segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Prato de lentilhas do LGBT? Gênesis, capítulo 25, versículos 29 a 34.

 

28.Isaac preferia Esaú, porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó.29.Um dia em que Jacó preparava um guisado, voltando Esaú fatigado do campo,30.disse-lhe: “Deixa-me comer um pouco dessa coisa vermelha, porque estou muito cansado”. (É por isso que puseram o nome a Esaú Edom.)*31.Jacó respondeu-lhe: “Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura”.32.“Morro de fome, que me importa o meu direito de primogenitura?”33.“Jura-mo, pois, agora mesmo” – tornou Jacó. Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.

 Porque desta comparação?

 Vamos refletir: O prato de lentilhas passou a ser o exemplo de uma venda disparatada e infeliz em que o interesse momentâneo, imediato e aflitivo passa a valer mais que todos os outros interesses permanentes e eternos. Perde-se a coerência; troca-se eternidade de bens espirituais por um prazer passageiro.

 Isto para todos os pecados.

 O papa Francisco libera uma bênção satanás para quem vendeu seu direito de primogenitura.

 Esau vendeu seu direito da bênção de Deus por um prazer; e LGBT vendeu seu direito no momento que não aceita seu comportamento de pecado, que é contra natureza.

 Alguns da LGBT quer como Esau uma bênção.

Pois dizem somos filhos de Deus! Exigem direito de filho, como Esau.

Como herdar esse direito estando escravo do pecado mortar. Culpa de não ter bênção, são da própria atitude pecaminosa assim fecha-se todas as graças.

Assim ficam sem sua bênção de primogenitura. 

  Jacó ao contrario observa e se faz obediente, sua mãe prepara ser digno de receber a bênção de primogênito. Gênesis 27:24-38 

 São Luís Maria Grignion de Montfort: Faz comparação de Rebeca com Nossa Senhora que nos tornas digno de receber as bênção de Deus.  

Sejamos escravos de Maria que sabe nos preparar; esmaga qualquer prazer que nos tira da eternidade.

 Colocoquemos tudo essa situação de escândalo na mão de Deus e de Maria para que não se percam mais as almas por atitude satanás do Papa Francisco.

 Mateus 16:23: Jesus virou-se e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás! tu é uma pedra de tropeço para Mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens".

  

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias Santo o Rosário.

domingo, 28 de janeiro de 2024

28 de janeiro dia de São Pedro Nolasco,Confessor.



Nasceu 1190 no século XII Condado da Provença, no sul da França. Seu pai, de origem anglo-normanda, chama-se Guillaume de Bigot (era filho de Hugh Bigot, 1º conde de Norfolk). Sua mãe, de origem italiana, chama-se Catarina, e era descendente de Filipe I de França através dos Saint-Gilles. Sua mãe provinha de Nola, Itália, donde o santo recebeu o nome.
    Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.Os pais constatavam com muita satisfação, que ao desenvolvimento físico do filho, correspondia igual progresso moral. Era admirável a terna compaixão que Pedro, criança ainda, revelava pelos pobres. O Aspecto da miséria causava-lhe tanta tristeza, que os pais, querendo consolá-lo, haviam de dar-lhe esmolas para os pobres. Mais tarde, quando estudante, repartia com os pobres tudo que dos pais recebia. Com o maior cuidado guardava o tesouro da pureza do coração, e todo o seu desejo era poder servir a Deus do modo mais perfeito. Daí a fuga de tudo que pudesse desagradar a Deus, ou ser um perigo para a sua alma. Pedro tinha 15 anos quando perdeu o pai. A mãe, desejando ter uma auxiliar no governo da casa, insistiu com Pedro para que estabelecesse família, ao que este se opôs terminantemente. Mais ainda: fez os votos de castidade e de pobreza, com o propósito de repartir os bens entre os pobres.
    No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos.A França, naquela época, estava tomada por sérias desordens que infestavam todo o território sul, dentre as quais os abusos dos albigenses (facção maniqueísta que alastrou-se pelo país). Para evitar qualquer contato com os hereges, Pedro associou-se ao conde Simão Monfort, comandante do Exército Católico. Com ele mudou-se para a Espanha, onde lhe foi confiada a educação do príncipe Jaime de Aragão
  Ofereceu-se-lhe ocasião de observar a tristíssima sorte dos cristãos que tiveram a infelicidade de cair no poder dos muçulmanos, que corriam grande perigo de perder a fé. Diante disto Pedro aplicou toda a sua fortuna no resgate daqueles infelizes, mas como a quantidade de escravos era enorme, acabou tendo de recorrer à caridade de outras pessoas que, caridosamente contribuíram com elevadas somas para a redenção dos pobres cativos.
Em primeiro de agosto de 1223, Pedro teve uma revelação da Santíssima Virgem, a qual mostrando grande satisfação pelo bem que fizera aos cristãos, deu-lhe a ordem de fundar uma congregação com o fim determinado da redenção dos cativos. Pedro comunicou este fato a São Raimundo de Penaforte, seu confessor e ao Rei Jaime, e grande surpresa teve, quando deles soube, que ambos, na mesma noite, haviam tido a mesma aparição. Tendo assim tão claramente a revelação da vontade divina, Pedro sem demora pôs mãos à obra e emitiu os três votos, de pobreza, castidade e obediência, acrescentando o quarto, de sacrificar os bens e a própria liberdade, se necessário fosse, pela redenção dos cativos. Do bispo Berengário, de Barcelona, recebeu estes seus votos.São Raimundo de Penaforte, por sua vez, organizou as constituições da regra da nova ordem, e impôs a Pedro o hábito nomeando-o primeiro Superior. A nova instituição teve gratíssimo acolhimento da parte do povo e com Raimundo, mais dois fidalgos receberam o hábito.A nova regra obteve, já em 1235, a aprovação da Santa Sé. Durante o espaço de trinta e um anos dirigiu os destinos da Ordem, e por milhares contaram-se os cristãos que lhe deveram a libertação do cativeiro mourisco.Grande desejo tinha tinha de visitar o túmulo do apóstolo São Pedro, a quem dedicava especial devoção. Quando, na hora das matinas apresentou a Deus o pedido de ver realizado esse desejo, apareceu-lhe São Pedro, fazendo-lhe ver que não era a vontade de Deus que fizesse aquela viagem. Pedro contentou-se inteiramente com esta resposta.Os últimos anos de sua vida foram-lhe amargurados pela impossibilidade de trabalhar. Sentindo-se ao fim da peregrinação terrena, reuniu todos os religiosos de sua Ordem, para lhes dar os últimos conselhos e a bênção. As últimas palavras que disse, foram: "Eu vos louvarei, Senhor, porque a salvação trouxestes ao povo". São Pedro Nolasco morreu em 25 de dezembro de 1256. 

 Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

26 de janeiro dia de São Policarpo, Bispo e Mártir.

