domingo, 26 de junho de 2022

Dia 26 de junho São João e São Paulo, Mártires.

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 São João e São Paulo eram irmãos e servos de Constantina, filha do imperador Constantino, que, como o pai, era cristã.  Quando o imperador Juliano assumiu o poder, ele, que não era cristão, deu início a uma perseguição violenta aos seguidores de Jesus. Estes dois santos eram irmãos e eram oficiais do exército romano, nos dias de Constantino, o Grande. Eles servido na casa de Constança, filha de Constantino, que foi consagrada a Deus, suas virtudes e serviços para seu pai tornava muito caro para ela. Eles logo glorificar a Deus com uma grande vitória moral, após desprezar as honras do mundo, que triunfou com o seu martírio sobre suas ameaças e tormentos. Com a ajuda da liberalidade da princesa cristã, eles estavam praticando muitas obras de caridade e de misericórdia, até que as mortes de ambos Constantino e Constance. Então, na adesão de Juliano o Apóstata, ao trono imperial, que renunciou a sua posição no palácio. Julian tinha voltado para o culto dos ídolos e estava tentando restabelecê-lo no império. O irmão Christian viu muitos homens maus prosperam em sua impiedade, mas não foram ofuscados pelo seu exemplo. Eles consideraram que a prosperidade mundana acompanhada pela impunidade no pecado é a mais terrível de todos os julgamentos, o que indica reprovação. E a história revela como falsa e de curta duração foi a prosperidade brilhante de Julian.Enquanto ainda estava no poder o apóstata tentou reconquistar esses oficiais influentes em serviço ativo. Quando ele foi recusado, ele deu-lhes dez dias para reconsiderar. O oficial Terentianus, que no final da época trouxe à sua casa um pequeno ídolo de Júpiter para sua adoração, encontrou-os em oração. No meio da noite eles foram decapitados secretamente em seu próprio jardim, desde o imperador temia a sua execução possa causar uma rebelião em Roma. Ele instigou um boato de que tinham sido exilados, mas os demônios se apoderou de pessoas possuídas em Roma, e publicou o fato de seu martírio em todos os lugares. O filho do oficial que havia matado-los tornou-se também possuía, e foi só depois que seu pai, Terentianus, orou diante do túmulo dos mártires que a criança foi libertada. Aquilo impressionou tanto que ele se tornou um cristão, com toda a sua família, e escreveu a história que relataram. Os mártires, pela sua renúncia de favores ea sua resistência heróica, adquiriu um peso imenso de glória imperecível, e foram um espetáculo digno de Deus. Sua casa se tornou uma magnífica basílica cristã já no final do século IV. 

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário

sábado, 25 de junho de 2022

Comentários Eleison: A FALÊNCIA DO LIBERALISMO-Por Dom Williamson Número DCCLXXX (780) – 25 de junho de 2022

 

A FALÊNCIA DO LIBERALISMO

“Liberdade de”, talvez, mas liberdade para quê?

Não há um programa positivo de “liberdade de”.


No site da TFP há outro excelente artigo de John Horvat, publicado no mês passado, intitulado “As Liberalism crashes, where should we look for solutions? [Como o liberalismo está quebrando, onde devemos procurar por soluções?]”. Ora, estes "Comentários" não concordam com tudo o que aparece no site da TFP, assim como a TFP não concorda com tudo o que aparece nestes “Comentários”, mas os artigos de John Horvat mostram uma capacidade excepcional de relacionar um mundo sem Deus a Deus, porque toda a profundidade doutrinária da Igreja lhe permite captar o nosso cenário ímpio. 

A modernidade apresenta o liberalismo como o início da história. Antes do liberalismo, afirmam os liberais, não havia nada além de ignorância e escuridão. Ao liberalismo se atribui todo o progresso e toda a segurança no mundo moderno. Assim, à medida que o liberalismo se quebra e desmorona, a maioria dos liberais exclui automaticamente o que o precedeu como possível solução.

No entanto, algo notável existia antes do liberalismo. Era a cristandade medieval. Essa civilização cristã transformou o Ocidente em um modelo de caridade e ordem. A cristandade pode não ter sido perfeita, mas reconheceu e trabalhou dentro dos limites da natureza humana decaída. Estava firmemente baseada na realidade, não na fantasia. A cristandade foi a primeira civilização a dar origem a hospitais e universidades. É responsável pelo governo representativo e pelo estado de direito. As artes e a música floresceram sob sua influência.

Quando o liberalismo surgiu do Iluminismo e dos horrores da Revolução Francesa, deu origem a um século de turbulência, industrialização em massa e materialismo. Os movimentos políticos liberais perseguiram a Igreja, cerceando sua liberdade e confiscando seus bens. Seus governos absorveram as funções caritativas da Igreja em suas frias burocracias.

O liberalismo secularizou e dessacralizou a sociedade ao estabelecer a ficção de viver em um mundo sem Deus. A modernidade pagou um alto preço por manter essa ficção. O sistema sem Deus deu lugar a guerras terríveis e ideologias antinaturais. Hoje, o liberalismo está falindo. Suas contradições internas estão destruindo todas as estruturas de ordem remanescentes. Não adianta mais olhar para o liberalismo quando se buscam soluções para a crise resultante. Ele só produzirá versões extremas de si mesmo. É muito melhor olhar para trás do liberalismo, e assim retornar às raízes e fontes da civilização cristã.

A civilização cristã nasce de um conjunto diferente de premissas. Trabalha com a natureza humana, não contra ela. O sistema conta com soluções orgânicas que se desenvolvem natural e espontaneamente dentro de uma ordem social orientada para o bem comum. Essa prática de subsidiariedade proporciona uma liberdade incrível, pois as unidades sociais buscam ajuda para suas necessidades e ajudam as demais em suas carências. Uma civilização cristã não é uma tirania de Deus, como afirmam os liberais. Em vez disso, as esferas temporal e espiritual se ocupam cada uma de suas respectivas atividades e áreas de responsabilidade. Quando pratica a virtude, tal sociedade pode prosperar econômica e politicamente, bem como ajudar a guiar as almas para a santificação e a salvação.

