quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Quinta-feira da 2ª Semana da Quaresma

29/02 Quinta-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos

Intróito/Sal. 69, 2 e 3.
Deus, venha em meu auxílio; Senhor, apresse-se em me ajudar. Confundam-se e envergonhem-se os que procuram tirar-me a vida.Ps. ibid., 4.Deixe-os recuar e ficar confusos, aqueles que me desejam mal. V/. Glória Patri.

Coleta
Digna-te, Senhor, conceder-nos o auxílio da tua graça, para que, perseverando como convém no jejum e na oração, sejamos libertos dos inimigos da alma e do corpo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Leitura da Epístola do livro do profeta


Jeremias 17,5-10 
5 Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor! 6 Assemelha-se ao cardo da charneca e nem percebe a chegada do bom tempo, habitando o solo calcinado do deserto, terra salobra em que ninguém reside. 7 Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. 8 Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos. 9 Nada mais ardiloso e irremediavelmente mau que o coração. Quem o poderá compreender? 10 Eu, porém, que sou o Senhor, sondo os corações e escruto os rins, a fim de recompensar a cada um segundo o seu comportamento e os frutos de suas ações.

Gradual/Sal. 78, 9 e 10.
Senhor, perdoa-nos os nossos pecados, para que não digam entre as nações: Onde está o seu Deus?
V / Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, e para a glória do teu nome, Senhor, livra-nos.

Sequência do Santo Evangelho 

São Lucas 16,19-31 
19 Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. 20 Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. 21 Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. 22 Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 23 E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. 24 Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. 25 Abraão, porém, replicou: - Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. 26 Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. 27 O rico disse: - Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, 28 para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. 29 Abraão respondeu: - Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! 30 O rico replicou: - Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão. 31 Abraão respondeu-lhe: - Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos.

Ofertório/ Êxodo 32, 11, 13 e 14.
Moisés orou na presença do Senhor seu Deus e disse: Por que, Senhor, está zangado com o seu povo? Volte da sua raiva. Lembre-se de Abraão, Isaque e Jacó, a quem Senhor jurou dar a terra que mana leite e mel. E o Senhor foi apaziguado, e ele não prejudicou o que havia falado de fazer ao seu povo.

Secreta
Que os jejuns consagrados pelo presente sacrifício para a glória do Teu Nome, santifique-nos, Senhor, para que o que externamente testificamos querer fazer observando-os, seja realizado interiormente quanto ao seu efeito em nossas almas. Por N.-S.

Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .

Comunhão/ São João. 6, 57.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Rogamos-te, Senhor, que a tua graça não nos falte, que nos prenda ao teu santo serviço e que sempre nos procure a tua ajuda. Por Nosso Senhor

Super populum: Oremus. Humiliate capita vestra Deo.Sobre o povo: Oremos. Humilhem suas cabeças diante de Deus.
Oração.
Adésto, Dómine, fámulis tuis, et perpétuam benignitátem largíre poscéntibus: ut iis, qui te auctóre et gubernatóre gloriántur, ei congregáta restáures et restauráta consérves. Por Dominum. RezarAssiste, Senhor, os teus servos e concede-lhes as marcas incessantes da tua bondade que eles pedem, para que naqueles que se orgulham de tê-lo como criador e guia, restaures os bons elementos que ali reuniste e guardes o que restauraste. . Por Nosso Senhor.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Quarta-feira 2ª Semana da Quaresma

28/02 Quarta-feira 2ª Semana da Quaresma 
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos



Intróito/Sal. 37, 22-23.
Não me abandones, Senhor meu Deus; não se afaste de mim. Apresse-se em me ajudar, Senhor, Deus da minha salvação.Ps. ibid. 2.Senhor, não me repreendas na tua ira, e não me castigues na tua ira. V/. Glória Patri.

Coleta
Nós vos suplicamos, Senhor, olhai favoravelmente para o vosso povo, e concedei àqueles a quem ordenais que se abstenham da carne, que renunciem também aos vícios que prejudicam as suas almas. Por N.-S.

Epístola extraída do livro de

Ester 13, 8-11 e 15-17
8 Então Mardoqueu orou ao Senhor, recordando tudo o que havia feito: 9 Senhor, disse, Senhor, rei todo-poderoso, tudo está realmente no vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade, se tendes resolvido salvar Israel. 10 Fizestes o céu e a terra e todas as maravilhas que se acham sob a abóbada celeste. 11 Sois o Senhor universal e ninguém poderia opor-se a vós, o Senhor. 15 E agora, Senhor, que sois meu Deus e meu rei, Deus de Abraão, poupai vosso povo, pois nossos inimigos nos querem arruinar e destruir vossa antiga herança. 16 Não desprezeis a vossa porção, que vós resgatastes do Egito. 17 Ouvi minha oração! Sede propício para com a partilha de vossa herança, e mudai em gozo nossa dor, a fim de vivermos para celebrar vosso nome, Senhor, e não fecheis a boca daqueles que vos louvam, ó Senhor!

Gradual/Sal. 27.9 e 1.
Salve seu povo, Senhor, e abençoe sua herança.
V / Eu clamarei a ti, Senhor; não te cales a meu respeito, para que eu não seja como os que descem à cova.

Trato/  Sal. 102, 10.
Senhor, não nos trates segundo os nossos pecados, e não nos castigues segundo as nossas iniqüidades.
V/.Sal. 78, 8-9.Senhor, não se lembre mais de nossas antigas iniqüidades; que suas misericórdias venham apressadamente ao nosso encontro, pois estamos reduzidos à última miséria.

Ajoelhamo-nos V/. Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, e para a glória do teu nome, Senhor, livra-nos e perdoa-nos os nossos pecados, por amor do teu nome.

