Ícone dizia São João
Damasceno mostra ao pagão a nossa Fé
Representem uma mesma verdade. A fidelidade à Tradição não é repetição, cópia, mas uma revelação sempre nova da vida interior da Santa Igreja. O iconógrafo de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro são a beleza do amor Deus.
O Ícone de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora,
o Menino Jesus e dois arcanjos. A aparição dos Arcanjos com uma lança e
a cruz mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado
corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco desamarra a
sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança. O olhar
de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão
direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro. As mãos de Jesus estão nas
mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apóia na Mãe.
Veja a explicação:
Ele apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice da amargura.
Ele segura a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
ABREVIAÇÃO de Jesus Cristo
ÍCONE TEM SEU PRÓPRIO RITUAL:
Os iconógrafos escolhem uma madeira maciça de qualidade. Em França, Rússia, Sérvia, a maioria dos iconógrafos preferem a madeira da tileira, por ser de qualidade e leve. Na Grécia, temos também a indicação de cipreste, nogueira, castanheira, pinho e árvores fragrantes. No entanto, podemos encontrar, nos dias de hoje muitas pessoas trabalhando com MDF e até compensados.
Tendo a prancha escolhida, untamo-la com uma cola
específica, colamos uma tela de gaze ou tecido de algodão embebido de
cola e uma base branca, preparação que traz, comumente, o nome de
“levkas” – composto basicamente de cola de pele de lebre e gesso cré.
Existem diferentes receitas, com mais materiais, ou até mesmo algumas
diferenças.
O número de camadas também varia de acordo com a
receita aplicada, na maioria das vezes, no mínimo 12. Pode ser
aplicada com trincha, lambuzar
com a mão ou até com uma espátula, se e quando a consistência for mais
espessa.
No final das camadas de “levkas”, lixamos a prancha com
lixas de espessura razoável com o objetivo de torná-la cada vez mais
lisa e homogênea, atingindo o polimento, que realizamos com uma lixa
d'água de alta numeração.
O objetivo final é que a superfície de prancha se apresente como uma porcelana, para que o ouro tenha um bom resultado.
Desenho:
O desenho é o estrutura do ícone.
Trabalha-se nele, primeiramente, para se ter firmeza
nas linhas, nos movimentos e nas idéias que querem transportar com as mãos, mesmo sabendo que são guiadas não somente por nossas
capacidades pelo divino.
É necessário fazer uma relação entre a anatomia e a
santidade. A anatomia retrata o humano. As linhas que deve fazer
corresponder aos músculos e parâmetros anatômicos são muitíssimo
importantes.
A vegetação bem como a representação da natureza são
apresentadas de uma maneira metamorfoseada pela presença da graça de
Deus na criação.
Na arquitetura, utilizamos o princípio de perspectiva
invertida. Não representamos dimensões, tudo está em primeiro plano,
reunido escatologicamente.
Na maioria das Escolas de Ícones o aprendiz passa um
bom tempo – cerca da 2 a 3 anos – só desenhando, sem conhecer o pincel e
as cores.
Douração: O ouro no ícone representa o céu, o contexto
espacial do ícone. A técnica de origem (bizantina) diz que todo o fundo
deve ser em ouro. Posteriormente, o uso do ouro ficou mais flexível;
podemos encontrar representações com o uso do ouro somente nas auréolas e
em algumas vestes e detalhes.
Cores:Podemos dizer que as cores são a alma do ícone.
Envernizar:Tradicionalmente, o verniz utilizado na Iconografia é o
olifa. Espécie de mistura de um excelente óleo de linhaça que é levado
ao fogo com silicatos e matérias químicas deste gênero.
A folha de ouro é colada de acordo com receitas diversificadas que incluem materiais e técnicas diferentes.
Sem elas o desenho ganharia menos expressão. Na
Iconografia, as cores são obtidas pela combinação de pigmentos e a
emulsão de gema de ovo.
Estes pigmentos podem ser orgânicos e inorgânicos. São
produtos que se extraem da natureza, ou que a indústria produz
artificialmente, utilizados como materiais coloridos.
A emulsão contém gema de ovo (sem a película), água
(melhor se for destilada) e vinagre. A proporção varia segundo a forma
de pintar e também as condições climáticas do local em que se realiza e
conserva o ícone.
Ele é espalhado com as mãos sobre o ícone, previamente seco e repousado por bastante tempo.
Nos dias de hoje, muitos iconógrafos deixaram de
aplicar o olifa. Alguns recorrem a receitas à base de cera de abelha com
terebentina, outros à goma-laca, fixadores sintéticos e a diferentes
tipos de verniz, como por exemplo o marítimo, atualmente muito
difundido.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário