

Secreta
Nós imolamos a ti, Senhor, uma multidão de louvores em memória de teus santos, em quem confiamos para triunfar sobre os males da vida presente e escapar dos males da vida futura.

Comunhão/ 
Em verdade vos digo que, vós que deixastes tudo e me seguistes, recebereis o cêntuplo e possuireis a vida eterna.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Alimentados de comida e bebida celestiais, rogamos e suplicamos, ó nosso Deus, que nos conceda a ajuda das orações daquele em cuja festa as recebemos.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

domingo, 22 de janeiro de 2023

22 de janeiro dia de São Vicente e São Anastácio, Mártires.


+ 304 e 628. São Vicente foi um valoroso diácono de Zaragoza, que enfrentou toda sorte de tormentos para provar sua fidelidade a Cristo. Desempenhou-se com tanta proficiência deste cargo, que a diocese de Saragossa se distinguiu pelo espírito de piedade. Quando Diocleciano principiou a perseguição, apareceu na Espanha seu emissário Daciano, com ordem de exterminar a Santa Igreja Católica naquele país. Valério e Vicente foram as primeiras vítimas. Valério  foi mandado ao desterro, e Vicente submetido a cruéis torturas. Tão desumanas foram, que – assim opina Santo Agostinho – para sofre-las era preciso uma assistência divina especial. O mesmo  Santo Padre elogia São Vicente uma paciência angélica, uma tranquilidade imperturbável e uma paz tão extraordinária, que causou admiração e espanto até aos próprios algozes. Daciano, ao ver isto, não pôde dominar a fúria, que se lhe manifestava no olhar faiscante e na voz trêmula. Ferro e fogo foram os instrumentos de que Daciano se serviu, para martirizar o santo diácono. Mas Deus não abandonou seu servo. O cárcere do mártir encheu-se de grande luz, e os Anjos desceram, cantando com Vicente o louvor de Deus. O próprio carcereiro, vendo este espetáculo, converteu-se ao cristianismo e recebeu o batismo. Os cristãos a que antes era vedado entrar em comunicação com o diácono-mártir, aproximaram-se-lhe, beijaram-lhe as feridas e embeberam panos em seu sangue, guardando-os como preciosas relíquias. Para que os cristãos nada pudessem fazer com o corpo do mártir, Daciano deu ordem que fosse lançado num pântano, mas um corvo defendeu-o contra as feras. Mandou então que o atirassem  ao mar, mas o mar despejou-o. Os cristãos tomaram o corpo e sepultaram-no numa capela perto  de valência. Mais tarde as santas relíquias foram transportadas para a abadia de Castres, em Languedoc,  na França, ocasião em que se observaram muitos milagres.

+ 304 e 628 E Santo Anastácio foi um monge persa, decapitado com outros 70 cristãos pelo rei Cosroes.Chosroas,  rei da Pérsia, tomou Jerusalém em 614 e nesta ocasião se apoderou do santo Lenho e levou-o consigo. Deus serviu-se desta circunstância, para operar a salvação de muitos Persas. Um deles foi Anastácio, filho de um célebre feiticeiro. A santa Cruz, de que tanto se falava, excitou-lhe também a curiosidade e desejo de vê-la.
      Sem ter a intenção de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe, à media que se aprofundava nos santos mistérios. Depois de algum tempo, se dirigiu a Hierápolis, hospedando-se em casa de um artista cristão. Este, no intuito de fazê-lo conhecer a fundo a religião cristã, convidou-o para assistir a Santo Sacrificio da Cruz e conhecer mais profundo a vida cristã. As santas imagens, as representações dos santos mártires tocaram-lhe o coração bem ao vivo e despertaram-lhe o desejo de, como eles, um dia poder sacrificar a vida em testemunho da Fé, que estava prestes a abraçar. Após longa preparação, recebeu o santo Batismo e entrou para um convento em Jerusalém. Tinha um zelo tão vivo e ardente, que em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e santidade. Tinha por leitura predileta, além da Bíblia, a história dos mártires. As lutas e vitórias, os triunfos dos heróis comoviam-no até lágrimas e cada vez mais pronunciado se lhe tornava o desejo de morrer pela Fé, o que fez com que saísse do convento e se dirigisse a Cesaréia, na Palestina. Vendo entre os soldados alguns que cometiam atos vergonhosos, censurou-os energicamente. Este rigor chamou a atenção do governador, que suspeitava de Anastácio um espião e mandou-o prender. Perguntado pela religião que professava, Anastácio respondeu que tinha abandonado a magia, para ser cristão.
      Não faltaram promessas e ameaças para fazê-lo renunciar à Fé – Santo Anastácio permaneceu firme. Seguiram-se então os maus tratos e verdadeiras torturas. Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta: “Sou cristão, e como cristão quero morrer”.
      São Justino, seu abade, sabendo dos sofrimentos que o súdito sofria por amor de Cristo, mandou que a comunidade rezasse pelo pobre perseguido, para que não lhe faltasse a graça divina. Destacou dois monges, que o deviam visitar e consolar.
      Da Palestina foi Santo Anastácio, por ordem do imperador, transportado para a Pérsia. Lá o esperava o martírio tão almejado. Chosroas envidou primeiro todos os esforços para afastá-lo da religião cristã. Ofereceu-lhe uma alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a Fé cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo: “Que mal poderia causar esta negação?  Poderá haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com ele ficas unido?” Anastácio declarou que teria horror  até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações honrosas.
      A resposta de Anastácio foi a mesma: “A pobreza do meu hábito – disse ao general – fala-te eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam!”  Vendo assim frustradas as tentativas , o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a Fé. O dia  22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória. Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem de enforcar e decapitar o santo mártir.
      Pouco antes da morte, Anastácio tinha predito a morte do tirano Chosroas. Esta profecia realizou-se dez dias depois, quando o imperador Heráclito invadiu e conquistou a Pérsia.O corpo do Santo, que tinha sido atirado aos cães, foi por estes respeitado. Os fiéis resgataram-no e deram-lhe sepultura no convento de São Sérgio. As relíquias foram mais tarde transportadas para Constantinopla e de lá para Roma.Santo Anastácio é padroeiro dos ourives, porque gozava da hospitalidade de um ourives, por ele instruído na religião. È invocado também em grandes tentações e em casos de possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa, possesso, este ficou livre da possessão.