26/01 Sexta-feira 
Festa de Terceira Classe
 Paramentos Brancos

Le martyre de saint Polycarpe en l

   São Policarpo, converteu-se ao cristianismo no ano de 80, e teve a grande dita de ter sido discípulo do grande Apóstolo São João Evangelista, de quem recebeu o espírito e a doutrina de Jesus Cristo. Em 96 recebeu a sagração episcopal e foi-lhe confiada a diocese de Smirna. É possível que São João Evangelista no livro Apocalipse tenha-se referido a Policarpo quando escreveu: “Sei tua tribulação e pobreza, porém, és rico”, e mais adiante: “Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. (Apoc. 2,  9.).  O santo Bispo-mártir de Antioquia Inácio, alegrou-se muito com a visita de Policarpo, e escreveu duas epístolas importantes, uma a Policarpo e outra aos fiéis de Smirna, em que lhe dá sábios ensinamentos sobre a santa doutrina. 
  São Policarpo administrou a diocese como verdadeiro Apóstolo, com firmeza e caridade, pela palavra e pelo exemplo. De sua  autoria existe uma epístola preciosíssima aos  Filipenses, cheia do mais belos ensinamentos e sábios conselhos. No tempo de São Jerônimo esta epístola costumava ser lida publicamente nas igrejas. Muitos infiéis converteram-se ao cristianismo, e para os fiéis Policarpo era verdadeiro Pastor. Já provecto em idade, fez uma viagem a Roma, para tratar com o Papa Aniceto sobre a célebre questão da Páscoa. Em Roma encontrou muitos cristãos, que se tinham deixado enganar pelos hereges Valentim e Marcion, e conduziu-os ao caminho da verdade. Por Marcion perguntado, se  o conhecia, respondeu prontamente, que o conhecia, o filho mais velho de Satanás. De volta para a Ásia, encontrou na diocese o decreto de perseguição, publicado pelo imperador Marco Aurélio. Foi o princípio de horrores para a jovem Igreja. O governador de Smirna preludiou a perseguição, pela condenação de doze cristãos, que foram atirados às feras. Policarpo, vendo o rebanho em perigo, redobrou os esforços para conservá-lo na Fé e confortá-lo na hora da tribulação. Os cristãos, por seu turno, inquietavam-se muito pela sorte do venerável Bispo. Para salvar-lhe a vida, levaram-no a um sítio fora da cidade, onde o esconderam aos olhos dos fiscais do governo. Três dias antes da sua prisão teve a revelação do martírio que o esperava. Em sonhos viu o travesseiro rodeado de fogo e disse aos amigos: “Meus irmãos, sei  que serei condenado à morte pelo fogo. Deus seja bendito, porque se digna de dar-me a coroa do martírio”. Três dias depois se cumpriu o que tinha predito.  
  A polícia do governador descobriu-lhe o esconderijo e Policarpo, embora lhe fosse fácil efetuar a fuga, entregou-se à autoridade. No caminho para a cidade se encontrou com Herodes, juiz de paz e com Nicetas, pai do mesmo. Estes homens, sem dúvida bem intencionados, insistiram com ele para que conservasse a vida e obedecesse à lei do imperador. Depois de muito discursar, o Bispo disse: “Não farei o que me aconselhais. Nem espada, nem fogo ou qualquer outra tortura, me fará renunciar a Cristo”.
  Apresentado ao governador, este lhe perguntou se era Policarpo e ordenou-lhe que abjurasse a religião e injuriasse a Cristo. Policarpo respondeu: “Sim, sou Policarpo. Oitenta e seis anos são que completo no serviço de Jesus Cristo e Ele nunca me fez mal algum; como poderia injuriá-lo?” O governador, porém, continuou a insistir com muito empenho e disse: “Tenho as feras à minha disposição; se não obedeceres, serás atirado a elas!”  Policarpo: “Deixa-as vir!  Persisto no meu intento e não mudarei!”  O governador: “Se não tens medo das feras, temos ainda o fogo; este te porá manso!”  Policarpo: “Ameaças com um fogo que arde por algum tempo, para depois se apagar e nada sabes daquele fogo eterno, que é preparado para os ímpios. Não percas tempo!  Manda vir as feras ou faze o que quiseres. Sou cristão e não abandonarei a Cristo”.  Em dizer isto, o rosto resplandecia-lhe de satisfação, tanto que todos se admiraram, sem poder compreender, como um homem tão avançado em idade pudesse apresentar tamanho heroísmo.
  O governador mandou apregoar em alta voz: “Policarpo é cristão, como ele mesmo confessou”. Os judeus e pagãos presentes unânimes exigiram sentença de morte e pediram que fosse queimado vivo. Em poucos minutos foi preparada a fogueira. Alguns queriam que o Santo fosse amarrado num pau, para impossibilitar a fuga. Policarpo, porém, tranqüilizou-os, dizendo: “Aquele que me dá a graça de sofrer a pena do fogo, há de dar-me também força para que fique imóvel no meio das labaredas”. Ataram-lhe então as mãos nas costas e puseram fogo.
  Antes que o fogo chegasse a queimar-lhe o corpo venerável, o ancião elevou os olhos ao céu e disse: “Deus todo-poderoso, Pai de Jesus Cristo, vosso Filho Unigênito, por quem recebemos a graça de conhecer-Vos; Deus dos Anjos e das Potestades celestiais, Deus de todas as criaturas e de todo o povo dos justos, que vivem em vossa presença: graças vos dou porque me conservastes a vida até esta hora, para ser associado aos vossos mártires e participar do cálice de amargura do vosso Ungido, e na virtude do Espírito Santo ser ressuscitado para a vida eterna. Aceitei propício, em união àquele sacrifício que para vós preparastes, este meu holocausto e a mim mesmo, para que se cumpra o que me revelastes, Vós que sois Deus verdadeiro. Eu vos louvo em todas as coisas: eu vos bendigo; eu vos glorifico, pelo eterno Sumo Pontífice, Jesus Cristo, vosso dileto Filho, que convosco e o Espírito Santo é louvado e honrado por todos os séculos. Amém”.
  Apenas tinha o Santo terminado a oração, quando subiram as labaredas com todo o vigor. Deus, porém, quis manifestar o seu poder e provar que não lhe faltavam os meios de proteger seu servo no meio do fogo. As chamas subiram de todos os lados, mas – ó maravilha! – formaram como que uma abóbada por cima do Santo, sem que lhe queimassem um só cabelo. Ao mesmo tempo se espalhou um cheiro suavíssimo como se fossem queimados doces perfumes. Pavor apoderou-se dos inimigos. Mas, como quisessem ver morto o servo de Cristo, recebeu o algoz a ordem de matá-lo com a espada. Assim terminou o curso glorioso do grande Bispo que, segundo a afirmação dos judeus e pagãos, tinha sido o primeiro mestre dos cristãos e o inimigo mais implacável dos deuses. Os judeus quiseram por todo o transe evitar que o corpo do mártir, fosse entregue aos cristãos. Para este fim, mandaram dizer ao Procônsul: “Se entregares aos cristãos o corpo de Policarpo, eles abandonarão o Crucificado, para prestar honras divinas a este”. “Não sabiam” – assim se exprimem os cristãos que escreveram as atas do martírio – “que não podemos abandonar Jesus Cristo, para adorar um outro. É verdade que veneramos os mártires, mas só porque são discípulos e imitadores de Jesus Cristo, e deram ao seu Rei as provas mais claras de amor”. Para terminar a contenda entre judeus e cristãos, o capitão romano mandou lançar o corpo do mártir ao fogo. Diz ainda o protocolo: “Tiramos das cinzas os ossos, para nós mais preciosos que ouro e pedrarias, e depositamos num lugar conveniente, onde esperamos poder, com a graça de Deus, reuní-los, para festejar o dia do seu aniversário, isto é, o dia dos seu martírio”, que foi o dia 26 de janeiro de 155 ou 156. O túmulo de São Policarpo acha-se numa capela em Smirna.

Intróito/ Dan. 3, 84 e 87.
Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor; santo e humilde de coração, louvado seja Deus.Ibid., 57Obras do Senhor, todos louvam ao Senhor, louvam-no e exaltam-no para sempre.V/. Glória Patri.

Coleta
Ó Deus, que todos os anos nos dás um novo motivo de alegria pela solenidade de teu Mártir e Pontífice, o bem-aventurado Policarpo, concede-nos, em tua misericórdia, poder sentir os efeitos da proteção daquele cujo nascimento estamos celebrando .

 Leitura da Epístola

I São João 3,10-16
10 É nisto que se conhece quais são os filhos de Deus e quais os do demônio: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, como também aquele que não ama o seu irmão. 11 Pois esta é a mensagem que tendes ouvido desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 12 Não façamos como Caim, que era do Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, e as do seu irmão, justas. 13 Não vos admireis, irmãos, se o mundo vos odeia. 14 Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. 15 Quem odeia seu irmão é assassino. E sabeis que a vida eterna não permanece em nenhum assassino. 16 Nisto temos conhecido o amor: (Jesus) deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.

Gradual/Sal. 8, 6-7.
O coroou de glória e honra.
V /E tu o estabeleceste sobre as obras das tuas mãos, Senhor.


Aleluia, aleluia/ Sal. 111, 1-3.
 V /.Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se deleita em seus mandamentos.Aleluia.


Sequência do Santo Evangelho
 
São Mateus 10, 26-32

26 Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber. 27 O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados. 28 Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. 29 Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai. 30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós. 32 Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. 

Ofertório/Sal. 88, 21-22.
Encontrei meu servo Davi; Eu o ungi com meu óleo sagrado; pois minha mão o ajudará e meu braço o fortalecerá.

Secreta
Santificai, Senhor, estes dons que vos são consagrados, graças a eles e o Beato Policarpo, vosso Mártir e Pontífice, lança sobre nós um olhar de paz e de bondade.
 
Comunhão/  Sal. 20, 4.
Tu pões na cabeça dele, Senhor, uma coroa de pedras preciosas.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Cheios de participação neste dom sagrado, pedimos-te, Senhor nosso Deus, por intercessão do Beato Policarpo, teu Mártir e Pontífice, que nos faças sentir o efeito do sacrifício que celebramos.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.
 

domingo, 21 de janeiro de 2024

21 de janeiro dia de Santa Inês, Virgem e Mártir.

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Santa Inês seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma babá que só a deixaria após o casamento.Aos 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. 
   A maneira por que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião, obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas. Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena, imposições, ameaças, insultos, brutalidades. O juiz fez a Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana.
   Santa Inês não se perturbou. Mesmo quando lhe mostraram os instrumentos de tortura, cujo simples aspecto era bastante para causar espanto ao homem mais forte, Inês os olhou com indiferença e desprezo. Arrastada com bruteza ao lugar  onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso, a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços e posta a ridículo sua autoridade, o juiz teve uma inspiração diabólica: de mandar a donzela a uma casa de pecado um prostibulo. Santa Inês respondeu-lhe: “Nosso Senhor Jesus Cristo vela sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a  roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Nosso Senhor  Jesus Cristo”.
      A ordem do juiz foi executada e daí a pouco Santa Inês se achava no lugar da prostituição. Dos diversos rapazes que lá estavam, só um teve o atrevimento de aproximar-se de Inês, com malignos intuitos. No momento, porém, em que ia estender a mão contra ela, caiu por terra , como fulminado por um raio. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Não estava morto, como todos supuseram no primeiro momento, mas aos olhos faltou-lhes a luz.Santa Inês rezou sobre ele e a cegueira desapareceu.
    
  O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada.
       Ao ouvir esta sentença, a alma de Santa Inês encheu-se de júbilo. Maior não podia ser a satisfação e a alegria da jovem noiva, ao ver aproximar-se o dia das núpcias, que o prazer que Santa Inês experimentou, quando ouviu dos lábios do juiz o convite para as núpcias eternas com Nosso Senhor Jesus Cristo, seu celeste esposo. O  algoz tinha recebido ordem para, antes de executar a sentença de morte, convidar a Inês para prestar obediência à intimação do juiz. Feito pela última vez Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que
parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte. Os circunstantes, vendo este triste e ao mesmo tempo grandioso espetáculo, soluçavam alto.
        Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305. tendo apenas a idade de 13 anos. No tempo do imperador Constantino foi construída em Roma uma Igreja dedicada à gloriosa mártir.
      Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza Angélica. Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza, como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado. É padroeira dos noivos, por  ter-se chamado esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, agna significa cordeirinho. Na Igreja latina prevaleceu esta interpretação. Dois dias depois da sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um grupo de virgens, tendo ao seu lado um cordeirinho. Santo Agostinho admitia as duas interpretações. “Santa Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego, a pura”. – No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

10 0rientações por 45,00 + Brinde ( incluso o frete).

 

Vai de brinde um terço de Nossa Senhora das dores simples e pode-se rezar o terço das Lágrimas.

 

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

15 de janeiro dia de São Paulo Eremita,Confessor.

15/01 Segunda-feira
Festa de Terceira Classe
Paramentos Brancos 
 São Jerônimo escreveu em 400, um livro rico em detalhes sobre a vida de Paulo, a quem chamou de "príncipe da vida eremita". Ele a conheceu narrada pelo amigo são Atanásio, discípulo de santo Antonio do Deserto. Paulo nasceu no ano 228, em Tebaia, uma região próxima do rio Nilo, no Egito, cuja capital era Tebas. Foi educado pelos pais que eram da nobreza e cristãos. Porém aos catorze anos ficou órfão. Era bondoso, piedoso e amava a sua fé. Em 250 começou a perseguição do imperador Décio. Foi uma perseguição curta, mas dura e contundente, porque ordenava aos cristãos que renegassem a fé e participassem dos ritos pagãos, como sinal de lealdade ao Estado. Quem aceitasse podia viver tranquilo. Muitos aceitavam, para salvar a vida.São Paulo não rendeu homenagens aos deuses, preferiu se esconder, mostrando prudência. Porém, foi denunciado e fugiu para o deserto. Lá, encontrou umas cavernas onde, séculos atrás, os escravos da rainha Cleópatra fabricavam moedas. Escolheu uma, perto de uma fonte de água e de umas palmeiras, para ser sua moradia. Com as folhas da palmeira fazia a roupa. Os frutos eram seu alimento. E a água da fonte sua bebida. Em 251 o imperador Décio morreu num combate e a perseguição cessou. Mas, Paulo nunca mais voltou. O deserto, a solidão e a proximidade com Deus o haviam conquistado. Sentiu que sua missão era ajudar o mundo não com negócios e palavras, mas com penitências e orações, para a conversão dos pecadores. Disse são Jerônimo que quando a palmeira não tinha frutos, vinha um corvo trazendo meio pão no bico e com isso vivia o santo monge. Depois de muitos anos, foi descoberto por Santo Antonio do Deserto, ou Santo Antão, o qual foi avisado em sonho, que no deserto existia um monge mais velho do que ele.São Paulo estava na caverna, quando se encontraram. Conversavam sobre assuntos espirituais, quando um corvo pousou carregando no bico a ração dobrada: um pão inteiro. Paulo, então, contou a ele sua vida e a experiência dos noventa anos de solidão no deserto. Depois rezaram a noite toda. Pela manhã, São Paulo pediu que Santo Antão fosse buscar o manto que recebera de Santo Atanásio, pois pressentiu que seu fim estava próximo. Santo Antão ficou emocionado, porque nada havia contado sobre o manto, que ganhara do discípulo. Partiu e quando voltou, não o encontrou mais. Envolto em mistério e encantamento, ao que tudo indica, São Paulo morreu com cento e doze anos em 340, sozinho e em lugar ignorado. Foi um santo singular: não deixou escritos ou palavras memoráveis. Segundo a tradição, no século VI, foi erguido no Egito um mosteiro, em frente ao Monte Sinai, que conserva a sua antiga morada na caverna. Monge do silêncio, também conhecido como: São Paulo de Tebas. Cerca de oito séculos depois de sua morte, nasceu uma comunidade religiosa com o nome de "Ordem de São Paulo Primeiro Eremita" ou "Eremitas de São Paulo". Uma comunidade que, no início do terceiro milênio, ainda permanece viva e conhecida, tendo sua Casa Mãe, perto do Santuário Mariano de Czestochowa, na Polônia. A Igreja o celebra em 15 de janeiro, data indicada no livro de são Jerônimo

Intróito/Eclesiástico, 5, Sl 91, 2.
Os justos florescerão como a palmeira e se multiplicarão como o cedro do Líbano, plantado na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus.
É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo.V /Gloria Patri.

Coleta
Ó Deus, que nos alegrais com a solenidade anual do Beato Paulo, vosso Confessor: concedei, em vossa bondade, que honrando o seu nascimento no céu, imitemos também as ações da sua vida.

Leitura da Epístola

Filipenses 3, 7-12
7 Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. 8 Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo 9 e estar com ele. Não com minha justiça, que vem da lei, mas com a justiça que se obtém pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus pela fé. 10 Anseio pelo conhecimento de Cristo e do poder da sua Ressurreição, pela participação em seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na morte, 11 com a esperança de conseguir a ressurreição dentre os mortos. 12 Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo. 

Gradual/ Pr. 91, 13 e 14.Sl. 36, 30-31
Os justos florescerão como a palmeira e se multiplicarão como o cedro do Líbano na casa do Senhor.
V /. A lei de seu Deus está em seu coração, e não será derrubada.

Aleluia, aleluia/  Os. 14, 6.
 V /. Os justos brotarão como o lírio; e florescerá eternamente na presença do Senhor. Aleluia.Aleluia.

Sequência do Santo
Evangelho
 
São Mateus 11, 25-30
25 Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. 26 Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. 27 Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo. 28 Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. 29 Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30 Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.

Ofertório/ Sal. 20, 2-3.
Senhor, o justo se alegrará com a tua força, e se regozijará com grande alegria, porque tu o salvaste. Você concedeu a ele o desejo de seu coração.

Secreta
Nós imolamos a ti, Senhor, uma multidão de louvores em memória de teus santos em quem confiamos para triunfar sobre os males da vida presente e escapar dos males da vida futura.
 
Comunhão/   Sl. 63, 11.
Os justos se regozijarão no Senhor, e nele esperarão; e todos os retos de coração se alegrarão, aleluia, aleluia.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
Alimentados de comida e bebida celestiais, rogamos e suplicamos, ó nosso Deus, que nos conceda a ajuda das orações daquele em cuja festa as recebemos.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.

domingo, 14 de janeiro de 2024

14 de janeiro dia de Santo Hilário,Bispo,Confessor e Doutor.

  

 Santo Hilário de Poitiers (ca. 300 - 368 d.C.) foi um bispo na cidade romana de Pictavium, atual Poitiers, na Gália, e é um dos Doutores da Igreja. Ele também é muitas vezes chamado de "Martelo dos Arianos" (em latim: Malleus Arianorum) e o "Atanásio do ocidente". Seu nome vem da palavra grega para "feliz" ou "alegre".