Sequência do Santo Evangelho 
 

São Mateus, 20,17-28
17 Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes: 18 Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. 19 E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará. 20 Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica. 21 Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda. 22 Jesus disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu devo beber? Sim, disseram-lhe. 23 De fato, bebereis meu cálice. Quanto, porém, ao sentar-vos à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim vo-lo conceder. Esses lugares cabem àqueles aos quais meu Pai os reservou. 24 Os dez outros, que haviam ouvido tudo, indignaram-se contra os dois irmãos. 25 Jesus, porém, os chamou e lhes disse: Sabeis que os chefes das nações as subjugam, e que os grandes as governam com autoridade. 26 Não seja assim entre vós. Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo. 27 E o que quiser tornar-se entre vós o primeiro, se faça vosso escravo. 28 Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão.

Ofertório/ Sal. 24, 1-3.
A ti, Senhor, elevo a minha alma; meu Deus, confio em ti; para que eu não tenha que corar. E que meus inimigos não riam de mim; pois nem todos os que esperam em ti serão confundidos.

Secreta
Olha com bondade, Senhor, para as hostes que te oferecemos e, por meio dessa santa troca, rompe os laços com os quais nossos pecados nos sobrecarregam. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .
 
Comunhão/ Sal. 10, 8.
O Senhor é justo e ama a justiça; seu rosto contempla a justiça.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Concede-nos, por favor, Senhor, que, tendo recebido os teus sacramentos, possamos aumentar em nós mesmos os frutos da eterna redenção. Por Nosso Senhor.

Super populum: Oremus. Humiliate capita vestra Deo. Sobre o povo: Oremos. Humilhem suas cabeças diante de Deus.
Oratio. Rezar
Deus, innocéntiæ restitútor et amátor, dírige ad te tuórum corda servórum: ut, spíritus tui fervóre concépto, et in fide inveniántur stábiles, et in ópere efficaces. Por Dominum. Ó Deus, que amas e restauras a inocência, converte para ti o coração dos teus servos, para que, tendo começado a ser fervorosos pelo teu Espírito, se encontrem firmes na fé e ativos nas obras. Por Nosso Senhor.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

28 de fevereiro dia de São Romão,Confessor.


   São Romão, que viveu no século 5, foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay.
  Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demônio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demônio”.  Envergonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de fato nunca mais o demônio os incomodou.
  A fama dos dois santos homens chamou muita gente ao lugar onde estes moravam, uns para pedir conselho, oração e consolo, outros, a estes em maior número, para, sob sua direção, levar uma vida em Deus. Santo Hilário tinha conferido a Romão as ordens do sacerdócio. Junto com seu irmão Lupicino fundou três conventos: o de Condat, hoje Santa Claude, o de Laucone e de la Baume. Ao redor deste último se agrupou a cidadezinha de St. Romain-de-Roche. Estes conventos gozavam de grande reputação na França, devido ao bom espírito, à vida santa que lá se levava.São Romão era para todos o modelo de perfeição.
  Em certa ocasião fez uma romaria ao túmulo de São Maurício e levou em sua companhia o monge Paládio. À noite os surpreendeu e tiveram de abrigar-se numa gruta, que servia de albergue a dois leprosos. Grande foi o espanto destes, ao avistarem os dois religiosos na pobre habitação. Romão, para convencê-los de que nada precisavam temer, abraçou-os e beijou-os com muito afeto. Quando, no dia seguinte, os romeiros se despediram dos pobres lázaros, Romão fez o sinal da cruz sobre eles e no mesmo momento a lepra os deixou.
  Este grande milagre aumentou ainda mais o grande conceito do Santo, em que o tinha todo o povo. Romão, porém muito se aborreceu com as honras de que o fizeram alvo e retirou-se para o convento de St. Claude, onde morreu no odor de santidade.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Terça-feira 2ª Semana da Quaresma

27/02 Terça-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos

Intróito/Sal. 26, 8 e 9.
Meu coração te disse: Meus olhos te buscaram, teu rosto, Senhor, eu o buscarei. Não vire seu rosto para longe de mim.Ps. ibid., 1. O Senhor é minha luz e minha salvação; quem devo temer? V/. Glória Patri.

Coleta
Nós vos suplicamos, Senhor, que continueis a nos ajudar com bondade na observância deste santo jejum; para que, tendo aprendido de ti o que devemos fazer, o realizemos com a ajuda de tua graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Leitura da Epístola do livro do profeta

I Reis, 17,8-16
8.Então o Senhor disse-lhe:
9. Vai para Sarepta de Sidon e fixa-te ali: ordenei a uma viúva desse lugar que te sustente.10. Elias pôs-se a caminho para Sarepta. Chegando à porta da cidade, viu uma viúva que ajuntava lenha. Chamou-a e disse-lhe: Por favor, vai buscar-me um pouco de água numa vasilha para que eu beba.
11. E indo ela buscar-lhe a água, gritou-lhe Elias: Traz-me também um pedaço de pão.12. Pela vida de Deus, respondeu a mulher, não tenho pão cozido: só tenho um punhado de farinha na panela e um pouco de óleo na ânfora; estava justamente apanhando dois pedaços de lenha para preparar esse resto para mim e meu filho, a fim de o comermos, e depois morrermos.
13. Elias replicou: Não temas; volta e faze como disseste; mas prepara-me antes com isso um pãozinho, e traze-mo; depois prepararás o resto para ti e teu filho.14. Porque eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: a farinha que está na panela não se acabará, e a ânfora de azeite não se esvaziará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a face da terra.
15. A mulher foi e fez o que disse Elias. Durante muito tempo ela teve o que comer, e a sua casa, e Elias.16. A farinha não se acabou na panela nem se esgotou o óleo da ânfora, como o Senhor o tinha dito pela boca de Elias.

Gradual/Sal. 54, 23, 17, 18 e 19.
Coloque sua mente no Senhor, e ele mesmo o alimentará.
V /  Quando clamei ao Senhor, ele ouviu minha voz contra aqueles ao meu redor para me arruinar.