   Resistemos com a graça de Deus e da Virgem Maria pela intercessão destes santos mártires a nunca negarmos a nossa Fé na Santa Doutrina Tradicional da nossa Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Como diz: Nosso Senhor quem perseverar ate o fim, será salvo.(São Mateus 24,13)


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.

sábado, 21 de janeiro de 2023

21 de janeiro dia de Santa Inês, Virgem e Mártir.

21/01 Sábado
Festa de Terceira Classe
Paramentos Vermelhos
Image 

Santa Inês seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma babá que só a deixaria após o casamento.Aos 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. 
   A maneira por que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião, obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas. Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena, imposições, ameaças, insultos, brutalidades. O juiz fez a Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana.
   Santa Inês não se perturbou. Mesmo quando lhe mostraram os instrumentos de tortura, cujo simples aspecto era bastante para causar espanto ao homem mais forte, Inês os olhou com indiferença e desprezo. Arrastada com bruteza ao lugar  onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso, a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços e posta a ridículo sua autoridade, o juiz teve uma inspiração diabólica: de mandar a donzela a uma casa de pecado um prostibulo. Santa Inês respondeu-lhe: “Nosso Senhor Jesus Cristo vela sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a  roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Nosso Senhor  Jesus Cristo”.
      A ordem do juiz foi executada e daí a pouco Santa Inês se achava no lugar da prostituição. Dos diversos rapazes que lá estavam, só um teve o atrevimento de aproximar-se de Inês, com malignos intuitos. No momento, porém, em que ia estender a mão contra ela, caiu por terra , como fulminado por um raio. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Não estava morto, como todos supuseram no primeiro momento, mas aos olhos faltou-lhes a luz.Santa Inês rezou sobre ele e a cegueira desapareceu.
    
  O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada.
       Ao ouvir esta sentença, a alma de Santa Inês encheu-se de júbilo. Maior não podia ser a satisfação e a alegria da jovem noiva, ao ver aproximar-se o dia das núpcias, que o prazer que Santa Inês experimentou, quando ouviu dos lábios do juiz o convite para as núpcias eternas com Nosso Senhor Jesus Cristo, seu celeste esposo. O  algoz tinha recebido ordem para, antes de executar a sentença de morte, convidar a Inês para prestar obediência à intimação do juiz. Feito pela última vez Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que
parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte. Os circunstantes, vendo este triste e ao mesmo tempo grandioso espetáculo, soluçavam alto.
        Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305. tendo apenas a idade de 13 anos. No tempo do imperador Constantino foi construída em Roma uma Igreja dedicada à gloriosa mártir.
      Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza Angélica. Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza, como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado. É padroeira dos noivos, por  ter-se chamado esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, agna significa cordeirinho. Na Igreja latina prevaleceu esta interpretação. Dois dias depois da sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um grupo de virgens, tendo ao seu lado um cordeirinho. Santo Agostinho admitia as duas interpretações. “Santa Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego, a pura”. – No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.

Intróito/ Sal. 118, 95-96.
Os pecadores esperavam que eu me perdesse, mas eu entendi seus ensinamentos, Senhor. Eu vi o fim de toda perfeição; sua lei tem uma extensão infinita.Ps. Ibid., Bem-aventurados os que são imaculados no caminho, que andam na lei do Senhor.V/. Glória Patri.

