domingo, 28 de junho de 2020

DECLARAÇÃO DE APOIO A DOM CARLO MARIA VIGANÒ

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PAX
MOSTEIRO DA SANTA CRUZ
 S. Exa. Revma. Dom Carlo Maria Viganò acaba de escrever um texto onde afirma com coragem que os males dos quais sofre a Igreja têm por causa o Concílio Vaticano II; mais ainda: que esses males vêm de uma igreja distinta da Igreja Católica. “É inegável, diz ele, que a partir do Vaticano II se formou uma igreja paralela, sobreposta e diametralmente oposta à verdadeira Igreja de Cristo.” Ele afirma, além disso, que o ideal dessa nova igreja é instituir uma religião universal segundo as aspirações dos ideais maçônicos.
Nada mais mortal para a Igreja do que esses assaltos conduzidos há séculos contra Ela para investi-la desde seu interior, como havia predito Leão XIII em seu exorcismo de São Miguel, em sua primeira edição:
“Onde foi estabelecida a sede do bem-aventurado Pedro e a Cátedra da verdade, aí eles puseram o trono de sua abominação na impiedade, de modo que feridos os pastores, o rebanho possa ser disperso.” (Cf. texto original publicado em 1903).
Os inimigos conceberam um ecumenismo que seria a formação de uma religião universal, “triunfo do plano maçônico em preparação para o reino do anticristo”, como diz Dom Viganò.
“Sabemos muito bem, escreve ainda o prelado, que o objetivo dessas iniciativas ecumênicas e inter-religiosas não é converter ao Cristo aqueles que estão longe da única Igreja, mas enganar e corromper aqueles que ainda conservam a Fé Católica, conduzindo-os a considerar como desejável uma grande religião universal que una em ‘uma só casa’ as três grandes religiões abraâmicas.
Seguindo os Papas antiliberais, Dom Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer combateram o ecumenismo, erro central do Concílio Vaticano II. De Pio VI a Pio XII os erros modernos foram repetidas vezes condenados, mas os liberais que triunfaram no Concílio graças ao apoio dos Papas João XIII e Paulo VI procuraram impô-lo a toda a Igreja.
O mérito de Dom Viganò consiste em ter denunciado o plano dos inimigos da Fé Católica e tê-lo feito com boa fundamentação doutrinal.
Ele teve a humildade de reconhecer que outrora se havia enganado a respeito do Concílio, da hermenêutica da continuidade e da conduta que se deve ter em relação àqueles que se servem de seus cargos para destruir a Igreja, fazendo da obediência uma arma contra a obediência devida a Deus e à Igreja.
Possa ele levar a bom termo o seu combate e concorrer para a vitória final do Imaculado Coração de Maria.
Nova Friburgo, 24 de junho de 2020, Natividade de São João Batista
+ Tomás de Aquino, OSB
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Dia 28 dia de São Irineu, Bispo e Doutor da Igreja.

    
  São Irineu era um religioso da região de Esmirna, na Ásia Menor, e foi uma importante figura nos tempos iniciais do cristianismo.  Depois de alguns anos de trabalho, Irineu recebeu a missão de ir evangelizar na cidade de Lyon, no território da Gália, onde haviam muitos pagãos.Lá, trabalhou com o Bispo Fotino, até que foi enviado a Roma para a realização de outros trabalhos.  Esta viagem foi providencial, pois tão logo Irineu deixou Lyon, uma grande perseguição aos cristãos ocorreu naquela região.  Assim, permaneceu em Roma onde acompanhou o fim da perseguição aos cristãos, quando, então, pode retornar a Lyon, já como bispo local. Escreveu muitos textos contra a prática do gnosticismo e, assim, afastou muitos hereges.  Sua obra encontra-se reunida em cinco livros, os quais, por muitos anos, serviram de apoio ao trabalho contra heresias e doutrinas estranhas.  Também é atribuída a Irineu a identificação de Mateus, Marcos, Lucas e João como os verdadeiros evangelistas.

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sábado, 27 de junho de 2020

Nossa Senhora no Sábado

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Senhora dos Anjos.