Sequência do Santo Evangelho 

São Mateus, 23,1-12

1. Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse:
2. Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés.3. Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.4. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo.
5. Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos.
6. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.7. Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens.8. Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos.
9. E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.10. Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11. O maior dentre vós será vosso servo.
12. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado. 

Ofertório/Sal. 50, 3.
Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua grande misericórdia; Senhor, apaga a minha iniqüidade.

Secreta
Faça, em sua benevolência, Senhor, que sua obra de santificação seja realizada em nós por meio desses mistérios, para que nos purifique de nossas inclinações terrenas e nos conduza aos dons celestiais. Por N.-S

Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .
 
Comunhão/ Sal. 9, 2-3.
Vou contar todas as suas maravilhas. Em ti me regozijarei e me regozijarei; Eu cantarei seu nome, ó Altíssimo. A verdade dele o cercará como um escudo.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Para que sejamos dignos de teus dons sagrados, faze, nós te suplicamos, Senhor, que sempre obedeçamos teus mandamentos. Por N.-S

Super populum: Oremus. Humiliate capita vestra Deo.Sobre o povo: Oremos. Humilhem suas cabeças diante de Deus.
Oratio. Propitiáre, Dómine, suplicatiónibus nostris, et animárum nostrarum medére languóribus: ut, remission percépta, in tua sempre benedictióne lætámur. Por Dominum. Rezar Ouve favoravelmente as nossas súplicas, ó Senhor, e cura os males das nossas almas, para que, tendo recebido o teu perdão, possamos regozijar-nos sem cessar com a tua bênção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

27 e 28 ano bisexto de fevereiro dia de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

 São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luiz Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do batismo, na mesma pia, em que foi batizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no batismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis. Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”. Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria.
 A grande felicidade que na infância reinava, experimentou um grande abalo, quando inesperadamente o anjo da morte veio visitar aquele lar e arrebatar-lhe a mãe. D. Inês sentindo a última hora se aproximar, na compreensão do seu dever de mãe cristã reuniu todos os filhos à cabeceira do leito mortal, estreitou-os, um por um, ao seu coração, selou a sua fronte com o último beijo, deu-lhes a bênção, distinguindo com mais carinho os de tenra idade, entre estes, Francisco; munida de todos os sacramentos, confortada pela graça de Deus, na idade de 38 anos deixou este mundo, para, na eternidade, perto de Deus, receber o prêmio de suas raras virtudes. Do pai, o próprio filho Francisco ao seu diretor espiritual deu o seguinte testemunho: Meu pai, declarou, tinha por costume levantar-se bem cedo. Dedicava uma hora à oração e meditação; se neste tempo alguém desejava falar-lhe, havia de esperar pelo fim das práticas religiosas. Terminadas estas, ia à igreja assistir a santa Missa e costumava levar consigo dos filhos os que não fossem impedidos. Finda a santa Missa metia-se ao trabalho. À noite reunia seus filhos e dava-lhes sábios conselhos e úteis exortações. Falava-lhes dos deveres para com Deus, do respeito devido à autoridade paternal e do perigo das más companhias. “Os maus companheiros, dizia ele, são os assassinos da juventude, os satélites de Lúcifer, traidores escondidos e por isso para os temer e deles ter cuidado”. 
  Os biógrafos de Francisco fazem ressaltar em primeiro lugar a extraordinária bondade de coração do menino, principalmente para com os pobres. Muitas vezes ficou ele sem a merenda, por tê-la dado aos pobres. Entre seus irmãos era ele o anjo da paz, sempre pronto para desculpar e para defendê-los, quando acusados injustamente. Não suportava a injúria, fosse ela atirada a si ou a um dos seus. Com a maior facilidade se desfazia de objetos de certo valor, com que tinha sido homenageado. Assim presenteou a um de seus irmãos de uma bela corrente de prata, que tinha recebido de um parente. Estes belos traços no caráter de Francisco não afastam certas sombras que nele subsistiam também. Os que o conheciam meigo, bondoso, compassivo, sabiam-no também ser nervoso, impaciente, irascível. Por felicidade sua o senhor Sante, seu pai não era daqueles que desculpam os caprichos de seus filhos, pretextando serem crianças, sem pensar que mais tarde terão de pagar bem caro esta condescendência e fraqueza. O verdadeiro amor cristão fê-lo combater sem tréguas todos os defeitos. 