Coleta
Deus todo-poderoso e eterno, que escolhe o que é fraco no mundo, para confundir os fortes, concede-nos, por tua misericórdia, que, celebrando a solenidade da bem-aventurada Inês, sua Virgem e Mártir, sintamos contigo os efeitos de sua proteção.

Leitura do livro da Sabedoria

Eclesiástico 51,1-8,12.
1 Glorificar-vos-ei, ó Senhor e Rei, louvar-vos-ei, ó Deus, meu salvador. 2 Glorificarei o vosso nome, porque fostes meu auxílio e meu protetor. 3 Livrastes meu corpo da perdição, das ciladas da língua injusta, e dos lábios dos forjadores de mentira. Fostes meu apoio contra aqueles que me acusavam. 4 Libertastes-me conforme a extensão da misericórdia de vosso nome, dos rugidos dos animais ferozes, prestes a me devorar; 5 da mão daqueles que atacavam a minha vida, do assalto das tribulações que me aturdiam, 6 e da violência das chamas que me rodeavam. Em meio ao fogo não me queimei. 7 Libertastes-me das profundas entranhas da morada dos mortos, da língua maculada, das palavras mentirosas, do rei iníquo e da língua injusta. 8 Minha alma louvará ao Senhor até a morte, 12 pois libertais, Senhor, aqueles que esperam em vós, e os salvais das mãos das nações.

Gradual/ Sal. 44, 3 e 5.
A graça é derramada em seus lábios; é por isso que Deus te abençoou para sempre e por todas as eras.
V /.  Pela verdade, mansidão e justiça; e seu direito o guiará maravilhosamente.

Aleluia, aleluia/ Matt. 25, 4 e 6.
 V /. Cinco virgens prudentes levaram azeite em suas vasilhas com suas lâmpadas; mas no meio da noite ouviu-se um grito: Aqui vem o noivo; vá diante de Cristo, seu Senhor. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho


São Mateus 25,1-13
1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9 As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.  

Ofertório/Sal. 44, 15 e 16.
Virgens serão trazidas ao rei depois de você; seus companheiros serão apresentados em meio à alegria e alegria. Eles serão levados ao templo do rei.

Secreta
Recebe favoravelmente, Senhor, as hóstias que te oferecemos, e por intercessão da Beata Inês, tua Virgem e Mártir, livra-nos das amarras de nossos pecados.
 
Comunhão/ Mat. 25, 4 e 6.
Cinco virgens prudentes levaram azeite em suas vasilhas com suas lâmpadas; mas no meio da noite ouviu-se um grito: Aqui vem o noivo; vá diante de Cristo, seu Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Alimentados pela comida e bebida celestiais, rogamos e suplicamos, ó nosso Deus, que nos conceda a ajuda das orações daquela em cuja festa as recebemos.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

domingo, 15 de janeiro de 2023

15 de janeiro dia de São Paulo Eremita,Confessor.

 

 São Jerônimo escreveu em 400, um livro rico em detalhes sobre a vida de Paulo, a quem chamou de "príncipe da vida eremita". Ele a conheceu narrada pelo amigo são Atanásio, discípulo de santo Antonio do Deserto. Paulo nasceu no ano 228, em Tebaia, uma região próxima do rio Nilo, no Egito, cuja capital era Tebas. Foi educado pelos pais que eram da nobreza e cristãos. Porém aos catorze anos ficou órfão. Era bondoso, piedoso e amava a sua fé. Em 250 começou a perseguição do imperador Décio. Foi uma perseguição curta, mas dura e contundente, porque ordenava aos cristãos que renegassem a fé e participassem dos ritos pagãos, como sinal de lealdade ao Estado. Quem aceitasse podia viver tranquilo. Muitos aceitavam, para salvar a vida.São Paulo não rendeu homenagens aos deuses, preferiu se esconder, mostrando prudência. Porém, foi denunciado e fugiu para o deserto. Lá, encontrou umas cavernas onde, séculos atrás, os escravos da rainha Cleópatra fabricavam moedas. Escolheu uma, perto de uma fonte de água e de umas palmeiras, para ser sua moradia. Com as folhas da palmeira fazia a roupa. Os frutos eram seu alimento. E a água da fonte sua bebida. Em 251 o imperador Décio morreu num combate e a perseguição cessou. Mas, Paulo nunca mais voltou. O deserto, a solidão e a proximidade com Deus o haviam conquistado. Sentiu que sua missão era ajudar o mundo não com negócios e palavras, mas com penitências e orações, para a conversão dos pecadores. Disse são Jerônimo que quando a palmeira não tinha frutos, vinha um corvo trazendo meio pão no bico e com isso vivia o santo monge. Depois de muitos anos, foi descoberto por Santo Antonio do Deserto, ou Santo Antão, o qual foi avisado em sonho, que no deserto existia um monge mais velho do que ele.São Paulo estava na caverna, quando se encontraram. Conversavam sobre assuntos espirituais, quando um corvo pousou carregando no bico a ração dobrada: um pão inteiro. Paulo, então, contou a ele sua vida e a experiência dos noventa anos de solidão no deserto. Depois rezaram a noite toda. Pela manhã, São Paulo pediu que Santo Antão fosse buscar o manto que recebera de Santo Atanásio, pois pressentiu que seu fim estava próximo. Santo Antão ficou emocionado, porque nada havia contado sobre o manto, que ganhara do discípulo. Partiu e quando voltou, não o encontrou mais. Envolto em mistério e encantamento, ao que tudo indica, São Paulo morreu com cento e doze anos em 340, sozinho e em lugar ignorado. Foi um santo singular: não deixou escritos ou palavras memoráveis. Segundo a tradição, no século VI, foi erguido no Egito um mosteiro, em frente ao Monte Sinai, que conserva a sua antiga morada na caverna. Monge do silêncio, também conhecido como: São Paulo de Tebas. Cerca de oito séculos depois de sua morte, nasceu uma comunidade religiosa com o nome de "Ordem de São Paulo Primeiro Eremita" ou "Eremitas de São Paulo". Uma comunidade que, no início do terceiro milênio, ainda permanece viva e conhecida, tendo sua Casa Mãe, perto do Santuário Mariano de Czestochowa, na Polônia. A Igreja o celebra em 15 de janeiro, data indicada no livro de são Jerônimo.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.

