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304 e 628. São Vicente foi um valoroso diácono de Zaragoza, que
enfrentou toda sorte de tormentos para provar sua fidelidade a Cristo.
Desempenhou-se com tanta proficiência deste cargo, que a diocese
de Saragossa se distinguiu pelo espírito de piedade. Quando
Diocleciano principiou a perseguição, apareceu na Espanha
seu emissário Daciano, com ordem de exterminar a Santa Igreja
Católica naquele país. Valério e Vicente foram as
primeiras vítimas. Valério
foi mandado ao desterro, e Vicente submetido a cruéis torturas.
Tão desumanas foram, que – assim opina Santo Agostinho – para
sofre-las era preciso uma assistência divina especial. O mesmo
Santo Padre elogia São Vicente uma paciência angélica, uma
tranquilidade
imperturbável e uma paz tão extraordinária, que causou admiração
e
espanto até aos próprios algozes. Daciano, ao ver isto, não pôde
dominar a fúria, que se lhe manifestava no olhar faiscante e na
voz trêmula.
Ferro e fogo foram os instrumentos de que Daciano se serviu,
para
martirizar o santo diácono. Mas Deus não abandonou seu servo. O
cárcere
do mártir encheu-se de grande luz, e os Anjos desceram, cantando
com
Vicente o louvor de Deus. O próprio carcereiro, vendo este
espetáculo,
converteu-se ao cristianismo e recebeu o batismo. Os cristãos a
que
antes era vedado entrar em comunicação com o diácono-mártir,
aproximaram-se-lhe, beijaram-lhe as feridas e embeberam panos em
seu
sangue, guardando-os como preciosas relíquias. Para que os
cristãos
nada pudessem fazer com o corpo do mártir, Daciano deu ordem que
fosse
lançado num pântano, mas um corvo defendeu-o contra as feras.
Mandou
então que o atirassem ao
mar, mas o mar despejou-o. Os cristãos tomaram o corpo e
sepultaram-no
numa capela perto de valência. Mais tarde as santas relíquias
foram
transportadas para a abadia de Castres, em Languedoc,
na França, ocasião em que se observaram muitos milagres.
+ 304 e 628 E Santo Anastácio foi um monge persa, decapitado com outros 70 cristãos pelo rei Cosroes.Chosroas, rei da Pérsia, tomou Jerusalém em 614 e nesta ocasião se apoderou do santo Lenho e levou-o consigo. Deus serviu-se desta circunstância, para operar a salvação de muitos Persas. Um deles foi Anastácio, filho de um célebre feiticeiro. A santa Cruz, de que tanto se falava, excitou-lhe também a curiosidade e desejo de vê-la.
Sem ter a intenção de abraçar a religião de
Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe,
à media que se aprofundava nos santos mistérios. Depois
de algum tempo, se dirigiu a Hierápolis, hospedando-se em casa
de um artista cristão. Este, no intuito de fazê-lo
conhecer a fundo a religião cristã, convidou-o para
assistir a Santo Sacrificio da Cruz e conhecer mais profundo a vida cristã. As santas imagens,
as representações dos santos mártires tocaram-lhe
o coração bem ao vivo e despertaram-lhe o desejo de, como
eles, um dia poder sacrificar a vida em testemunho da Fé, que
estava prestes a abraçar. Após longa
preparação, recebeu o santo Batismo e entrou para um
convento em Jerusalém. Tinha um zelo tão vivo e ardente,
que em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e
santidade. Tinha por leitura predileta, além da Bíblia, a
história dos mártires. As lutas e vitórias, os
triunfos dos heróis comoviam-no até lágrimas e
cada vez mais pronunciado se lhe tornava o desejo de morrer pela Fé, o que fez com que saísse do convento e se dirigisse a
Cesaréia, na Palestina. Vendo entre os soldados alguns que
cometiam atos vergonhosos, censurou-os energicamente. Este rigor chamou
a atenção do governador, que suspeitava de
Anastácio um espião e mandou-o prender. Perguntado pela
religião que professava, Anastácio respondeu que tinha
abandonado a magia, para ser cristão.
Não faltaram promessas e ameaças para fazê-lo
renunciar à Fé – Santo Anastácio permaneceu firme.
Seguiram-se então os maus tratos e verdadeiras torturas.
Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta:
“Sou cristão, e como cristão quero morrer”.
São Justino, seu abade, sabendo dos sofrimentos que o
súdito sofria por amor de Cristo, mandou que a comunidade
rezasse pelo pobre perseguido, para que não lhe faltasse a
graça divina. Destacou dois monges, que o deviam visitar e
consolar.
Da Palestina foi Santo Anastácio, por ordem do imperador, transportado
para a Pérsia. Lá o esperava o martírio tão
almejado. Chosroas envidou primeiro todos os esforços para
afastá-lo da religião cristã. Ofereceu-lhe uma
alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge,
contanto que só verbalmente negasse a Fé cristã,
embora de coração continuasse fiel discípulo de
Cristo: “Que mal poderia causar esta negação?
Poderá haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com ele
ficas unido?” Anastácio declarou que teria horror
até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações
honrosas.
A resposta de Anastácio foi a mesma: “A pobreza do meu
hábito – disse ao general – fala-te
eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo.
Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã
será pó, não me tentam!”
Vendo assim frustradas as tentativas , o rei recorreu à tortura.
Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação.
Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a Fé. O dia
22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória.
Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem de enforcar
e decapitar o santo mártir.
Pouco antes da morte, Anastácio tinha predito a morte do tirano
Chosroas. Esta profecia realizou-se dez dias depois, quando o imperador
Heráclito invadiu e conquistou a Pérsia.O corpo do Santo, que tinha sido atirado aos cães, foi por estes
respeitado. Os fiéis resgataram-no e deram-lhe sepultura no
convento de São Sérgio. As relíquias foram mais
tarde transportadas para Constantinopla e de lá para Roma.Santo Anastácio é padroeiro dos ourives, porque gozava da
hospitalidade de um ourives, por ele instruído na
religião. È invocado também em grandes
tentações e em casos de possessão
diabólica, porque pela aplicação das suas
relíquias a um médico persa, possesso, este ficou livre
da possessão.
Resistemos com a graça de Deus e da Virgem Maria pela intercessão
destes santos mártires a nunca negarmos a nossa Fé na Santa Doutrina
Tradicional da nossa Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Como diz: Nosso Senhor quem perseverar ate o fim, será salvo.(São Mateus 24,13)
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.