«Sobre a Santíssima Trindade»
 A união entre o Pai e o Filho
«Eu e o Pai somos um só».
Como os hereges não podem negar estas palavras, ditas de modo tão absoluto, as corrompem e as falseiam no sentido de sua impiedade, para torná-las condenáveis. Tentam limitá-las a uma simples unanimidade, como se no Pai e no Filho a unidade fosse só de vontade e não de natureza, isto é, como se fossem Eles uma só coisa, não pelo que são, mas pelo que querem. A tal interpretação adaptam, a seu modo, aquele passo dos Atos dos Apóstolos onde se diz: "a multidão dos crentes era um só coração e uma só alma". Almas e corações em número plural podem se unificar pela convergência das vontades a um único objeto. Servem-se também os hereges do que está escrito aos Coríntios: "quem planta e quem rega são um só". Nesses dois haveria unidade moral, porquanto não difere o ministério instituído para a salvação. Abusam também daquilo que disse o Senhor, quando rogou ao Pai a salvação das nações que creriam em si: "Não só por estes rogo, mas também pelos que hão de crer em mim mediante a sua palavra, a fim de que todos sejam um, assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti; que eles também sejam um em Nós". Ora, como os homens não podem dissolver-se em Deus, nem misturar-se num conglomerado indistinto, sua unidade lhes virá só de uma vontade unânime. Quando os homens fazem o que é do agrado de Deus - argumentam - a harmonia dos espíritos os associa. Logo, concluem, não é a natureza, mas a vontade que os unifica. Ignora a sabedoria quem a Deus ignora. E como a sabedoria é o Cristo, está fora da sabedoria quem ignora o Cristo ou só o conhece através dessa gente que prefere ver no Senhor de Majestade, no Rei dos séculos e Deus Unigênito, uma simples criatura, em vez do verdadeiro Filho. E se se obstinam são ainda mais estultos na defesa de sua mentira. Deixando de lado por ora a questão da unidade do Pai e do Filho, podemos perfeitamente refutá-las com as mesmas armas que empregam. De fato, quando se diz que a alma e o coração dos fiéis eram um, pergunto se isso não acontecia pela Fé comum. Sim, pela Fé é que o coração e a alma dos fiéis eram uma só coisa. Interrogo agora se essa Fé é uma ou múltipla. Uma só, certamente, como aliás já o Apóstolo no-la assegura, pregando ser uma a Fé, um o Senhor, um o batismo, uma a esperança e um só Deus. Ora, se pela Fé, isto é, pela natureza de uma só Fé, todos eram um, como não aceitarás física a unidade dos que são um pela natureza da única Fé?Todos, na verdade, tinham renascido para a inocência, a imortalidade, o conhecimento de Deus, a Fé e a Esperança. E se essas coisas não podem divergir entre si, pois também a Esperança é uma só, e Deus é único, único é o Senhor, e único o banho regenerador,quem poderia dizer que elas são unificadas mais pelo acordo de vontade que por própria natureza? E que, igualmente, só pela vontade são unificados os que renasceram para aqueles bens? Se, porém, foram, antes, regenerados para a natureza de uma mesma vida e eternidade, (pelo que seu coração e sua alma se faziam um Só), não podemos aqui falar de mera unidade moral: muitos são um Só na regeneração da mesma natureza. Não estamos falando de nós mesmos, nem arranjamos algumas citações falsificadas, corrompendo o sentido das palavras para iludir os nossos ouvintes. Mantendo a forma da sã doutrina, só acolhemos e prezamos o que é genuíno. O Apóstolo, em verdade, ensina, ao escrever aos Gálatas, que a unidade dos fiéis lhes vem da natureza dos sacramentos: "todos os que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo; não há mais nem gentio nem grego, servo nem livre, homem nem mulher: todos sois um só em Cristo Jesus". Se, pois, tantos são um só, apesar da grande diversidade de nações, condições e sexo, quem poderá supor que isso lhes vem do mero consenso moral? Não será, antes, da unidade do sacramento, um só batismo, onde todos se revestiram do único Cristo? Que vem aqui fazer a mera concórdia das vontades, quando eles são um só, precisamente porque se revestiram do Cristo único, mediante a realidade do batismo único? Quando diz a Escritura serem um só o que planta e o que rega, não é também porque, renascidos eles mesmos de um só batismo, constituem, por sua vez, um ministério único na administração do banho regenerador? Não fazem, porventura, a mesma coisa? Não são um só, em um só? Ora, os que são um só pela mesma coisa, são assim por natureza, não apenas por vontade. Tornaram-se um, e são, ao mesmo tempo, ministros da mesma coisa e do mesmo poder. Sirvo-me sempre das alegações opostas pelos tolos, para demonstrar sua tolice. E claro: sendo a verdade firme e imutável, tudo o que uma inteligência perversa e insensata arranja para contradizê-la, vindo em sentido oposto, há de aparecer forçosamente falso e estulto. Procurando enganar-nos os heréticos arianos com o texto que diz: "Eu e o Pai somos uma só ", aduziram também outra palavra do Senhor, para levar a que se pensasse (em vez da unidade de natureza e da não diversa divindade) numa simples união de mútuo amor e concórdia de vontades. E este o texto: "para que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em Nós". Exclui-se, evidentemente, das promessas evangélicas quem se exclui da fé das mesmas. O crime da inteligência ímpia faz perder a esperança, que é simples. Ora, não ter o conhecimento daquilo que constitui o objeto da Fé, merece não castigo, mas prêmio, pois o maior estipêndio da Fé é esperarmos o que não conhecemos. A última loucura da impiedade é, ou não crer nas coisas que conhece, ou corromper o conhecimento do que deve crer. Mas ainda que a impiedade mude o sentido daquelas palavras, nem por isso perdem o verdadeiro significado. O Senhor roga ao Pai para que os que crerem nele sejam um só e, como ele mesmo está no Pai e o Pai nele, também sejam neles um só. Por que vens agora introduzir a simples concórdia, a unidade de alma e coração, fundada exclusivamente na harmonia das vontades? Seria assim, com plena propriedade da expressão, se o Senhor, ao dirigir-se ao Pai, tivesse usado termos como estes: Pai, assim como nós queremos uma só coisa, também eles queiram uma coisa, e sejamos todos um só pela concórdia das vontades... Terá acaso a própria Palavra ignorado a significação das palavras? Não saberá a Verdade dizer coisas verdadeiras? Falou com astúcia a Sabedoria? Aquele que é a Força terá sido incapaz de dizer o que queria? Ora, ele falou, enunciando os puros e verdadeiros mistérios da Fé evangélica. Nem se limitou a falar para só mostrar, mas ensinou à nossa Fé nestas palavras: "que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és um em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em nós". O pedido do Cristo é, primeiro, "para que todos sejam um só"; em seguida, mostra o modelo da unidade a seguir, nestas palavras: "assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles sejam também um em Nós". Como o Pai está no Filho e o Filho no Pai, assim todos sejam um no Pai e no Filho, segundo o modelo e a forma da sua unidade! Mas porque só ao Pai e ao Filho compete a unidade por natureza (pois Deus não pode ser de Deus, nem o Unigênito provir do Pai eterno, senão na sua original natureza), assim também, para que se ressalve ao Filho a sua essência de origem e se reconheça à sua divindade a mesma verdade da Fonte de onde ela procede, eis que o Senhor, solícito em dissipar toda dúvida à nossa Fé, se apressa a ensinar-nos nas citadas palavras a natureza dessa absoluta unidade. Segue-se, pois: "a fim de que o mundo creia que Tu Me enviaste". O mundo vai crer na missão do Filho, se todos os que crerem Nele forem um no Pai e no Filho. E como serão, logo acrescenta: "e Eu lhes darei a glória que Tu me deste". Pergunto então se glória é o mesmo que "vontade". Vontade é inclinação da mente, glória é reflexo ou dignidade da natureza. Logo, o que o Filho deu aos seus fiéis não é vontade, mas glória, aquela que Ele recebeu do Pai. Se, com efeito, tivesse dado não glória, mas vontade, já nossa Fé não teria prêmio, pois estaria obrigada por uma vontade prefixada e não livre. A doação da glória constitui o bem indicado nas palavras que se seguem: "para que sejam um como Nós o Somos". É para que sejam todos um, que a glória por Ele recebida do Pai é dada aos crentes. São todos um só na glória concedida, pois não é outra a que Ele dá senão a que Ele recebe, nem para outro fim é dada senão para que todos sejam um. E, como pela glória dada pelo Filho aos fiéis, todos são um, pergunto como há de ter o Filho uma glória menor do que a do Pai, se aos próprios crentes a glória do Filho eleva à unidade da glória do Pai. Sem o aspecto da esperança humana, a palavra do Senhor será talvez insólita, mas seguramente não é infiel. Pois, embora fosse temerário esperar isso, seria irreligioso deixar de crer no Autor tanto da Fé quanto da esperança ali contida. Bem, trataremos melhor deste assunto a seu tempo. Por ora, baste-nos ver que nossa esperança não é vã ou temerária. Concluindo: todos são um pela glória que o Filho recebe do Pai e confere aos fiéis. Afirmo a Fé e ao mesmo tempo fico sabendo a causa da unidade. Só falta compreender melhor a razão por que essa glória dada ao cristão é capaz de fundar tal unidade. Não querendo o Senhor deixar algo incerto, referiu-se a um efeito da sua ação física, quando exclamou: "para que todos sejam um, como Nós Somos um Só. Eu neles e Tu em Mim para que sejam perfeitos na unidade". Tenho vontade de perguntar agora aos que pretendem existir entre Pai e Filho unidade puramente moral, se hoje o Cristo está em nós na verdade da natureza, ou numa simples concórdia de vontades. Se, com efeito, o Verbo se fez carne e, se na Ceia do Senhor nós tomamos verdadeiramente esse Verbo-carne, como não há de permanecer ele em nós fisicamente? Nascido homem, não assumiu, de modo inseparável, a natureza mesma de nossa carne? E no mistério do seu corpo, dado a nós em comunhão, não o juntou à natureza de sua carne sua divindade eterna? Logo, todos são um só, porque no Cristo está o Pai e em nós o Cristo. Quem nega que o Pai esteja fisicamente em Cristo, deve primeiro negar que ele mesmo esteja fisicamente em Cristo e o Cristo em si. É porque em Cristo está o Pai, e em nós o Cristo, que nós somos também feitos uma só coisa. Se é verdade que Cristo assumiu a carne de nosso corpo, e que o homem nascido de Maria é Cristo; se é verdade que nós recebemos em mistério a carne de seu corpo (e por isso mesmo seremos um, pois o Pai está Nele e Ele em Nós), como ousam asseverar uma unidade puramente moral, quando pelo sacramento a propriedade natural (da Carne assumida por Cristo e por nós comida) é mistério da perfeita unidade? Não se deve falar das coisas de Deus segundo o espírito do homem e do século. Nem numa pregação violenta e imprudente. Da pureza das palavras divinas devemos excluir a perversidade de um entendimento ímpio e estranho. Leiamos simplesmente o que está escrito e entendamos o que lermos: é o modo de exercitar a perfeita Fé. Tudo que dissermos da realidade física de Cristo em nós, ou foi dele mesmo que aprendemos, ou então é ímpio e estulto o que afirmamos. Mas ele mesmo diz: "Minha carne é verdadeiramente comida e Meu sangue verdadeiramente bebida. Quem come a Minha carne e bebe o meu sangue, fica em Mim e Eu nele". Quanto à verdade da carne e do sangue, não há lugar para dúvida: é verdadeiramente carne e verdadeiramente sangue, como vemos pela própria declaração do Senhor e por nossa Fé em suas palavras. Esta carne, uma vez comida, e este sangue, bebido, fazem que sejamos também nós um em Cristo, e o Cristo em nós. Não é isto verdade? Não o será para os que negam ser Jesus Cristo verdadeiro Deus! Ele está, pois, em nós por sua carne e nós Nele, e ao mesmo tempo o que nós somos está com Ele em Deus. Jesus mesmo atesta quão realmente estejamos Nele pelo mistério da comunhão de sua carne e sangue, dizendo: "o mundo já não Me Vê; vós, porém, Me vereis, pois, Eu vivo e vós vivereis; pois Eu estou no Pai e vós em Mim, e Eu em vós". Se tencionou referir-se apenas a uma unidade de vontade, por que estabeleceu esta graduação e ordem na consumação da unidade? Não foi senão para que se cresse que Ele está em nós pelo mistério dos sacramentos, como está no Pai pela natureza da sua divindade, e nós Nele, por sua natureza corporal. Ensina-se, portanto, que pelo nosso Mediador se consuma a unidade perfeita, pois enquanto nós permanecemos Nele, Ele permanece no Pai, e, sem deixar de permanecer no Pai, permanece também em nós, e assim nós subimos até à unidade do Pai! Ele está no Pai fisicamente, segundo a origem de sua eterna natividade, e nós estamos Nele fisicamente, enquanto também está em nós fisicamente. Quão real seja esta unidade em nós, atesta-o, dizendo: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele". Só aquele no qual o Senhor estiver poderá estar Nele. Ele somente assume a carne daquele que o receber. Já tinha o Senhor ensinado antes o mistério desta perfeita unidade, ao dizer: "Assim como Me enviou o Pai, que vive, e Eu vivo pelo Pai, o que comer a minha carne também viverá por Mim". Ele vive, pois, pelo Pai e do mesmo modo como vive pelo Pai nós vivemos por sua carne. Toda comparação, realmente, se emprega para determinar a forma que se quer dar a entender. Seu fim é fazer-nos atingir uma realidade segundo o modelo proposto. Esta é, pois, a causa de nossa vida: que, por sua carne, tenhamos o Cristo em nós. Nós somos corporais, mas destinados a viver por ele segundo a mesma condição em que ele vive pelo Pai. Se, portanto, vivemos por ele, fisicamente, segundo a carne, isto é, alcançando a natureza de sua carne mesma, como é que ele não tem fisicamente o Pai, segundo o espírito, se é pelo Pai que ele vive? Vive realmente pelo Pai; sua origem por geração não lhe confere uma natureza diversa, e é pelo Pai que é o que é, nunca se separando por qualquer dessemelhança sobrevinda. Por sua geração tem em si o Pai na força da mesma natureza.Se quisemos recordar tudo isto foi porque os hereges, afirmando falsamente uma simples unidade moral entre o Pai e o Filho usavam o exemplo de nossa própria unidade com Deus. Para eles, era como se, unidos ao Filho e ao Pai por mero vínculo de obséquio e vontade religiosa, estivéssemos excluídos de qualquer comunhão física pelo sacramento da carne e do sangue. Ora, a verdade é que, pela comunicação da própria honra do Filho e pela existência do próprio Filho em nós por sua carne, e de nós Nele, de modo corporal e inseparável, se tem de professar o mistério de uma unidade real e verdadeira.