 Francisco era obediente e tinha grande respeito ao pai, o que aliás não impedia que diante de uma severa repreensão desse largas ao seu gênio impulsivo, com palavras e gestos demonstrando o seu descontentamento, sua raiva. Mas tudo isto era fogo fátuo. Logo voltava às boas; sua boa índole não permitia, que estas revoltas interiores durassem muito tempo. Era encantador ver, momentos depois, o menino desfeito em pranto, procurar o pai e por seus modos ingênuos e infantis, assegurar-se do perdão e do amor do Sr. Sante. Este, fingindo não dar crédito a estas demonstrações, retrucava bruscamente: “Nada de carícias; quero ver fatos”. Então o menino se atirava ao colo do pai, beijava-o e sentia-se feliz, em ter voltado à paz, com o perdão paterno. Nesta escola de sábia pedagogia Francisco cedo aprendeu combater e vencer seus defeitos. Por algum tempo Francisco ficou entregue aos cuidados de um mestre; depois freqüentou o colégio dos Irmãos das Escolas Cristãs, onde fez rápidos progressos, figurando sempre entre os melhores alunos. Na idade de sete anos fez a sua primeira confissão. Um ano depois, em junho de 1846 recebeu o sacramento da confirmação. Tudo isto prova que o menino já se achava bem instruído nas verdades da nossa fé, graças ao sólido ensino que lhe dispensavam os beneméritos Irmãos Sallistas.
 Nesse mesmo tempo caiu também a data da sua primeira comunhão, para qual se preparou com todo o esmero. Testemunha de vista desse grandioso ato diz: “O fervor com que o vi chegar-se da sagrada mesa, o espírito de fé, que se estampava no seu semblante, o vigor dos seus afetos foram tais, que se chegava a crer ser ele levado por um Serafim”. Esses sentimentos de fé e de piedade, aquelas chamas de amor ao SS. Sacramento não mais se separaram do coração de Francisco nos anos de sua mocidade, nem no meio de uma vida dissipada de certo modo mundana. Não menos certo é que a freqüente recepção da santa comunhão preservou-o de graves desvios no meio das tentações do mundo. Terminados os estudos elementares, o pai pensou em procurar para Francisco uma educação mais elevada, de acordo com a sua posição social e confiou seu filho aos Padres Jesuítas que na cidade de Spoleto dirigiram um colégio. Neste educandário passou Francisco os anos todos de sua mocidade no mundo e chegou a cursar os quatro semestres de estudos filosóficos. Estudante inteligente e cumpridor exato de seu dever que era, deixou boa memória naquele colégio e formavam-se as mais belas esperanças a seu respeito. Ano não passava, que não tirasse um prêmio; no fim dos seus estudos foi distinguido com uma medalha de ouro. Mestres e colegas igualmente o estimavam. Tudo nele encantava: os seus modos delicados e gentis, a modéstia no falar, o sorriso benévolo que lhe afloravam aos lábios, o garbo com que se sabia ver em circunstâncias mais solenes, os sentimentos nobres que dominam em todo o seu proceder. Aos seus mestres devotava sempre a máxima estima e profunda gratidão. 
Das práticas de piedade era rígido observador e com regularidade freqüentava os santos sacramentos. Não há dúvida, que, dada a ocasião, o seu gênio impetuoso e quente o levava a transportes de veemência e de cólera. Mais estes excessos eram sempre seguidos de lágrimas de arrependimento e de penitência. Desde a sua infância mostrou devoção particular a Nossa Senhora das Dores, uma imagem da qual se conservava em sua família; e cabia-lhe a ele adorná-la de flores e manter acesa uma lâmpada diante da estátua. Afirma um dos seus irmãos, Eurique Possenti, que viu Francisco, no último ano que passou em casa, usar de cilício de couro com pontinhas de ferro. Outro testemunho, da família Parenzi, declara: “Sua conduta religiosa e moral tem sido irrepreensível; dada a grande vigilância de meus pais, não teria sido admitido em nossa família, se não fosse realmente virtuoso”. Para completar a imagem do jovem estudante e assim melhor poder compreender a mudança que nele mais tarde se efetuou, tenha aqui lugar a descrição da solene distribuição de prêmios, da última em que Francisco tomou parte no colégio dos Jesuítas em Spoleto, em setembro de 1856. Os melhores alunos tinham sido escolhidos para abrilhantar a cerimônia com discursos e declamações poéticas. Entre eles Francisco ocupava o primeiro lugar. Ninguém se lhe igualava em elegância exterior, no garbo de representar, na graça de declamar, na graciosidade da gesticulação, no timbre encantador da voz. Podendo representar no palco, parecia estar no seu elemento e fazia-o com toda a naturalidade e perfeição. Em sua aparência não deixava nada a desejar: tudo obedecia às exigências da última moda: o cabelo esmeradamente penteado, o traje elegante e ricamente adornado, as luvas brancas, gravata de seda, sapatos luzidios e artisticamente acabados, a tudo isso Francisco ligava máxima importância. Em certa ocasião recitou com tanto ardor e tamanho foi o entusiasmo que excitou no auditório, que o delegado apostólico Mons. Guadalupe, que presente se achava, ao pai de Francisco que ao seu lado se achava disse: “se vosso filho aqui presente estivesse, abraçava-o em vosso lugar”.