No entanto, muitos liberais preferem insistir que um homem pode ser uma mulher e uma mulher pode ser um homem, em vez de admitir a maravilhosa realidade da natureza humana tal como foi criada por Deus. Eles preferem perseguir uma fantasia delirante do que viver em liberdade ordenada seguindo a lei moral natural. A única saída para aqueles que ainda creem na verdade, na tradição e em Deus é abandonar a narrativa liberal e suas premissas erradas. Os fiéis devem buscar soluções fora da caixa liberal e retornar àquela verdade e beleza cristã – sempre antiga, sempre nova – que chama as almas.

Kyrie eleison.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

domingo, 19 de junho de 2022

Dia 19 de junho dia Santa Juliana de Falconieri. Virgem.

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    Ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.
    Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.
 Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.
     A dedicação de Santa Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns nas quartas e sextas-feiras tomava por alimento apenas a santa comunhão. Jejuava ainda no sábado, a pão e água, em honra da Virgem Santa, em cujas sete dores meditava. Empregava as sextas-feiras na meditação da paixão do Salvador. Para se tornar semelhante a ele, macerava a carne até o sangue, com rudes disciplinas. Muitas vezes foi arrebatada em êxtases, pelo veemente desejo de ser crucificada com Jesus sofredor. À sua morte encontraram-lhe uma cintura de ferro sobre os rins e tão fundo tinha penetrado na carne, que não puderam retirá-la sem lesar o corpo; isso faz crer que ela a carregasse desde a juventude que se tinha proposto. Os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores. Mesmo assim não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.
      No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", o Salvador dignou-se fazer um prodígio para unir-se à esposa: a santa hóstia, colocada sobre o seu coração, desapareceu subitamente em seguida ingressou no Reino de Deus no dia 19 de Junho de 1340.
 Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia. A verdade de diversos milagres, operados por sua intercessão, foram juridicamente aprovados, e Bento XIII beatificou-a em 1729 e Clemente XII terminou o processo de canonização.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sábado, 18 de junho de 2022

Comentários Eleison:TESTEMUNHO SOBRE O ROSÁRIO- Por Dom Williamson Número DCCLXXIX (779) – 18 de junho de 2022

 

TESTEMUNHO SOBRE O ROSÁRIO

Quantas almas o Rosário já salvou!

Com ele, o caminho para o Céu está seguramente pavimentado.


Nasci em 1958 e até 1988 vivi na minha Polônia natal. Foi quando emigrei para os EUA, e moro lá desde então. O início da minha devoção diária do Rosário começou no dia 5 de janeiro de 2009, na igreja administrada pelos Sacerdotes da FSSPX em Phoenix, quando eu, pela primeira vez em 38 anos, assisti à Missa de Todos os Tempos – e, desde aquele dia, a Missa Tridentina tem sido a única à que assisto. Quem rezou a Missa foi o Padre Burfitt, da FSSPX, um sacerdote dedicado que me ajudou significativamente no meu retorno a Deus.

Assim, meu Rosário diário começou com meu retorno à Missa Tridentina e à Tradição Católica. Era a época da Cruzada do Rosário que Dom Fellay dedicou à Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, e dela participei com entusiasmo. Quando a Cruzada terminou, simplesmente continuei com meu Rosário diário, que, devido à graça de Deus, tornou-se minha segunda natureza. Além disso, ao estudar intensamente a situação da Igreja, o papel do Concílio Vaticano II, algumas das últimas aparições de Nossa Senhora (La Salette, Fátima, Akita, etc.), e especialmente ao deparar com os insistentes pedidos dela para rezar diariamente o Rosário e cumprir a devoção dos Cinco Primeiros Sábados, percebi que, como católico, eu tinha que responder.

Em 30 de junho de 1877, em Gietrzwałd, em uma das raras aparições marianas aprovadas da Polônia, a primeira pergunta que fez Justyna, uma menina de treze anos, a Nossa Senhora foi: "O que você quer, Santa Maria?". A resposta que recebeu foi: "Quero que rezes o Rosário diariamente". Além disso, para nós poloneses, Nossa Senhora tem o título honorário de Rainha da Polônia – Ela é nossa Rainha! Como sempre o foi! Como então você pode recusar o pedido de sua Rainha? – Impossível!

Como então o Rosário diário mudou minha vida? Significativamente. Diria até que “mudou literalmente tudo”: minha agenda diária, minha forma de pensar, minha vida espiritual. As minhas prioridades mudaram, e o meu comportamento. Ora, o Santo Rosário tornou-se uma parte inseparável da minha vida, e a afeta de uma maneira que eu até então jamais teria imaginado. Dá-me paz interior, distância das coisas mundanas. Creio que me ajuda a controlar melhor meus vícios e minhas fraquezas. Ele dirige meus pensamentos, meus desejos, meus interesses para as coisas celestiais, para nosso último objetivo católico, que não é outro que o Céu. O que noto particularmente é que rezar o Rosário também me dá força no combate espiritual diário contra as tentações, contra todas aquelas coisas más que nos cercam em nosso mundo cada vez mais ímpio. Estou certo de que é Nossa Senhora, Medianeira de Todas as Graças, que me sustenta tão generosamente com as graças de que necessito.

Também houve algumas mudanças bastante dolorosas em minha vida causadas pelo meu retorno à verdadeira Missa e à Tradição, incluindo o Santo Rosário tradicional. É o fato de que alguns dos meus amigos católicos mais próximos e familiares não aceitaram esse meu retorno. Alguns deles até me chamam "cismático". No começo foi uma grande surpresa para mim, mas já me acostumei. Eu ainda tento fazer o meu melhor para influenciá-los pessoalmente com a verdade católica, mas confio muito mais em meios sobrenaturais como orações e sacrifícios, esperando que um dia eles caiam em si e retornem à Verdade.

Há três meses, meu filho mais velho me disse que depois de anos após deixar a Igreja, ele havia retornado, e agora está assistindo regularmente à Missa de Todos os Tempos. Que alegria me deu ao ouvir isso!

“Continue rezando”, digo a mim mesmo, “é só uma questão de tempo...”. Rainha do Santo Rosário, rogai por nós!

Kyrie eleison.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

Dia 18 de junho dia do Santo Efrem. Diácono. Confessor e Doutor.