"Oh Trindade eterna! Vós sois um mar sem fundo no qual, quanto mais me afundo, mais Vos encontro, e quanto mais Vos encontro, mais ainda Vos procuro. De Vós jamais se pode dizer: basta! A alma que se sacia nas Vossas profundidades, deseja-Vos sem cessar, porque sempre está desejosa de ver a luz na Vossa luz".
Santa Catarina de Sena

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

sábado, 13 de janeiro de 2024

13 de janeiro dia de Santa Glafira, Virgem.

  Santa Glafira, Virgem(324D.C), de origem italiana e nasceu de pais cristãos, foi dedicada ao serviço da casa do imperador Licínio. Este irmão, de Constantino, o palácio seria expulsar todos os cristãos, mas, seduzidos pela beleza de Glafira, ele queria possui-la. Glafira, depois de ter resistido a ele, sabendo destas tentativa a Constancia Imperatriz Augusta ajudou Glafira a fugir disfarçondoa de homem e foi capaz de deixar o palácio. Ela foi colocado sob a proteção de Basílio, bispo de Pontus Amasea.
Licínio veio a conhecer o Glafira esconderijo. Furioso, ele deu ordens para trazer a menina do bispo, seu protetor, em cadeias. Mas antes dessa ordem poderia ser executado, Deus havia tirado a vida de seu servo fiel.
O nome aparece na Glafira Martirológio Romano dia 13 de janeiro.
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Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

12 de janeiro dia de Santo Arcádio, mártir.

12/01 Sexta-feira
Férias de Quarta Classe
Paramentos Brancos

 No ano 260 na cidade africana de Cesárea da Mauritânia, os cristãos a Igreja de Cristo passou por uma época de perseguições atrocíssimas. O furor do inferno parecia desencadeado, e insaciável era o ódio contra os discípulos de Jesus. A menor suspeita  era bastante para os cristãos se verem vexados da maneira a mais cruel. As casas eram arrombadas, os bens confiscados e as pobres vítimas desapiedadamente arrastadas ao tribunal. Cada dia era testemunha de novas barbaridades. Na Mauritânia os cristãos eram forçados a assistir ao culto pagão, queimar incenso aos deuses, conduzir em triunfo pelas ruas das cidades os animais destinados aos holocaustos e tomar parte nas bacanais dissolutas dos idólatras.
      Estes eram os meios com que se esperava fazer os cristãos apostatarem.
      Santo  Arcádio, vendo estas abominações se realizarem em Cesaréia, sua cidade paterna, fugiu para não se expor ao perigo de fraquear e retirou-se para um lugar ermo, onde serviu a Deus em orações e obras de penitência.
     Como, porém, fosse cidadão de destaque, essa fuga não podia ficar desaparecida. Notou-se-lhe a falta nos sacrifícios e o prefeito mandou soldados, que o trouxessem. Achando fechada a casa de Arcádio, arrombaram a porta, julgando talvez surpreendê-lo em algum ato religioso, que o comprometesse. Em vez de Arcádio, encontraram-lhe um parente, que por acaso lá se achava. Este procurou todas as razões para justificar a ausência de Arcádio. Em vão. Os emissários prenderam-no e levaram-no à presença do prefeito. Este deu ordem para que ficasse detido na prisão até que se resolvesse a denunciar a paradeiro do parente.
       Quando o Santo soube do ocorrido, voltou livremente para a cidade e apresentou-se ao juiz. “Eis-me aqui – disse-lhe – se me procuras a mim, põe em liberdade o inocente. Cá estou, para te responder ao que de mim desejas saber”. Respondeu o juiz: “De bom grado desculpo a tua fuga e garanto-te que para o futuro nenhum vexame sofrerás, contanto que, embora tarde, ainda sacrifiques aos deuses”. Arcádio: “Que idéia fazes de mim, propondo-me tal coisa? Conheces os cristãos? Pensas que intimidas os servos do Senhor com a expectativa de perder esta vida fugitiva, ou com ameaças de morte? Sabemos que está escrito: Cristo é minha vida e a morte meu lucro. Vai, excogita tormentos que ultrapassem todas as dores, exercita teu cérebro na invenção de todas as maldades possíveis: jamais nos separarás do Deus verdadeiro”.
      Chegou ao auge o furor do juiz, que em nada mais pensava senão ditar para Arcádio uma sentença de morte de todo extraordinária. Toda a sorte de martírios, até então aplicados, pareciam-lhe suaves para este provocador blasfemo. Finalmente rompeu o silêncio, dando a seguinte ordem: “Que Arcádio tenha uma morte lenta e cruel. Cortai-lhe todas as articulações, todas as juntas do corpo, começando pelos dedos. Não vos precipiteis no vosso trabalho, tendes muito tempo; assim ele compreenderá sua miséria; compreenderá o que significa abandonar os deuses de seus pais e adorar uma divindade desconhecida”.
        Os algozes meteram-se logo à obra e executaram ao pé da letra a horrível sentença. O mártir de vez em quando rezava: “Ó meu Deus, ensinai-me vossa sabedoria!” Quando os carrascos nada mais tinham para cortar, restando apenas o tronco banhado em sangue, o herói, vendo todos os membros cortados, exclamou: “Felizes de vós, bem-aventurados membros, que tivestes a honra de servirdes ao vosso Deus! Nunca me fostes tão caros, quando unidos ao meu corpo, como agora. Regozijo-me de ver-vos  separados de mim! Assim convém que por algum tempo estejamos separados, para depois podermos ir ao encontro de nosso rei na eterna glória. Em vez de mortais, me sereis restituídos como membros imortais, agora sois membros de Cristo, como sei que sou de Cristo e nisto vejo realizado meu único e ardente desejo”.  Dirigindo-se aos circunstantes, disse: “Pouco vale serdes testemunhas de um espetáculo tão pouco comum. Facilmente o suporta aquele que acredita na imortalidade futura. Abandonai os vossos deuses que em nada vos podem auxiliar. Reconhecei a meu Deus, que me fortalece. Morrer por ele é viver; sofrer por ele é gozar. A sua caridade não tem fim; sua honra cada vez mais aumenta. Meu sofrimento faz com que eu viva eternamente com ele sem jamais dele me separar”.
Na metade do século III, os cristãos sofriam com a derradeira e a mais perversas das suas perseguições. Tinham as casas arrombadas, os bens confiscados e as famílias humilhadas com as pessoas sendo levadas ao tribunal e condenadas à morte, por causa de sua Fé.

Intróito
Em um alto trono, vi um homem a quem a multidão de anjos adora, cantando em coro: Eis aquele cujo império é eterno.Sl 99, l. Iubiláte Deo, omnis terra: servite Dómino in laetitia.Louvado seja Deus, toda a terra: sirva ao Senhor com alegria.
V/. Glória Patri.  
  
Intróito/Mala 3, 1; 1 Par. 29, 12. Sl.1,1.
Aí vem o Senhor Soberano; o poder está em suas mãos, o poder e o império.PS.Ó Deus, dê ao rei seu julgamento e ao filho do rei sua justiça.
V /Gloria Patri.