As raras qualidades morais, que o adornavam, a figura simpática e atraente na flor da mocidade, a extrema vivacidade que nele se observava, não deixaram de emprestar-lhe um leve sombreado de vaidade, que de algum modo chegou a dominá-lo. Esta vaidade se lhe patenteava na exigência que fazia no modo de se trajar, sempre na última moda, de perfumar o cabelo e este sempre tratado com cuidado, de se aborrecer com uma nódoa por mais insignificante que fosse, no fato, no amor que tinha a divertimentos alegres e aos esportes mundanos. O inimigo das almas tirou proveito dessas fraquezas. Se não conseguiu roubar-lhe a inocência, não foi porque não lhe poupasse contínuos assaltos, bem sucedidos. A paixão pelo teatro, a verdadeira mania por bailes, o amor à leitura de romances eram tantos escolhos, tantos perigos, que é de admirar que o jovem Francisco não caísse presa das ciladas diabólicas. Tão pronunciada era sua paixão às danças, que lhe importou a alcunha de “bailarino”. Assim um dos seus mestres, Pe. Pinceli, Jesuíta, quando soube da inesperada fuga de Possenti do mundo para o convento, disse: “O bailarino fez isto? Quem esperava uma tal coisa! Deixar tudo e fazer-se religioso no noviciado dos Padres Passionistas!”
 Francisco bem conhecia o perigo em que nadava, e não faltava quem o chamasse à atenção, o lembrasse da necessidade da oração, da vigilância, da mortificação, da devoção a Jesus e Maria, de não perder de vista a eternidade, etc. Em uma carta que lhe escreveu o Pe. Fedeschini, S. J. há todos estes avisos; o conselho de fugir das más companhias, de dar desprezo à vaidade no vestir e falar, de largar o respeito humano, de fazer meditação diária e receber os sacramentos. Com todas as leviandades e suas perigosas tendências para o mundo, Francisco não deixava de ser um bom e piedoso jovem, a quem homens sábios e virtuosos não pudessem escrever com confiança, benevolência e estima e cujas palavras não fossem aceitas com respeito e gratidão. “Muitas vezes” – diz quem bem o conhecia – “Possenti sentiu o chamado de Deus, de deixar a vida no mundo e trocá-la com o estado religioso”. Seu diretor, Pe. Norberto, Passionista, declara: “A vocação, se bem que descuidada e sufocada, estava nele havia muito tempo e ele a sentiu desde os mais tenros anos. Muitas vezes o servo de Deus disse-me isto, lastimando a sua ingratidão e indiferença”. O mesmo sacerdote relata: “A sua vocação se manifestou do seguinte modo: Não sei em que ano foi, sentiu-se ele acometido de um mal, que o fez pensar na morte. Teve então a inspiração de prometer a Deus entrar numa Ordem religiosa, caso recuperasse a saúde. A promessa foi aceita, pois melhorou prontamente e em pouco tempo se achou restabelecido. A promessa ficou como se não fosse feita. O jovem tornou a dar o seu afeto ao mundo e se entregou à dissipação como antes. Não tardou que Deus lhe mandasse outra enfermidade, uma inflamação interna e externa da garganta, tão grave, que parecia a morte iminente já na primeira noite, tornando-se-lhe dificílima à respiração. Novamente o enfermo recorreu a Deus e invocando Santo André Bobola, aplicou ao lugar dolorido uma estampa do mesmo Santo, e renovou a promessa de abraçar o estado religioso. As melhoras se acentuaram quase instantaneamente e teve o enfermo uma noite tranquila e não mais voltaram as angústias da dispneia. Deste extraordinário favor o jovem se lembrou sempre com muita gratidão. Manteve também por algum tempo o propósito de fazer-se religioso, mas diferindo-lhe a execução, o amor ao mundo voltou e no mundo continuou a viver. Das paixões de Francisco, uma das mais fortes foi a da caça. A esta paixão ele pagava tributos bem pesados e seu diretor espiritual não hesitou em atribuir a este esporte a cruel moléstia, que o ceifou na flor da idade. Certa vez, em pular uma cerca, chegou a cair e com tanta infelicidade, que quebrou-lhe um osso do nariz. O fuzil disparou e o projétil passou-lhe retinho pela testa, pouco faltando que lhe rebentasse o crânio. Francisco reconhecendo logo a providência deste aviso, renovou a sua promessa. Ficou com as cicatrizes, mas deixou-se ficar no mundo.
 A graça divina também não se deu por vencida. Rejeitada três vezes, tentou um quarto golpe, mais doloroso ainda. De todos de sua família Francisco dedicava terníssima amizade a sua irmã Maria Luzia, nove anos mais velha que ele, e esta amizade era correspondida com todo afeto. Em 1855 irrompeu em Spoleto a cólera e Maria Luiza foi a primeira vítima da terrível epidemia. Foi no dia Corpus Christi, e a notícia alcançou Francisco, quando, na procissão, levava a cruz. A morte da irmã feriu profundamente o coração do jovem e mergulhou sua alma em trevas nunca antes experimentadas. Perdeu o gosto de tudo e se entregou a uma tristeza inconsolável. Parecia, que com este golpe a graça divina tivesse removido o último obstáculo de a promessa se cumprir. Assim ainda não foi. Todo acabrunhado, Francisco manifestou ao pai sua resolução de entrar para o convento chegando a dizer que para ele tudo se tinha acabado nesta vida. Possenti, receando perder seu filho a quem muito amava, não recebeu bem a comunicação e pediu-lhe nunca mais tocasse neste assunto. Aconselhou-o a se distrair, a afastar os pensamentos tristes a procurar a sociedade, freqüentar o teatro; chegou a insinuar-lhe a idéia de procurar a amizade de uma donzela distinta, de família igualmente conceituada, na esperança de nos entendimentos inocentes ela conseguir de fazê-lo esquecer-se dos seus intentos religiosos. Na igreja metropolitana de Spoleto gozava de uma veneração singular uma imagem de Nossa Senhora; a esta imagem chamava simplesmente “a Icone”. Na oitava do dia 15 de agosto esta imagem era levada em solene procissão por dentro da igreja e não havia quem não se ajoelhasse à sua passagem. 