sábado, 14 de janeiro de 2023

14 de janeiro dia de Santo Hilário,Bispo,Confessor e Doutor.

14/01 Sábado
Festa de Terceira Classe
Paramentos Brancos  
 Santo Hilário de Poitiers (ca. 300 - 368 d.C.) foi um bispo na cidade romana de Pictavium, atual Poitiers, na Gália, e é um dos Doutores da Igreja. Ele também é muitas vezes chamado de "Martelo dos Arianos" (em latim: Malleus Arianorum) e o "Atanásio do ocidente". Seu nome vem da palavra grega para "feliz" ou "alegre".


«Sobre a Santíssima Trindade»
 A união entre o Pai e o Filho
«Eu e o Pai somos um só».
Como os hereges não podem negar estas palavras, ditas de modo tão absoluto, as corrompem e as falseiam no sentido de sua impiedade, para torná-las condenáveis. Tentam limitá-las a uma simples unanimidade, como se no Pai e no Filho a unidade fosse só de vontade e não de natureza, isto é, como se fossem Eles uma só coisa, não pelo que são, mas pelo que querem. A tal interpretação adaptam, a seu modo, aquele passo dos Atos dos Apóstolos onde se diz: "a multidão dos crentes era um só coração e uma só alma". Almas e corações em número plural podem se unificar pela convergência das vontades a um único objeto. Servem-se também os hereges do que está escrito aos Coríntios: "quem planta e quem rega são um só". Nesses dois haveria unidade moral, porquanto não difere o ministério instituído para a salvação. Abusam também daquilo que disse o Senhor, quando rogou ao Pai a salvação das nações que creriam em si: "Não só por estes rogo, mas também pelos que hão de crer em mim mediante a sua palavra, a fim de que todos sejam um, assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti; que eles também sejam um em Nós". Ora, como os homens não podem dissolver-se em Deus, nem misturar-se num conglomerado indistinto, sua unidade lhes virá só de uma vontade unânime. Quando os homens fazem o que é do agrado de Deus - argumentam - a harmonia dos espíritos os associa. Logo, concluem, não é a natureza, mas a vontade que os unifica. Ignora a sabedoria quem a Deus ignora. E como a sabedoria é o Cristo, está fora da sabedoria quem ignora o Cristo ou só o conhece através dessa gente que prefere ver no Senhor de Majestade, no Rei dos séculos e Deus Unigênito, uma simples criatura, em vez do verdadeiro Filho. E se se obstinam são ainda mais estultos na defesa de sua mentira. Deixando de lado por ora a questão da unidade do Pai e do Filho, podemos perfeitamente refutá-las com as mesmas armas que empregam. De fato, quando se diz que a alma e o coração dos fiéis eram um, pergunto se isso não acontecia pela Fé comum. Sim, pela Fé é que o coração e a alma dos fiéis eram uma só coisa. Interrogo agora se essa Fé é uma ou múltipla. Uma só, certamente, como aliás já o Apóstolo no-la assegura, pregando ser uma a Fé, um o Senhor, um o batismo, uma a esperança e um só Deus. Ora, se pela Fé, isto é, pela natureza de uma só Fé, todos eram um, como não aceitarás física a unidade dos que são um pela natureza da única Fé?Todos, na verdade, tinham renascido para a inocência, a imortalidade, o conhecimento de Deus, a Fé e a Esperança. E se essas coisas não podem divergir entre si, pois também a Esperança é uma só, e Deus é único, único é o Senhor, e único o banho regenerador,quem poderia dizer que elas são unificadas mais pelo acordo de vontade que por própria natureza? E que, igualmente, só pela vontade são unificados os que renasceram para aqueles bens? Se, porém, foram, antes, regenerados para a natureza de uma mesma vida e eternidade, (pelo que seu coração e sua alma se faziam um Só), não podemos aqui falar de mera unidade moral: muitos são um Só na regeneração da mesma natureza. Não estamos falando de nós mesmos, nem arranjamos algumas citações falsificadas, corrompendo o sentido das palavras para iludir os nossos ouvintes. Mantendo a forma da sã doutrina, só acolhemos e prezamos o que é genuíno. O Apóstolo, em verdade, ensina, ao escrever aos Gálatas, que a unidade dos fiéis lhes vem da natureza dos sacramentos: "todos os que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo; não há mais nem gentio nem grego, servo nem livre, homem nem mulher: todos sois um só em Cristo Jesus". Se, pois, tantos são um só, apesar da grande diversidade de nações, condições e sexo, quem poderá supor que isso lhes vem do mero consenso moral? Não será, antes, da unidade do sacramento, um só batismo, onde todos se revestiram do único Cristo? Que vem aqui fazer a mera concórdia das vontades, quando eles são um só, precisamente porque se revestiram do Cristo único, mediante a realidade do batismo único? Quando diz a Escritura serem um só o que planta e o que rega, não é também porque, renascidos eles mesmos de um só batismo, constituem, por sua vez, um ministério único na administração do banho regenerador? Não fazem, porventura, a mesma coisa? Não são um só, em um só? Ora, os que são um só pela mesma coisa, são assim por natureza, não apenas por vontade. Tornaram-se um, e são, ao mesmo tempo, ministros da mesma coisa e do mesmo poder. Sirvo-me