Coleta
 Rogamos-te, Senhor, ouve na tua celeste bondade a homenagem do teu povo suplicante, para que os teus fiéis vejam quais são os seus deveres e tenham forças para realizar o que terão visto.

Ó Deus, que neste dia revelou aos pagãos o teu Filho unigénito com o aparecimento de uma estrela: faze com que na tua misericórdia, conhecendo-te já pela fé, sejamos levados a contemplar-te no resplendor da tua majestade.

Leitura da Epístola
 
ROM. 12, 1-5.
Meus irmãos: Exorto-vos, pois, pela misericórdia de Deus, a oferecerdes os vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: este é o culto espiritual que lhe deveis. E não vos conformeis com o século presente, mas transformai-vos pela renovação do espírito, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, digo a cada um de vocês que não se estime mais do que o necessário; mas ter sentimentos modestos, cada um de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Porque, assim como temos muitos membros em um só corpo, e nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, que somos muitos, formamos um só corpo em Cristo,

Isaías 60,1-6
1 Levanta-te, sê radiosa, eis a tua luz! A glória do Senhor se levanta sobre ti. 2 Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. 3 As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. 4 Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. 5 Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. 6 Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor.

Gradual. Salmos 71, 18 e 3.  
 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, o único que faz maravilhas.
V/. Suscípiant monte pacem pópulo tuo, et colles iustítiam.   V/. Que as montanhas recebam paz para o povo e as colinas justiça.

Aleluia, aleluia. V/. Sl 99, l
. V/. Louvado seja Deus, toda a terra: sirva ao Senhor com alegria. Aleluia.
 
Gradual/ Sl. Ibid., 6 e 1.
Todos de Sabá virão, trarão ouro e olíbano e proclamarão os louvores do Senhor.
V /.O Senhor deu a conhecer a sua obra de salvação: manifestou a sua justiça perante todos os povos.

Aleluia, aleluia/ Math. 2, 2
 V /. Levante-se e brilhe, Jerusalém! Pois a glória do Senhor está nascendo sobre você. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho

Lucas. 2, 42-52.
Quando tinha doze anos, tendo eles subido conforme o costume da festa, e voltando, passado o tempo, o menino Jesus ficou em Jerusalém e seus pais não o souberam. Pensando que ele estava com a caravana, caminharam um dia inteiro, depois o procuraram entre seus parentes e conhecidos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém à sua procura. Ora, ao fim de três dias, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os; e todos os que o ouviram ficaram encantados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram, ficaram maravilhados, e sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que você fez isso conosco? Veja, seu pai e eu estávamos procurando por você com tristeza". E ele respondeu-lhes: Por que você estava procurando por mim? Você não sabia que eu devo estar nas coisas de meu Pai?" Mas eles não entenderam a palavra que ele lhes falou. sua mãe guardava todas essas coisas em seu coração, e Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
 
São Mateus 2, 1-12
1 Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. 2 Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. 3 A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 4 Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo. 5 Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo(Miq 5,2). 7 Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo. 9 Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10 A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11 Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.
 
 
Ofertório/ Sl 99, 1 e 2.
 Aclamai a Deus, toda a terra: servi ao Senhor com alegria: entrai em sua presença com alegria, porque o Senhor é Deus.
 
Ofertório/ Sl. 71,10-11Os reis de Tharsis e das ilhas darão presentes a ele, os reis da Arábia e Sabá trarão presentes e todos os reis da terra o adorarão, todas as nações o servirão.

Secreta
Que o Sacrifício a vós oferecido, Senhor, sempre aumente em nós a vida sobrenatural e nos fortaleça.

Ante diem 13 de janeiro: Præfatio de Epiphania Domini. Antes de 13 de janeiro: Prefácio à Epifania .
Post diem 13 de janeiro: Præfatio Communis.    Depois de 13 de janeiro: Prefácio comum
 
Comunhão
Meu filho, por que você fez isso conosco? Veja, seu pai e eu estávamos procurando por você com tristeza. Por que você estava procurando por mim? Você não sabia que devo estar nas coisas de meu Pai?
 
Comunhão/ Matheus. 2, 2.
Vimos sua estrela no leste e viemos com presentes para adorar ao Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
A vós dirigimos as nossas súplicas, ó Deus Todo-Poderoso, para que também àqueles que alimentais com o vosso sacramento concedais a graça de vos servir dignamente com uma conduta que vos seja agradável.
 
Depois da comunhão.
Faze, nós te imploramos, ó Deus Todo-Poderoso, que celebrando este mistério em um ofício solene, obtenhamos a compreensão dele e colhamos os frutos dele em uma alma purificada.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário. 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

11 de janeiro dia de São Teodósio, Monge.

11/01Quinta-feira
Festa de Quarta Classe
Paramentos Brancos
     Mogariasse, na Capadócia, na Turquia é a terra proxima à Belém, em 424, de pais piedosos nasceu Teodósio, cuja vida foi escrita por Teodoro, seu discípu­lo. Os frutos da boa educação que dos pais recebera, não tardaram a aparecer. Ainda muito jovem, foi es­colhido para fazer a leitura pública, por ocasião da Santa Missa. Assim adquiriu um conhecimento mais profundo dos livros Santos, e cada vez mais se lhe acentuou no coração o desejo da santidade e do des­apego de tudo neste mundo.
Lendo frequentes vezes a história do patriarca Abraão, sempre o im­pressionava a ordem que este santo varão recebera de Deus, de abando­nar sua terra e família, e procurar outras paragens. A mesma ordem parecia-lhe ser dada.   Antes, porém, de tomar uma resolução definitiva a este respeito, fez uma viagem à Terra Santa, onde visitou os Santos Lugares. Nesta ocasião passou pelo lugar onde se achava São Simeão Estilita. O grande penitente, sem o ter visto antes, chamou-o pelo nome e disse-lhe que Deus o tinha esco­lhido para ser o instrumento da santificação de muitas almas.
O resultado dessa visita aos San­tos Lugares, em Jerusalém, foi a re­solução de dedicar-se à vida religio­sa, no convento. Próximo da Torre de Davi morava um santo eremita, de nome Longino, cuja santidade estava na boca de todos. À direção daquele homem Teodósio se con­fiou, e em pouco tempo fez tanto progresso na santidade, que lhe foi oferecida a provedoria de uma Igre­ja de Nossa Senhora, que uma pie­dosa mulher tinha construído, no caminho que vai para Belém. Teo­dósio aceitou o cargo, em obediên­cia ao Superior.
Como as frequentes e numerosas visitas o aborrecessem, Teodósio re­tirou-se para a solidão duma gruta, onde viveu trinta anos, entregue às práticas da mais austera penitên­cia. A fama da sua santidade atraiu tantos moços, desejando viver em sua companhia, que Teodósio, sem que o tivesse planejado organi­zou o regulamento da comunida­de, de que veio a ser Superior. Ao lado do convento, Teodósio fez um albergue para peregrinos e um hos­pital. Este último mereceu-lhe espe­cial cuidado, e foi teatro de sua ca­ridade. Podia faltar-lhe tudo, me­nos a confiança ilimitada na divi­na Providência. De fato esta nunca o abandonou, como provam acon­tecimentos, que evidentemente mos­tram a intervenção do auxílio de Deus, em ocasiões de grandes em­baraços.
Como a caridade, era excepcional a humildade do servo de Deus. En­contrando uma vez dois discípulos em forte rixa, pôs-se de joelhos entre eles, fazendo-os lembrar das leis da caridade, e não se levantou enquanto não fizeram as pazes.
Em certa ocasião se viu obrigado a excluir um dos religiosos, por um grave delito, que o mesmo comete­ra. Em vez de sujeitar-se e aceitar o justo castigo, rebelou-se o religioso contra o Superior, cobrindo-o de in­júrias, dizendo afinal, que era este o culpado de tudo e por isso era ele quem merecia ser expulso. Teodósio nenhuma resposta deu ao pobre transviado; pelo contrário, ouviu com toda a calma os impropérios do súdito, como se este tivesse toda a razão. Mais depressa que se espera­va, o religioso se converteu e pediu perdão ao Superior.
Pelo fim da vida, Teodósio sofreu as perseguições do imperador Anastácio, por não ter querido sujeitar-se às insinuações do mesmo, na questão de uma heresia que se ti­nha levantado, e de que o monarca era fautor. Teodósio opôs-se energi­camente a esta corrente perniciosa, o que lhe importou a expatriação. O exílio foi-lhe de pouca duração. Anastásio morreu e Teodósio pôde voltar, vivendo ainda onze anos.
Uma doença dolorosíssima foi a preparação para a sua morte. Teo­dósio morreu com 105 anos de idade.


Os fidalgos portugueses Antônio da Silva Bracarena e Irmão Lourenço,  fundador do Colégio do Caraça, chegaram por volta do século XVIII e construíram na Serra da Piedade um rústico eremitério e, ao lado, uma Igreja dedicada à Nossa Senhora, Santa pela qual tinham grande devoção.

A construção inicial do Irmão Lourenço de Nossa Senhora não foi a igreja neogótica que hoje pode ser visitada e contemplada no Santuário do Caraça. Construída no final do século XVIII, sua igreja era, na verdade, uma Ermida, uma pequena capela barroca para uso dos ermitães e dos peregrinos que já subiam a Serra do Caraça em seu tempo.
Principais Datas

1774 : Construção de uma pequena capela de madeira, onde, no dia 10 de agosto, dia de São Lourenço, rezou-se uma Missa para romeiros e operários.
1775 : marco da construção da Ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens, utilizada até 1876, quando foi desmanchada para a construção da atual igreja.
1779 : a 16 de janeiro, chega de Mariana a licença para a bênção da Ermida, que só ocorreu no dia 2 de março de 1789.