Em 1856 Francisco Possenti achava-se no meio dos fiéis e todo tomado de amor por Maria Santíssima, os seus olhos se fixavam na venerada imagem como que esperando por uma bênção especial. Pois, quando a “Icone” vinha aproximando-se do jovem, parecia ela lhe atirar um olhar todo especial e lhe dizer: “Francisco, o mundo não é para ti; a vida no convento te espera”. Esta palavra, qual uma seta de fogo cravou-lhe no coração; assim saiu da igreja desfeito em lágrimas. Estava resolvido a realizar desta vez o plano de alguns anos. Tratou, porém, de não dar por enquanto nenhuma demonstração do seu intento. Embora certo de sua vocação, mas desconfiando da sua fraqueza, e para não ser vítima de uma ilusão procurou seu mestre no liceu e diretor espiritual Pe. Bompiani, Jesuíta e a ele se abriu inteiramente, fazendo do conselho do mesmo depender sua resolução definitiva. O exame foi feito com toda sinceridade e tendo tomado em consideração todos os fatores influentes no passado da vida do jovem, o Pe. Bompiani não duvidou de se tratar de uma vocação verdadeira e animou o jovem a seguí-la. Consultas que fez com mais dois sacerdotes de sua inteira confiança, tiveram o mesmo resultado. Francisco se resolveu então a pedir sua admissão na Congregação dos Passionistas. Comunicar ao pai a resolução tomada, não foi fácil. Mas desta vez o Sr. Sante, homem consciencioso, vendo a aflição e a firmeza de seu filho, não mais se opôs; tomado, porém, de espanto quando soube que a Congregação por Francisco escolhida, a dos Passionistas, era de todas a mais austera. Se bem que não se opusesse à vontade do filho, tratou de procrastinar a execução do seu plano e impor condições. 
Francisco, porém, ficou firme. Tomou ainda e pela última vez, parte na solenidade da distribuição dos prêmios, no colégio dos Jesuítas, fez como sempre um papel brilhante no palco, despediu-se dos seus professores, dos seus amigos e em companhia de seu irmão Luiz, da Ordem Dominicana, por ordem de seu pai, fez uma visita a seu tio Cesare, cônego da Basílica de Loreto e a um parente de seu pai, Frei João Batista da Civitanova, guardião de um convento dos capuchinhos, levando para ambos carta de Sante Possenti em que este pedia examinassem a vocação do jovem. Tanto o cônego como o capuchinho carregaram bastante as cores da vida austera na Congregação dos Passionistas, que absolutamente não lhe conviria, a ele, moço de dezoito anos, acostumado a seguir às suas vontades, sem restrição de comodidades. A visita à Santa Casa em Loreto Francisco aproveitou largamente para recomendar-se a N. Sra. Não mais arredou do caminho encetado. De Loreto foi para convento Morrovale, dos Passionistas onde já em 21 de setembro de 1856 recebeu o hábito com o nome de Gabriel dell’Adolorata. Admitido no noviciado, escreveu ao pai e aos irmãos, comunicando-lhes o fato. Ao pai pede perdão, aos irmãos recomenda amor filial e boa conduta. A carta, embora de simplicidade encantadora, é um documento admirável de sentimento filial e católico. Aos companheiros seus de estudo dirigiu cartas também. Despede-se, pede perdão de maus exemplos que julgava ter dado; aconselha-os a fugir das más companhias, do teatro, das más leituras e das conversas inúteis. 
Convencidíssimo da sua vocação religiosa, longe do mundo, da sociedade e da família, não mais teve outro ideal que subir as culminâncias da perfeição. Inconfundível era sua personalidade no meio dos seus companheiros do noviciado. Sem perder as notas características do seu caráter, a jovialidade, a alegria de espírito, a amenidade de trato, era ele inexcedível não só na exatidão do cumprimento dos exercícios regulares, como também na prática das virtudes cristãs e monásticas. E se perscrutarmos as causas profundas desta mudança radical na vida de Gabriel, duas conseguiremos encontrar, aliás suficientes e esclarecedoras: o ardente amor a Jesus Crucificado, à Santa Eucaristia, sua devoção singular a Mãe de Deus, em particular à Nossa Senhora das Dores e sua inalterada mortificação, por meio da qual deu morte aos seus desordenados apetites, um por um. Tendo corrido o ano de provação, Gabriel foi admitido à profissão e mandado para várias casas da Congregação, com o fim de completar os seus estudos de teologia. Durante os anos de preparação para o sacerdócio, superiores e companheiros viram no santo jovem o modelo mais perfeito de todas as virtudes, e cumpridor exatíssimo dos seus deveres. Quando chegou à idade de vinte e três anos, anunciaram-se os primeiros sintomas da moléstia, que no prazo de um ano havia de levá-lo ao túmulo: a tuberculose pulmonar. O longo tempo da sua enfermagem Gabriel o aproveitou para ainda mais se aprofundar na sua devoção predileta à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo e à Maria Santíssima, mãe das dores. 
Em fevereiro de 1862 ainda pôde andar e receber a santa comunhão na igreja, junto com seus companheiros. Inesperadamente o mal se agravou; foi preciso avisá-lo para receber os últimos sacramentos. A notícia assustou-o por um momento só; mas imediatamente recuperou a habitual calma, que logo se transformou numa alegria antes nunca experimentada. O modo de receber o santo viático comoveu e edificou a todos que assistiram. Não mais largava a imagem do crucificado, que cobria de beijos, e ao seu alcance tinha a estátua de N. Sra. das Dores, que freqüentemente apertava ao seu peito, proferindo afetuosas jaculatórias, como estas: “Minha mãe, faze depressa!” – “Jesus, Maria, José, expire eu em paz em vossa companhia!” – “Maria, mãe da graça, mãe da misericórdia, do inimigo nos protegei, e na hora da morte nos recebei”. – Poucos momentos antes do desenlace, o agonizante, que parecia dormir, de repente, todo a sorrir, virou o rosto para esquerda, fixando olhar para um determinado ponto. Como que tomado de uma grande comoção diante de uma visão impressionante, deu um profundo suspiro de afeto e nesta atitude, sempre sorridente, com as mãos apertando as imagens do crucifixo e da Mater dolorosa, passou desta vida para a outra.