sempre das alegações opostas pelos tolos, para demonstrar sua tolice. E claro: sendo a verdade firme e imutável, tudo o que uma inteligência perversa e insensata arranja para contradizê-la, vindo em sentido oposto, há de aparecer forçosamente falso e estulto. Procurando enganar-nos os heréticos arianos com o texto que diz: "Eu e o Pai somos uma só ", aduziram também outra palavra do Senhor, para levar a que se pensasse (em vez da unidade de natureza e da não diversa divindade) numa simples união de mútuo amor e concórdia de vontades. E este o texto: "para que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em Nós". Exclui-se, evidentemente, das promessas evangélicas quem se exclui da fé das mesmas. O crime da inteligência ímpia faz perder a esperança, que é simples. Ora, não ter o conhecimento daquilo que constitui o objeto da Fé, merece não castigo, mas prêmio, pois o maior estipêndio da Fé é esperarmos o que não conhecemos. A última loucura da impiedade é, ou não crer nas coisas que conhece, ou corromper o conhecimento do que deve crer. Mas ainda que a impiedade mude o sentido daquelas palavras, nem por isso perdem o verdadeiro significado. O Senhor roga ao Pai para que os que crerem nele sejam um só e, como ele mesmo está no Pai e o Pai nele, também sejam neles um só. Por que vens agora introduzir a simples concórdia, a unidade de alma e coração, fundada exclusivamente na harmonia das vontades? Seria assim, com plena propriedade da expressão, se o Senhor, ao dirigir-se ao Pai, tivesse usado termos como estes: Pai, assim como nós queremos uma só coisa, também eles queiram uma coisa, e sejamos todos um só pela concórdia das vontades... Terá acaso a própria Palavra ignorado a significação das palavras? Não saberá a Verdade dizer coisas verdadeiras? Falou com astúcia a Sabedoria? Aquele que é a Força terá sido incapaz de dizer o que queria? Ora, ele falou, enunciando os puros e verdadeiros mistérios da Fé evangélica. Nem se limitou a falar para só mostrar, mas ensinou à nossa Fé nestas palavras: "que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és um em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em nós". O pedido do Cristo é, primeiro, "para que todos sejam um só"; em seguida, mostra o modelo da unidade a seguir, nestas palavras: "assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles sejam também um em Nós". Como o Pai está no Filho e o Filho no Pai, assim todos sejam um no Pai e no Filho, segundo o modelo e a forma da sua unidade! Mas porque só ao Pai e ao Filho compete a unidade por natureza (pois Deus não pode ser de Deus, nem o Unigênito provir do Pai eterno, senão na sua original natureza), assim também, para que se ressalve ao Filho a sua essência de origem e se reconheça à sua divindade a mesma verdade da Fonte de onde ela procede, eis que o Senhor, solícito em dissipar toda dúvida à nossa Fé, se apressa a ensinar-nos nas citadas palavras a natureza dessa absoluta unidade. Segue-se, pois: "a fim de que o mundo creia que Tu Me enviaste". O mundo vai crer na missão do Filho, se todos os que crerem Nele forem um no Pai e no Filho. E como serão, logo acrescenta: "e Eu lhes darei a glória que Tu me deste". Pergunto então se glória é o mesmo que "vontade". Vontade é inclinação da mente, glória é reflexo ou dignidade da natureza. Logo, o que o Filho deu aos seus fiéis não é vontade, mas glória, aquela que Ele recebeu do Pai. Se, com efeito, tivesse dado não glória, mas vontade, já nossa Fé não teria prêmio, pois estaria obrigada por uma vontade prefixada e não livre. A doação da glória constitui o bem indicado nas palavras que se seguem: "para que sejam um como Nós o Somos". É para que sejam todos um, que a glória por Ele recebida do Pai é dada aos crentes. São todos um só na glória concedida, pois não é outra a que Ele dá senão a que Ele recebe, nem para outro fim é dada senão para que todos sejam um. E, como pela glória dada pelo Filho aos fiéis, todos são um, pergunto como há de ter o Filho uma glória menor do que a do Pai, se aos próprios crentes a glória do Filho eleva à unidade da glória do Pai. Sem o aspecto da esperança humana, a palavra do Senhor será talvez insólita, mas seguramente não é infiel. Pois, embora fosse temerário esperar isso, seria irreligioso deixar de crer no Autor tanto da Fé quanto da esperança ali contida. Bem, trataremos melhor deste assunto a seu tempo. Por ora, baste-nos ver que nossa esperança não é vã ou temerária. Concluindo: todos são um pela glória que o Filho recebe do Pai e confere aos fiéis. Afirmo a Fé e ao mesmo tempo fico sabendo a causa da unidade. Só falta compreender melhor a razão por que essa glória dada ao cristão é capaz de fundar tal unidade. Não querendo o Senhor deixar algo incerto, referiu-se a um efeito da sua ação física, quando exclamou: "para que todos sejam um, como Nós Somos um Só. Eu neles e Tu em Mim para que sejam perfeitos na unidade". Tenho vontade de perguntar agora aos que pretendem existir entre Pai e Filho unidade puramente moral, se