Epístola extraída do

Eclesiástico 24, 14-16
14 Desde o início, antes de todos os séculos, ele me criou, e não deixarei de existir até o fim dos séculos; e exerci as minhas funções diante dele na casa santa. 15 Assim fui firmada em Sião; repousei na cidade santa, e em Jerusalém está a sede do meu poder. 16 Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus; e fixei minha morada na assembléia dos santos. 

Sequência do Santo Evangelho 

São Lucas 11, 27-28 
27 Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! 28 Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam! 

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Dia 23 de junho dia de São José Cafasso,confessor.

 São José Cafasso nasceu em Castelnuovo d’Asti (hoje Castelnuovo Dom Bosco) em 1811. Uma sua irmã foi mãe de outro santo, São José Alamano, fundador da comunidade dos Padres da Consolata.Desde pequeno José era chamado pelos seus concidadãos de il Santeto, por causa de sua atração para a virtude e coisas santas.Aos 16 anos entrou para o seminário e vestiu por primeira vez a sotaina. Assim o descreve Dom Bosco, que o encontrou nessa idade: “De pequena estatura, olhos brilhantes, ar afável e rosto angelical”.
Providencial encontro com São João Bosco
Dom Bosco o viu na porta da igreja de sua cidade, durante uma quermesse, e impressionado com a aparência do jovem seminarista, quis conversar com ele. Propôs-se então a mostrar-lhe algum dos espetáculos da feira. E narra deste modo o episódio:
“[José Cafasso] fez-me um sinal para eu me aproximar, e começou a perguntar-me minha idade, meus estudos; se havia já recebido a Primeira Comunhão; com que freqüência me confessava; aonde ia ao catecismo, e coisas semelhantes. Fiquei como encantado ante aquela maneira edificante de falar; respondi com gosto a todas as suas perguntas; depois, quase como para agradecer sua afabilidade, repeti meu oferecimento de acompanhá-lo a visitar qualquer espetáculo ou novidade.
 Quem abraça o estado eclesiástico entrega-se ao Senhor, e nada de quanto teve no mundo deve preocupá-lo, mas sim aquilo que pode servir para a glória de Deus e proveito das almas”

José Cafasso era ótimo estudante, e precisou pedir dispensa para ser ordenado mais cedo do que o normal, aos 21 anos de idade, em setembro de 1933. Em vez de aceitar inúmeros convites de paróquias, quis aprofundar seus estudos no Convicto (internato) eclesiástico São Francisco de Assis, de Turim. Nessa espécie de academia eclesiástica ele passou alguns anos de intensa formação intelectual e espiritual, sendo nomeado professor da cátedra de moral. Trabalhou junto ao Cônego Guala, um dos fundadores do estabelecimento e seu reitor. Seu programa era santificar-se cada vez mais e auxiliar os outros para que também se santificassem. Todos admiravam nele esse empenho para em tudo procurar a maior glória de Deus e a santificação própria e dos outros.
Ao morrer o Cônego Guala, José foi aclamado por unanimidade para substituí-lo, e manteve esse cargo durante 12 anos, isto é, até sua morte. Propôs-se como modelos São Francisco de Sales e São Felipe Néri.  Muitos diziam que, na jovialidade e uniformidade de espírito, ele muito se assemelhava a esses santos.