18/06 Sábado
Festa de Terceira Classe 
Paramentos Brancos
  Santo Efrém nasceu no ano 306, bem no início do século IV, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa, além das heresias que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para que sua fé em Cristo e sua ardente devoção à Virgem Maria vigorassem e se firmassem.
 O pai de Efrém era sacerdote pagão, embora sua mãe, cristã, defendesse a liberdade religiosa educando o filho dentro dos preceitos da palavra de Cristo. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, pois o Edito de Milão, autorizando a liberdade de culto, só entrou em vigor quando ele já tinha sete anos de idade. Mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho. Como não o venceu nem com a força, nem com argumentos, expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos e viveu do seu próprio sustento, trabalhando num balneário local.
 No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, deslocou-se para a cidade de Edessa, também atual Turquia. Os poucos registros sobre sua vida contam-nos que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema. Como não sabia grego, sua obra ficou isenta da influência dos teólogos seus contemporâneos, inclinados à controvérsia da Trindade. Efrém foi um ardente defensor da genuína doutrina cristã antiga.
 Com veia poética, seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Na sua época estava-se organizando o canto religioso alternado nas igrejas. Esse movimento foi iniciado pelos bispos Ambrósio de Milão e Diodoro da Antioquia. A colaboração do diácono Efrém de Nisibi foram poesias na língua nativa próprias para o canto coletivo, o que permitiu uma rápida divulgação.
 Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de "Harpa do Espírito Santo". Somente a Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas, transformados em hinos. Suas poesias eram tão populares e empolgantes que da Síria espalharam-se e chegaram até o Oriente mediterrâneo, graças a uma cuidadosa e fiel tradução em grego. Efrém escreveu uma grande variedade de hinos, poemas e sermões de exegese bíblica, em verso e em prosa. Eram obras de teologia prática para a edificação da igreja em tempos turbulentos... O papa Bento XV declarou-o doutor da Igreja em 1920. Efrém morreu no dia 9 de junho de 373, em Edessa, sem ter sido ordenado sacerdote..
 «Coloquei (a pérola), irmãos, na palma de minha mão para poder examiná-la”. Observei-a por todos os lados: tinha o mesmo aspecto desde todos os lados. Assim é a busca do Filho, inescrutável, pois é totalmente luminosa. Em sua limpidez, vi o Límpido, que não se opaca; em sua pureza, vi o símbolo do Corpo de nosso Senhor, que é puro. “Em seu caráter indivisível, vi a verdade, que é indivisível» (Hino sobre a Pérola 1, 2-3).

Intróito/ Ecl. 15, 5.
No meio da Igreja ele abriu a boca: e o Senhor o encheu com o espírito de sabedoria e entendimento: ele o vestiu com o manto da glória. (TP Aleluia, aleluia. )
Ps91.2.É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo.
V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, quisestes tornar a vossa Igreja ilustre pela admirável erudição e pelos fulgurantes méritos do Beato Efrém, vosso Confessor e Doutor: nós vos suplicamos, dignai-vos defendê-la com o vosso constante auxílio, com o vosso auxílio constante contra as armadilhas do erro e da depravação.

Leitura da Epístola dos

II Timóteo 4, 1-8.
1.Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino:2.prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir.3.Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.4.Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.5.Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério.6.Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.7.Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.8.Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Gradual. Sal. 36, 30-31.
Os iusti meditábitur sapiéntiam, et lingua eius loquétur iudícium.A boca do justo meditará sobre a sabedoria, e sua língua falará justiça.
V/. Lex Dei eius in corde ipsíus: et non supplantabúntur gressus eius.V/. A lei do seu Deus está no seu coração, e não será anulada.
Aleluia, aleluia. V/. Ecl. 45, 9. Amávit eum Dóminus, et ornávit eum: stolam glóriæ índuit eum. Aleluia. Aleluia, aleluia. V/. O Senhor o amou e o adornou: Ele o vestiu com um manto de glória. Aleluia.
Post Septuagesimam, ommissis Allelúia et versu sequenti, dicitur Após a Septuagesima, omitimos o Aleluia e seu verso e dizemos:
Tratados. Sal. 111, 1-3.Beátus vir, qui timet Dóminum: in mandátis eius cupit nimis.Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor: tem prazer em seus mandamentos.
V/. Potens in terra erit semen eius: generátio rectórum benedicétur V/. Sua raça será poderosa na terra: a posteridade dos justos será abençoada.
V/. Glória et divítiæ in domo eius: et iustítia eius manet in sǽculum sǽculi.V/. Glória e riquezas estão na sua casa, e a sua justiça permanece para todo o sempre.Tempore paschali omittitur graduale, et eius loco dicitur: Na época da Páscoa, o gradual é omitido e em seu lugar é dito:
Aleluia, aleluia. V/. Ecl. 45, 9. Amávit eum Dóminus, et ornávit eum: stolam glóriæ índuit eum. Aleluia.Aleluia, aleluia. V/. O Senhor o amou e o adornou: Ele o vestiu com um manto de glória.
Aleluia. V/. Osee 14, 6. Iustus germinábit sicut lílium: et florébit in ætérnum ante Dóminum. Aleluia.Aleluia. V/. O justo brotará como o lírio: e florescerá para sempre na presença do Senhor. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho  

São Mateus 5, 13-19
13.Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens.14.Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha15.nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa.16.Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.17.Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição.18.Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei.19.Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.

Ofertório/ Sal. 91, 13.
O justo florescerá como a palmeira, e se multiplicará como o cedro do Líbano. (TP Aleluia. )

Secreta
Santificai, Senhor, estes dons que vos são consagrados, graças a eles e os Beatos Marcos e Marceliano, vossos mártires, intercedendo por nós, olhai-nos com bondade.

Comunhão/São Lucas. 12, 42.
Aqui está o servo fiel e prudente que o mestre designou sobre sua família para dar-lhes no tempo designado sua medida de trigo. (TP Aleluia. )(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Que, Senhor, o vosso santo sacrifício nos traga a salvação, que o bendito Efrém, vosso Confessor e vosso admirável Doutor, interceda por nós.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

domingo, 12 de junho de 2022

12 de junho dia de São João de S. Facundo. Confessor

 São João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagún, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da Abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.
 O Arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e, depois, cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a Missa diariamente, ministrando o Sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Esta era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca nesta cidade.
 Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade se dividiu em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".
 O seu fervor ao celebrar o Santo Sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isto passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.
 Em 1463 ele foi acometido de uma doença muito grave. Nesta ocasião decidiu que depois de curado entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho em Salamanca. Conhecido como João de Sahagún, logo foi o noviço sênior enquanto continuava a pregar em público, tornado seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.
 Consta que durante uma de suas pregações condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.
 Chamado de Apóstolo de Salamanca, foi eleito Prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora destes cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, abandonou-a para voltar à vida familiar cristã.
 São João de Sahagún morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte, as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado Santo pela Igreja em 1690. A cidade de Salamanca considera São João de Sahagún um dos seus padroeiros.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sábado, 11 de junho de 2022

Comentários Eleison:RERUM NOVARUM - II -Por Dom Williamson Número DCCLXXVIII (778) – 11 de junho de 2022

 

RERUM NOVARUM - II

Você quer cuidar dos homens? Não é necessário.