hoje o Cristo está em nós na verdade da natureza, ou numa simples concórdia de vontades. Se, com efeito, o Verbo se fez carne e, se na Ceia do Senhor nós tomamos verdadeiramente esse Verbo-carne, como não há de permanecer ele em nós fisicamente? Nascido homem, não assumiu, de modo inseparável, a natureza mesma de nossa carne? E no mistério do seu corpo, dado a nós em comunhão, não o juntou à natureza de sua carne sua divindade eterna? Logo, todos são um só, porque no Cristo está o Pai e em nós o Cristo. Quem nega que o Pai esteja fisicamente em Cristo, deve primeiro negar que ele mesmo esteja fisicamente em Cristo e o Cristo em si. É porque em Cristo está o Pai, e em nós o Cristo, que nós somos também feitos uma só coisa. Se é verdade que Cristo assumiu a carne de nosso corpo, e que o homem nascido de Maria é Cristo; se é verdade que nós recebemos em mistério a carne de seu corpo (e por isso mesmo seremos um, pois o Pai está Nele e Ele em Nós), como ousam asseverar uma unidade puramente moral, quando pelo sacramento a propriedade natural (da Carne assumida por Cristo e por nós comida) é mistério da perfeita unidade? Não se deve falar das coisas de Deus segundo o espírito do homem e do século. Nem numa pregação violenta e imprudente. Da pureza das palavras divinas devemos excluir a perversidade de um entendimento ímpio e estranho. Leiamos simplesmente o que está escrito e entendamos o que lermos: é o modo de exercitar a perfeita Fé. Tudo que dissermos da realidade física de Cristo em nós, ou foi dele mesmo que aprendemos, ou então é ímpio e estulto o que afirmamos. Mas ele mesmo diz: "Minha carne é verdadeiramente comida e Meu sangue verdadeiramente bebida. Quem come a Minha carne e bebe o meu sangue, fica em Mim e Eu nele". Quanto à verdade da carne e do sangue, não há lugar para dúvida: é verdadeiramente carne e verdadeiramente sangue, como vemos pela própria declaração do Senhor e por nossa Fé em suas palavras. Esta carne, uma vez comida, e este sangue, bebido, fazem que sejamos também nós um em Cristo, e o Cristo em nós. Não é isto verdade? Não o será para os que negam ser Jesus Cristo verdadeiro Deus! Ele está, pois, em nós por sua carne e nós Nele, e ao mesmo tempo o que nós somos está com Ele em Deus. Jesus mesmo atesta quão realmente estejamos Nele pelo mistério da comunhão de sua carne e sangue, dizendo: "o mundo já não Me Vê; vós, porém, Me vereis, pois, Eu vivo e vós vivereis; pois Eu estou no Pai e vós em Mim, e Eu em vós". Se tencionou referir-se apenas a uma unidade de vontade, por que estabeleceu esta graduação e ordem na consumação da unidade? Não foi senão para que se cresse que Ele está em nós pelo mistério dos sacramentos, como está no Pai pela natureza da sua divindade, e nós Nele, por sua natureza corporal. Ensina-se, portanto, que pelo nosso Mediador se consuma a unidade perfeita, pois enquanto nós permanecemos Nele, Ele permanece no Pai, e, sem deixar de permanecer no Pai, permanece também em nós, e assim nós subimos até à unidade do Pai! Ele está no Pai fisicamente, segundo a origem de sua eterna natividade, e nós estamos Nele fisicamente, enquanto também está em nós fisicamente. Quão real seja esta unidade em nós, atesta-o, dizendo: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele". Só aquele no qual o Senhor estiver poderá estar Nele. Ele somente assume a carne daquele que o receber. Já tinha o Senhor ensinado antes o mistério desta perfeita unidade, ao dizer: "Assim como Me enviou o Pai, que vive, e Eu vivo pelo Pai, o que comer a minha carne também viverá por Mim". Ele vive, pois, pelo Pai e do mesmo modo como vive pelo Pai nós vivemos por sua carne. Toda comparação, realmente, se emprega para determinar a forma que se quer dar a entender. Seu fim é fazer-nos atingir uma realidade segundo o modelo proposto. Esta é, pois, a causa de nossa vida: que, por sua carne, tenhamos o Cristo em nós. Nós somos corporais, mas destinados a viver por ele segundo a mesma condição em que ele vive pelo Pai. Se, portanto, vivemos por ele, fisicamente, segundo a carne, isto é, alcançando a natureza de sua carne mesma, como é que ele não tem fisicamente o Pai, segundo o espírito, se é pelo Pai que ele vive? Vive realmente pelo Pai; sua origem por geração não lhe confere uma natureza diversa, e é pelo Pai que é o que é, nunca se separando por qualquer dessemelhança sobrevinda. Por sua geração tem em si o Pai na força da mesma natureza.Se quisemos recordar tudo isto foi porque os hereges, afirmando falsamente uma simples unidade moral entre o Pai e o Filho usavam o exemplo de nossa própria unidade com Deus. Para eles, era como se, unidos ao Filho e ao Pai por mero vínculo de obséquio e vontade religiosa, estivéssemos excluídos de qualquer comunhão física pelo sacramento da carne e do sangue. Ora, a verdade é que, pela comunicação da própria honra do Filho e pela existência do próprio Filho em nós por sua carne, e de nós Nele, de modo corporal e inseparável, se tem de professar o mistério de uma unidade real e verdadeira.