Assim morreu o santo jovem na idade de vinte e quatro anos, na manhã de 27 de fevereiro de 1862. Foi sepultado na igreja da Congregação, em Isola Del Gran Sasso. Trinta anos depois fêz-se o reconhecimento do seu corpo. Nesta ocasião com o simples contacto de suas relíquias verificou-se a cura prodigiosa de uma jovem que a tuberculose pulmonar tinha reduzido ao último estado. Reproduziram-se aos milhares os prodígios que foram constatados à invocação do Santo. Em 1908 o Papa Pio X inscreveu o nome de Gabriel da Virgem Dolorosa no catálogo dos Beatos e em 1920 Bento XV decretou-lhe as solenes honras da canonização.
Pio XI estendeu a sua festa a toda a Igreja, em 1932. 

 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Segunda-feira da 2ª Semana da Quaresma.

26/02 Segunda-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos

Intróito/Sal. 25, 11-12.
Livra-me, Senhor, e tem piedade de mim, porque o meu pé está no caminho reto; eu bendirei o Senhor nas assembleias.Ps. ibid., 1.Julga-me, Senhor, porque andei na minha inocência; e como espero no Senhor, não serei enfraquecido.V/. Glória Patri.

Coleta
Digna-te fazer, ó Deus Todo-Poderoso, que teus fiéis, que, para mortificar sua carne, observam a abstinência, também jejuem do pecado, praticando a justiça.


Leitura da Epístola do livro do profeta

Daniel 9, 15-19
15 Mas agora, Senhor, nosso Deus, que tirastes vosso povo do Egito por um desígnio de vosso poder, e do qual vós fizestes uma glória que perdura ainda hoje, nós pecamos, nós prevaricamos. 16 Senhor, dignai-vos, pela vossa misericórdia, afastar de vossa cidade santa, Jerusalém, vossa cólera e vossa exasperação, porque é devido às nossas iniqüidades e aos pecados de nossos antepassados que Jerusalém e vosso povo são alvo dos insultos de todos os nossos vizinhos. 17 Ouvi, pois, Senhor, a prece suplicante de vosso servo. Por amor a vós mesmo, Senhor, fazei irradiar vossa face sobre vosso santuário deserto. 18 Ó meu Deus, ficai atento para ouvir-nos; abri os olhos para ver nossa ruína e a cidade que ostenta um nome vindo de vós. Não é em nome dos nossos atos de justiça que depositamos a vossos pés nossas súplicas, mas em nome de vossa grande misericórdia. 19 Senhor, escutai! Senhor, perdoai! Senhor, ficai atento! Agi! Por vosso próprio amor, ó meu Deus, não demoreis, pois vosso nome foi dado à vossa cidade e a vosso povo! 

Gradual/Sal. 69.6 e 3.
Senhor é meu ajudador e meu libertador, Senhor, não demore.
V /Confundam-se e envergonhem-se os que procuram tirar-me a vida

Trato/ Sal. 102, 10.
Senhor, não nos trates segundo os nossos pecados, e não nos castigues segundo as nossas iniqüidades.
V/.Sal. 78, 8-9. Senhor, não se lembre mais de nossas antigas iniqüidades; que suas misericórdias venham apressadamente ao nosso encontro, pois estamos reduzidos à última miséria.
Ajoelhamo-nos V/.Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, e para a glória do teu nome, Senhor, livra-nos e perdoa-nos os nossos pecados, por amor do teu nome.

Sequência do Santo Evangelho 

São João 8,21-29
 21 Jesus disse-lhes: Eu me vou, e procurar-me-eis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir. 22 Perguntavam os judeus: Será que ele se vai matar, pois diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir? 23 Ele lhes disse: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24 Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado; porque, se não crerdes o que eu sou, morrereis no vosso pecado. 25 Quem és tu?, perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: Exatamente o que eu vos declaro. 26 Tenho muitas coisas a dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que dele ouvi eu o digo ao mundo. 27 Eles, porém, não compreenderam que ele lhes falava do Pai. 28 Jesus então lhes disse: Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou. 29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado.

Ofertório/Pr. 15, 7 e 8.
Bendirei o Senhor que me deu entendimento. Cuidei de ter sempre o Senhor diante dos olhos; pois ele está à minha direita para que eu não seja abalado.

Secreta
Que esta hoste de propiciação e louvor nos faça dignos, Senhor, de sua proteção.

Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .
 
Comunhão/ Sal. 8, 2.
Senhor nosso mestre, quão admirável é o teu nome em toda a terra!(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Que esta comunhão, Senhor, nos purifique de nossas faltas e nos una inseparavelmente Àquele que se fez o remédio celestial para nossas almas.

Super populum: Oremus. Humiliate capita vestra Deo. Sobre o povo: Oremos. Humilhem suas cabeças diante de Deus.
Oratio. Rezar
Adésto supplicatiónibus nostris, omnipotens Deus: et, quibus fidúciam sperándæ pietátis indúlges; consuétae misericórdiæ tríbue benígnus efféctum. Por Dominum.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

Dia 26 de fevereiro dia de São Porfírio,o vigoroso destruidor da idolatria.