O Deus que os criou também fez a Igreja.


Como na Rerum Novarum, sua famosa Carta Encíclica aos Bispos Católicos de 1891, o Papa Leão XIII criticou o socialismo como sendo radicalmente oposto à natureza do homem dada por Deus (ver estes "Comentários" da semana passada), poder-se-ia pensar que ele não seria amigo das classes trabalhadoras cujos interesses o socialismo pretenderia proteger. Mas é o contrário. Há toda uma segunda parte da Encíclica na qual ele expõe a verdadeira solução dos problemas reais do final do século XIX, para os quais o socialismo era a falsa solução.

Como no século XXI nosso mundo ímpio continua a ser tentado pelo socialismo e comunismo dos globalistas em sua mesma guerra contra Deus, vamos dar uma olhada, ainda que brevemente, na verdadeira solução de Leão.

Ele diz que ela deve vir de três fontes. Em primeiro lugar, da Igreja Católica. Em segundo lugar, do Estado público, que ele pede que desempenhe um papel especial na proteção dos trabalhadores. E, em terceiro lugar, das associações privadas de empresários e trabalhadores, que, segundo ele, também têm um papel precioso por desempenhar. Mas ele começa descartando para os problemas sociais todas as soluções irreais que pretendem eliminar ou as desigualdades naturais, obviamente inerentes a todos os homens, ou as penúrias antinaturais deste “vale de lágrimas”, que se devem ao pecado. Os católicos sabem que as desigualdades são naturais na Criação, para refletir a infinita variedade do Criador, e que o sofrimento, a morte e a concupiscência só irromperam nessa Criação pelo pecado original dos homens.

Portanto, a promoção pelo comunismo da luta de classes e da revolução contra toda autoridade não são naturais, mas antinaturais, e a Igreja será a primeira a criar a harmonia de classes e o respeito pela autoridade por seus próprios meios de justiça natural e caridade sobrenatural. Na justiça, os trabalhadores devem trabalhar e respeitar seus empregadores, e os empregadores devem respeitar seus trabalhadores e velar por seu bem-estar espiritual e físico, em particular pagando um salário justo que se determine não somente pelo que o empregador possa impor. Na visão caritativa da eternidade, a riqueza é mais um obstáculo do que uma ajuda para a salvação, de modo que os ricos devem compartilhar com os pobres, e os pobres não precisam invejar os ricos. Assim, a Fé mina ambos os erros opostos, o socialismo e o capitalismo duro, moderando o desejo excessivo dos homens por riquezas.

Quanto ao Estado (RN 46), sua função primordial é salvaguardar o bem comum de todos os seus membros, e não apenas dos ricos. De fato, como os ricos muitas vezes podem cuidar de si mesmos, enquanto os pobres podem ter uma necessidade especial da proteção do governo, a condição miserável das classes trabalhadoras em 1891 significava que o Estado deveria intervir em seu favor. As leis do país devem proteger sua moral, sua dignidade e suas condições de trabalho, com proteção especial para mulheres e crianças, e com um auxílio em relação à propriedade. Ali estava a Igreja Católica praticamente lançando o moderno Estado de Bem-Estar Social. Leão XIII foi inclusive bastante incompreendido em sua época, mas quarenta anos depois Pio XI aclamou o bem feito pela Rerum Novarum.

E em terceiro lugar, o Papa Leão pediu que se adotassem e fomentassem todos os tipos de associações privadas, como as guildas medievais, onde os homens podem unir-se não tanto horizontalmente na mesma classe, mas verticalmente por todas as classes na mesma ocupação, para evitar a guerra de classes. As associações cristãs desse tipo foram de especial benefício, mas em vez de ajudá-las, os estados antirreligiosos lhes impuseram obstáculos. Que se cuide especialmente do bem-estar religioso dos trabalhadores, mas que se os previna também contra o desemprego, a doença, a velhice, o infortúnio. Que o exemplo dos católicos converta os socialistas!

Com esta doutrina da Igreja, do Estado e das associações que auxiliam os trabalhadores, o Papa demonstrou que condenava não só o socialismo, mas também aquele capitalismo liberal que, ao colocar a busca pelo dinheiro acima da preocupação com os seres humanos, tinha reduzido os trabalhadores a tais condições de miséria. Mas os globalistas voltam a cometer o mesmo erro grave. Eles poderiam aprender com o Papa Leão? Pode-se duvidar disto.

Kyrie eleison.,


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

10 de junho dia de Santa Margarita da Escócia,Rainha e Viuva.