"Oh Trindade eterna! Vós sois um mar sem fundo no qual, quanto mais me afundo, mais Vos encontro, e quanto mais Vos encontro, mais ainda Vos procuro. De Vós jamais se pode dizer: basta! A alma que se sacia nas Vossas profundidades, deseja-Vos sem cessar, porque sempre está desejosa de ver a luz na Vossa luz".
Santa Catarina de Sena

Intróito/Eclesiástico, 5, Sl 91, 2.
No meio da igreja ele abriu a boca, e o Senhor o encheu com o espírito de sabedoria e entendimento: ele o vestiu com o manto da glória.Sl.É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo.V /Gloria Patri.

Coleta
Deus, tu deste ao teu povo o bem-aventurado Santo Hilário,Bispo,Confessor e Doutor. para ministro da salvação eterna: faze, nós te rogamos, que mereçamos ter por intercessor no céu aquele que foi na terra o Doutor da vida.


Leitura da Epístola

Timóteo II 4,1- 8
1 Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: 2 prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. 3 Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. 4 Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. 5 Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério. 6 Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. 7 Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. 8 Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Gradual/ Sl. 36, 30-31.
A boca do justo meditará em sabedoria, e sua língua falará justiça.
V /. A lei de seu Deus está em seu coração, e não será derrubada.

Aleluia, aleluia/  Ecl. 45, 9
 V /. O Senhor o amou e o adornou: Ele o vestiu com um manto de glória. Aleluia.Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 5,13-19
13 Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha 15 nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. 16 Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. 17 Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. 18 Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. 19 Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.

Ofertório/ Sl.  91, 13.
Os justos florescerão como a palmeira, e se multiplicarão como o cedro do Líbano.

Secreta
Que a piedosa intercessão de São Hilário, seu Pontífice e Doutor, não nos falte, Senhor: torne nossos dons agradáveis ​​para você e obtenha sempre sua indulgência para nós.
 