   São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalônica, na Macedônia Grécia, onde nasceu no ano 347.Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez.São Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre.
  Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão.Nosso Senhor  Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar São Porfírio a levantar-se do chão. O Bom Ladrão São Dimas estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfeitamente curado. O sentido das palavras de Cristo, porém ficou-lhe enigmático, até que o Bispo de Jerusalém o ordenou e o nomeou guarda do Santo Lenho.
  Os sacerdotes da diocese de Gaza, tendo perdido o Bispo, insistiram com São Porfírio para que aceitasse a direção da diocese orfanada. Embora sua modéstia quisesse fugir dessa dignidade, à obediência teve de sujeitar-se. Existiam em Gaza muitos pagãos e um templo magnífico para o culto das divindades. Os idólatras, conhecendo já de antemão o zelo do novo Bispo, principalmente seu repudio ao culto pagão, assentaram matá-lo antes de tomar posse do rebanho. Este plano ímpio, por qualquer circunstância imprevista, não pôde ser efetuado. Bem se arrependeram da iniquidade  pois São Porfírio, apesar de inimigo do paganismo, pela modéstia, paciência e caridade, soube ganhar os corações dos próprios pagãos. Um fato extraordinário, que se deu logo no princípio do seu governo, aumentou ainda a confiança e veneração para com o novo Pastor. Uma seca atroz de muitos meses aniquilara as esperanças dos lavradores e o espectro da fome começava a apavorar os ânimos. Nesta expectativa desoladora os sacerdotes de Marnas, a quem era devotado o templo, se dirigiram à sua divindade com preces e sacrifícios, para obter o benefício de uma chuva. Marnas, porém, chuva nenhuma mandou e a seca continuou a assolar a região. Porfírio, condoído com a miséria pública, ordenou um dia de jejum, organizou uma procissão de penitência a uma capela situada fora da cidade. Apenas recolhida à procissão, caiu uma chuva abundantíssima, refrigerando a terra ressecada. Muitos, diante deste espetáculo e vendo nisto o grande poder do Deus dos cristãos, converteram-se. Outros, porém, encheram-se de inveja e forjaram novos planos malignos contra a vida do santo Bispo e de alguns cristãos.
  Entretanto, veio um édito do imperador Arcádio, ordenando o fechamento dos templos pagãos. Esta ordem foi por muitos funcionários obedecida, por outros não. Assim ficou aberto o templo de Marnas. Porfírio, desejando ardentemente a execução da ordem imperial, conseguiu em Constantinopla a autorização para derrubar o templo em Gaza.
  A influência, porém, de ministros subornados pelos sacerdotes pagãos, fez com que o imperador revogasse a autorização exarada. Não obstante, algum tempo depois, foi publicada nova ordem no mesmo sentido de fechar os templos pagãos, sob pena de os refratários perderem a colocação; mas mesmo assim, o templo não se fechou. A imperatriz Eudóxia prometeu a  São Porfírio empregar toda a influência junto ao imperador, para conseguir o fechamento e a destruição do templo. Porfírio, inspirado por Deus, predisse à imperatriz o advento de um filho. Logo que esta profecia se cumpriu, dirigiu-se o Bispo a Constantinopla, para administrar o sacramento do Batismo ao príncipe herdeiro. Aconselhado pela imperatriz,São Porfírio redigiu novamente o requerimento ao imperador.
  A petição foi entregue ao monarca logo depois do ato religioso, por assim dizer, pela criança recém – batizada. Arcádio achou-a depositada sobre o peito do filhinho. No momento em que a abria, a pessoa que segurava nos braços a criancinha disse-lhe:
  “Digne-se Vossa Majestade de deferir o requerimento apresentado por seu filho”. O imperador respondeu com sorriso nos lábios: “Como poderia eu negar o primeiro pedido de meu filhinho?” – Imediatamente foi mandado para Gaza um oficial do exército, com ordem estrita de demolir o templo de Marnas. Poucos dias depois, quando Porfírio se aproximou da cidade, os cristãos, seus diocesanos, receberam-no com muita solenidade. O préstito havia de passar por um lugar onde se achava uma imagem de Vênus, ponto predileto para reuniões de mulheres, que costumavam encontrar-se lá, para tratar projetos de casamentos. Mal o Bispo se achava defronte daquela estátua, quando esta, sem que pessoa alguma lhe tivesse tocado, ruiu por terra, fazendo-se em pedaços. Este fato causou grande sensação e foi o início de muitas conversões. O templo de Marnas desapareceu e em seu lugar se ergueu uma belíssima Igreja, dedicada a Deus vivo e verdadeiro.
 O triunfo de Porfírio sobre a idolatria foi completo. Quando, em 421, Deus o chamou para o descanso eterno, o santo Bispo teve a grande satisfação de ver muito reduzido o número de pagãos em sua diocese.
 São Porfírio exemplo de luta contra idolatrias rogai por nos pela conversão dos infiéis e modernistas ecumênicos.


 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Segundo Domingo depois da Quaresma.

25/02 Domingo 
Festa de Primeira Classe
Paramentos Roxos
Celui-ci est mon Fils bien-aimé

Intróito/Pr. 24, 6, 3 e 22.
Lembre-se de sua bondade, Senhor, e de sua misericórdia que remonta a séculos. Que nossos inimigos nunca triunfem sobre nós. Deus de Israel, livra-nos de todas as nossas tribulações. Ps. ibid., 1-2.A ti, Senhor, elevo a minha alma; meu Deus, confio em ti, para não ter de corar.V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, que todos os anos purificas a tua Igreja pela observância da Quaresma, faze com que a tua família prossiga com as suas boas obras o bem que se esforça por obter com a abstinência.


Leitura da Epístola de São Paulo aos

I Tessalonicenses 4,1-7
No mais, irmãos, aprendestes de nós a maneira como deveis proceder para agradar a Deus - e já o fazeis. Rogamo-vos, pois, e vos exortamos no Senhor Jesus a que progridais sempre mais. 2 Pois conheceis que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus. 3 Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; 4 que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, 5 sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus; 6 e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude a seu irmão, porque o Senhor faz justiça de todas estas coisas, como já antes vo-lo temos dito e asseverado. 7 Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.

Gradual/Sal. 24,17-18.
As tribulações do meu coração se multiplicaram; tira-me da minha angústia.
V/ Veja minha humilhação e dor e perdoe-me todos os meus pecados.

Trato/Sal. 105, 1-1.
Louvado seja o Senhor, porque ele é bom e sua misericórdia é eterna.
V/.Quem vai falar das obras poderosas do Senhor? Quem fará ouvir todos os seus louvores?
V/.Bem-aventurados aqueles que mantêm a justiça e praticam a justiça em todos os momentos.
V/.Lembra-te de nós, Senhor, na tua bondade para com o teu povo; visita-nos pela tua salvação.

Sequência do Santo Evangelho 

São Mateus 17,1-9
1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. 2 Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 3 E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele. 4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias. 5 Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o. 6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo. 7 Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais. 8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus. 9 E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.

Ofertório/Sal. 118,47 e 48.
Meditarei nos teus mandamentos, porque os amo, e levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos que amo.

Secreta
Suplicamos-te, Senhor, que lances uma consideração favorável sobre este presente sacrifício, para que aumente a nossa piedade e contribua para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Quadragésima.Prefácio à Quaresma .
 
Comunhão/ Ps. 5, 2-4.
Entenda meu choro. Esteja atento à voz da minha oração, meu rei e meu Deus, porque é a ti que orarei, Senhor..(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Dirijamos súplicas ardentes a ti, Deus Todo-Poderoso, para que, àqueles a quem alimentas com teus sacramentos, também te concedas servir-te dignamente, tendo uma conduta que te agrade. Por Nosso Senhor.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.