   Rei da Inglaterra Edmundo II foi assassinado em 1017, Canuto II, o Grande, rei da Dinamarca, aproveitou para tentar concluir a conquista desse país, do qual já ocupava algumas províncias. E enviou para a Suécia os dois filhos do rei falecido, Edmundo e Eduardo, com o intuito de que lá fossem mortos. Mas o rei sueco não quis manchar suas mãos com sangue inocente e mandou os dois órfãos para a Hungria, onde reinava o grande Santo Estêvão. Este recebeu-os com todo afeto e se encarregou de dar-lhes uma educação segundo seu nascimento. Edmundo morreu sem sucessão, mas Eduardo, chamado “do Ultramar” ou “o Proscrito”, casou-se com Ágata, sobrinha do Imperador Santo Henrique e irmã de Gisela, esposa do rei Santo Estêvão. Desse matrimônio nasceram três filhos, Edgard, Cristina e Margarida, esta em 1046.
  Em 1041 subira ao trono da Inglaterra Santo Eduardo III, o Confessor. Logo que se firmou no trono, sabendo que seu parente vivia exilado na corte da Hungria, convidou-o a voltar com a família para a Inglaterra. Voltaram em 1054, sendo recebidos com provas de estima e afeição.
  A princesa Santa Margarida, então no início da adolescência, encantou a todos por sua piedade e modéstia. Era devotíssima da Santa Mãe de Deus e extremamente caridosa para com os pobres e necessitados.
   Santo Eduardo III, Rei da Inglaterra, parente da santa.O pai da santa faleceu em 1057, e seu irmão Edgard tornou-se assim herdeiro direto do rei santo, que não tinha descendentes. Sendo ele ainda menor de idade, e tendo nascido em terra estrangeira, colocaram no trono em seu lugar o Conde Haroldo. Guilherme, o Conquistador, atravessou o Canal da Mancha em 1066 e invadiu a Inglaterra. Na batalha de Hastings, matou Haroldo e se apoderou do trono inglês. Para subtrair-se à tirania do conquistador, Edgard e Margarida, esta com 20 anos de idade, fugiram numa embarcação pretendendo chegar à Hungria, onde sabiam que seriam bem recebidos. Mas outro era o desígnio da Providência, e durante uma tempestade o barco foi atirado às costas da Escócia.
  Nesse país foram bem recebidos pelo rei Malcolm III que, encantado com as qualidades de Margarida, propôs-lhe o matrimônio. Esta de há muito alimentava o desejo de, como sua irmã Cristina, fazer-se religiosa. Mas seu confessor fê-la ver como poderia auxiliar mais a religião subindo ao trono. Assim realizou-se no ano de 1070 o casamento e a coroação de Margarida como rainha da Escócia. Aos 24 anos de idade, foi reputada a mais formosa princesa de seu século.
  Malcolm fosse um pouco rude, tinha muito boa índole e disposição para a virtude. Sobretudo amava ternamente a rainha e tinha nela uma confiança sem limites. Assim Margarida, por uma conduta cheia de respeito e condescendência, tornou-se senhora de seu coração; e serviu-se do ascendente que tinha sobre o rei para fazer florescer a religião e a justiça, procurar a felicidade dos súditos e inspirar a seu marido os sentimentos que o tornaram um dos mais virtuosos reis da Escócia. Ela amenizou seu caráter, cultivou seu espírito, poliu suas maneiras e o inflamou de amor pela prática das máximas evangélicas. A rainha punha empenho nesse apostolado, pois não duvidava que a transformação e melhora dos costumes do povo dependiam em boa parte do exemplo do rei e da corte. Assim, toda a Escócia progrediu, tornando o reinado de Malcolm um dos mais felizes e prósperos da Escócia.
 Santa Margarida era uma rainha “piedosa e varonil ao mesmo tempo. Cavalgava gentilmente entre os magnatas, tecia e bordava entre as damas, rezava entre os monges, discutia entre os sábios, e entre os artistas planejava projetos de catedrais e de mosteiros”.
 Deus abençoou seu matrimônio com oito filhos, seis homens e duas mulheres, todos tendo seguido a senda da mãe. Dois deles –– uma filha, também Margarida, casada com o rei da Inglaterra, e um filho, Davi I, rei da Escócia –– foram elevados à honra dos altares.
 Um dos cuidados de Santa Margarida foi estabelecer em todo o reino sacerdotes virtuosos e pregadores zelosos. Um sínodo foi convocado, e as mais importantes dentre as reformas instituídas por ele foram a regulamentação do jejum da Quaresma e a observância da comunhão pascal, então quase desaparecidos, e a remoção de certos abusos concernentes ao casamento dentro dos graus de parentesco proibidos.
  A Santa rainha organizou a Igreja na Escócia. Em conseqüência, por seus conselhos, o reino foi dividido em dioceses, com demarcação bem determinada. Foram criados cabidos nas catedrais, com o correspondente clero, e estabelecidas paróquias. Atraiu ordens religiosas, principalmente da França e da Inglaterra, com vistas a contribuir eficazmente para o incremento da vida litúrgica, pois desejava o esplendor na Casa de Deus. Para isso, construiu igrejas magníficas e reformou outras, dotando-as do que havia de melhor para o serviço divino.
   A rainha queria que a corte fosse esplêndida, a fim de valorizar a autoridade real; que a nobreza se vestisse muito bem, e que os reis se trajassem com pompa. Protegeu também as ciências e as artes e fundou diversos estabelecimentos de cultura.
  Tinha muita caridade para com o próximo.Diariamente servia com suas próprias mãos a comida a nove meninas órfãs e a 24 anciãos. Durante o Advento e a Quaresma, atendia com o rei –– ambos de joelhos, por respeito a Nosso Senhor Jesus Cristo em seus membros padecentes –– a 300 pobres, servindo-lhes comida da mesa real. Também diariamente a rainha saía pelas ruas, sendo rodeada então por inúmeros órfãos, viúvas e necessitados de toda espécie, que clamavam: “Rainha santa, socorrei-nos”, “Ó nossa mãe, assisti-nos”. E ela a todos socorria, mesmo que para isso tivesse que pedir também aos membros da sua comitiva algo com o que assistir àquela gente. Regularmente visitava os hospitais para socorrer os doentes pobres. Os devedores insolventes encontravam nela seu auxílio. Resgatava cativos, não só escoceses, mas também de outras nacionalidades. Enfim, não houve miséria física ou moral que ela não tivesse socorrido.
   Santa Margarida, como todos os santos, tinha profunda humildade. Pedia freqüentemente a seu confessor que a advertisse de qualquer falta que a visse praticar. E reclamava com ele, que não encontrava o que advertir, alegando que não estava cumprindo sua missão.
  Ela dormia pouco e rezava muito. Sua alimentação era tão parca, que se restringia apenas ao necessário. Começou a sentir o organismo minado, com terríveis dores de estômago. Privava-se de qualquer passatempo fútil e fugia de tudo quanto pudesse alimentar a sensualidade. Possuía também um vivo espírito de compunção e tinha o dom das lágrimas. Guardava silêncio absoluto na igreja, por respeito à Presença Real, e bastava vê-la rezar para se conhecer como é que se pratica a oração.
  Santa Margarida observava duas Quaresmas, a do Natal e a da Páscoa, aumentando ainda mais suas austeridades.
 Capela de Sta. Margarida, no Castelo de Edimburgo
Quando a rainha estava acamada em sua última doença, teve que passar por uma prova duríssima. Tendo o rei Guilherme, o Ruivo, da Inglaterra, invadido a Northumberland escocesa, Malcolm organizou um exército para a reconquistar. A rainha lhe pediu muito que não fosse pessoalmente a essa campanha, mas ele resolveu ir com seus filhos Eduardo e Edgard, julgando que o temor da rainha se devia à bondade do seu coração.
  Quatro dias antes de sua morte, ela disse aos presentes: “Hoje talvez tenha acontecido uma grande infelicidade para a Escócia, como a que ela não via há muitos anos”. Entrementes seu filho Edgard voltou da guerra, e ela lhe pediu notícias do pai e do irmão. Temendo que a verdade lhe fosse fatal, o rapaz respondeu que estavam bem. “Ah! Meu filho, sei muito bem o que se passa; por isso não tens que negar-me a verdade”, respondeu ela. Edgar relatou então a morte de seu pai e irmão numa emboscada durante a campanha. Margarida, erguendo os olhos ao céu, exclamou: “Deus todo-poderoso, eu vos agradeço por me terdes enviado uma tão grande aflição nos derradeiros momentos de minha vida. Espero que, com vossa misericórdia, ela servirá para me purificar de meus pecados”. Enfim, sua alma se viu livre dos liames do corpo no dia 16 de novembro de 1093, aos 47 anos de idade. Tornou-se padroeira da Escócia.
 Tempos depois, ao cair esse país na heresia protestante, os católicos recolheram secretamente as relíquias da rainha santa e de seu esposo, a quem também consideravam santo, e as enviaram ao rei Filipe II da Espanha, que lhes deu um refúgio seguro no mosteiro El Escorial, que acabava de construir.Seu confessor e biógrafo diz que não é necessário constatar se ela praticou milagres, pois sua vida inteira foi um prodígio.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