Combate ao jansenismo e ao rigorismo
O Padre Cafasso combateu tenazmente duas filosofias que haviam então penetrado na Itália: uma defendia que só a pessoa muito santa deveria aproximar-se dos sacramentos, principalmente da Eucaristia (jansenismo); e outra se centrava mais na justiça de Deus, quase abstraindo de sua misericórdia, sem procurar ver o equilíbrio existente entre esses dois atributos divinos (rigorismo). O Papa Pio XI, por ocasião do decreto De tuto para a beatificação de José Cafasso,  assinado em 1º de novembro de 1924), afirmou: “Bem depressa logrou Cafasso sentar praça de mestre nas fileiras do jovem clero, inflamado de caridade e radiante de saníssimas idéias, disposto a opor aos males do tempo os oportunos remédios. Contra o jansenismo, levantava um espírito de suave confiança na divina bondade; frente ao rigorismo, colocava uma atitude de justa facilidade e bondade paterna no exercício do ministério; desbancava por fim o regalismo, com uma dignidade soberana e uma consciência respeitosa para com as leis justas e as autoridades legítimas, sem claudicar jamais, antes bem dominado e conduzido pela perfeita observância dos direitos de Deus e das almas, pela devoção inviolável à Santa Sé e ao Pontífice Supremo, e pelo amor filial à Santa Madre Igreja”.
Para contrapor-se ao jansenismo e ao rigorismo, ele apresentava a Religião sob seus mais belos aspectos, concebida como um exercício de amor a um Deus de bondade e misericórdia, que padeceu e morreu para nos salvar. Sem descuidar as verdades essenciais, ele punha o acento naquelas mais belas e acessíveis ao comum dos cristãos, para que praticassem as virtudes. Como se vê, utilizava a tática religiosa preconizada séculos antes por Santo Inácio de Loyola, do adere contra, isto é, agir sempre contra os erros e vícios da época.
Levava seus alunos sacerdotes para visitar os cárceres e os bairros mais pobres da cidade, a fim de despertar neles uma grande sensibilidade para com os deserdados da fortuna.
São João Bosco estava ainda no seminário e não podia prosseguir seus estudos por falta de recursos, o Pe. Cafasso pagou-lhe meia bolsa e obteve dos dirigentes do seminário facilitar-lhe a outra metade, servindo o jovem seminarista como sacristão, remendão e barbeiro. E quando ele se ordenou, custeou-lhe o curso no Convicto para sua pós-graduação.
Depois ajudou-o em seu apostolado com os meninos, e, mesmo quando todos abandonaram Dom Bosco, continuou seu acérrimo defensor. Ajudou-o também na recém-fundada Sociedade Salesiana, sendo considerado pelos salesianos um dos seus maiores benfeitores.
Turim era a capital do Reino da Sabóia e uma cidade em grande desenvolvimento, atraindo toda espécie de aventureiros. Em conseqüência, os cárceres estavam cheios de criminosos de toda ordem, abandonados por todos. Esse foi um dos campos de apostolado preferido por Dom Cafasso. Ele entregava aos prisioneiros roupa, comida, material de asseio e outras coisas. Ia visitá-los, e com paciência e doçura acabava fazendo com que muitos se confessassem e começassem a levar uma vida mais decente. Sua visita semanal era esperada com sofreguidão por aqueles párias da sociedade. Muito diferente dos que hoje pregam os “direitos humanos” dos bandidos, que não buscam a conversão dos mesmos, mas apenas proporcionar-lhes regalias humanas, mantendo-os na mentalidade criminosa.
O maior e mais heróico apostolado exercido por José Cafasso era com os condenados à morte. Quando um criminoso recebia a sentença de morte, o sacerdote preparava-o nos dias que a antecediam, para converter-se e confessar-se, e depois o acompanhava até o lugar do suplício, incutindo-lhe religiosos sentimentos. De 68 condenados que ele acompanhou assim até o derradeiro suplício, nenhum morreu sem confessar-se e mostrar-se verdadeiramente arrependido.
Quando o criminoso ouvia a pena de morte, geralmente exclamava: “Que o Padre Cafasso esteja a meu lado na hora da morte, é o meu último desejo”. Chamavam-no mesmo de outras cidades, para esse benemérito apostolado. Hoje em dia, onde estão os criminosos que pedem assistência espiritual e os bons sacerdotes que queiram dá-la? Como decaímos!
Certo dia o Pe. Cafasso levou Dom Bosco, ainda jovem sacerdote, em uma dessas visitas. Este, só ao ver a forca, caiu desmaiado... O que mostra o domínio que Dom Cafasso deveria ter sobre si mesmo para familiarizar-se com tão difícil apostolado. Mas então tratava-se de salvar uma alma no último momento, e isso bastava para dar-lhe forças.
Um dom que José Cafasso recebeu em alto grau foi o da prudência. À sua porta batiam desde altos eclesiásticos até gente miúda do povinho, à procura de um conselho para resolver situações delicadas. E ele sempre tinha a palavra exata, o conselho certo, a solução definitiva.
Outras qualidades que nele sobressaíam de maneira especial eram sua tranqüilidade imutável e exemplar paciência. No rosto, tinha sempre um sorriso amável para atender as pessoas. Como ele era muito baixo, diziam: “É pequeno de corpo, mas um gigante no espírito”.
A devoção do Padre Cafasso à Santíssima Virgem era fora do comum. Ele a nutria desde pequeno e falava d’Ela com entusiasmo. Dedicava os sábados em sua honra, e não havia o que se lhe pedisse num desses dias ou em alguma festa de Nossa Senhora, que ele não atendesse.
Ele dizia constantemente que tinha três amores: a Jesus Sacramentado, à Santíssima Virgem e ao Papa. Esta afirmação era tanto mais importante numa época em que o Papa estava sendo despojado dos Estados Pontifícios.
Num de seus sermões sobre Nossa Senhora, Dom José Cafasso exclamou arrebatado: “Que feliz dita a de morrer num sábado, dia da Virgem, para ser levado por Ela ao Céu!”. Realmente, essa foi a graça que ele obteve, falecendo no sábado, 23 de junho de 1860, aos 49 anos de idade.
José Cafasso foi beatificado por Pio XI em 3 de maio de 1925, e canonizado por Pio XII em 22 de junho de 1947.

