domingo, 5 de fevereiro de 2023

Início do Ciclo Pascal

Septuagésima 
05/02 Domingo
Festa de Segunda Classe 
Paramentos Roxos
Septuagésima (em latim: Septuagesimus) é um tempo litúrgico introduzido no calendário litúrgico tradicional da forma extraordinária do rito romano que corresponde a um período de quase 70 dias que precede a Pascoa (de fato, nove semanas, ou seja, 63 dias). Sucede ao tempo litúrgico de Natal, e precede a Quaresma.

O domingo de Septuagésima cai no dia 64° (9 semanas) antes da Páscoa, e deve o seu nome a uma simplificação, que pode ser explicada historicamente: o primeiro domingo do tempo de Carnaval a ser introduzido no calendário litúrgico foi o domingo de Quinquagésima (no século VI)). No século VII adicionaram-se outros dois domingos, o primeiro que cai quase sessenta dias antes da Páscoa, chamado domingo de Sexagésima, e o segundo de Septuagésima.

O domingo de Septuagésima pode ser de 18 de janeiro a 22 de fevereiro. A cor litúrgica deste domingo é o violeta. A entrada na Quaresma fecha este período (no primeiro domingo da Quaresma).

Simbolicamente, este «setenta» dias correspondem aos setenta anos do Cativeiro Babilônico. De fato, na simbologia bíblica e litúrgica, a Babilônia representa a cidade terrestre corrompida, que se opõe a Jerusalém, a cidade de Deus. O cativeiro babilônico simboliza o tempo de provação, dificuldades, luta contra a tentação e o pecado.



O tempo da Septuagésima, introdução à Quaresma, faz meditar os cristãos sobre a luta de Cristo contra Satanás, sobre a sua vida pública, sobre a missão da Igreja e sobre a sua própria condição de pecadores. As vestes litúrgicas são de cor violeta, e nas missas suprimem-se os coros de Glória nas alturas e Aleluia.

Intróito/Sal. 17, 5, 6 e 7.
Os gemidos da morte me cercaram, as dores do inferno me cercaram; na minha tribulação invoquei o Senhor, e do seu santo templo ele ouviu a minha voz. Ps. ibd., 2-3.Eu te amarei, Senhor, tu que és minha força; o Senhor é meu forte apoio e meu libertador.V/. Glória Patri.

Coleta
Suplicamos-te, Senhor, ouve com misericórdia as orações do teu povo, para que nós, que com justiça lamentamos os nossos pecados, sejamos misericordiosamente libertos para a glória do teu nome.

Epístola extraída do livro do

I Co 9, 24-27 | I Co 10, 1-5
24. Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. 25.Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível. 26.Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. 27.Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros.

1.(Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar;2.todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar; 3.todos comeram do mesmo alimento espiritual; 4.todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo). 5.Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, pois seus cadáveres cobriram o deserto.

Gradual/Ps. 9, 10-11 e 19-20.
Você é nossa ajuda em tempo de necessidade e aflição. Que aqueles que conhecem o teu nome esperem em ti, pois tu não abandonas aqueles que te buscam, Senhor.
V. Pois os pobres não serão esquecidos para sempre; a paciência dos pobres não perecerá para sempre. Levanta-te, Senhor, que o homem não triunfe.

Trato/.  Sal. 129, 1-4.
Do fundo do abismo clamei a ti, Senhor; Senhor, ouça minha voz.
V /. Que seus ouvidos estejam atentos à voz da minha súplica.V /.Se você examinar nossas iniqüidades, Senhor, quem estará diante de você? V /.Mas contigo está a misericórdia e por causa da tua lei esperei em ti Senhor. 

Sequência do Santo Evangelho

São Mateus 20, 1-16
Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. 2.Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. 3.Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. 4.Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário. 5.Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo. 6.Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: - Por que estais todo o dia sem fazer nada? 7.Eles responderam: - É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: - Ide vós também para minha vinha. 8.Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: - Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. 9.Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário. 10.Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário. 11.Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: 12.- Os últimos só trabalharam uma hora... e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor. 13.O senhor, porém, observou a um deles: - Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? 14.Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. 15.Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom? 16.Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. (Muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos)

Ofertório/ Sal. 91, 2.
É bom louvar ao Senhor e cantar o teu nome, ó Altíssimo.

Secreta
Tendo aceitado nossas oferendas e nossas orações, purifica-nos graças a estes mistérios celestiais, rogamos-te, Senhor, e concede-nos clemência.

Prefácio à Santíssima Trindade  ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .

Comunhão/Sal. 30, 17-18.
Faz resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e salva-me pela tua misericórdia; Senhor, não me deixes confundir, porque te invoquei(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)

Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)

Depois da comunhão.
Que os teus fiéis, ó Deus, sejam fortalecidos pelos teus dons, para que, ao recebê-los, os busquem novamente e, ao buscá-los, os recebam sem fim.

Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.