08 de junho dia da Santa Isabel Rainha de Portugal

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O Milagre mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. Segundo tradição portuguesa, a rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor!. Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, em Janeiro?. D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara. Esta santa Rainhal, nasceu em 1271, filha de Pedro III de Aragão e de Constança, filha de Manfredi, rei da Sicília e sobrinha do imperador Frederico II. No batismo recebeu o nome de Isabel para honrar a memória de sua grande tia, Santa Isabel da Hungria, canonizada quarenta anos antes por Gregório IX em 1235. Casou-se com o jovem rei Dom Dinis, o qual posteriormente se tornou o fundador da primeira faculdade portuguesa e o grande impulsionador da agricultura em Portugal na época, razão pela qual lhe deram o cognome de Dom Dinis “O Agricultor”! Os portugueses acolheram com entusiasmo a sua soberana e não foi decepcionado pela jovem simples e austera em sua vida privada, grande benfeitora de seus próprios súditos. Deu a seu marido dois filhos: Afonso, o herdeiro do trono, e a princesa Constância. Porém, Dom Dinis não soube ser digno daquela esposa devota e afetuosa, que alternava com os deveres familiares, sacrifícios e rigores voluntários quase monásticos. Ele preferiu outras mulheres e outras aventuras. Isabel, digna no sofrimento, ocultou sua própria amargura sem provocar escândalo. Rezou secretamente pela conversão do esposo, e com igual afeto, ao lado de seus filhos, educou também outros que não eram seus. O marido, despreocupado de seus deveres, começou a suspeitar da fidelidade de sua mulher. Um cortesão maldoso ativou o fogo do ciúme, atribuindo à rainha uma caluniosa relação com um pajem. Em seguida, várias circunstâncias induziram Dinis a considerar as coisas com maior serenidade e a reconhecer a absoluta inocência de Isabel. A nova fonte de amargura para a santa rainha foi a disputa entre o seu marido Dinis e Afonso, o herdeiro do trono. Ela procurou reconciliar os dois, inimigos entre si. Finalmente foi desterrada, por suspeitas de conjurar contra o rei. Depois da morte de seu esposo e de sua filha, Isabel renunciou ao mundo e à sua condição régia. Vestiu o hábito da Terceira Ordem Franciscana e partiu em peregrinação para Santiago de Compostela. Distribuiu suas riquezas entre os necessitados e teria entrado no mosteiro das Clarissas fundado por ela em Coimbra, se não houvessem aconselhado para que permanecesse no mundo para prosseguir suas boa obras. Viveu junto ao mosteiro levando o hábito das filhas de Santa Clara e dedicando-se às obras de piedade e caridade. Outra guerra constante foi entre o seu filho e o neto que a obrigou novamente a uma dolorosa peregrinação, até deter-se definitivamente em Estremoz, precisamente no lugar onde Dinis, rei de Portugal, muitos anos antes, havia lhe pedido por esposa.Ao morrer, afirmou ver uma belíssima senhora, que se aproximava radiante com vestes brancas, a Imaculada Conceição, a quem a santa havia dedicado uma Igreja em Lisboa, cinco séculos antes da definição dogmática do privilégio mariano. Morreu em 04 de julho de 1336, aos 65 anos de idade.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

domingo, 5 de junho de 2022

05 de junho dia de São Bonifácio OSB, Bispo e Mártir


 Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig. Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano. Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé. Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura  religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.
 Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada. Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho. São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha". Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sábado, 4 de junho de 2022

Comentários Eleison: RERUM NOVARUM - I -Por Dom Williamson Número DCCLXXVII (777) – 4 de junho de 2022

  

RERUM NOVARUM - I

Os homens famintos por poder querem que reine o socialismo.

Assim, esses globalistas querem a dor universal.


Karl Marx não disse uma vez que o comunismo pode resumir-se em uma simples frase: “a abolição da propriedade privada”? E um supremo globalista, Klaus Schwab, não prometeu recentemente a todas as almas viventes que sob o globalismo elas “não possuirão nada, mas serão totalmente felizes”? E não significa isso que o Globalismo será essencialmente o comunismo em curso? Mas por que esse repúdio pela propriedade privada? Porque essas almas ímpias querem acabar com qualquer sociedade humana que ainda tenha alguma crença no Deus dos Dez Mandamentos ou respeito por ele: Sétimo, não roubarás; Décimo, nem mesmo desejarás roubar. Dois Mandamentos inteiros de dez, para estabelecer o princípio da propriedade privada entre os homens. A guerra moderna contra a propriedade privada é, entre outras coisas, a guerra do homem moderno contra Deus.