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domingo, 14 de junho de 2020

14 de junho dia de São Basílio Magno. Bispo. Confessor e Doutor.

”Qual é o significado e o poder do Batismo? Que o batizado se transforma nos pensamentos, nas palavras e nas obras, e se torna — em virtude do poder que lhe foi concedido — como é Aquele por quem foi gerado”.

  São Basílio nasceu em Cesareia (actual Kayseri), capital da Capadócia, na Ásia Menor no seio de uma família profundamente cristã. O seu pai era Basílio, o Velho, e a sua mãe, Emília de Cesareia. Estudou em Constantinopla e Atenas. Entre seus nove irmãos figuraram: Gregório de Nissa, Macrina, a Jovem e Pedro de Sebaste, todos canonizados pela Igreja. É também neto de Macrina Maior.
 Como seus colegas de estudo teve o futuro imperador Juliano, o apóstata, e Gregório Nazianzeno, também capadócio e seu amigo inseparável, que escreveu sobre os dois: "conhecíamos apenas duas ruas na cidade: a que conduzia à Igreja e a que nos levava à escola".
 Terminando os seus estudos, Basílio retornou a Cesárea, foi batizado e determinou-se a seguir a pobreza evangélica. Visitou e estudou em mosteiros do Egito, Palestina, Síria e Mesopotâmia. Em seguida morou numa estalagem na região do Ponto, perto do rio Íris, entregando-se a uma vida solitária de oração e estudo, e fundando o primeiro mosteiro da Ásia Menor.
 A heresia ariana naquela época estava no auge, sendo que os ortodoxos eram perseguidos pelos hereges. Basílio foi ordenado diácono e sacerdote em Cesareia em 363, mas retirou-se para o Ponto para evitar conflitos com o arcebispo Eusébio.
 Em 365, o seu amigo Gregório de Nanzianzo retirou Basílio do seu retiro, e em 370, quando o arcebispo Eusébio morreu, deixando vaga a sede arquiepiscopal, Basílio foi eleito para ocupá-la. Com a morte de Santo Atanásio, pouco depois, Basílio passou a ser o último defensor da ortodoxia no oriente, morrendo em 1 de janeiro de 379, aos 49 anos.
 Dedicou as suas maiores energias a defender a doutrina da consubstancialidade do Verbo, definida solenemente no Primeiro Concílio de Niceia (325). Por este motivo sofreu muitos ataques dirigidos pelos arianos e pelas autoridades imperiais, que queriam impor a doutrina de Ário. Em conjunto com São Gregório de Nazianzo e São Gregório de Nissa, contribuiu de maneira decisiva na tarefa de precisão conceptual dos termos com os quais a Igreja viria a expor o dogma trinitário, preparando, desta maneira, o Primeiro Concílio de Constantinopla (381), que enunciou de forma definitiva a doutrina sobre a Santíssima Trindade.
 A sua produção literária compreende trabalhos dogmáticos, ascéticos, pedagógicos e litúrgicos. A ele se deve a fixação definitiva de uma das mais conhecidas liturgias orientais: a Divina Liturgia de São Basílio. Junto com São Gregório de Nanzianzo, escreveu duas Regras que tiveram uma influencia decisiva na vida monástica do Oriente cristão. A sua festa litúrgica celebra-se a 2 de Janeiro.

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