Comunhão/   Luc. 12, 42.
Este é o servo fiel e prudente que o senhor designou sobre sua família para dar-lhes a medida de trigo no tempo determinado.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Assim, Senhor, que o vosso santo sacrifício nos alcance a salvação: interceda por nós o Beato São Hilário , vosso Pontífice e vosso admirável Doutor.

 
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

sábado, 7 de janeiro de 2023

A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS

A Magnifica Promessa dos 
Cinco Primeiros Sábados
"A quem abraçar esta devoção, Eu prometo a salvação."
... Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de Junho de 1917


 Por que os cinco Sábados?

 São cinco os Primeiros Sábados por, segundo revelou Jesus, serem “cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.

Esta pergunta, levantada por muitos, também a fez a Irmã Lúcia a Nosso Senhor, que assim lhe respondeu: "Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.

1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;

2. Contra a sua virgindade;

3. Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;

4. Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;

5. Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens". (Cfr. Memórias e Cartas da Irmã Lúcia,
Porto, 1973).

Estas blasfêmias dos modernistas, maçônicos, hereges, cismáticos,ateus  e ímpios

  Cegos por um ecumenismo maçônico enganador, houve varias rebelião,a pior foi em 1962 com o Concilio Vaticano II reunião todas blasfêmias, e esquecem que só tem uma verdade evidente, relembrada aqui pela Mensagem de Fátima: aqueles que, obstinadamente e com pleno conhecimento, negam abertamente as prerrogativas da Santíssima Virgem Maria, cometem as blasfêmias mais odiosas respeitante a Ela por isto a:
Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados
  
 A salvação das almas, de todas as almas – "principalmente as que mais precisarem" –, arrebatando-as a todas do fogo do inferno que as ameaça é, portanto, em última análise, a intenção principal da prática dos Primeiros Sábados do mês. Foi essa mesma intenção que Nossa Senhora já tinha indicado no dia 19 de Agosto de 1917, quando recomendou aos pastorinhos a urgência de rezarem e fazerem sacrifícios: "Rezai, rezai muito; e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".

   Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então:
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
Nª Senhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos atos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.




CONDIÇÕES

As condições para ganhar o privilégio dos Primeiros Sábados são quatro:

1. Confissão. Para cada Primeiro Sábado é precisa uma confissão com intenção reparadora. Pode fazer-se em qualquer dia, antes ou depois do Primeiro Sábado, contanto que se receba a Comunhão em estado de graça.
A vidente perguntou: – “Meu Jesus, as (pessoas) que se esquecerem de formar essa intenção (reparadora)? Jesus respondeu – Podem formá-la na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem para se confessar”.
As outras três condições devem cumprir-se no próprio Primeiro Sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, conceda que se possam fazer no domingo a seguir.
2. A Comunhão Reparadora.
3. O Terço.
4. A meditação, durante 15 minutos, de um só mistério, de vários ou de todos. Também vale uma meditação ou explicação de 3 minutos antes de cada um dos 5 mistérios do terço que se está a rezar.
Em todas estas quatro práticas deve-se ter a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
A devoção dos 5 Primeiros Sábados foi aprovada pelo Bispo de Leiria a 13-9-1939, em Fátima.



ATO DE CONSAGRAÇÃO E DESAGRAVO


Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfêmias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que Vos consolássemos e desagravássemos.
Ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
Dum modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna Mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar diretamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, nós Vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prome¬temos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predileções, nem Vos honrámos e amámos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio durante a vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja.

 Papa São Pio X, a devoção dos primeiros sábados do mês foi aprovada oficialmente: "Todos os fiéis que, no primeiro sábado ou no primeiro domingo de doze meses seguidos, dedicarem algum tempo à oração vocal ou mental em honra da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem ganham, em cada um desses dias, uma indulgência plenária. As condições são: confissão, comunhão e oração pelas intenções do Soberano Pontífice".

" Se Fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz ... virei pedir ... a comunhão reparadora nos primeiros sábados dos mês."

... Nossa Senhora à Irmã Lúcia, 13 de Julho, 1917

Orações e jejuns em reparação ao carnaval de São Paulo que levam Santa imagem de Nossa Senhora. 


Divulguem pois cada folheto sai por 0,10 centavos em papel cuchê.
E colorido.
Pedidos abaixo de 1 mil paga-se o frete e não vai de brinde o Catecismo da Doutrina Cristã dito de São Pio X:

 100 folhetos sai por 15,00 +10,00 frete registrado=25,00
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Ó Maria,Virgem poderosa,
Tu, grande ilustre defensora da Santa Igreja,
Tu, Auxilio maravilhoso dos cristãos,
Tu terrível como exército ordenado em batalha,
Tu, que, só, destruíste toda heresia em todo mundo
Nas nossas angústia, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo; e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso. Amém!
(Oração composta por São João Bosco)
 
 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.