 Descrição da Ermida e do Hospício de Nossa Senhora Mãe dos Homens

   De cada lado da Ermida havia uma construção de dois andares, com seis janelas cada uma, para a hospedagem de religiosos e romeiros. Em torno da capela, havia um corredor em forma de ferradura, com  altares representando alguns passos da Paixão de Nosso Senhor. Do lado esquerdo, havia o claustro, com uma pequena torre e seu sino. Em frente à Ermida, havia um adro, cercado por balaústres e uma escada de 18 degraus. A entrada da Ermida tinha dois pilares que sustentavam a tribuna, onde ficava um antigo órgão.
Os mais belos altares da Ermida ficavam bem próximos à porta principal, um voltado para o outro. À esquerda, ficava o corpo de São Pio Mártir, e à direita, imagens representando episódios da Paixão. Ambos os altares foram dourados pelo Mestre Ataíde, assim como os dois púlpitos.
A pequena Ermida, que ia até mais ou menos a terceira coluna da atual igreja, comportava, no máximo, 100 pessoas, de acordo com a descrição do botânico Auguste de Saint-Hilaire, que esteve no Caraça em 1816.
File:Manuel da Costa Ataíde - Irmão Lourenço de Nossa Senhora.jpg 768-1770 o Eremita Irmão Lourenço de Nossa Senhora compra a sesmaria do Caraça e aqui se instala, no mais vivo desejo de se converter e devotar sua vida à obra de Deus e à divulgação do Santuário do Caraça como lugar de retomada da vida à luz do projeto de Deus, sob a proteção de Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Dedicando-se à vida penitente e ao atendimento dos peregrinos, mais tarde acompanhado de outros ermitães penitentes, o Irmão Lourenço cria, em Minas Gerais, um foco de atração para Deus, em meio ao tumulto minerador, e um centro de conversão, oferecendo ao povo uma alternativa à loucura do  século. Com o desenvolvimento de seu Santuário, funda a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens (1791-1885) e, com a ajuda de seus membros, que chegaram ao longo do século a 23.226, e às esmolas conseguidas em peregrinações por toda a Província, vai melhorando as instalações do Caraça e enriquecendo sua igreja e sua hospedaria.
Com a idade avançando e as dificuldades enfrentadas para a continuidade de sua obra, o Irmão Lourenço resolve fazer a doação das terras e do Santuário à Fazenda Real, a fim de que a Coroa Portuguesa conseguisse Padres que dessem continuidade ao centro de romaria e missão e, sendo possível, fundassem uma casa para educação de meninos. Foram feitos três requerimentos: o primeiro em 1806 e os dois últimos em 1810, todos sem resposta positiva.
No dia 27 de outubro de 1819, com cerca de 96 anos, o Irmão Lourenço faleceu, sem ver os Padres tomando posse de sua Ermida. No entanto, o velho penitente morreu consolado, pois, segundo os relatos do vigário de Catas Altas, que atendeu nos últimos momentos de vida o santo fundador do Caraça, Nossa Senhora teria se manifestado a ele dizendo que podia morrer em paz, pois Deus não abandonaria a obra do Caraça. Isso, de fato, se provaria com o envio de Missionários para dar continuidade à obra do Santuário.
  

 A devoção à Santíssima Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora Mãe dos Homens, surgiu em Portugal, no século XVIII. Foi iniciada por Frei João de Nossa Senhora, do Convento de São Francisco das Chagas, em Xabregas, um bairro de Lisboa.
Frei João era um exímio pregador, um verdadeiro literato, chegando a ser conhecido como “o poeta de Xabregas”. Com esta facilidade de oratória, pregava sempre e em todo canto, empunhando sempre um crucifixo em suas mãos, convocando o povo à conversão e à volta para Deus por meio de Maria, a Senhora Mãe dos Homens.
A imagem, desejada pelo iniciador da devoção e esculpida por José de Almeida, apresentava a Virgem Maria, medindo seis palmos de altura, com a mão direita erguida abençoando, e, no braço esquerdo, o Menino Jesus.
Carregando a imagem por onde ia, sempre preocupado com a conversão das pessoas, a todos Frei João ensinava a seguinte jaculatória: “Virgem Mãe de Deus e Mãe dos Homens, lançai-nos a vossa bênção”.
Em 1758, em seu próprio Convento, na cidade de Lisboa, Frei João de Nossa Senhora faleceu santamente, deixando atrás de si uma multidão de devotos de Nossa Senhora Mãe dos Homens e um legado que, dali, se expandiria por vários lugares do mundo.
Esta devoção chegou, segundo alguns relatos, ao Brasil trazida pelo Irmão Lourenço de Nossa Senhora, que fundou a Ermida e o Hospício de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no ano 1774.
Com o desenvolvimento de seu Santuário e a crescente devoção à Senhora Mãe dos Homens, o Irmão Lourenço fundou também a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens, aprovada por um Breve do Papa Pio VI no dia 12 de agosto de 1791. Foi com a ajuda dos devotos que o Caraça foi sendo construído, a partir de doações, esmolas e trabalho em mutirão. Tal Irmandade, que existiu até 1885, teve em suas fileiras 23.226 fiéis inscritos. O livro da Irmandade, de beleza sem igual em suas anotações e regras, e o livro com os nomes nela inscritos encontram-se, hoje, no Arquivo do Caraça.
No entanto, no Rio de Janeiro-RJ, já em 1750 havia um oratório dedicado à Mãe dos Homens, nas proximidades do canto da Quitanda dos Pretos, da Quitanda do Marisco, do Capitão Alexandre de Castro, e mais tarde de Pero Domingues. Estes oratórios eram construídos e mantidos por particulares e muito respeitados e reverenciados pelo povo. Não eram igrejas, mas, como o próprio nome diz, um oratório. Havia também oratórios cravados em muros, feitos de pedras e nas praças da cidade. A Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, do Rio de Janeiro, por sua vez, só começou a ser erguida depois de 1779, quando foi feita a medição do terreno e a previsão de gastos para a cantaria da fachada e o interior do templo. Nesta data, a primitiva Ermida do Caraça, toda barroca, já estava pronta e com licença para ser abençoada.
No Brasil, há pouquíssimas igrejas dedicadas a Nossa Senhora Mãe dos Homens: pelo menos, 17 igrejas, dentre as quais a antiga Igreja localizada na Rua da Alfândega no Rio de Janeiro-RJ. As demais Igrejas de que se tem notícia estão no Caraça, em Porto Feliz-SP, Urubici-SC, Ouro Branco-MG, Belo Horizonte-MG, Campos dos Goytacazes-RJ, Cuiabá-MT, Estrela do Sul-MG, Coqueiro Seco-AL, Palmas de Monte Alto-BA, João Câmara-RN, Iúna-ES, Santo Afonso-MT, Araranguá-SC, Materlânidia-MG e Água Santa de Minas - Tombos/Minas Gerais.

1. Um santo envolto em muitos mistérios
      A relíquia de São Pio compreende todo o corpo do santo revestido de cera, um cálice com sangue misturado a areia, unhas e dentes. As relíquias foram trazidas de Roma em 1792 para reforçar a religiosidade popular, além de confirmar os favores pontifícios concedidos ao Santuário do Caraça, nesta época merecedor das benesses do Papa Pio VI.    A doação da relíquia teve como escopo papal a consolidação do Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens como um aprisco de Cristo, longe daqueles que se achavam governados pelos interesses mundanos. Por essa época, estes rincões das Minas Gerais eram mananciais de vícios, superstições e beatices, onde havia potentados, sanguinários e devassos, que, contudo, não se descuidavam de que tinham alma, e, portanto, pensavam em sua salvação.            O estudioso Romain Roussel conta que, desde os tempos mais recuados da Idade Média, certos fiéis peregrinos se deixaram seduzir pelas indulgências. “Aqueles que viam a Vernicle (a imagem do Salvador gravada na toalha da Verônica, que se conserva em Roma) – escreve o autor francês – conseguiam beneficiar-se de uma redução de 9000 anos de purgatório, se vinham de um país vizinho, e de 12000 anos se atravessassem o mar (os moradores de Roma, em igual caso, não lucravam senão 3000 anos)”. No Caraça, os que vinham venerar as relíquias de São Pio Mártir tinham uma remissão de um terço de seus pecados
2. Relíquia reconhecida pela Sagrada Congregação das Indulgências
            São Pio Mártir é o primeiro corpo de santo vindo para o Brasil e o Irmão Lourenço o recebeu como oferta da Santa Sé para a glória do seu Santuário. Foi um favor extraordinário a doação desta insigne relíquia. A Autêntica dessa relíquia consta de documento, datado e assinado em Roma, aos 9 de julho de 1792.
AUTÊNTICA
            Frei Xavier Cristiano da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Porfírio, Sacristão e Prelado Doméstico de Sua Santidade e Assistente ao Sólio Pontifício. 
            A todos e a cada um que virem as Nossas Letras certificamos que nós, para maior glória de Deus Onipotente e veneração de seus Santos, por mandado do Santíssimo Papa, Nosso Senhor, extraindo das Sagradas Relíquias do Cemitério de Santa Siríaca e reconhecidas e aprovadas pela Sagrada Congregação das Indulgências e Sagradas Relíquias, demos o Sagrado Corpo com vaso de sangue de São Pio Mártir, colocado em uma caixa de madeira, coberta de papel pintado, e ligado com fita de seda, bem fechada e selada com o Nosso Selo pequeno, e a todos a quem pertence concedemos em o Senhor faculdade para que possa conservar em si a dita Sagrada Relíquia, dar a quem quiser, e expor à pública veneração em qualquer igreja, oratório ou capela, sem Ofício, porém, nem Missa. Na forma do decreto da Sagrada Congregação dos Ritos de onze de agosto de mil seiscentos e noventa e um. Para fé do que mandamos expedir pelo Nosso Secretário abaixo assinado as presentes Letras, subscritas pelo nosso próprio punho e seladas com o Nosso Selo.
            Dado em Roma aos nove de julho de mil setecentos e noventa e dois. 
Assinado, Fr. Xavier – Bispo de Porfírio
Era um soldado romano morto por professar a fé cristã, cujo corpo foi encontrado na Catacumba de Santa Ciríaca. Recebeu, na doação ao Caraça, o nome de Pio em homenagem ao Papa Pio VI que governava a Igreja na época. 

            As relíquias de São Pio chegaram ao Caraça em 16 de maio de 1797, vindas da arquidiocese de Mariana, para onde foi enviada pelo Vaticano, para posteriormente serem entregues ao Irmão Lourenço, o eremita do Santuário do Caraça.

    As relíquias, tão logo chegaram ao Santuário, no alto da Serra, foram colocadas num altar barroco, do lado esquerdo da igreja, especialmente construído para servir de morada última àquele soldado romano que sucumbiu ao terror de Roma em nome da fé cristã.  Dois séculos depois, em 16 de maio de 1992, nas comemorações do bi-centenário da entronização da relíquia no Santuário, a preciosidade foi transferida, após ter ficado nas tribunas da igreja  neogótica, para o altar das celebrações, com o objetivo de facilitar a visitação e instrução dos fiéis e para que assim se cumprisse o desejo do Irmão Lourenço e do Vaticano.     Os restos mortais de São Pio emprestam ao Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens ares de religiosidade plena, até então só testemunhada nas sombrias catacumbas romanas. Reedita-se assim,  no Caraça, uma prática comum nos primeiros séculos da Igreja, quando nas catacumbas se celebrava a Santa Missa sobre o túmulo dos Mártires. Hoje, no Caraça, sobre o corpo de São Pio Mártir, faz-se o mesmo, pedindo a Deus fidelidade à graça do batismo e heroísmo até a morte, se necessário for. 

 Documento do Bispado de Mariana   
  Dr. Antonio Alves Ferreira Rodrigues, Arcediago na Sé e provisor deste Bispado, etc.
            Faço saber que, alcançando o Irmão Lourenço de Nossa Senhora, da Santa Sé Apostólica, o sagrado corpo com vaso de sangue de São Pio Mártir, com ele também alcançou a sua respectiva Autêntica, traduzida na língua vulgar como se lê acima.
            “Com a qual Autêntica, requerendo o Irmão Lourenço de Nossa Senhora, ao ilustríssimo e Reverendíssimo Cabido licença de poder, depois de feitas as necessárias cerimônias, expor à veneração dos fieis deste Bispado o referido corpo de São Pio Mártir, por seu despacho de cinco do corrente me remeteu o mesmo Reverendíssimo Cabido para proceder na forma de Direito, e eu, pelo meu, mandei e procedi como o Reverendíssimo Dr. Inácio de Souza Ferreira, Cônego Prebendado na Sé Catedral deste bispado, e Escrivão da Câmara Eclesiástica dele, a examinar se a dita  caixa e corpo aí encerrado tinha todos os sinais e notas  descritas na sobredita Autêntica e como se achasse tudo da mesma forma como nela se declarava, a parte de vaso de sangue, e para sua autenticidade a fim de se prestar aquele culto e veneração com que a Santa Igreja Católica tem determinado se honrem as relíquias dos santos, mandei passar a presente, em que interponho minha autoridade ordinária e decreto judicial. E será registrado no Livro do Registro Geral.
            Dada e passada nesta Leal Cidade de Mariana, sob o selo de a Mesa Capitular aos 16 de maio de 1797.

            E eu. José da Costa Ferrão, Escrivão da Câmara Eclesiástica a subscrevi. Antônio Álvares Ferreira Róis- Ferrão: Reg.: Ger; 1797, a (fls. 90 e 90v).”

Intróito
Em um alto trono, vi um homem a quem a multidão de anjos adora, cantando em coro: Eis aquele cujo império é eterno.Sl 99, l. Iubiláte Deo, omnis terra: servite Dómino in laetitia.Louvado seja Deus, toda a terra: sirva ao Senhor com alegria.
V/. Glória Patri.  
  
Intróito/Mala 3, 1; 1 Par. 29, 12. Sl.1,1.
Aí vem o Senhor Soberano; o poder está em suas mãos, o poder e o império.PS.Ó Deus, dê ao rei seu julgamento e ao filho do rei sua justiça.
V /Gloria Patri.

Coleta
 Rogamos-te, Senhor, ouve na tua celeste bondade a homenagem do teu povo suplicante, para que os teus fiéis vejam quais são os seus deveres e tenham forças para realizar o que terão visto.

Ó Deus, que neste dia revelou aos pagãos o teu Filho unigénito com o aparecimento de uma estrela: faze com que na tua misericórdia, conhecendo-te já pela fé, sejamos levados a contemplar-te no resplendor da tua majestade.

Leitura da Epístola
 
ROM. 12, 1-5.
Meus irmãos: Exorto-vos, pois, pela misericórdia de Deus, a oferecerdes os vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: este é o culto espiritual que lhe deveis. E não vos conformeis com o século presente, mas transformai-vos pela renovação do espírito, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, digo a cada um de vocês que não se estime mais do que o necessário; mas ter sentimentos modestos, cada um de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Porque, assim como temos muitos membros em um só corpo, e nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, que somos muitos, formamos um só corpo em Cristo,

Isaías 60,1-6
1 Levanta-te, sê radiosa, eis a tua luz! A glória do Senhor se levanta sobre ti. 2 Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. 3 As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. 4 Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. 5 Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. 6 Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor.

Gradual. Salmos 71, 18 e 3.  
 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, o único que faz maravilhas.
V/. Suscípiant monte pacem pópulo tuo, et colles iustítiam.   V/. Que as montanhas recebam paz para o povo e as colinas justiça.

Aleluia, aleluia. V/. Sl 99, l
. V/. Louvado seja Deus, toda a terra: sirva ao Senhor com alegria. Aleluia.
 
Gradual/ Sl. Ibid., 6 e 1.
Todos de Sabá virão, trarão ouro e olíbano e proclamarão os louvores do Senhor.
V /.O Senhor deu a conhecer a sua obra de salvação: manifestou a sua justiça perante todos os povos.

Aleluia, aleluia/ Math. 2, 2
 V /. Levante-se e brilhe, Jerusalém! Pois a glória do Senhor está nascendo sobre você. Aleluia.

Sequência do Santo Evangelho

Lucas. 2, 42-52.
Quando tinha doze anos, tendo eles subido conforme o costume da festa, e voltando, passado o tempo, o menino Jesus ficou em Jerusalém e seus pais não o souberam. Pensando que ele estava com a caravana, caminharam um dia inteiro, depois o procuraram entre seus parentes e conhecidos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém à sua procura. Ora, ao fim de três dias, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os; e todos os que o ouviram ficaram encantados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram, ficaram maravilhados, e sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que você fez isso conosco? Veja, seu pai e eu estávamos procurando por você com tristeza". E ele respondeu-lhes: Por que você estava procurando por mim? Você não sabia que eu devo estar nas coisas de meu Pai?" Mas eles não entenderam a palavra que ele lhes falou. sua mãe guardava todas essas coisas em seu coração, e Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
 
São Mateus 2, 1-12
1 Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. 2 Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. 3 A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 4 Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo. 5 Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo(Miq 5,2). 7 Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo. 9 Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10 A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11 Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.
 
 
Ofertório/ Sl 99, 1 e 2.
 Aclamai a Deus, toda a terra: servi ao Senhor com alegria: entrai em sua presença com alegria, porque o Senhor é Deus.
 
Ofertório/ Sl. 71,10-11Os reis de Tharsis e das ilhas darão presentes a ele, os reis da Arábia e Sabá trarão presentes e todos os reis da terra o adorarão, todas as nações o servirão.

Secreta
Que o Sacrifício a vós oferecido, Senhor, sempre aumente em nós a vida sobrenatural e nos fortaleça.

Ante diem 13 de janeiro: Præfatio de Epiphania Domini. Antes de 13 de janeiro: Prefácio à Epifania .
Post diem 13 de janeiro: Præfatio Communis.    Depois de 13 de janeiro: Prefácio comum
 
Comunhão
Meu filho, por que você fez isso conosco? Veja, seu pai e eu estávamos procurando por você com tristeza. Por que você estava procurando por mim? Você não sabia que devo estar nas coisas de meu Pai?
 
Comunhão/ Matheus. 2, 2.
Vimos sua estrela no leste e viemos com presentes para adorar ao Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
 
Depois da comunhão.
A vós dirigimos as nossas súplicas, ó Deus Todo-Poderoso, para que também àqueles que alimentais com o vosso sacramento concedais a graça de vos servir dignamente com uma conduta que vos seja agradável.
 
Depois da comunhão.
Faze, nós te imploramos, ó Deus Todo-Poderoso, que celebrando este mistério em um ofício solene, obtenhamos a compreensão dele e colhamos os frutos dele em uma alma purificada.


Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.