Defendendo os interesses de Deus Todo-Poderoso, a Igreja Católica defende a propriedade privada contra todos os socialistas, comunistas, globalistas e outros inimigos da sociedade humana que querem destruí-la. Um notável defensor da propriedade privada foi o Papa Leão XIII (1878-1903) em sua famosa Encíclica Rerum Novarum, de 1891. Como os globalistas ímpios estão ameaçando agora mesmo derrubar toda a sociedade humana com seu "Reset", vamos dar uma olhada na defesa deste Papa do princípio da propriedade privada.

A propriedade privada, diz ele (RN 8), é um direito natural do homem, cuja abolição é injusta e prejudica tanto os trabalhadores como os proprietários, e tanto os estados como os governos. Isto é assim porque só o homem é um animal racional entre os demais animais, ou brutos. Assim, todos os animais devem alimentar-se, mas enquanto Deus pensa adiantadamente e provê a alimentação dos animais brutos, Ele dá aos homens uma mente para pensar adiantadamente em seu próprio futuro. Isso significa que enquanto os animais brutos se limitam a utilizar as coisas, o homem as utilizará e também as tomará em sua posse. Mas somente a terra pode suprir suas necessidades futuras recorrentes. Portanto, o homem é de uma natureza tal que toma a terra em sua posse – em outras palavras, tem um direito natural à propriedade.

À objeção de que o estado pode prover a todos os homens que se encontram nele, Leão XIII responde (RN 13) com outro princípio fundamental: o de que o indivíduo é anterior ao estado (porque para que exista um estado, os indivíduos já existentes devem reunir-se). E à objeção de que Deus dá a terra à humanidade em comum, ou seja, que dá toda a terra a toda a humanidade (RN 14) e não apenas a este ou aquele proprietário, Leão responde que, embora seja verdade que Deus oferece a terra para que sirva a todos e seja propriedade de qualquer um, no entanto, qualquer parte particular dela deve ser possuída por alguém. Caso contrário, as lutas seriam intermináveis, de modo que, como Klaus Schwab sabe muito bem, o estado teria que intervir para exercer o controle supremo.

Ademais (RN 15), um homem está definitivamente mais motivado para trabalhar no que é de sua propriedade, e o suor de seu rosto marca e entra em sua propriedade de tal modo que privá-lo da propriedade é privá-lo de motivação para trabalhar nela e defraudá-lo do fruto do seu trabalho. O homem se apega à sua terra naturalmente. Tanto o socialismo quanto o globalismo o desarraigam para poder controlá-lo melhor.

O direito natural do indivíduo à propriedade é ainda reforçado por suas obrigações familiares naturais (RN 18). Assim como a paternidade é um direito natural que faz do indivíduo chefe de uma família, a família é de uma natureza que estende o direito de propriedade, seja, por exemplo, para alimentar toda a família no presente, ou como legado aos filhos para o futuro deles. Tampouco pode ou deve o estado prover (exceto em caso de dificuldades especiais das famílias), porque os filhos entram em uma sociedade ou em um estado somente através de uma família, e assim a família pré-existente tem direitos e deveres anteriores aos do estado.

O sensato Papa conclui (RN 22) que o socialismo fará estragos na sociedade com a agitação, a inveja, a pobreza, a miséria universal e a escravidão. Mas veja na próxima semana o que Leão diz que o estado deve fazer.

Kyrie Eleison.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

A grande Promessa

 

A grande promessa do Coração de Maria em Pontevedra

A primeira promessa Nossa Senhora cumpriu no dia 10 de dezembro de 1925. Irmã Lúcia, como postulante dorotéia, estava na sua cela quando lhe apareceu Nossa Senhora pondo-lhe uma mão sobre o ombro enquanto lhe mostrava na outra um coração cercado de espinhos. Ao lado de Nossa Senhora estava o Menino Jesus sobre uma nuvem luminosa, quem lhe disse: “Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.

A Santíssima Virgem acrescentou: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.

Existe algo essencial a todos estes elementos: a reparação cordimariana. Naturalmente que toda reparação do pecado vai dirigida a Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo, mas o lugar singular que a Virgem Maria tem na obra da salvação faz que o pecado fira de modo especial o seu Coração.

Explicação das condições

A confissão em espírito de reparação. Se não puder ser feita no primeiro sábado do mês, pode ser antecipada dentro dos oito dias. Inclusive poderia bastar a confissão mensal, que sempre deve ser feita com a intenção de reparar o Coração Imaculado de Maria.

A comunhão reparadora. É o ato essencial desta devoção. Para compreender o seu sentido e o seu alcance, é preciso relacioná-la com a comunhão milagrosa do outono de 1916, orientada pelas palavras do Anjo a uma idéia reparadora, e com a comunhão das primeiras sextas-feiras de mês que pediu o Sagrado Coração em Paray-le-Monial.

Sobre a dificuldade pontual para cumprir com esta condição no sábado, Nosso Senhor respondeu à Irmã Lúcia na noite do 29 ao30 de maio de 1930: “Será igualmente aceita a prática desta 15devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas”.

Desse modo, não só a comunhão, mas também a reza do terço e a meditação sobre os mistérios podem ser feitos no Domingo, e por justos motivos que corresponde ao sacerdote julgar. 

A oração do terço. A 13 de outubro de 1917, a Virgem Santíssima revelou que queria que Ela fosse invocada em Fátima sob o vocábulo “Nossa Senhora do Rosário”. Em cada uma das suas seis aparições pediu a reza cotidiana do terço. E tratando-se aqui de reparar as ofensas ao seu Coração Imaculado, esta é certamente a oração vocal que lhe é mais agradável.

Os quinze minutos de meditação. A Santíssima Virgem pede “quinze minutos de meditação sobre os quinze mistérios do Rosário”. Não é indispensável meditar cada mês sobre os quinze mistérios. Ao padre Gonçalves, seu diretor, Irmã Lúcia escreveu: “trata-se de acompanhar durante quinze minutos a Nossa Senhora meditando os mistérios do Rosário”. A vidente afirmava no dia 3 de dezembro de 1939, em outra carta ao seu confessor, o seguinte: “Diz o Sr. Bispo (de Leiria) que a meditação se pode fazer durante a reza do terço. Diz Sua Excelência que o faz assim para facilitar ao povo a prática dessa devoção, já que ordinariamente este não está habituado a meditar; que assim como a Santa Igreja permite que durante a Missa se rezem várias orações que são de obrigação, como a penitência da confissão, etc., e se cumpre o preceito, assim também neste caso. Contudo, será mais perfeito que quem puder faça cada coisa por separado”.

A intenção reparadora. Sem esta intenção geral, sem esta vontade de amor que deseja reparar e consolar a Santíssima Virgem, sem esta “compaixão”, todas estas práticas seriam incompletas. Trata-se de consolar o Coração Doloroso e Imaculado da Nossa Mãe. Ainda aqui não se trata em primeiro lugar de consolar a Virgem Maria compadecendo se do seu Coração transpassado por causa dos sofrimentos do seu Filho, mas o sentido preciso desta devoção reparadora considera as ofensas que atualmente recebe o Coração Imaculado de Maria por parte dos que rejeitam a sua mediação materna e menosprezam as suas prerrogativas. São estes outros tantos espinhos que devemos arrancar do seu Coração por estas práticas de reparação, para consolá-la e obter assim o perdão para as almas que o ofendem tão gravemente.

Por que cinco sábados?

“Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 do mês de Maio, 1930, e falando a Nosso Senhor desta questão, senti-me, de repente, possuída mais intimamente da divina Presença; e, se me não engano, foi-me revelado o seguinte:

“Minha filha, o motivo é simples: São 5 as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.”

As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
Contra a sua Virgindade;
Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens; 17
Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens.

“Eis, minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração
de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação”.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sexta-feira, 3 de junho de 2022

NOVE PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS

Reparação ao Sagrado Coração de Jesus.

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,

Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,

Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor,
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de opróbrios,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até à morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que esperam em vós,
Coração de Jesus, esperança dos que expiram em vós,
Coração de Jesus, delícia de todos os santos,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.
V. Jesus, manso e humilde de coração,
R. Fazei nosso coração semelhante ao vosso.
Oremos.
Deus onipotente e eterno, olhai para o Coração de vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão em nome do vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina por todos os séculos dos séculos.
Amém.

  Kýrie, eléison.
Christe, eléison.

Kýrie, eléison.
Christe, audi nos.
Christe, exáudi nos
.

Pater de cælis, Deus,
miserére nobis.
Fili, Redémptor mundi, Deus,

miserére nobis.
Spíritus Sancte, Deus,
miserére nobis.
Sancta Trínitas, unus Deus,
miserére nobis.

Cor Iesu, Filii Patris æterni, miserére nobis.
Cor Iesu, in sinu Virginis Matris a Spiritu Sancto formatum,
Cor Iesu, Verbo Dei substantialiter unitum,
Cor Iesu, maiestatis infinit
æ,
Cor Iesu, templum Dei sanctum,
Cor Iesu, tabernaculum Altissimi,
Cor Iesu, domus Dei et porta c
æli,
Cor Iesu, fornax ardens caritatis,
Cor Iesu, iustiti
æ et amoris receptaculum,
Cor Iesu, bonitate et amore plenum,
Cor Iesu, virtutum omnium abyssus,
Cor Iesu, omni laude dignissimum,
Cor Iesu, rex et centrum omnium cordium,
Cor Iesu, in quo sunt omnes thesauri sapienti
æ et scientiæ,
Cor Iesu, in quo habitat omnis plenitudo divinitatis,
Cor Iesu, in quo Pater sibi bene complacuit,
Cor Iesu, de cuius plenitude omnes nos accepimus,
Cor Iesu, desiderium collium
æternorum,
Cor Iesu, patiens et mult
æ misericordiæ,
Cor Iesu, dives in omnes qui invocant te,
Cor Iesu, fons vit
æ et sanctitatis,
Cor Iesu, propitiatio pro peccatis nostris,
Cor Iesu, saturatum opprobriis,
Cor Iesu, attritum propter scelera nostra,
Cor Iesu, usque ad mortem obediens factum,
Cor Iesu, lancea perforatum,
Cor Iesu, fons totius consolationis,
Cor Iesu, vita et resurrectio nostra,
Cor Iesu, pax et reconciliatio nostra,
Cor Iesu, victima peccatorum,
Cor Iesu, salus in te sperantium,
Cor Iesu, spes in te morientium,
Cor Iesu, delici
æ Sanctorum omnium,
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
parce nobis, Dómini.

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
exáudi nos, Dómini.
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, 
miserére nobis.

V. Iesu, mitis et humilis Corde,
R. Fac cor nostrum secundum Cor tuum.
Orémus.
Omnipotens sempiterne Deus, respice in Cor dilectissimi Filii tui, et in laudes et satisfactiones, quas in nomine peccatorum tibi persolvit, iisque misericordiam tuam petentibus, tu veniam concede placatus, in nomine eiusdem Filii tui Iesu Christi, qui tecum vivit et regnat in sæcula sæculorum.

Amen.


O livro Verdadeira Devoção a Misericórdia esta no Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria   


Anexo C do livro: A fonte da devoção aos Sagrados Corações se revela na Santa Bíblia e na Santa Liturgia Tradicional.


  .......... No sábado Santo a Santa Liturgia Comemora o Virgem Dolorosa (A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado Por teus crimes, pecador Pela Virgem Dolorosa Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me Meu Jesus).  Por mediação este Imaculado Coração sofre também pela ingratidões. Assim torna-se fácil entender o pedido de Reparação Seu Imaculado Coração. Então a  Ir. Lucia da recebe a incumbência de divulgar esta Santa Devoção ao Seu Imaculado Coração. A Santa Devoção do Sagrado Coração de Jesus não pode frutificar em uma alma humana senão por intermédio da Santíssima Virgem  e com seu socorro Maternal de Seu Imaculado Coração. Por isto a verdadeiro devoto do Imaculado Coração tem que fazer a Santa Escravidão. Assim imita o Mestre  tornando escravo, Aniquilo-se a si mesmo tornando a forma de escravo (Filipenses 2,7). E nós seus escravos por meio da Santíssima Virgem Imaculada que tanto O ama. Aquele que se humilha será exaltado (São Mateus 23,12). 

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário